Capítulo 1

Subo as escadas do meu ateliê o mais rápido que consigo, não estou vestindo nada mais além da camisa social de Jack, não é uma das que ele usa, ele jamais me deixaria manchar uma Armani de tinta.

Me escondo atrás de uma pilastra, tomando muito cuidado para não deixar nenhum fio de cabelo a mostra, prenso a respiração e olho a cozinha com cuidado, só ouso me mexer quando o vejo passando pela janela.

Então cruzo a cozinha, me abaixando pela ilha e saio na porta dos fundos, a casa é toda ladeada por arbustos e uma pequena calçada de pedra, por onde Jack passa todos os dias depois de estacionar.

Eu circulo a cozinha por fora e mais dois outros cômodos antes de vê-lo, me escondo em um arbusto bem a tempo quando ele se vira para trás, posso ver suas sobrancelhas afundando no óculos escuro, então ele coloca o telefone de volta na orelha.

Abaixo o rosto e tampo a boca com a mão para não emitir nenhum som enquanto caço. Quando percebo que ele partiu, tomo o caminho atrás dele, ando quase até a entrada da frente, mas não o encontro.

Para onde ele foi?

Estou confusa e olho por toda a entrada, sem nem sinal de Jack. Só quando desisto de procurar e me viro para entrar na casa que sou apanhada pela cintura e levantada do chão. Dou um gritinho agudo e começo a rir.

- Achou que ia me pegar? – Jack me solta no chão e me viro para abraçá-lo.

- Foi por muito pouco.

- Eu vi você antes mesmo que saísse da cozinha – sua honestidade me desanima.

Deixo os braços caírem ao lado do corpo e faço um biquinho infantil.

- Como você consegue?

- Eu vejo tudo\, Maddy. Principalmente você.

Sua mão apoia minha nuca e ele me beija, suave e doce, mas com aquele luxúria deliciosa que sempre me faz ceder, pulo em seu colo e quando acho que ele vai me soltar, Jack agarra meu quadril com as duas mãos e sobe os poucos degraus da entrada da frente.

Ele me encosta contra a grande porta de madeira antiga, dou um breve gemido em seus lábios que o faz rir.

- Posso ao menos tomar um banho antes?

- Só se prometer ser breve.

Ele me coloca no chão e abre a porta atrás de mim, ela não range como nos filmes de terror, ao invés disso, desliza suavemente nos dando a visão perfeita do hall e a escada larga no final dele.

- Como foi o trabalho? – puxo assunto enquanto andamos lado a lado pelo salão.

- Cansativo\, ás vezes invejo você aqui o dia todo.

- Pode ficar de vez em quando.

- E atrapalhar suas inspirações – Jack para no segundo degrau da escada e se vira para mim\, seu polegar esfrega minha bochecha onde\, provavelmente\, tem uma mancha de tinta.

- Você é minha maior inspiração.

- Como você é brega\, Madelaine.

- É mesmo? – subo três degraus para conseguir ficar mais alta que ele – e as rosas vermelhas que me mandou junto com o café da manhã? Muito original.

- Você amou.

- Tem razão\, porque nós dois\, querido marido\, somos bregas.

Jack rosna e seus olhos se estreitam como de um predador, solto novamente aquele gritinho agudo e corro escada acima, um jogo de gato e rato que fazemos desde que nos conhecemos, na minha viagem de formatura.

Eu estava me sentindo muito adulta na ocasião, a primeira viagem internacional sem os pais, ocupei o itinerário todo com visitas a museus e exposições de arte. Só notei Jack no terceiro dia, quando ele esbarrou em mim de propósito, mas ele já tinha me visto bem antes, curiosamente estava visitando os mesmos museus que eu.

Fiquei totalmente perdida no olhar penetrante dele, o sorriso largo, o som alegre da sua voz. Jack era bonito de um jeito que nem parece possível e quando me beijou pela primeira vez, eu soube que seria para sempre.

Deixamos Paris com a promessa se nos encontrarmos nos Estados Unidos semanas mais tarde e não nos desgrudamos mais.

- Banho\, Maddy – ele resmunga enquanto ataco seu pescoço suado\, a pele dele fica vermelha tão facilmente.

- Eu senti sua falta.

- Quer saber\, você também precisa de um banho – ele ri e coloca para dentro do banheiro\, ainda estamos vestidos quando a água cai sobre nossos corpos.

Seu beijo fica mais intenso, suas mãos exploram meu corpo como se não me conhecesse há cinco anos, a forma como ele faz eu me sentir confortável comigo mesma é arrepiante e quando ele entra em mim, eu quero gritar de tanto que me sinto cheia com seu tamanho.

Seus gemidos constantes, aquele “uh” como se tivesse fazendo força de mais a cada vez que batia no fundo, se misturando aos meus gemidos entorpecem meus sentidos de tal forma que mal percebo o orgasmo chegando, Jack vem logo depois de mim, sinto-o pulsar e sair lentamente.

Ele espera até que o frenesi do sexo acalme e me lembra de que já deve passar das sete, o que significa que é hora de parar de brincar e me concentrar na rotina da noite.

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Comments

Noemia Santos

Noemia Santos

Ohh papai!!DELÍCIA 😍😍😍😍😈😈😈

2023-06-21

2

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