No silêncio da madrugada

" Nãooo!"

Grita a pleno pulmões, desesperou‐se mais, ao sentir que sua voz não saia da garganta, correu o mais rápido que suas perna pôde, era só o que podia fazer diante daquele perigo mortal, feroz que corria com suas quatros patas rapidas estando muito perto de lhe alcançar.

" Por Alá, alguém me ajude!"

A sua mente implora por socorro, quanto mais tenta ser rápida seu corpo parece não sair do lugar, e o esforço a faz sentir cansada muito rápido.

Debatia‐se agora tentando solta‐se das garras fortes e ulhas afiadas de um imerso selvagem urso negro que lhe derruba ao chão e prende seu corpo com seu peso impedindo que fuja, o animal observa sua caça debater‐se freneticamente, quando já sem forca e esperança sente a dor lancinante e ouve o barulho de ossos sendo esmagado após ser abocalhada pela fera, ainda consegui olhar e ver o sangue de cor intensa escorrer da sua perna direita, não havia nada a ser feito, observa o animal preparar‐se para outra mordida que poderia ser fatal...

Quando de repente ver que o animal desistiu de atacar, e parti ferozmente rugindo alto, mostrando sua grandes presas em outra direção, só tem tempo de ouvi‐lo gritar:

" Corre Sol, salve‐se!"

Era Zain, que desviara a atenção do animal para que ela fugisse, ele sacrificara sua vida para salva‐lhe. Chora sem parar ao da conta que o Seu marido fora despedaçado de vez impiedosamente. Ficara ali em trase sem consegui sair do lugar, sua vida já não parecia ter significado sem ele, então levanta com dificuldade na intenção de ir até o corpo desfigurado do Zain, mesmo que perdesse a vida, já muito perto ver o animal com a boca suja de sangue que vira para encara‐lhe ameaçador.

" Nãooo "

Seu gritou agora sai muito assustado ao ver que agora o bicho peludo tinha a fisionomia de um homem, tentou clarear a visão, esfregando os olhos, mais estava ferida e com muita dor, não reconhecia aquele rosto.

No seu olhos apenas um borrão, mas sua intuição dizia que não era gente estranha, havia visto aqueles olhos em algum lugar, antes de ver totalmente a figura, que clareava graduamente, alguem lhe puxa pelos braços chamando seu nome, e a joga de volta a realidade.

— Soraya, você está bem?

A mulher é despertada do seu pesadelo assustador, ao abri os olhos, deparando com o olhar preocupado do Zain que sacudia‐lhe.

— Sim,.. apenas tive um sonho ruim. — limpa o suor da testa com as costas da mão. — O que ouve? — a mulher senta na cama ainda em transe pelo mal sonho que parecia realista demais, até a sua dor era real.

— Estava preocupado, você debatia‐se muito, gritando palavras sem conexão. — ele limpa com os dedos as lágrimas que estam brotando do seus olhos.

Acorda chorando de verdade, assim como no sonho, e seu peito doía tanto, podia também ouvir os próprios batimentos acelerados do coração.

— Calma era só um sonho, não se preocupe. — o marido está preocupado tenta acalmar‐la com sua voz suave.

Soraya encolhe‐se como se estivesse com frio, lembrando das cenas aterrorizante do sonho, não era real, mais não conseguia parar de sentir medo.

— Só me abraça forte, por favor Zain... — as lágrimas rolam e ela só quer fechar os olhos e fazer aquela dor parar.

— Venha aqui deite pertinho de mim — ele se deita e estende o braço para recebe‐la, Soraya imediatamente se deita de costa para ele, é envolvida pelo abraço em sua cintura, e com outra mão Zain afaga seus cabelos.

Conchegando‐se mais nos braços quentes, fecha os olhos, a medida que a mulher ouve as batidas bem compassada do outro coração atrás de si, foi como um remédio, aos poucos sentia seu coração ficar mais calmo também, as lágrimas sessam, entrelaçando os dedos nas mãos do marido consegui finalmente voltar a ter paz, e sentia segurança.