reação inesperada

— Pronto. Meu amigo pode ficar sossegado está tudo resolvido, amenos a notícia não vai sair na TV, nem nos jornais locais, já conversei com o médico que nada pode sair desse quarto, também os policiais já entenderam que fora tudo mau‐ entendido, mas, só tem um probleminha... — o homem se mostra um pouco receoso, evitando olhar para a mulher no leito, com o traje hospitalar.

Mas ela o olha diretamente, por saber muito bem de quem se tratava, não consegue disfarçar um pouco de resquício por ter achado que aquele que seria o seu marido, o tratara com muito respeito e cordialmente, ele a fizera a imaginar que realmente fosse, mais olhando agora de um para o outro, estava grata por não ter sido ele, a diferença entre eles era gritante, o verdadeiro Zain possuia uma estatura mediana para um homem do país, tinha um físico bom, não tiraria e nem colocaria nada daquele corpo, o achava lindo, atraente com aquele sorriso meio contido, era perfeito na aparência.... — a mulher suspira discreta com seu pensamento, sabia que nada daquilo era realmente seu, ele jamais a olharia com interesse, e se olhasse não a levaria à serio, e era melhor assim, tinha o namorado que amou desde a adolescência e tinha consciência que ainda o amava, aquele tempo longe a fizera entender que o Lionel era o homem certo para ela, sentia aquele leve aperto no peito, estava com muita saudade, nem se quer poderia ligar e ouvir sua voz. — lamentou profundamente voltando o olhar para a janela que estava com as cortinas levemente esvoaçante, pelo vento leve que entrou naquele instante. Prestou atenção que o homem falava em inglês, então não era devia ser algo que não pudesse saber.

Aquele era Daryl Hamaad, o noivo falso, e ambos aparentava ter a mesma idade e o mesmo gosto em se vestir, pelo jeito que pareciam ter intimidade ao conversarem deixava claro que eram bons amigos, o Zain mostra confiar cegamente no homem, alto, magro com a barba negra bem aparada, era um homem apresentável.

— O que foi que esta pegando? Vamos fale logo. — Zain diz enrugando a testa ficando muito sério, a sua voz soa preocupado.

— Bem...eu consegui resolver algumas coisas por aqui, mas infelizmente sabe como é, sempre há algo que passa despercebido, e sinto muito dizer, a primeira notícia já saiu e está na internet. — o homem fala de vez, depois coça o nariz pontudo de tamanho inconfundível. O Daryl tentou escolher bem as palavras, mas sabendo que não teria jeito teria que resolver aquilo sem deixar rastros, olhava atento esperando que o Zain pudesse ter um ataque de cólera a qualquer momento, ele havia sido direto quando pediu que acabasse com qualquer vestígio daquele assunto enbaraçante.

— Por Alá! O que foi que pedir? Era tão difícil assim rastrear esses corvos? Pedi que faça tudo que fosse POSSÍVEL e IMPOSSÍVEL, — diz ressaltando com ênfase nas últimas palavras — O que você está fazendo aqui ainda? — aponta a porta — mande o pessoal se movimentar agora rápido, derrube, tudo que tiver falando sobre esse assunto, contas, sites e-mail, bloqueie números, faça o que for necessário fazer. Mas não deixe que essa notícia continue circulando ou chegar até o Palácio. — agora fala alterando a voz dando as ordens quase gritando, estava apreensivo.

— O que está acontecendo?— Soraya pergunta sem entender porque toda aquela preocupação agitada dos homens.

O homem fala após olhar para o amigo procurando sua aprovação, o Zain balança a mão permitindo e anda até a janela olhando para o céu da tarde já escurecido.

— É sobre o acidente. Já está circulando boatos pela internet, algumas redes de notícia Já ultrapassa milhões de acesso, está espalhando muito rápido, não vai demorar a chegar até o palácio da família. Dizem que a suposta mulher do Zain foi encontrada no carro alcoolizada após um acidente, e foi presa e agora está sobre Custódia da polícia, sobre investigação e mais outras coisas que não parece viável falar...

— Mais eu não estava bêbada! Eu já falei! — fala olhando para o marido em tom de súplica tentando convence‐lo através do seu olhar, precisava que acreditasse nela — E eu também não fui presa! — diz ainda chateada com as notícias fake News. Agora sentia um pouquinho da indiguinaçao pelas quais muitos famosos passavam constantemente.

— Não foi. Porque eles precisavam investigar de quem se tratava, já que estava no carro do Zain, os policiais precisavam confirmar sua identidade, logo entraram em contato com o palácio descobrido que era esposa de um dos homens importantes do país e, que paga o salário deles. Isso é fato. — Daryl fala novamente fazendo a entender que aquilo era sério. Mas pelo olhar do marido ela já sabia realmente que era sério e que não era coisa boa, e pelo tom de desaprovação do homem ele já a estava acusando de ter cometido um crime.

Soraya o acha audacioso por referir-se a ela daquela forma, provavelmente acreditou que estivesse bêbada, mas nao precisava provar nada a ele, infelizmente o Zain não se mostra importar com o tom do amigo.

— Eu já pedi desculpa, sei que não não agir certo em ter saído do Palácio sem a companhia dos seguranças e motorista, mas eu só queria fazer uma surpresa...só queria agradar seu pai...— ainda falando para ele com uma voz muito baixa. Senti que as lágrimas podem aflorar a qualquer instante sentindo culpada, mas não sabia até que ponto aquilo era sério— Quais são os estragos? — mantém agora o olhar baixo com medo do que viria.

Antes de responder Zain formula um raso sorriso.

— Bom. Só pra começar. Tive que comprar uma emissora de tv, fazer o médico dar um relato que eu não sei se é o verdadeiro, também foi preciso conversar com os policiais persuadir‐los devido a situação, fazer o que eu não gosto de fazer, que é mostrar poder, mas tive que usufruir da soberania, e ainda tem muito mais, alguém fez um vídeo, e ainda não sabemos quanto isso ainda vai me custar de remédio para dor de cabeça, e insônia porque quanto dinheiro não estou preocupado.

— Mas que merda! Droga! — ela xinga comprimindo o olhar de punho-fechado com força, indignada. O marido olha lhe com repreensão no olhar, a mulher arrepende‐se envergonhada, abaixa a cabeça como um pedido de desculpa pela forma que se expressou.

— Irei conversar com o pessoal ver o que a gente descobre, te manterei a par de tudo meu irmão, vamos resolver isso logo. — Os amigos despede‐se.

O casal esta a sos novamente.

Quando o Daryl deixa sala do quarto, a esposa sente o marido lançar lhe um olhar de decepção, a faz sentir ainda mais culpado, está na hora de receber a punição.

— Pretende me castigar? Cancelar o contrato ou algo assim? — pergunta amedrotada.

— Não tem castigo, não precisa se preocupar, não é para tanto. — diante da expressão de medo da esposa, muda a fisionomia preocupada e seu olhar fica mais terno. Ele decide não esconder seu alívio em ver e saber que ela esta bem, só agora podia sentar e comer algo, pois viera imediatamente assim que soubera. Ele aproxima‐se um pouco mais do leito segurando em suas mãos com um pouco de força. — Tem certeza que não se machucou? Não está sentindo dor? — com uma das mãos livres ele acaricia a perna que esta coberta pelo lençol fino. — Não está sentindo mesmo nada? — passa os olhos novamente por todo seu corpo como se procurasse algo fora do lugar e a certeza visualmente que sua esposa estava bem.

— Não, sinto nada. Estou reamente bem. já falei me fizeram um monte de exames sem necessidade, e...

—Ótimo! Então vamos para casa! Vamos sair logo daqui antes que apareça mais incidentes. — diz a interromper a mulher.

Aliviada pelo simples gesto de carinho que recebera a pouco, ela concorda. Veste suas roupas rapidamente.

Ele sorrir surpreendentemente satisfeito quando vê que ela está pronta. Ele a pega no colo de repente divertido com olhar de surpresa dela, que abre e fecha a boca desistindo de fazer objeção.

Nos braços do marido é levada para o carro, ela se mostra tímida e sem saber como se portar, mas passa o braço e volta seu pescoço para segurar‐se, e se deixa ser levada para casa, encosta a cabeça no ombro dele ouvindo seu coração bater compassadamente calmo, ela respira suavemente, sentindo segura em seus braços.

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