Capítulo 11

Paulo

Após dizer a minha esposa que eu precisava viajar novamente no final de semana o meu coração se apertou ao vê-la murchar, eu tive muitos compromissos no hospital durante a semana, mas sempre dávamos um jeito de ficarmos juntos em casa, entretanto o pouco que tínhamos e o cansaço em que eu me encontrava eu só queria ficar grudado nela sem pensar em problemas.

Não que o meu filho fosse o problema, ele sempre me ligava ou eu ligava em meu horário de almoço e nos falávamos, ele mal parava de falar sobre sexta. E quando finalmente a sexta feira chegou junto com muitos problemas, eu disse a ele que chegaria somente à noite, ele contente disse que me esperaria.

Mas não consegui ir, e finalmente contei para a minha esposa sobre a existência de um filho com a minha ex. eu sabia que ela não me julgaria ou coisa assim, mas o fato de eu pela primeira vez ter mentido pesou ainda mais, e eu senti esse peso em minha aliança, e me arrependi por minha atitude desprezível.

Pela noite assim que disse que precisava dormir tentei deixá-la um pouco sozinha, enquanto eu mandava uma mensagem a Marcela dizendo que surgiu um assunto e eu não podia ir e que eu precisava ficar com a minha esposa, não menti. Quando ela dormiu eu vim para a cama e me deitei ao seu lado, a admirando, pedindo mentalmente que tudo voltasse ao normal, mesmo sabendo que seria impossível.

Senti o corpo dela se afastando do meu me trazendo um frio indesejado, percebi a campainha tocando, devia ser meus sogros, mas se me lembro bem, eles iriam para a cidade vizinha. Levantei-me rápido e fui atras dela, eu estranhei quando a vi parada na porta como uma estátua.

- Minha vida, você está bem? – indaguei preocupado me aproximando, sua mão saiu da porta deixado ela cair ao lado do corpo, no mesmo instante um menino passou por ela correndo, e então eu entendi o seu estado de choque.

- Papaiiiiiii – gritou agarrando as minhas pernas, me abaixei para pegá-lo em meu colo, no mesmo instante que encarava minha esposa que estava com um semblante triste e assustado se que era possível ambos ao mesmo tempo – você não foi me ver – chateou-se cruzando os braços

- O que fazem aqui? – indaguei para Marcela ignorando a pergunta do Pedrinho.

- Posso entrar? – indagou – eu estou cansada da viagem.

- Claro – minha esposa disse após engolir em seco, ela se afastou um pouco e permitiu a entrada da mãe do meu filho que entrou de maneira elegante e curiosa.

- Papai quem é ela? – Pedrinho indagou apontando para Amélia, ela me encarou de volta, mas seus olhos intercalavam entre o menino e eu. Podia entender o que estava sentindo, quando falávamos de filho ela detalhava que a criança pareceria comigo, seria um menino com a alegria dela e o meu sorriso, e Pedrinho era assim, o que ela sonhou comigo eu tive com outra mulher, com certeza não era fácil.

- Amelia, ela é a esposa do papai – declarei me aproximando dela que deu um passo para trás, mas logo percebeu sua atitude e em seguida sorriu para ele.

-Olá – ela disse se aproximando e quando foi tocar nele o menino se encolheu me apertando em seus braços, minha esposa abaixou a mão sabendo que ele não devolveria o cumprimento – eu sou Amelie, e como você se chama?

- Não te interessa – respondeu ríspido, sua atitude nos assustou, encarei Marcela e ela o repreendeu

- Pedrinho, olha a educação, não foi isso que eu te ensinei – rosnou Marcela, em seguida se virou para minha esposa – me desculpe Amelia, ele provavelmente está cansado da viagem, ele geralmente é um menino educado, eu sou a Marcela Petrova

- Tudo bem, eu trabalho com crianças e sei geralmente como se comportam com uma novidade inesperada – disse Amelia parecendo que a rejeição do Pedrinho lhe afetou – fiquem à vontade, eu vou – ela parecia não saber o que estava fazendo, mas eu a conhecia, minha esposa estava a ponto de desabar – Pedrinho quer ficar com o pai, então eu vou me trocar e depois preparar um café da manhã de boas vindas maravilhoso.

- Minha vida – eu a chamei, mas ela apenas sorriu em seguiu saiu, mas rápido que o necessário, Pedrinho tinha os braços apertando o meu pescoço, encarei Marcela ela deu de ombros – filho, o papai achava que você era um menino bonzinho e educado

- Eu sou bonzinho e educado papai – disse ele se afastando e me encarando – eu não gosto dela, por culpa dela o senhor não foi me ver.

Era impossível uma criança de cinco anos chegar a essa conclusão sozinha, encarei Marcela que me olhava intensamente e sussurrou que não tinha nada a ver com aquilo, mas eu já não tinha tanta certeza.

- Vou trocar de roupa e já desço para ficar com você ok? – indaguei o colocando no sofá, ele concordou após eu beijar os seus cabelos. Eu estava muito chateado com a sua reação, mas aquilo também eram culpa minha, foi eu que demorei a conversar com ele sobre a Amelia.

Assim que eu cheguei no quarto fui direto para o banheiro, ainda na porta era possível ouvir os soluços da minha esposa, eu era definitivamente um merd4.

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Comments

Gloria Katia Baffa

Gloria Katia Baffa

Eu mandava ele resolver isto em outro lugar. Mostrava para este menino que não manda na vida dele. Mostrava Marcela que ela não era bem vinda na casa dele.

2025-03-25

0

efss

efss

a vaca deve ter feito a cabeça do menino que horror. mas a culpa e do Paulo ele que deveria ter sido honesto desde o início

2025-04-13

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Silvaneide Ágatha

Silvaneide Ágatha

🤮🤮🤮

2025-03-21

0

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