Paulo Gustavo
É inegável que o menino sentado em meu colo é o meu filho, o menino tímido não disse nada, apenas ficou agarrado em meu corpo, eu não sabia se eu fuzilava Marcela ou se eu a ignorava completamente
- Filho, pode ir lá no quarto pegar o seu brinquedo preferido para mostrarmos ao papai? – indagou ela e o menino me encarou esperançoso
- Você quer ver o meu brinquedo papai?
- Claro – me limitei a responder, mas ainda assim ele pulou eufórico do meu colo e saiu em disparada atras do seu brinquedo – Bruno entrara em contato com você para fazerem o exame de dna
- Acha realmente necessário? – disse irônica
- Sim, eu não confio em você – assegurei – o que você fez é cruel, nem minha mãe seria capaz de tal coisa, tem noção de todas as merd4s que você fez?
- Você está sendo baixo nas palavras Paulo
- E você foi vil nas atitudes, tão baixa quanto possível – declarei ela não respondeu porque o menino voltou e me entregou uma pelúcia azul
- Esse é o sansão – disse ele e começou a me explicar que era igual ao que a Mônica tinha eu não sabia dizer quem era Mônica.
Passei praticamente toda a manhã com o garoto evitando Marcela, mas ele sempre incluía a mãe nas suas histórias e brincadeiras, por fim fez um drama digno de teatro quando eu não aceitei ao almoço, mas me dei por vencido e fiz a refeição com ele.
Por volta das duas da tarde ele dormiu finalmente em meu colo, pois o mesmo não queria me largar, eu ainda não sabia o que sentir em relação a ele, apesar de ser uma cópia minha eu queria ficar seguro em relação ao dna. Eu não confiava mais em uma pessoa que eu passei longos dez anos juntos e ainda assim foi capaz de me enganar.
Me enganou, e ainda por cima me afastou por mais de cinco anos do meu filho, perdi tantas coisas, não criei uma só conexão com ele durante tantos anos, na hora do almoço eu não sabia se quer sua comida preferida. Era tanto tempo perdido e isso me deixava com tanta raiva dela.
Tirei os cabelos que caiam em sua testa e beijei o local, ele tinha cheiro de criança, era um cheirinho de paraíso, de calmaria, me afastei do meu filho e suspirei. Eu não curtia a ideia de ser pai, mas pouco a pouco com a minha Amelia isso preencheu os meus pensamentos, e agora eu estava cobrindo o meu filho que tinha cinco anos e era a primeira vez que eu estava fazendo isso, e não era com ela.
- Ele estava eufórico – disse ela com uma xicara de café nas mãos, o seu sorriso perfeitamente branco e alinhado estava pela primeira vez sem graça, ela sabia que tinha errado, os cabelos castanhos e curtos estavam presos em um meio coque e ela colocou uma pequena mexa que se soltou atras da orelha, ela podia ainda continuar a mesma, mas não passava de uma mentirosa – você está me olhando estranho
- Deve ser porque eu estou te julgando em pensamentos – declarei parando ao seu lado na enorme janela de vidro, enfiei as mãos em meu bolso e sorrir descontente – eu não sabia que a mulher com quem eu passei dez anos ao lado era uma mentirosa, egoísta, irresponsável
- Irresponsável? – debochou – eu dei tudo do bom e do melhor para Pedro, estudou nas melhores escolas de Nova Iorque, é bilingue, uma criança inteligente e que de uma forma ou de outra se manteve perto de você porque todos os dias eu sempre fiz questão de mostrar fotos suas e de falar de você para ele.
- E foi o suficiente Marcela?
- Eu descobri a gravidez assim que cheguei em NY eu sabia o que você faria, eu sabia que você não iria se afastar do bebê, mas também que não abdicaria da sua vida aqui para viver o meu sonho lá
- Tem razão, eu não faria isso – concordei
- Você faria por sua amante?
- Ela não é minha amante, Amelia é minha esposa – decretei encarando os seus olhos para que ela visse que eu estava com muita raiva e que eu não estava brincando – e sim, eu faria, eu faria qualquer coisa pela minha esposa.
- Sua esposa sou eu – rosnou
- Eu vou resolver essa merd4 e esse assunto nunca mais vai surgir, entendeu? – indaguei sério e ela me encarou por um instante, só então ela levantou o dedo anelar e me mostrou a sua aliança em seu dedo – não torne as coisas difíceis Marcela ou eu entrarei em uma briga judicial com você e acredite, eu não medirei esforço algum para ganhar.
- Você não teria coragem, eu tenho Pedrinho – disse com um sorriso cínico – e eu conheço o seu coração – sua mão veio parar em meu peito, eu segurei em seu pulso e afastei – você com certeza não iria gostar de ficar sem notícias do menino, mas não se preocupe, eu não vim prejudicar sua vida, só quero que o meu filho tenha alguns momentos com o pai.
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Atualizado até capítulo 67
Comments
Gloria Katia Baffa
Que mãe safada e sem noção de nada. Está mulher não tem coração ❤️. Ela deve contar tudo para Amélia.
2025-03-25
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Angela antunes
Safada e cruel. Nossa aguentar isso até o final do.livro. Ela vai massacrar a Amélia. e é bem capaz da Amélia não poder ter filhos. vão ser duas cobras ferrando a vida da outra e o panaca não vai fazer nada. qualquer juiz daria a guarda compartilhada para ele. ela escondeu o filho.
2025-01-16
1
Ana selma de oliveira gonzaga Gonzaga
ela é médica conserteza levou o esperma dele e botou em outra
2024-11-06
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