Amelia
A semana passou voando e hoje já era sexta feira, com o problema do médico meio resolvido no hospital surgiu outro, uma serie de virose pareceu contaminar todas as crianças da cidade, o hospital ficava lotado e nisso alguns queriam causar briga pela demora no atendimento, eu até as entendia, o hospital atendia publico e particular, algumas alas eram divididas mas ainda assim foi trabalhoso e Gustavo tem chegado em casa bastante cansado.
- eu não sei Celeste, eu sinto como se ele quisesse me contar algo, mas tem sempre um motivo que o trava – confessei com a minha amiga enquanto eu o aguardava vir me buscar, ele estava meia hora atrasado, mas não tinha problema porque alguns pais sempre chegavam uns vinte minutos após o horário de saída.
- dá um chá bem dado e depois chama pra conversar, ele vai está casado e não vai encontrar motivos para fugir da conversa, repetindo porque vai está cansado – disse e eu poderia até dizer que ela estava brincando, mas eu a conhecia bem, eram cinco anos de amizade, desde o meu primeiro estagio, e eu sabia que ela falava serio.
- você não pensa em outra coisa? – indaguei após revirar os olhos
- não, viu o meu negão cansado quando veio pegar a vitória? – indagou deveria ser mais para si mesmo – dei um chá nele a noite inteira para não da nem confiança para aquelas mulher enxeridas que vão na oficina fingindo ter um problema no carro, quando o problema é falta de água para apagar o fogo no rabo
- meu Deus – eu arregalei os olhos, como ainda era possível me surpreender com o que ela dizia? – porque vocês não se assumem logo?
- Não sei – deu de ombros – faça o que eu estou falando, coloque-o na parede, se coloque primeiro – sorriu maliciosa – conversem, você está um pouco dispersa a semana toda, é final de semana, sextou, aproveitem juntos, um vinho, uns petiscos.
Concordei, eu resolvi que seguiria o conselho dela, por uma parte ela tinha razão. Eu precisava fazer Gustavo relaxar, ele estava muito tenso por conta do trabalho e eu faria o possível para o nosso final de semana ser memorável.
- desculpa o atraso vida – disse assim que abriu a porta para mim após me dá um beijo, sorri dizendo não ter problema e embarcamos com ele no volante – amor eu tenho que viajar hoje para a capital
- por quê? – indaguei rápido assustada e no mesmo instante já murchei como uma flor, mais um final de semana sozinha?
- quando chegar em casa vamos conversar – disse ele e no mesmo instante alguém atravessou a rua correndo e Gustavo freou de uma vez, por sorte estava de cinto e não fui para a frente, mas como eu estava com a cabeça encostada no vidro do carro eu bati levemente – porr4 que droga, adolescente irresponsável – disse nervoso e me encarou – droga amor, abriu um pequeno corte.
- não foi nada – disse mas doía, foi uma pancada e tanto que o local latejou, os motoristas atrás começaram a buzinar – vamos
- precisamos limpar isso minha vida – ele disse enquanto observava o pequeno corte, não era nada, mas ele parecia nervoso e preocupado.
- em casa podemos fazer isso amor – garanti lhe dando um beijo, ele respirou aliviado em seguida concordou, voltou a dirigi e o seu celular voltou a tocar – posso atender para você se quiser amor.
- não precisa vida, deve ser o Bruno dizendo que eu esqueci de assinar alguns papeis, se for urgente ele leva em casa para mim
- mas você não ia viajar? – indaguei com o coração preste a sair pela boca, eu sentia que algo estava acontecendo, ele negou após um suspiro. A ligação tinha parado, mas em seguida voltou a tocar, toquei em seu celular e quando eu vi uma mulher com um cabelo curtos sobre os ombros e a aparência de uma mulher de negócios ele pegou o celular da minha mão e o bloqueou, sua atitude foi um tanto estranha, três anos de relacionamento e ele nunca fez isso
- depois eu retorno
- não era Bruno – foi o que eu disse, ele apenas concordou e permanecemos em silencio o restante da viagem. Gustavo sempre foi cavalheiro e tinha o costume de abrir a porta para mim, mas desta vez eu não esperei, apenas desci assim que ele estacionou, cumprimentei Jamil que avisou que as meninas da casa já tinha ido junto com o senhor Leonardo, agradeci e subi diretamente para o meu quarto.
Eu cresci em um lar carregado de amor, meus pais se brigavam não permitiam que eu visse, e minha mãe dizia que quando o meu pai estava estressado ela apenas se afastava e deixava ele respirar, e assim eu fiz. Eu queria gritar por explicações, mas eu não acreditava que era assim que eu as teria.
Quando eu ainda estava no banho o meu marido entrou no lugar parecendo carregado de coragem, parecia que se ele não dissesse ali, e agora ele não contaria mais e então soltou a informação que certamente eu nunca esperei ouvir, não desta maneira.
- eu não ia para a capital a negócios – confessou e suspirou, desliguei o chuveiro e o encarei esperando que continuasse – Eu ia porque eu havia prometido ao meu filho que iria visitá-lo hoje.
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Atualizado até capítulo 67
Comments
Gloria Katia Baffa
Como ele fez isto com Amélia. Ele poderia ter conversado com ela . Não jogar bomba assim.
2025-03-25
1
Silvaneide Ágatha
🤣🤣🤣
2025-03-21
0
Branquinha
Ele jogou a bomba assim de uma vez na cara dela? Nossa
2024-10-23
0