Capítulo 02

Paulo Gustavo

- A senhora Gutemberg é uma mulher de sorte – disse o meu assistente assim que entrei em meu carro após me despedir da minha esposa, lhe daria apenas uma carona para ele visitar a sua família, mas ao contrário de mim que já estava ansioso pelo retorno, ele voltaria somente no domingo.

Era até feio da minha parte não a convidar, mas eu sabia que não largaria os seus alunos e que não se sentiria à vontade em meio a minha família, eu não seria capaz de deixá-la desconfortável, era minha parte juntar minha mãe e ela, mas eu sabia que não adiantaria e para evitar magoar Amelia eu evitava.

- é totalmente o contrário Bruno, eu sou um homem de sorte por tê-la em minha vida – disse e coloquei os meus óculos estilo aviador ligando o carro em seguida, é claro que não íamos de carro, pois eu não suportava dirigir por tantas horas, apesar de ter um motorista eu deixei para pegar minha esposa na escola onde ela insiste em trabalhar e eu não vou me opor.

De helicóptero chegamos muito mais rápido, e a tempo para a primeira reunião em um dos hospitais da família, a segunda seria um jantar, assim que todos Gutemberg chegassem, existia alguns que administravam outros hospitais, os meus pais ficaram receosos quando eu decidi investir em girassol após conhecer a cidade, um ano depois que o hospital estava pronto para me receber conheci Amelia, o qual eu me apaixonei perdidamente por seus cabelos ruivos e por seu olhar doce.

- Por que diabos o jantar foi marcado em um hotel? – indaguei para a minha mãe que era uma mulher excelente nos negócios, a relação dela e de meu falecido pai era baseada nisso, creio eu que os dois mais falaram de negócios nos mais de trinta anos juntos antes de ele morrer do que namoraram, o meu pai faleceu a quatro anos logo após eu dizer que iria investir na pequena cidade.

- Onde está Bruno o seu assistente? – indagou sem responder a minha pergunta, na primeira reunião não nos falamos, pois ela teve uma chamada importante, os cabelos presos soltos em uma escova perfeita estavam mais loiros que a última vez que a vi, a sua postura ereta e confiante era de quem queria intimidar, era sempre assim

- Você pergunta por ele, e não pela minha esposa? – a minha voz era carregada de sarcasmo, ela ergueu uma sobrancelha e finalmente me fitou

- Você não é burro de trazê-la e ela pouco me importa – assegurou, eu odiava que a minha própria mãe não aceitava que eu estava feliz com a minha vida.

- Não sabendo a doce mãe que eu tenho, eu amo minha esposa jamais permitiria que ela passasse por tal desconforto – assegurei e ela fez uma expressão enraivada, ela me conhecia o suficiente e sabia que de verdade eu amava Amelia, e para o seu azar, nada do que fizesse me faria mudar de ideia.

- Não tendo filhos com ela eu aceito esse casamento – voltou a dizer, eu era o homem de trinta e cinco anos, não era possível que ela achava que ditaria o que eu deveria fazer.

- Para a sua informação mãe, eu e Amelia teremos sim, muitos filhos por sinal – declarei me levantando do lugar quando a Hostess caminhou em nossa direção, em seguida nos indicou o lugar, a mesa para oito pessoas estava cheia.

Fazíamos uma reunião dessa a cada dois meses, era sempre na mansão da minha mãe, mas boa parte do lugar estava em reforma e ela achou melhor ser no hotel o que não atrapalhava em nada.

Quando deu por volta das vinte e duas horas e eu sabia que por se cansar e ter acordado cedo minha esposa dormiria logo eu me afastei e fui para o bar do restaurante que era o lugar mais vazio porque todos estavam no salão.

Eu era apaixonado por ela desde o segundo em que a vi, sempre soube que eu formaria uma família com ela, porque era o que ela queria, ela é apaixonada por criança, mas cedo ou mais tarde teríamos a nossa, e confesso que seria um sonho ter uma mini copia dela correndo por nossa casa.

- Eu não vejo a hora de termos o nosso filho – declarei e ouvi o seu suspiro animado, estávamos prestes a desligar, mas eu queria deixá-la feliz, sabia que estava chateada por ter que ficar sozinha.

- Eu também não vejo a hora de ter em meus braços um menino loiro e de sorriso lindo como o pai – revelou – eu te amo Gustavo, volte logo amor, estou com saudade.

- Eu te amo minha vida – declarei novamente ao desligar o telefone, pensei no seu cheiro no qual eu dormiria sem hoje e no mesmo instante fiquei descontente, eu queria lhe fazer uma surpresa ao acordar, já iria mandar uma mensagem para o piloto para adiantar a nossa ida para a cidade quando eu escuto alguém me chamando.

- Paulo Gustavo, é você? – a voz soou mais perto, e quando eu a encarei o meu passado estava bem diante dos meus olhos.

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Comments

Marli Batista

Marli Batista

Eita que a cobra caninana 🐍🐍🐍🐍🐍🐍 ja apereceu pra atrapalha e sogra vacaranha 🐂🕷️ aff 😡😡😡😡😡

2025-04-07

0

Adryelle de jesus😍

Adryelle de jesus😍

cada a foto autora

2025-01-04

2

Jane Cleide

Jane Cleide

Aff teremos uma ex doida e uma sogra recalcada !!!!será ?

2024-10-14

1

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