Heloísa.
Confesso está um pouco apreensiva por ter aceitado esse relacionamento de verdade, ainda mais que dizem que praga de mãe pega.
Espero de verdade que o Matheus não me decepcione, pois eu posso até ser presa, mas levar pancadas de homem eu não vou aceitar não.
Subo para o quarto assim que chegamos na casa dele, pois só tinha homens lá, e eu não gosto de ficar em meio a tantos homens me olhando.
Pego a minha máquina na gaveta, e pela janela da casa dele eu começo a tirar algumas fotografias.
Mais uma vez escuto a briga do casal daqui de cima, mas dessa vez ela parece está batendo nele com mais força.
É a lei da vida, ou você bate, ou você apanha. Se a minha mãe tivesse revidado o primeiro tapa do meu pai, ele teria aprendido a lição e não tocaria mais nela.
Mas apartir do momento que você leva o primeiro tapa e fica quieta, é uma porta que se abre para o agressor continuar fazendo isso por várias vezes.
Daqui da minha janela tenho a visão perfeita do morro, das casas amontoadas uma em cima da outra, posso ver um pedaço do campo de futebol, e vejo algumas pipas no ar.
Vejo um negócio que parece umas cabines andando em cima de uma corda. A visão deve ser linda. Tenho certeza que irei tirar uma boa fotografia lá de cima.
Saio do quarto com a minha máquina na mão, vou falar com ele que eu vou andar nesse negócio, mas quando eu desço não o encontro lá, somente o cara que eu conheci hoje.
— oi... Caio né? — ele balança a cabeça confirmando. — sabe onde está o chefe?
— acho que ele não vai gostar de você chamar ele de chefe hahaha. Mas, ele saiu disse que logo voltava. Posso te ajudar em alguma coisa?
— queria falar com ele, avisar que eu vou andar naqueles negócios que ficam em cima do morro.
— os periféricos?
— se chamam assim? Pois bem, é nisso mesmo.
Ele da risada e pega um dinheiro na carteira dele e me oferece. Eu nego com a cabeça, mas ele diz que ali não é de graça e que é um presente.
Eu pego com vergonha. Sorrio para ele agradecendo. Ele não é igual o outro, ele não me olha com malícia e não fala embolado com gírias, ele é um estilo Matheus.
Saio da casa do chefe e vou perguntando como eu faço para pegar o periférico, e o povo da comunidade começam a me mostrar o local.
Sigo o caminho, e quando eu chego pago, e digo que vou dar a volta, que vou descer aqui novamente.
Ele concorda e eu subo na cabine. Vejo completamente o morro daqui de cima, e tiro as mais belas fotografias que eu já tirei na minha vida.
Conforme ele vai voltando para o ponto de partida, eu vou olhando as fotos e me apaixonando.
Quando eu chego no fim, agradeço o rapaz e desço. Sigo conhecendo o resto do lugar.
Vejo a Larissa em uma comércio, tipo um barzinho. Ela me vê e me chama.
— bora tomar uma Helô, vamos nos divertir.
— você está sempre bebendo né? Você por acaso é movida a álcool?
— o álcool é combustível para o meu corpo, eu bebo sempre que sinto o tanque vazio.
Começamos a rir e eu me sento ao seu lado.
Bebemos algumas bebida, eu tento acompanhar ela, mas por eu não ser acostumada, não aguento muita coisa.
Até que uns barulhos de fogos começam, e a dona do bar corre para fechar as portas. Ela manda a gente ficar em baixo da mesa no chão, quando cessar os tiros ela volta a abrir as portas.
— tiros? Larissa isso são tiros e não fogos?
— dificilmente soltam fogos, somente quando a polícia está subindo o morro, é como um sinal de aviso. Esses são tiros mesmo, mas acho que é de execução e não de guerra.
Fico com medo, o Matheus estava na rua quando eu saí, e ele nem sabe que eu estou na rua também.
Alguns minutos os tiros cessam, e a dona do bar vendo que foi cessado vai até às portas e volta as abrir.
Hum dos homens passam e diz que hoje terá o toque de recolher as 21:00.
— o que é toque de recolher?
— as 21:00 não pode ter ninguém na rua, ou eles iram meter bala em quem tiver fora de casa.
— matam assim, do nada? Só por que a pessoa está na rua?
— sim, por isso eles avisam antes, para não dizer que não sabiam.
Nos sentamos na mesa, o celular da Larissa toca, e ela diz que tem que ir e manda eu ir para casa do chefe, e ficar lá até a segunda ordem.
Ordem? Já começou com isso.
— onde você vai?
— deixa de ser curiosa Helô, vai para casa e depois nos conversa.
Ela sai, e eu me levanto da mesa meio zambeta, minhas pernas insiste em parecer pisar em falso.
Olho para o chão e parece que ele é fundo, estou bebinha de novo.
Com uma certa dificuldade eu chego na casa só chefe. Eu nunca vi o que tem nos fundo dessa casa, então resolvo explorar.
Me deparo com uma piscina, piscina na favela é inédito, ele deve ser muito rico mesmo.
Retiro a minha roupa ficando só de lingerie. Dizem que água fria tira o álcool do corpo, então vamos ver se é verdade.
Vejo onde a água é mais rasa, pois eu não sei nadar, mas gosto muito de água. Vou descendo pela escadinha e aqui a água fica na minha cintura.
Mergulho várias vezes, até que em uma delas dou de cara com o chefe. Abaixo meu corpo na água deixando somente o meu rosto de fora.
— não está em baixo das cobertas, eu posso ver seu corpo todinho daqui.
Fico com vergonha, e ele começa a retirar sua roupa, ficando somente de cueca. E eu babo por esse corpo delicioso que ele tem.
Ele mergulha e vem direto em minha direção. Quando ele sobe já gruda em meus lábios, e me pega em seu colo, me levando até a beirada da piscina.
— eu quero você.
— me quer? Como assim?
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Atualizado até capítulo 87
Comments
Meire
Concordo!
Meu pai tentou bater na minha mãe um vez, mas não passou do primeiro tapa!
Ela pegou de cabo de vassoura e arrebentou ele e ainda botou pra fora de casa pra nunca mais entrar!
2025-01-17
0
Josi Gomes
ACHO QUE O PEDRO ESTÁ ENVOLVIDO NESSE TIROTEIO , ELE QUER MATAR O MATEUS, PARA FICAR COM A HELÔ
2025-01-30
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Meire
O Pedro é o tipo malandro, escroto e não vai demorar nada pra comer grana pela raiz, só espero que não faça mal pra Heloísa nem pro Matheus antes disso!
2025-01-17
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