Matheus
Ouvindo ela falando que matou o próprio pai para salvar a mãe de ter uma vida de escrava e vendo a mãe defendendo o desgraçado, é de föder tudo.
Ela fez o que eu também teria feito se alguém tivesse encostado na minha mãe.
Não entendo do porquê ela está acusando a filha de ter livrado ela dessa vida.
Cada palavra que ela fala para a mãe, tentando explicar que esse foi o único jeito da mãe ser feliz é lindo.
Mas, a mãe só a ofende. E dizer que ela está em um relacionamento com bandido e que irá ter a mesma vida dela... Bem, eu jamais tocaria na Heloísa para fazer mal.
Ela desperta o melhor de mim, não vou machucar ela nunca. E se um dia eu fizer, mesmo que sem querer, eu mando arrancar as minhas mãos fora.
Ela vai embora falando que não tem mais filha. Toco no ombro da Heloísa, e quando a moto some, ela começa a andar.
— vamos voltar para casa.
— preciso de um tempo sozinha. — ela fala andando, sem nem olhar para trás.
Abaixo a minha cabeça, eu farei os dias da Heloísa os melhores. Ela não sairia nunca mais daqui.
Subo na minha moto, e vou acompanhando ela de vagar. Paro do seu lado e a chamo para darmos uma volta.
— não quero, eu preciso desse tempo por favor...
— não, não vou deixar você sozinha pensando em besteiras. Apartir de hoje você é uma nova mulher. O que você fez pela sua mãe é admirável, eu teria feito do mesmo jeito.
— e por que ela não vê assim? — ela fala já começando a chorar.
Desço da minha moto e a abraço forte e ela me abraça também. Ficamos um tempo ali, até que ela se acalme.
— você foi perfeita Heloísa, não se martírie por isso, um dia ela vai perceber que você fez isso para ajuda-la, até lá, não fique triste, a não ser que você se arrependa do que fez.
— isso nunca, nunca vou me arrepender de ter queimado aquele desgraçado. — ela levanta a cabeça me olhando — Sabe, no dia que eu queimei ele, cheguei em casa e ela estava na cama toda quebrada. Depois que a levei para o hospital tive a ideia de queimar a casa. A casa tinha seguro, então sabia que ela ficaria bem.
Pergunto para ela como tudo aconteceu, e ela começa a me contar cada detalhe. E me surpreende muito o fato da mãe dela a acusar tanto de matar um verme desse.
— eu sinto muito por tudo o que você passou, mas vou fazer de tudo para daqui para frente seus dias sejam os melhores. Me dê a chance de te transformar em uma rainha.
— me promete nunca levantar a mão para mim?
Acaricio sei rosto, e coloco seu cabelo para trás do seu ombro.
— cortarei minhas duas mãos se um dia elas se levantarem para te fazer mal.
Ela volta a me abraçar.
— isso é um sim?
— podemos tentar, mas não me trata como se eu tivesse a obrigação de fazer alguma coisa, e não me mantenha mais presa.
— não poderá sair do morro, ouviu sua mãe com certeza ela irá colocar polícia para vigiar a entrada do morro para se você sair ser pega. Mas, prometo que serei um bom namorado.
Me abaixo e lhe dou um beijo e a chamo para irmos para casa.
Chegamos lá está o Pedro e o Caio, Caio é meu parceiro de verdade, ele sempre está do meu lado em todos os momentos.
Claro que ele não sabe o que eu fiz aqui, mas desde o dia que me nomearam o dono do morro, ele tem ficado do meu lado.
Ele vem e me um abraço de amigo.
— cara, eu preciso falar com você urgente.
Ele fala e olha para a Helô, e só a cumprimenta com a cabeça. Ela diz que vai subir para o quarto e nos deixa a sós aqui.
Nos sentando os três no sofá.
— cara, eu tenho uma desconfiança que a Mika está me botando chifre.
— ela sabe que não pode fazer isso, por que desconfia.
— fui lá resolver a questão das armas, e quando eu cheguei estava cheio de amor para dar para ela, e ela recusou. Então fui no banheiro e vi um perfume que não é o meu. Mas quando eu perguntei para ela, ela disse que comprou para mim. Mas porque tirou da caixa não é?
— sabe que precisamos ter certeza, diga a ela que você vai viajar de novo, e vem aqui para minha casa. Vou deixar dois olheiros de olho nela, e assim que tivermos a certeza, vai os dois para o pneu.
— certo, e... Quem é essa aí?
— a fiel que o Matheus mantém presa aqui.
Olho para o Pedro repreendendo suas palavras. Explico para o Caio como tudo aconteceu, como a curiosa caiu nas minhas mãos.
— você acha que ela é jornalista?
— achava, mas agora sei que não é, já sei o motivo de ela ter entrado no morro e agora ela será bem acolhida.
— ela contou para você? — Pedro pergunta com uma voz de surpresa, ele está interessado de mais nela, mesmo ele sabendo que ela é minha, ainda fica dando esses moles.
— sim, nos conversamos. Somos um casal né, precisamos nos conhecer.
Ele só balança a cabeça confirmando. Ele se levanta olhando o relógio e diz que precisa resolver um b.o.
— cara, sei que ele é teu amigo, mas eu não consigo confiar nele.
Caio diz assim que o Pedro vai embora. Pior que eu estou começando a não confiar tanto nele depois que ele viu a Heloísa.
Todos sabem que devemos respeitar a mulher do outro, e sinto que ele vai querer aprontar alguma coisa contra eu e ela.
Espero está errado, não quero ter que machucar ele, eu não machuco ninguém que eu gosto, mas se for o caso vai para o matagal.
— então, liga para sua mulher, já diz a ela que eu mandei você para outro lugar, e só volta daqui dois dias.
Vamos ver se meu amigo está sendo enganado, mulher é que não falta nesse morro para consolar ele.
Caio Pereira, 24 anos. Melhor amigo do Matheus.
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Atualizado até capítulo 87
Comments
Josi Gomes
ESSE PEDRO NÃO É DE CONFIANÇA , EU ACHO QUE ELE VAI APRONTAR ALGO CONTRA O MATEUS, PARA ELE MORRER E O PEDRO FICAR COM A HELÔ
2025-01-30
1
Ivanilde T. Serra
Estou indo te consolar Caio.
2024-12-24
1
Jucileide Gonçalves
Lindo, gostoso, rico, pobre, bom ou ruim para quem não tem caráter nada disso impota.
2024-12-16
1