Matheus
Vou agora o meu quarto atordoado, ter visto ela daquele jeito acabou com o resto de sanidade que eu tinha, mas, ela ter me chamado de tarado foi o fim do mundo.
Eu não sou tarado, não sou pervertido. Não com que não me dá ousadia. E se ela não tivesse bêbada a gente até conversava, mas eu não a tocaria sem seu consentimento.
Vou para debaixo da água gelada para aliviar o corpo quente de tesão que aquela garota deixou.
Ela falou do seu pai com tanta amargura, e sua resposta de que não foi ela quem matou ele, não me convenceu.
Tenho certeza que ela o matou, e pelo jeito que ela disse, deve ter feito igual eu fiz com o otário daqui, queimado vivo.
Depois do banho eu saio, visto somente uma cueca e um short, aqui estamos no tempo do calor, e aqui no morro aparece que é o lugar onde o sol mais bate.
Me deito na minha cama colocando minhas mãos para trás da minha cabeça e fecho os olhos para dormir.
Sou acordado por gritos vindo do quarto da garota, me levanto pegando a minha arma embaixo do travesseiro e sigo para o quarto dela.
Abro a porta e ela não está na cama.
— cadê você... Onde você está?
Ela não responde, mas escuto seu choro dentro do banheiro. Bato na porta e mando ela abrir.
— Não, esse infeliz veio me buscar, manda ele ir embora. — e volta a chorar.
Olho ao redor do quarto, será que alguém entrou aqui?
Começo a procurar por todo o quarto, e mando os caras entrar para procurar pela casa algum homem.
Mas a casa está limpa. Volto para o quarto mandando eles ficarem alerta nos pontos de entrada da casa.
Quando eu chego bato na porta.
— não tem ninguém aqui, pode sair.
Ouço a tranca da porta e ela abre com os olhos vermelhos de tanto chorar.
— ele estava aqui, eu vi ele.
— quem você viu?
— o meu pai.
Ergo a sobrancelha para ela sem entender, ela me disse que o pai dela estava morto, como ele veio parar aqui?
— ele não está morto?
— está, mas disse que eu fui uma má filha e que vai me levar com ele. Eu estou com medo.
Ela fala e vem para cima de mim, e me abraça. Fico sem reação, a tempos eu não recebo abraço de ninguém, e ter ela assim tão perto... Tão... é para acabar comigo.
Empurro ela me soltando do seu abraço, não vou me apegar a ela de jeito nenhum, ela parece que não bate muito bem da cabeça, e isso é tudo que eu não preciso.
— me desculpa eu não... Eu... Esquece, me deixa sozinha.
— amanhã vou te levar na médica do postinho, você deve está com algum problema na cabeça.
— não, não preciso de médico, eu só preciso ficar sozinha.
Eu confirmo com a cabeça e saio do quarto. No meio do caminho eu paro. Olho para trás, para a porta do seu quarto que fica de frente para o meu. Olho por alguns instantes e entro no meu quarto.
Me deito na minha cama novamente, mas dessa vez eu demoro um pouco mais pra dormi. Mas durmo.
Acordo já é de manhã, e vou fazer a minha higiene matinal.
Saio do meu quarto e olho para a porta do quarto dela e a abro. Ela está olhando pela porta da sacada, sentada no chão.
— dormiu bem?
— eu não consegui dormir. Ele estava vindo em meus sonhos, então preferi ficar acordada.
Vou caminhando até ela, e estendo a minha mão para que ela se levante, e ela me dá a mão e se levanta.
— vai fazer a sua higiene, te espero na mesa para tomarmos café da manhã, vou chamar alguém para te fazer companhia enquanto eu não estiver aqui.
— vou ter uma babá para não fugir?
— exatamente. — nem era para isso, era só para ela não se sentir sozinha, mas se ela quer me afrontar vou mostrar que eu mando aqui.
Saio do quarto e ela vai para o banheiro. Pego meu celular e ligo para a Larissa. Pois apesar de ela ser meia doida, é a única que pode cuidar bem dela enquanto eu não estiver olhando.
E uma amizade aqui no morro vai ser muito bom para ela.
Larissa atende logo a minha ligação, eu mando ela vim aqui em casa para eu passar uma ordem para ela.
Ela vem rápido, já que mora perto daqui.
— Larissa, Aparti de hoje você trabalha para vim, na verdade para a garota que está aqui comigo.
— a Helô?
— esse é o nome dela?
— está com ela desde ontem e não perguntou o nome dela? — balanço a cabeça negando, eu não precisava saber o nome dela... Eu acho. — certo, vou cuidar dela sim.
Passo tudo que é para fazer com ela, não a deixar sozinha em momento nenhum quando eu não estiver. Dou um cartão de crédito para ela comprar o que precisar para a Helô... Helô, um nome tão fácil.
Ela desce as escadas usando outro vestido, e esse é mais lindo do que o de ontem. Esse deixa as curvas dela bem visível.
— compre roupas para ela lá, o que ela quiser, eu vou para a boca, depois você me passa todo relatório.
Ela confirma com a cabeça e eu saio.
Chego na boca e vejo o Pedro já me esperando. Pedro é chefe de outro morro, mas somos aliados, ele é do morro do jacaré.
— ouvi dizer que você está com uma princesa, vai transformar ela na sua fiel?
— não, ela só está lá em casa por uns dias, chegou aqui e não falou por que veio, estou só fazendo a segurança.
— dizem que é a maior gata, apresenta ela pro seu parceiro aqui.
— não, deixa ele em paz, logo ela vai voltar pra casa dela e já era.
— beleza então. Ouvi dizer que a polícia vai subir o morro para apaziguar a comunidade.
— deixe que venha, estarei esperando ansioso por eles.
Pedro Bernardes, 25 anos, dono do morro do jacaré.
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Atualizado até capítulo 87
Comments
Darliane
Acho que vou largar a máfia e ir para o morro.
- Hi God, it's me again. 🤣🤭
2023-05-18
103
Josi Gomes
DEVIA TER DITO QUE SIM , JÁ QUE ESSE PEDRO , NÃO PARECE SER DE CONFIANÇA E VAI QUERER FICAR COM ELA, E VOCÊ VAI FICAR COM CIÚMES DELA, JÁ QUE FICOU, COM CIÚMES DO SOLDADO , SÓ QUE O PEDRO , É PERIGOSO
2025-01-29
1
Ivanilde T. Serra
Minha nossa senhora das calcinhas molhadas
2024-12-24
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