Matheus
Pelo menos consegui que ela seja a minha namorada. Ter um homem rondando ela não me agrada em nada.
Seu beijo mesmo que desajeitado, me encantou muito. Um beijo doce, inocente igual a ela.
Estou a esperando na ponta da escada, e quando elas aparecem minha boca cai no chão.
— o que é isso?
Ela cutuca a Larissa, e ela fala alguma coisa no ouvido da Helô. A Larissa ri para mim. Elas vão descendo, e eu continuo a olhar para ela com um ar de reprovação.
— não vamos para um puteiro.
— e eu não sou putä. A roupa não diz quem eu sou.
— pois é o que está parecendo.
— para com isso chefe, ela está linda, ela tem que mostrar tudo que tem. Todos vão respeitar ela por ser sua fiel.
A Helô revira os olhos e balança a cabeça olhando para o outro lado.
"Respira Mateus, respira. Não deixe ela te enlouquecer."
Falo comigo mesmo para tentar manter a calma antes que eu faça alguma merdä.
Viro as costas para as duas, e saio. Subo na minha moto, e a Larissa ajuda a Helô subir na minha garupa, e vai para a moto dela.
Helô me abraça como na primeira vez, um aberto tão gostoso.
Ligo a moto e disparo para o baile. Chegando lá subimos direto para a parte de cima, seguro na mão dela, e ela puxa.
— agora vai ter que deixar amorzinho, não se esqueça que somos namorados.
— de mentira. Precisa mesmo desse mel todo?
Sorrio balançando a cabeça que sim, e pego novamente em sua mão.
Me sento e puxo ela para sentar em meu colo, ela recua um pouco, mas eu sempre a lembro do nosso compromisso.
— você disse que sabia fingi, então finja como uma boa namorada.
— eu sei fingir bem, mas tem coisas que são de mais até para uma atris de novela.
O restante do povo começa a chegar. O Pedro chega batendo o olho na Helô e em mim, e sorri desapontado.
Ele se senta do meu lado, e eu me levanto com a Helô.
Chamo a atenção de todos ali e apresento ela como minha noiva. Ela aperta a minha mão.
— isso não foi o combinado, eu não sou sua noiva. — ela fala bem no meu ouvido.
Mas quem sabe um dia não possa ser, vai depender da nossa relação de mentira como ela irá se comportar.
Depois das apresentações, os comes e bebes sai liberados para a comunidade. Hoje vai ser tudo de graça, pois sei que nem é dia de pagamento de quem trabalha.
— posso descer lá em baixo, aqui em cima é chato
— melhor não, eu não quero que aconteça o que aconteceu... — meu rádio toca, e é o mané falando que tem uma senhora procurando por uma Heloísa santos Marques.
— como você se chama? — ela me olha de olhos arregalados, e não me responde. — qual é o nome da senhora que está procurando por ela.
--- Lurdes Santos Marques senhor.
Olho para ela que está branca feito um papel.
— não diga que eu estou aqui, ela vai chamar a polícia para me prender.
— e porque? — ela não me responde.
Me levanto e pego ela pelo braço e saio arrancando ela do baile a fora. Subo na moto e mando ela subir na garupa.
— eu não vou.
— você está fugindo da sua mãe, está fugindo da polícia. Me diz o que foi que você fez que eu te protejo.
Ela abaixa a cabeça e não fala nada. Ligo a minha moto e saio deixando ela ali. Se ela não quer me falar, a mãe dela vai me contar.
Chego rápido na entrada do alemão, e vejo a senhora se parada esperando que a filha apareça.
Para a minha moto no canto e mando deixar ela entrar.
— o que a senhora é da Heloísa?
— sou a mãe dela, e tive que pagar um investigador para encontrar ela, ela está aqui e eu vou levar ela de volta para São Paulo.
— e porque? — falo cruzando os braços, ela parece alterada, mais não por saudades da filha.
— ela tem que pagar pelo crime que ela cometeu, ela vai para o inferno quando morrer, mas também vai pagar aqui em vida.
— o que ela fez?
Ela começa a falar, diz que a Heloísa meteu fogo no próprio pai que estava em casa dormindo, a perícia já tem o resultado e ela é a culpada.
E eu pensando que a garota era inocente, olha só isso, está no mesmo barco que eu.
— a polícia não pode subir aqui, aqui no morro ela está protegida.
—Ela é uma assassina, tem que ir pra cadeia.
— eu também sou, se chamar a polícia para invadir meu morro, vou levar a senhora para um lugar não muito agradável, mas posso garantir que de lá você não volta.
Ela dá um passo para trás, pois eu falei calmo, mas com um tom autoritário.
— ela caiu na mão de bandido, eu deveria ter imaginado. Muito bem, espero que você bate tanto nela que ele morra mas suas mãos.
Uma mãe falando assim? Uma mãe dessa pra que inimigos?
— isso vai depender da conduta dela no morro, se ela se comportar não vai acontecer nada com ela.
Ela me pede para chamar ela aqui, pois quer se despedir da filha, e não voltarão mais.
Mando um vapor ir buscar ela com a moto, e ele vai na hora.
Demora muito e ele volta, mas volta sozinho.
— cadê ela? — pergunto sem nem mesmo esperar ele descer da moto.
— eu não a encontrei senhor, rodei o baile todo e pelas redondezas e não a encontrei.
Era só o que me faltava.
— volte de onde senhora veio, amanhã venha nesse mesmo horário que ela estará aqui.
Ela concorda comigo. Eu subo na moto e vou direto para o baile, chamo a Larissa e pergunto por ela. Mas ela disse que não a viu, só viu quando eu sair arrancando ela pelos braços.
Olho para cima e vejo que o Pedro também não está aqui. Merda!!!
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Atualizado até capítulo 87
Comments
Josi Gomes
SÓ PODE ESTAR COM O TRAÍRA DO PEDRO , E VOCÊ AINDA QUER OBRIGAR A HELÔ À FALAR COM A MÃE DELA, MESMO ELA NÃO QUERENDO E A MÃE DELA FALANDO TUDO O QUE FALOU E DESEJANDO O MAL PARA A FILHA
2025-01-29
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Josi Gomes
DEIXOU A HELÔ, Á MERCÊ DO PEDRO, É CLARO QUE ELE PERCEBEU AS COISAS E FOI ATRÁS DELES , E VAI SE APROVEITAR DO MOMENTO PARA CONVENCÊ-LA A SAIR COM ELE
2025-01-29
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Ivanilde T. Serra
Não acredito que Pedro já pegou a Maria fifi
2024-12-24
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