Heloísa
Olho para o garotinho enquanto eles estão indo embora.
— você vai ficar bem? — ele balança a cabeça que sim.
Uma vizinha sai da casa ao lado e diz que fica com ele até a mãe chegar.
Olho para cima e vejo os caras arrastando o pai do menino.
— eu quero ir lá ver.
— está doida Helô, você não vai aguentar ver aquilo não.
Peço por favor para ela, e mesmo assim ela recusa. Então, eu vou seguindo por conta própria, indo por onde eles levaram o cara.
Ela corre me acompanhando.
— depois não diga que eu não avisei, você não pode ser tão curiosa assim Helô, tem coisas que é melhor a gente não saber.
Nem dou atenção a ela, pois quando a curiosidade me bate, nada me faz voltar atrás.
Enfim chegamos em tipo de mata, tem várias árvores e alguns trecos. Vejo o homem pendurado pelas pernas no tronco de uma árvore.
Mas o que me assusta mesmo é quando todos eles começa a bater no cara. Abro a minha boca, se eu achava que era horrível o meu pai batendo na minha mãe, isso aqui é muito pior.
Mas, pensando pelo outro lado, ele estava batendo no filho. Meu pai ia gostar de está no lugar desse homem.
Eles batem até ficarem cansados, a cena é bem horripilante. Eu viro de costas, acho que já vi o suficiente, minha curiosidade já foi saciada.
Me levanto para sair dali, e a Larissa vem junto.
— eu disse para você que não era legal, e isso é o mais fraco que eles podem fazer.
—tem coisa pior do que isso? — falo parando no meio do caminho.
— isso é só um aviso Helô, eles estão pegando leve ainda.
Se isso é leve, não quero nem ver o pesado... Ou quero?
Vamos andando para a casa do chefão, e quando chegamos ele está sentado na mesa almoçando, como se não tivesse acontecido nada. Como pode ser tão frio assim?
Subo para o quarto, pouco minutos depois ele sobe, e se enta na beirada da cama. Aí vem com a conversa de fiel. E pelo que eu entendi, fiel é mulher do dono do morro.
— me responda garota, por que não pode ser a minha fiel?
— porque não vou ficar aqui, não quero me relacionar com ninguém.
— e por que isso? Saiba que você será muito respeitada se for a minha mulher.
Começo a gargalhar dele, não é possível que um homem tão frio como ele pense em ter uma mulher. Imagina se eu vou viver pra levar surra de vagabundo igual a minha mãe.
— não vou te dar explicações, mas a minha decisão está tomada, não serei fiel, ou mulher de ninguém.
Ele ergue a sobrancelha, e vem se aproximando de mim bem lentamente, sobe na cama e deixa nosso rosto quase que colado.
Seus lábios se aproximam de mais, se eu fazer um bico, beijo ele.
— você pode lutar, dizer o quanto quiser que não quer ser a minha mulher, mas eu posso ver o desejo que ah em seus olhos, e tenho certeza que você também me quer.
— deixa de ser iludido, eu não quero nada com... — ele puxa minha nuca e cola nossos lábios.
Eu não faço ideia do que fazer, fico mais perdida que cego em tiroteio. Mas aos pouco ele vai suavizando seu puxão, e seus lábios estão mais carinhosos.
Abro a minha boca e sinto a sua língua passeando por ela. No automático eu coloco a minha língua na dele. E assim acontece o meu primeiro beijo.
Ele solta os nosso lábios e encosta a testa na minha.
— mesmo que não tenhamos nada, vamos fingir que você é a minha fiel, pois eu vi que ele está muito interessado em você, e com isso vai ficar dando em cima de você até conseguir o que ele quer.
— só fingir?
— sim, a não ser que você queira que seja real.
— não, eu posso fingir, sei fingir muito bem.
Ele sorri. Ah não, esse sorriso incrível não...
— você é muito linda. Vou mandar a Larissa trazer uma roupa legal para você, pois vou te apresentar hoje no morro como minha fiel.
Concordo com ele só balançando a cabeça.
— mesmo que seja de mentira, eu quero pelo menos te beijar quando eu quiser.
— quando você quiser não, só quando eu permitir.
— me permite?
Ele nem espera eu responder e volta a me beijar. Dessa vez eu tenho um pouco mais de prática, mas sei que não está bom. Não sei como. Vou aprender como se faz isso.
Depois que nos desgrudamos, peço a ele a minha máquina de volta, e ele diz que me dará, que já apagou a foto dele, e sai do quarto.
Me levanto e desço para comer alguma coisa, e pela primeira vez conheço a cozinheira da casa.
— ola menina, como se chama?
— Heloísa e você?
— pode me chamar de Val, o que vai querer para comer?
— mulher eu não tenho frescura não, como qualquer coisa. Na minha casa a gente comia o que tinha.
Ela sorrir fraco, com um tom de dó. Ela coloca um prato na mesa, ela abre as tampas e diz que eu posso me servir.
Comi a vontade, como nunca tinha comido antes. Da até medo de engordar com todas essas gostosuras.
Minutos depois chega a Larissa com duas sacolas na mão, ela me chama para o quarto para eu ver o que ela trouxe para mim.
— nossa, eu amo vestido, mas esse vai ficar muito curto.
— melhor você se acostumar, e isso que usamos aqui. Trouxe outras coisas para você também para se sentir mais em casa aqui no Rio de Janeiro.
Vou experimentando as peças, e até que ficou bem no meu corpo.
Ficamos conversando até da o horário do tal baile, então tomo um banho e visto o vestido que ela me trouxe, mas dessa vez, coloco um short por baixo.
— se o chefe se apaixonou pela garota, imagina agora pro essa mulher, você está de mais.
Quero nem ver o que o chefe vai falar, da até um medo de ele mandar eu trocar essa roupa.
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Atualizado até capítulo 87
Comments
Meire
Ficou bonita, sem ser vulgar!
Pq tem mulher que usa cada roupa que era melhor ficar pelada de uma vez! 😂
2025-01-17
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Josi Gomes
ISSO NÃO É O PIOR, NÃO SEJA HIPÓCRITA E CÍNICA, VOCÊ FEZ PIOR COM O SEU PAI , E AINDA QUERIA VÊ-LO QUEIMADO , VOCÊ É PIOR QUE ESSAS PESSOAS, QUE BATERAM NO HOMEM
2025-01-29
1
Ivanilde T. Serra
Curiosidade matou o gato
2024-12-24
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