Matheus
Ela gagueja, tentando se explicar.
— fala garota. Sabe o que acontece com jornalista que tiram fotos sem permissão aqui no morro?
— moço, eu não sou jornalista eu juro, eu não tirei foto suas, a máquina tirou sozinha quando eu estava vendo você bater naquele menino.
— acha que ele é um menino? Acha que eu estava sendo um carrasco batendo em um inocente?
Ela fica calada, mais abre a boca e começa a chorar.
Pergunto de que buraco ela veio, e ela diz que veio de São Paulo. Sorrio para ela, e a puxo pelo braço para me acompanhar.
Ela pede para eu parar, pois está com medo, mas eu não ligo, não me importo com as suas súplicas. Ainda acho que ela é alguém que veio a mando de algum policial... Se ela não for a própria polícia.
Mando soltarem o muleque e olho para ele dando um aviso, que dá próxima vez, não será apenas umas paulada na mão, e sim as arrancarei do corpo dele.
Os caras soltam ele e eu subo para minha casa levando a garota junto comigo.
subo para minha casa sobre os olhares dos meus vigias que protegem a minha casa. A levo para a sala e a sento no sofá.
Ela se encolhe toda com medo. Vou até o bar e pego uma bebida, ofereço a ela e ela balança a cabeça negando.
— o que veio fazer aqui, já que é de São Paulo?
— você não tem o sotaque carioca, de onde você é?
Viro a bebida na minha boca, e volto a olhar para ela.
— não seja curiosa e não me pergunte nada, aqui você que responde tudo ok?
Ela confirma abaixando a cabeça.
— só estou aqui de passagem, vim conhecer o lugar, ia ficar aqui alguns dias e voltar para minha casa.
Ela fala como se estivesse procurando as palavras, isso me mostra que ela está mentindo.
Coloco o copo em cima da mesinha e vou até ela, ela coloca o corpo totalmente para traz, quase se afundando no encosto dele.
Me aproximo o máximo, deixando nossos rostos quase juntos, nariz com nariz.
— eu não sou nenhum idiota, fala logo por que veio para o Rio de Janeiro?
Ela fecha os olhos, e começa a rezar em sussurros. Isso é... O pai nosso?
Me afasto dela, e solto um suspiro cruzando os braços, esperando que ela termine.
Ela abre um dos olhos, e quando vê que eu não estou mais tão próximo, abre o outro.
— já acabou? Agora responde a minha pergunta.
— promete me soltar se eu contar? — balanço a cabeça negando. — eu fugir de São Paulo, e vim para cá para não ser presa.
— não tem cara de marginal.
— e não sou... Olha, eu prefiro não contar o que aconteceu, pois isso já virou passado, estou livre e não me arrependo, mas se eu voltar, minha liberdade vai para vala.
— matou alguém? — ela demora a responder, mas confirma com a cabeça, e abaixa ela. — não acredito em você, ficará presa aqui até eu ter certeza de que você não é nenhuma jornalista, ou policial.
— vai me manter presa na sua casa? — eu balanço a cabeça confirmando. — me deixa ficar na casa da vovó Maria pelo menos.
Vovó? De onde ela conhece a vovó?
Ela percebe a minha cara, e me conta como foi que conheceu a vovó, o problema é que a vovó é muito bondosa, parece até a vó de todos aqui de verdade, e eu não vou deixar que ela se aproveite dela.
— vou mandar um vapor avisar para ela que você ficará aqui sobre a minha vigilância, não se preocupe, não a deixarei totalmente presa dentro de casa, mas está proibida de sair do Alemão. E me dá seu celular, ficará confiscado.
— eu não tenho celular.
Sorrio para ela, ela insiste em ficar mentindo para mim. Vou até ela e a puxo pelo braço a colocando de frente para mesa e de costas para mim.
Ela se debate, mas eu a seguro firme e começo a passar a mão pelo seu corpo, procurando o celular.
Meu corpo fica estranho, sinto seu corpo como se estivesse passando a mão diretamente em sua pele, e não por cima da roupa.
Me afasto dela rápido, e mando ela subir as escadas e se instalar no primeiro quarto a esquerda. Ela se levanta da mesa e corre para onde eu mandei.
— droga, que merdä é essa?
Passo a mão nos cabelos e encho o meu copo de mais uma dose da bebida, e viro de uma vez.
Hoje é noite de baile funk, eu nunca gostei muito de ir, só vou mesmo porque é onde nos encontramos todos, e é a alegria da população do morro.
Vou convidar ela para ir, quem sabe ela me conte o que realmente aconteceu para ela vim para cá.
Subo as escadas e abro a porta do seu quarto, e a vejo debruçada na janela, e daqui escuto os gritos da Joana e do seu José.
— o que você está fazendo aí?
— shiiii, é briga, ela está xingando ele por ter chegado bêbado de novo em casa.
— sai daí Zé povinho, não tem nada que te interessa aí. — vou até ela depois que ela levantar a mão para mim, como se mandasse eu esperar.
A puxo para longe da janela, e ela faz uma cara de raiva para mim.
— para de ser curiosa, vai se arrumar para sairmos.
— me arrumar? Eu não tenho roupas aqui, minha mochila está na casa da Vovó.
Eu amando ela ir para o banheiro tomar banho, eu eu vou mandar trazer a bolsa dela.
Chamo o vapor e dou a ordem, e ele vai. Cerca de 15 minutos ele volta e eu levo a bolsa para ela.
Quando eu entro no quarto, mais uma vez ela está debruçada na janela.
— ei garota — ela pula com o susto, colocando a mão em seu peito. — se troca logo.
— não me mande fazer as coisas desse jeito.
Oi? Quem ela pensa que é?
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Atualizado até capítulo 87
Comments
Veranice Zimmer Ferst
Credo que nojo desse homem de caráter duvidoso primeiro ele quer vingança pela morte do irmão depois vira marginal e agora pega a menina de 🔞 anos de refém nossa como a vida mostra que não presta mesmo tenho nojo de histórias assim que fica falando traficante e mafioso e os marginal pareceres gente de bem são tudo bandidos pior é ver que tem mulheres que gostam de homens assim????? para mim bandidos tem que sofrer muito e morrer gritando perdão por destruir a família 😢😢😢😔😭😢😢😔
2025-02-03
0
Jucileide Gonçalves
Tá parecendo uma Maria fifi e não ser apenas curiosidade.
2024-12-15
0
Jessy Carvalho🌻
kkkkkkkkkkkkk
2025-02-03
1