Depois de ajudar Laura com os afazeres da casa, que não eram muitos, já que Augusto tinha funcionários específicos para cada área da casa, Emília já estava criando uma nova rotina. Todas as manhãs e tardes, ela se deitava em uma espreguiçadeira, e lia um livro. Descobrir a biblioteca de Augusto, com uma vasta coleções de belíssimas estórias de amor, além de romances de aventura e suspense, foi o auge dos seus dias. Pois amava ler, mas nunca encontrava tempo, ou mesmo boas literaturas.
Lendo, Emília nem notava a hora passar, e na maioria das vezes lia alto, pois sabia da importância da voz da mãe durante a gestação, e até o pássaro que vinha cuidando, parecia apreciar esses momentos, pois ficava quietinho em seu ombro.
Era mais uma manhã de leitura, aproveitava as reuniões online de Augusto, para ler na parte que mais apreciava da casa, o terraço.
Concentrada em sua leitura, nem ouviu Augusto entrar, continuou a ler, fazendo as entonações necessárias para dar emoção à estória.
— Será que posso interromper por alguns minutos, senhorita?— Augusto perguntou com um meio sorriso.
Emília parou a leitura, e encarou Augusto por cima do livro.
— Claro. O que deseja, senhor?— Emília respondeu marcando a página e fechando o livro.
Augusto se aproximou e sentou-se na espreguiçadeira ao lado, se inclinou, apoiou os cotovelos nos joelhos e encarou Emília.
— Sei que falei que faríamos o pré natal aqui mesmo, mas resolvi marcar em Lisboa. A doutora que fez o procedimento, já tem todo seu histórico médico e está acostumada com gravidez por inseminação. Além do mais, os recursos por lá são melhores. Todo mês eu viajo para Lisboa, não vai ser um problema para mim. Também acho que você gostaria de visitar sua tia, então arrume suas coisas, que amanhã cedo vamos viajar.— Augusto falou.
— Obrigada, Augusto. Fico agradecida de pensar na minha tia.— Emília respondeu com um sorriso grato.
Augusto assentiu, e observou a rola-do-mar em seu ombro.
— E esse bichinho?— ele perguntou aproximando o dedo para fazer um carinho na ave.
Mas inesperadamente o pássaro voou, partindo para o horizonte, batendo suas asas curadas. Emília levantou-se e com lágrimas nos olhos, observou seu companheiro nos últimos dias voar livre.
— Está chorando, menina?— Augusto indagou.
— Eu gostava dele... vou sentir saudade...— ela murmurou emocionada.
— Pense pelo lado bom, ele está curado, e pode voltar a viver com sua família. Tudo graças a você.— Augusto ponderou.
Ela assentiu e se apoiando ao parapeito ficou com a vista perdida no mar. Sabia que a ave voaria a qualquer momento, e queria isso, mas por algum motivo, agora se sentia solitária. Augusto, observava o mar junto dela, era mais um dia lindo de primavera.
— Não se sente solitário, senhor?— Emília perguntou de repente.
Augusto a encarou surpreso.
— Desculpe... a sua casa é linda, tem uma visão privilegiada, mas eu sinto falta de pessoas, sabe... não sei explicar... bom, não estou reclamando, pois estou adorando ler os livros da biblioteca, e tenho a Laura para conversar... mas o senhor fica quase o dia todo em reuniões online, sem ninguém por perto...
— Eu tenho você, agora.— Augusto respondeu com um sorriso.
Emília ficou atônita com a resposta.
Será que ela fazia alguma diferença na vida dele?
— E quando eu tiver que ir?— Emília arriscou perguntar.
Ele deu longo suspiro, e voltou a encarar o mar.
— Não quero pensar nisso. Vamos aproveitar o momento. Gosto da sua companhia, Emília.— Augusto afirmou sem tirar os olhos do horizonte.
Emília não conseguia deixar de encará-lo, os cabelos cheios e escuros bagunçava com o vento, ele era tão lindo, alto, robusto, e um perfil tão másculo. Não julgava necessário aquela máscara, tudo que ele possuía de beleza, ofuscava aquela cicatriz, e ela queria vê-lo como realmente era. Mas não se sentia íntima o suficiente para pedir tal coisa.
Ela se perdia naquele homem, queria tocá-lo, sentir os braços dele a envolvendo, vivenciar a segurança e carinho, que sentia quando ele a abraçava...
Queria mostrar todo sentimento que crescia dentro dela, descobrir o que era aquela chama acesa, que a cada dia ardia em seu peito.
O que estava acontecendo?
Estava tão perdida, dentro de si mesma...
Olha O Que O Amor Me Faz
Sandy&Junior
🎵🎶Meu coração bate ligeiramente apertado
Ligeiramente machucado
Caiu tão fundo nessa emoção
Primeira vez que o amor bateu de frente comigo
Antes era só um amigo
Agora mudou tudo de vez
Será que você sente
Tudo o que eu sinto por você?
Será que é amor?
Tá tão difícil de esconder
Oh-oh, olha o que o amor te faz
Te deixa sem saber como agir
Oh-oh, quando ele te pegar
Não tem pra onde você fugir
Oh-oh, olha o que o amor me faz
Fiquei tão boba, fiquei assim
Oh-oh, nada será capaz
De apagar esse amor em mim🎶🎵
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Atualizado até capítulo 91
Comments
Rose Gandarillas
Autora não se incomode, mas irei juntá-la ao meu grupo de autoras que gosto muito fé lê aqui. Você Angélica, escreve como gosto muitíssimo com um Português limpo, bem escrito, tecendo belezas, apresentando um amor que por mais que tenha um passado triste, trás com ele também a certeza que irá fluir pleno entre um homem e uma mulher. E o melhor de maneira adulta. Parabéns foi a primeira história que não vi ainda a necessidade de correção. Amei!!
2023-10-05
225
Joceli Maria cavalcante
Eu estou cada vez mais empolgada lendo essa história, Angélica minha fia tu manda bem com as palavras, detalhes e imaginação viu querida.😃🥰👏👏👏
2023-10-19
1
Tânia Principe Dos Santos
ia amar virem gêmeos
2025-02-26
0