Capítulo 12 Emília

Emília ia observando a arquitetura com influência manuelinas e renascentistas, da cidade de Viana Castelo, localizada no norte de Portugal, entre o mar e as montanhas, á 30 minutos da fronteira da Espanha e uma hora de viagem de carro do Porto e Braga. Em suas pesquisas descobriu que a cidade é histórica e encantadora por sua cultura residente.

O carro se afastou da cidade, e tudo ela observava agora era montanhas e a beira do mar. Um lugar afastado, raramente cruzavam com outro carro. Mas a vista era incrível, muitas rochas contrastavam com o mar e o céu azul anil da primavera da Europa.

— Posso abrir a janela?— Emília perguntou abruptamente.

Augusto a olhou surpreso e assentiu. Deu sinal ao motorista, que abriu o vidro, deixando Emília sentir o vento bater em seu rosto, e o cheiro da maresia daquele canto de Portugal. Seus cabelos voavam, e acariciavam seu rosto, respirar aquela fragrância, era animador e refrescante. Ela fechou os olhos, apreciou o perfume e refrescância do mar, sentiu o vento como se dançasse nele. Ela sorriu e sem resistir, colocou a cabeça para fora.

— Isso é maravilhoso!— ela exclamou feliz.

Sentiu as mãos de Augusto a segurar.

— Cuidado, menina! Pode cair do carro!— Augusto a segurou preocupado.

— Já fez isso, senhor?— Emília perguntou com um sorriso pretencioso.

— Não...— Augusto respondeu com a sobrancelha levantada.

Ela o puxou, e o fez colocar a cabeça para fora do carro. Ele ficou um tanto hesitante, mas cedeu ao pedido dela.

Emília sorriu, e empurrava Augusto para ficar mais fora do carro.

— Feche os olhos, Augusto. Deve ter passado tantas vezes aqui, despercebido. Sinta o cheiro, o vento, ouça os sons... inspire profundamente.

Augusto fazia exatamente como ela pedia.

— Agora abra os olhos, não só o físico, mas os olhos do coração. Olha essas montanhas rochosas, a água batendo nas encostas, o contraste com o céu azul. Não é lindo?— Emília falou emocionada.

— É lindo, sim! Nunca havia visto dessa maneira.— Augusto confessou.

— A natureza, essas belezas que Deus me permite ver, é confirmação de que vale á pena viver. Tem uma frase que minha mãe repetia às vezes, "Se a vida lhe der 1000 motivos para chorar, mos...

—"... mostre a ela que você tem 1001 motivos para sorrir". Facundo Cabral.— Augusto interrompeu a olhando intensamente.

— Sim... eu não sabia quem falou assim, mas tento manter o lado positivo da vida e tem sentido nessa frase, pois quando eu acho que tudo vai dar errado, eu começo a contar as coisas boas da vida, aí as ruins parecem insignificantes e menores.— Emília falou com um sorriso.

— É admirável como enxerga a vida, apesar de tudo que passou.— Augusto falou admirado.

Emília sorriu tímida e desviando o olhar, voltou sua atenção às paisagens. Passado alguns minutos, ela avistou uma casa em uma montanha rochosa, tinha uma beleza única, porém parecia solitária. Para sua surpresa, o carro se aproximava da casa, não era para estar admirada, a casa era exatamente como Augusto, linda, grande, exótica, com aquele toque de mistério.

Quando chegou, ela foi logo saindo do carro, e correndo para o terraço, que dava vista para o mar. Onde em sua vida, havia se quer sonhado, estar em lugar como esse?

Observou as ondas serenas, sentiu os raios solares mornos batendo em seu rosto, e olhando o céu azul com nuvens branquinhas, teve que agradecer a Deus. ELE era perfeito em tudo que fazia!

Um sorriso desenhou em seus lábios, a noite parecia estar indo embora da sua vida, e o amanhecer prometia ser lindo e cheio de paz. Pelo menos, era essa sua esperança.

Augusto se aproximou a passos lentos, e se posicionou ao lado de Emília.

— É privilegiado, senhor. Tem uma vista linda e encantadora!— Emília afirmou.

— Escolhi esse lugar a dedo. Planejei cada cômodo, a posição dos quartos em relação ao nascer e por do sol, conforme as estações. Em cada detalhe dessa construção eu participei. É o meu oásis, no deserto da minha vida.— Augusto falou divagando o olhar para o mar, como se lembrar de como foi feita essa casa, lhe causasse boas e más lembranças.— Vamos entrar?

Emília assentiu e acompanhou Augusto, entrando na casa, que tinha muitas repartições com salas e quartos em cada ala. O interior era de uma decoração moderna e sutilmente rústica. Um misto de casa de campo e a modernidade da cidade grande.

— Logo a Laura vai te apresentar seu quarto. Quero que se sinta à vontade na casa. Tem liberdade para entrar onde quiser, fazer o que quiser, só peço que respeite a minha área de trabalho e meu quarto, uma ala que ficará ao lado da sua.

Augusto ainda estava falando, quando uma senhora de cabelos grisalhos entrou na sala que estavam.

— Bem vindo de volta, senhor. Deve ser a Emília. É um prazer conhecê-la. Me chamo Laura, e estarei à sua disposição.— Laura falou gentilmente e estendeu a mão.

— O prazer é meu, senhora.— Emília aceitou o cumprimento.

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Comments

Tânia Principe Dos Santos

Tânia Principe Dos Santos

a casa é realmente lindíssima. eu ia amar uma casa assim.
Emília apesar de tudo que passou ainda mantém sua essência

2025-02-26

1

Joselma Trajano

Joselma Trajano

a Emília tem uma inocência que cativa .

2025-01-31

0

morena

morena

Eu amo esse jeito menina dela 🥰

2024-10-28

0

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