Foi necessário Augusto pedir para Laura ir acordar Emília, pois a garota não apareceu pela manhã. Ela veio sonolenta.
— Desculpe, senhor. Eu pensei que acordaria... mas ultimamente tenho estado com muito sono.— ela falou bocejando.
— Deve ser a gravidez. A médica deve nos informar melhor.— Augusto respondeu puxando a cadeira para ela.
Emília beliscou algumas coisas, parecia enjoada, mas tentou demonstrar o mínimo possível. Augusto sorriu discretamente, pensando no esforço que devia estar fazendo. Sabia que o primeiro trimestre de gestação não era fácil, especialmente pela manhã.
Já tinha todo cronograma em sua cabeça, iria para Lisboa, cuidaria dos seus negócios, participaria da consulta, e tiraria um tempo para sair com Emília. Ele não se importava com isso, na verdade evitava ao máximo sair, mas notou que Emília era diferente, precisava de ver movimento de pessoas. Então faria um esforço, para não deixar a garota se sentir presa, ou até mesmo uma propriedade dele.
Como Augusto suspeitava, bastou entrar no carro, Emília passou mal, e o pouco que comeu, vomitou. Pediu para o motorista parar, entregou alguns lenços de papel, e a abanou.
— Melhorou?— Ele perguntou.
— Um pouco...— ela respondeu respirando fundo.— Eu sinto muito... mas não pude evitar...
— Oh, menina! É normal isso acontecer. Não precisa se desculpar, meu anjo.— ele respondeu alisando as costas dela.
Emília sorriu tímida e voltou ao carro. Continuaram a viagem até o aeroporto, sem mais interrupções.
No avião, após a decolagem, Augusto observou Emília cochilar. Com jeitinho, foi até ela.
— Tem um quarto, com uma cama confortável aqui.— ele falou tocando o rosto da garota.
— Hum...? Aqui tá bom...— ela balbuciou sonolenta.
— Só quero que fique confortável, querida.— ele falou tirando uma mexa de cabelo que lhe caía no rosto.
Ela apenas assentiu, e levantou um tanto tonta. Com passos embaraçados, ela tentava se equilibrar.
— Está tudo bem, Emília?— Augusto perguntou preocupado.
— É só sono... e uma fraqueza...— ela respondeu se segurando na poltrona.
— Sua pressão deve estar baixa. Se me permite, eu te levo até a cama.— Augusto sugeriu.
Ela nem respondeu, com o rosto pálido, parecia que ia desmaiar a qualquer momento. Gentilmente, Augusto a pegou no colo, ela o envolveu pelo pescoço, então a levou até o quarto, deixando ela na cama.
— O senhor é muito gentil.— ela sorriu fraco.
— Só quero ajudá-la.— ele respondeu sentando ao lado.
Chamou a aeromoça e pediu um suco, enquanto velava Emília na cama. Logo a moça veio com o suco. Augusto pegou o copo, e despejou o líquido.
— Bebe, menina. Vai te ajudar. Quando chegarmos, paramos para comer.— Augusto ajudou Emília a levantar o tronco.
Ela bebeu e comeu umas bolachinhas. Mas logo deitou-se novamente e dormiu. Augusto sentou ao lado, e observou a garota dormir até o momento da aterrissagem. Então a acordou, e como ela ainda estava sonolenta, Augusto fez questão de levá-la no colo.
— Estou me sentindo uma princesa, agora.— Emília falou com um sorriso, enlaçando o pescoço dele e aproximando os rostos.
Augusto sentiu seu coração acelerar no peito, o corpo pequeno e frágil em seus braços, o sorriso doce, a respiração cálida, era um conjunto de tentações, que só intensificava a proximidade dos dois. A colocou na poltrona, mas ela não soltou seu pescoço, então encarou os olhos dela, meio confuso, e antes que perguntasse qualquer coisa, ela deixou um beijo demorado em seu rosto.
— Só para agradecer, sua gentileza.— ela falou sorrindo e soltando o pescoço de Augusto.
— Se continuar a me compensar assim, acho que vou ter que ser mais gentil.— Augusto respondeu com um sorriso pretencioso.
Emília sorriu tímida, e observou Augusto fivelar o cinto. Ele sentou na sua poltrona e deu sinal para o piloto, o permitindo aterrissar.
No aeroporto, ficou lado a lado com Emília, embora ela estivesse mais desperta, não queria que ela acabasse desmaiando e caindo sem amparo. Parou em um restaurante, e comeu com Emília. Antes de ir para consulta, passou em um shopping, e levou Emília às melhores lojas.
Uma mulher desconfiada os atendeu. Mas já estava acostumado, não sabia o que causava mais impacto na sua imagem, a cicatriz, ou a máscara. Para ele, preferia a máscara, era melhor o ar de mistério e curiosidade, do que nojo e repulsa.
— Quero que traga roupas para essa moça.— Augusto pediu.
— Casual? Social? Esportiva?— a mulher perguntou.
— Todo tipo. As melhores marcas, por favor.— Augusto respondeu.
A mulher assentiu e saiu. Emília o olhava estupefata.
— O que está fazendo, senhor? Não precisa comprar nada pra mim...— Emília falou envergonhada.
— Quero te dar presentes. Isso conta como gentileza?— Augusto falou malicioso.
Emília sorriu tímida e desviou os olhos. Augusto se aproximou e tocou o queixo dela, a fazendo encará-lo.
— É brincadeira. É só um mimo, Emília. Gratidão por estar carregando meu filho. Não se sinta constrangida por isso. Fique à vontade para escolher o que gostar mais. Vou esperar por aqui.— Augusto afirmou.
Emília assentiu e antes de se afastar, beijou o rosto de Augusto outra vez, o surpreendendo. Então ela saiu alegremente, acompanhando a vendedora. Augusto sorriu, e suspirou de paixão. Aquela menina o atraía a todo instante.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 91
Comments
Rosane Vitor
na verdade eh uma peculiaridade dos portugueses... cuidei de uma senhora quando vivi em Portugal e ela sempre me chamava de miuda (menina), um dia eu disse: dona Anna sou uma mulher não uma miuda... e ela disse: nao tens pila (penis), vais ser sempre uma miuda(menina)... boa lembrança
2025-03-16
1
Tânia Principe Dos Santos
é uma história linda
só espero que se eles vierem a ter relações, Emília não trave devido as violações e estupro
2025-02-26
1
Nubia Luciene
muito boa história
2025-03-29
0