Sentamos em uma mesa vazia para finalmente conseguir comer. Depois que Magnus insistiu muito que deveríamos comer. Eu apenas queria ir para casa depois de tudo que aconteceu. Olhando ao redor, parecia que apenas a gente estava preocupado em comer. Todos os outros pareciam está focados em interagir um com o outro.
— Vou ao banheiro. Pode ir se servindo na frente. — Magnus disse indo em direção ao banheiro.
Ignorando o fato que Magnus nem ao menos esperou qualquer resposta minha antes de sair. Decidi acatar sua sugestão, a mesa de comida estava repleta de coisas que nunca sequer havia visto na vida e eu trabalhava de garçonete em um restaurante. Como será que come essas coisas? Acho que não pode pegar com a mão. Porque será que rico gosta de dificultar a vida? Inventam uns negócios sem pé nem cabeça.
— Não sabia que tinha uma princesa dessa aqui. Senti sua falta. Por onde você esteve? — Um homem fedendo a álcool se aproximou de mim. Afastei ele o empurrando na mesma hora. Odeio aquele cheiro.
— Senhor, você está me confundindo com alguém. Certamente. Não sou o tipo de pessoa que se encontra em lugares como esse aqui. — Como ele poderia sentir falta de mim, se eu sequer conhecia aquele homem?
— Não seja assim. Pensei que já tínhamos resolvido nossas diferenças e estava tudo bem entre nós. Não seja boba. Deixe o rancor de lado. Já passamos dessa fase — O homem parecia que realmente me conhecia ou estava bêbado demais para reconhecer qualquer pessoa.
— Senhor, eu nunca te vi na minha vida. Com toda certeza do mundo, você deve está me confundindo com alguém. Agora pode me dar licença? — Estava evitando ao máximo outra confusão. Já havia batido a meta por hoje. Quando eu estava passando ele segurou meu braço com força.
— Me desculpe. Fui descortês. Poderia dançar apenas uma música comigo? Você se parece muito com minha falecida irmã. Ela morreu tem alguns dias. Por um minuto, ao ter ver, esqueci que ela havia partido. Apenas uma dança. Será apenas isso. Sinto muita falta dela. Quero fingir um pouco que ela não me deixou. Parece idiota, mas... — O homem bêbado tinha os olhos cheios de lágrimas. Não parecia está mentindo. E explica bem a conversa desconexa dele.
— Uma dança. Apenas uma. E não chegue muito perto de mim. Se eu souber que você está brincando com algo tão sério, vai se arrepender. — Falei séria. O homem sorriu para mim, estendendo a mão para mim. No fundo, pensei em recusar, mas em seus olhos havia tanta dor. Me fez lembrar de Magnus. Há um sentimento bem parecido dentro dele.
— Você se parece tanto com ela, que chega a ser assustador. Quase como um fantasma. — O homem confessou enquanto estávamos dançando, ou melhor, tentando, ele estava tão bêbado que tropeçava nós próprios pés, caindo por cima de mim.
— Acho que você já chegou no seu limite, não acha? Não deveria beber tanto assim. Entendo que esteja sofrendo, mas o álcool apenas vai te trazer mais problemas. Não conheço sua irmã, mas tenho certeza que ela não gostaria de te ver nessa situação. — Não deveria está me metendo na vida dos outros, mas aquele homem estava sofrendo e mal conseguia se colocar de pé. Eu precisei apoiar ele em mim, para se manter erguido.
— Você está certa. Minha irmã odiava até mesmo o cheiro do álcool. Trazia uma sensação ruim para ela. Obrigado por me relembrar. Estou lidando de forma equivocada com a morte dela. Tenho que lidar com isso de frente ou nunca vou superar sua ausência. — O homem disse me olhando nos olhos com um sorriso, mas lágrimas caiam no seu rosto. — Aliás, me chamo Matheus e você?
— Ah! Me chamo Rafaela. — Respondi me sentindo um pouco envergonhada. Aquele homem estava muito perto de mim.
— Rafaela! — Magnus gritou. No susto acabei soltando Matheus, que quase desequilibrou e caiu no chão. Teve até que abrir os braços, para não cair.
— Magnus, já voltou? — Eu tinha esquecido totalmente que estava indo buscar comida e Magnus estava no banheiro.
— Venha. Vamos embora agora. — Magnus estava com um semblante irritado. O que será que aconteceu no banheiro?
— Tem certeza? Chegamos a pouco tempo e sequer jantamos ainda. — Estava confusa. Tinha certeza que ele havia insistido para jantar.
— Perdi a fome. E você já se divertiu demais por hoje. Até esqueceu sua posição. — Magnus explicou indo em direção da porta e me deixando para trás.
— Rafaela, o que aquele homem é para você? — Matheus perguntou preocupado.
— Talvez meu karma. De qualquer forma, você deveria pedir um táxi e ir para casa. Pode acabar arrumando problemas nesse estado. — Aconselhei antes de sair correndo atrás de Magnus.
Quando cheguei na entrada, o carro já estava estacionado na frente. Um manobrista havia ido pegar. Magnus não disse uma palavra, apenas entrou no carro. Algo me dizia que se eu demorasse um segundo a mais para subir, ele teria me deixado ali sem pestanejar.
— Por um segundo, eu achei que estava enganado em relação a você, mas vejo que você é ainda pior do que eu imaginava. Só esperou que eu saísse por alguns segundos para já está seduzindo outros homens na frente de todos. Devo ter enlouquecido quando pensei você poderia ser diferente. É lixo como todos os outros que me cercam. — Magnus não parecia com raiva, mas decepcionado. Do que ele estava falando? Não faz menor sentido.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Blenda Clara
olha o que tu fala criatura
2025-01-27
0
Erlete Rodrigues
ela tem que compreender né o que está acontecendo e você perguntar antes de julgar
2024-09-16
0
Valéria Alencar
Tá chata a história! Tá na hora de alguma coisa dar certo pra Rafaela
2024-04-16
8