Sério. Deve ser um dom que eu tenho. Sempre tenho que arrumar problema de alguma forma. Não tem condições um negócio desse. Não basta ser vendida para mafia, dever dinheiro ao ser humano sem coração, agora serei expulsa e possivelmente até presa. A vida poderia me dar uma folguinha, né?
— Você vai expulsar minha namorada da festa que eu mesmo estou pagando? Não permitiria isso. Sem contar que não cairia bem para imagem da família e nem da empresa, eu saindo da festa, que teoricamente foi promovida por mim, tão cedo, né? Seria um grande escândalo, não acha? — Magnus olhava para mãe sério, mas com um sorriso falso no rosto. Parecia irritado com toda a situação, mas fico feliz que ao menos impediu minha expulsão e possível prisão, que pensando bem, acho não era o caso.
— Você vai mesmo bater de frente com sua mãe por causa dessa mulherzinha que você conheceu a pouco tempo? — Elisângela não gostou nada da atitude do filho. Eu queria um saco de pipoca para acompanhar essa treta.
— Você que me ensinou sobre justiça, estou apenas colocando em prática seus ensinamentos. Pensa bem, quem começou tudo isso foi sua convidada, você sabe muito bem que ela fingiu tropeçar de propósito para sujar o vestido de Rafaela. Não podemos ser injusto, certo? No mínimo deveríamos expulsar as duas, mas creio que não é sua intenção. — Magnus murchou a mãe dele.
— Você está certo. Melhor evitar essa exposição desnecessária. Vamos, Bianca. Precisamos dar um jeito no seu vestido. — Elisângela disse puxando a mão da sua convidada, que olhava feio para mim. — Magnus, uma hora essa sua brincadeira vai acabar. Saiba que esse noivado aqui vai acontecer você querendo ou não.
— Vamos indo? Preciso falar com algumas pessoas antes de ir embora. — Magnus disse segurando minha mão depois que sua mãe se afastou.
— Que isso, irmãozinho. Não te vejo a tanto tempo. Porque não fica mais tempo? Quero conhecer melhor sua acompanhante. — Anderson sorria malicioso para mim. Certeza que conheço ele. De onde será?
— Infelizmente, eu vou passar. Não tenho nada para falar com você e muito menos minha acompanhante. — Magnus nem sequer olhou para trás.
— Tudo bem. Como você quiser irmãozinho. — Anderson disse segurando a minha mão que estava livre. — Nos vemos depois, Rafaela.
Meu corpo todo travou. Aquele homem era o mesmo que me contratou para trabalhar para Magnus. Porque ele fingiu que não me conhecia? Está claro que lembrava. Mais importante, qual a relação de Magnus com a máfia? Agora tenho total certeza, não fui colocada naquela casa como cuidadora dele, mas como uma vigia ou espiã. Onde será que Anderson quer chegar com isso? O que ele realmente quer?
— Que felicidade te encontrar! Faz um bom tempo que você não dá o ar da graça. E vejo que está muito bem acompanhado. — Um senhor com sorriso assustador disse ao parar Magnus no caminho. Ao seu lado havia uma loira lindíssima com cara de tédio.
— Não posso dizer o mesmo em relação a você. — Magnus respondeu fazendo careta.
— Que isso! Não seja assim. Somos amigos tudo bem. Porque não conversamos um pouco, colocamos o papo em dia. Mesmo que ache que sua vida não anda, opa! Não está movimentada, se você conseguiu uma mulher dessa, algum movimento tem... ou será que pagou caro por ela? Talvez só assim para você conseguir nesse estado conseguir um mulherão desse. É até um desperdício você desfilando com ela por aí. — O homem falou sem tirar os olhos de mim, minha vontade era chutar as bolas dele. Que homem sem respeito.
— Nunca fomos amigos. E nem seremos. Não tenho amizade com pessoas do seu nível. — Magnus parecia irritado de verdade, mas o homem ignorava totalmente e acabou segurando a minha mão.
— Você deve está chateada por ter que acompanhar um homem defeituoso como ele. Quanto que ele te pagou? Posso pagar o dobro. Sou bem mais rico e poderoso. Você seria muito bem tratada na minha mão. E então, não quer vir comigo? — O homem falava esse tipo de coisa ignorando totalmente a sua companhia. Que babaca. Até me senti mal das vezes que achei que Magnus era um idiota, tem vende muito mais.
— Desculpa, mas eu não ficaria bem na sua estante. Você sequer é capaz de cuidar da mulher que está ao seu lado, olha a cara de tédio dela. Acha mesmo que conseguiria me satisfazer? Quão iludido você é. Nem todo dinheiro do mundo me faria andar na campainha de alguém ridículo como você. Se me der licença, está atrapalhando a minha noite com meu par. — Respondi. Queria conseguir deter minha língua. Ela parece ter vida própria. Faz apenas o que der.
— Bem, vejo que minha acompanhante não tem qualquer interesse da sua companhia ou dinheiro. Se me der licença, vou manter ela bastante entretida, deveria fazer o mesmo com a sua, está prestes a morrer de tédio. — Magnus tinha um sorriso brincalhão, parecia bem mais leve. Segurando minha mão, se afastou do homem.
— Isso não vai ficar assim, Magnus. Você e essa vadia vão pagar por em tratar dessa forma. — O homem gritou. Vi de longe a acompanhante dele se afastando, ele correu atrás dela. Acho que falou demais e acabou perdendo o passarinho que tinha na mão.
— Eu arrumei problema novamente, né? — Basicamente, era um dom, fazia parte do meu charme viver atolada de problemas.
— Na verdade, não. Fico feliz que tenha tido essa atitude. Algumas pessoas que estão aqui, acham que dinheiro pode comprar tudo. E muitas vezes, para se sentir melhor, usam os outros de escada. É tudo muito ridículo. Você fez bem. — Magnus olhava com um semblante triste para todo o lugar. Será que estava lembrando do passado? Ou apenas triste com aquele ambiente? Eu não sei, mas fiquei minimamente feliz que ele apoiou minha atitude. Nem parece aquela fera que mora comigo. Será que o terno transforma a personalidade dele?
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Euridice Neta
Rafaelevtem uma língua bem afiada, ainda bem senão ia ser humilhada porbtodos dessa festa ridícula....
2025-02-10
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Blenda Clara
nojento, ô cara nojento
2025-01-27
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Blenda Clara
cara falso
2025-01-27
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