Ainda sonolenta e confusa, abri meus olhos. Aquele quarto com toda certeza não era o meu. Eu estava do lado de fora? Como vim para aqui? Será que fui sequestrada? Não é possível. Estou devendo a máfia, ao surtado que eu tenho o dever de cuidar e ainda sou sequestrada. Podia ter menos um dia de folga, né?
— Quando tempo pretende ficar em cima de mim? Eu deveria ter deixado a chuva te levar junto com os ratos. — Magnus disse claramente irritado.
— Quê?? — Não podia acreditar. Eu estava deitada no peitoral de Magnus. — Você é um tarado? O que está fazendo aqui?
— Você está perguntando, o que estou fazendo no meu próprio quarto. Não deveria está se perguntando porque você está nele? Em vez de morta em algum rio aqui perto? — Magnus gritou colocando a mão na minha testa — Ao menos sua febre diminuiu. Pensei que eu teria que lidar com o corpo de uma cuidadora morto aqui.
— Eu não estou entendendo. Eu tenho certeza que estava presa do lado de fora da casa? Como vim parar aqui? Sou sonâmbula? — Questionei me levantando. Eu estava vestindo apenas uma camisa — Minha roupas? O que você....
— Embora eu esteja arrependido no momento por isso, mas coloquei você para dentro no meio do temporal. Estava queimando em febre. Me pergunto quem adoece tão fácil por conta de uma chuvinha de nada. De toda forma, pode ficar com a camisa. Não quero mais. E PODE SAIR DO MEU QUARTO? E DA MINHA CASA TAMBÉM. — Magnus parecia mais irritado que o normal.
— Eu já disse que não vou para canto nenhum. Não adianta. Agora vou descer e fazer o seu café da manhã. Talvez um pouco de comida melhore esse humor azedo que você cultiva. — Respondi saindo porta a fora.
Pensei que ouviria gritos ou respostas vindo dele, mas apenas um silêncio se fez. Acho melhor deixar ele em paz. Vou vestir algo descendo e tentar fazer algo comestível. Falhei no plano. A cozinha e eu temos um péssimo relacionamento.
— Você sabe que a cor certa de um omelete é amarelo, né? Porque esse aqui está preto? Está tentando me envenenar? Ou isso é bruxaria? Talvez seja melhor chamar um padre. — Magnus disse. Na mesma hora, tomei o prato dele.
— Se você não quer comer, eu como. — Peguei uma garfada generosa, mas a comida travou na mesma hora que coloquei na boca, estava intragável. Corri para o banheiro na mesma hora. Quando finalmente
— Acho que colocarei para você provar antes toda comida que fizer, parece bem mais divertido. — Magnus falou. Aquilo no canto da sua boca é um sorriso? Ele tem essa capacidade? — O que está me olhando tão surpresa?
— Você é terrivelmente idiota, o que é um desperdício da sua beleza. Se me der licença, vou tentar fazer novamente. — Respondi antes de sair.
Quinze dias se passaram, nada mudou, continuo queimando a comida dele, quando não estou sendo expulsa da casa com frequência. Ao menos, estava aliviada que não havia mais acontecido nenhuma tentativa dele de tirar a sua própria vida. Achei uma evolução, mesmo que ainda passe o dia com seu hobby maluco de me importunar.
O dia estava tranquilo, eu estava pensando em como poderia fazer algo que ele não reclamasse ter gosto de carvão. Parecia que quanto mais eu tentava, pior ficava. Até tentei fazer um miojo, mas acabou virando papa.
— Eu definitivamente, tenho uma péssima relação com a cozinha. Ela deve me odiar profundamente. — Falei olhando para mais um ovo de consistência duvidosa que eu tinha acabado de fazer.
— Acho que será a primeira vez que tenho que concordar com você. De qualquer forma, sente. Precisamos conversar. — Magnus estava incrivelmente formal. Será que está adotando outra prática para tentar me fazer ir embora? Ele não cansa?
— Se for para começar com história de me mandar embora novamente, não adianta o quão seja educado ou polido, vai apenas gastar saliva, não vou sair daqui, eu já disse. — Falei batendo na mesa irritada.
— Me pergunto se você é louca, corajosa ou burra, mas no fundo, não importa. E cansei de mandar você embora. Logo deve completar sua missão e ir embora, mas eu pensei em algo para você pagar o dinheiro que está me devendo. — Magnus explicou me olhando nos olhos.
— Não sei porque, mas algo me diz que não é algo bom. O que sua mente perturbada pensou? — perguntei.
— Vou ignorar você. De qualquer forma, eu tenho uma proposta, você me faz um único favor e tudo que me deve estará pago. — Magnus respondeu.
— Seu depravado! Eu não sou prostituta. Não vou me vender por dinheiro. Quem você pensa que é? Pervertido! — Gritei.
— Que mente suja a sua, mas não se preocupe, você não faz meu tipo, muita língua e pouco cérebro. E eu não preciso pagar para ninguém dormir comigo, mesmo que não pareça. — Magnus sorria de forma perturbadora.
— Você me assusta quando sorrir assim. Parece um sociopata, mas deixando de lado sua cara bizarra. Qual seria o favor? — Talvez seja um pouco menos complicado do que pareça. Certo?
— Eu meio que tenho um noivado para ir hoje, na verdade, o meu para ser exato. Desde que tudo aconteceu, minha mãe decidiu um casamento. Neguei por muito tempo, mas ela insiste que não tenho desculpa para não aceitar. Que será um casamento bom para ambas as famílias. — Magnus explicou.
— Não vejo onde eu entro nessa história. Você já foi mais objetivo. — Alfinetei. Ele parecia sem jeito para falar.
— Estou avaliando se realmente não vou acabar em mais problemas se você tentar me ajudar, acho que não, ao menos eu espero. Bom, minha proposta, você vai comigo para festa, como a minha namorada. Se eu estiver compromissado, ninguém vai me empurrar para cima de outra mulher. Eu terei uma desculpa para rejeitar. — Magnus respondeu.
— Quê? Você só pode dizer que não quer. Algo me diz que você é gradinho e tem dinheiro suficiente para fazer isso. Porque tanto trabalho? — Não era um grande trabalho, mas ainda assim... Tinha uma sensação ruim.
— Seu cérebro reduzido não entenderia. Agora diz logo vai fazer isso pelo dinheiro ou posso só chamar outra pessoa para fazer isso. Preciso agora da resposta. A festa será em algumas horas e tenho logo que sair. Vai querer ou não? — Magnus nem sequer esperou. Estava basicamente me empurrando na parede. Não me dando tempo para pensar.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Euridice Neta
Caramba quecsaia justa. e se o cara que contratou ela descobrir? Isso vai dar ruim...
2025-02-10
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Blenda Clara
me tira a minha dúvida... como que tu a levas-té para dentro da casa?
2025-01-27
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Socorro Maria
mas brigo esses dois /Joyful//Joyful//Joyful//Joyful/
2024-10-01
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