Nunca fiquei tão feliz de alguém batendo na porta. Algo me dizia que se Magnus tivesse terminado de falar, eu não poderia mais ficar ao lado dele. Era apenas uma sensação, talvez pelo tom de sua voz. Talvez seja o tipo de conversa que tenhamos que ter quando ele confiar em mim.
— Mamãe? — Abri a porta e fui surpreendida por ela, mas ela estava completamente machucada. Seu rosto estava roxo, sua boca cortada e um dos seus braços havia estava imobilizado. Será que ela sofreu um acidente? — Mamãe, o que aconteceu? Entre! Se sente. Você está bem?
— Me desculpa, filha. Eu não queria te incomodar com mais erros da sua mãe, nem que me visse assim. Eu precisava saber se você estava realmente bem. Me perdoa por ter te dado um pai daquele. Você não merece nada disso. — Minha mãe estava chorando e se tremendo bastante.
— Mãe, esquece isso, você está com dor? O que aconteceu? Vou chamar um médico. Melhor, vou levar você no hospital. — A boca da minha mãe ainda sangrava.
— Minha filha, se acalme. Eu acabei de sair do hospital. Na verdade, eu fugi. Como você não chegava em casa, fiquei agitada. Você nunca foi de chegar tarde ou sumir sem dar notícias. Seu pai se irritou com minha inquietação. Então me disse para esquecer você. Que havia te vendendo para um bordel ou algo assim para pagar as contas. Falou que o dinheiro que eu recebia não era suficiente para ele sobreviver, então precisou te vender. Eu parti para cima dele. Não podia acreditar no que tinha ouvido. Como um pai faz isso com uma filha. No fim, ele era mais forte, acabou exagerando. Quando acordei, eu já estava no hospital. — Minha mãe tremia enquanto falava, acho que lembrar do que havia acontecido não estava ajudando.
— Aquele maldito. — eu queria matar ele, mas espera, minha mãe disse que fui vendida para um bordel? — Mãe, você disse que fui vendida para um bordel? Como você descobriu onde eu estava?
— Assim que acordei, ouvi a voz do seu pai. Alguém estava explicando algo sobre você ter se tornado cuidadora ou algo assim. Disse onde você estava, que seu pai estava proibido de procurar por você ou aceitar ligações suas. Que se tudo desse certo, você voltaria. Depois que ouvi a conversa, fugi pela janela e entrei no primeiro táxi, vim bater nessa cidade. Por sorte, o lugar é bem pequeno. Só perguntei se tinha alguém doente que precisava de cuidador, que me mostraram o lugar. Eu estou tão aliviada que você está bem. Vamos fugir. Não vamos mais voltar para casa. Eu prometo. — Minha mãe parecia decidida. Sempre sonhei em ouvir isso dela. Só que...
— Mãe, mas... Eu... — Antes que eu pudesse terminar aquela frase. Meu pai passou pela porta que ainda estava aberta.
— Sabe quanto você me fez gastar, sua vadia. Acha que dinheiro dá em árvores? — Meu pai gritou para minha mãe, só depois reparou que eu estava ali também. — Se não é a inútil da minha filha. Você está trabalhando, né? Deve ganhar bem sendo puta de um aleijado rico. Quero dinheiro pela dor de cabeça que vocês duas me causaram. Como sei que você começou agora. Aceitarei apenas 1000.
— Você enlouqueceu de vez? Eu não sou puta de ninguém. E não fale assim do Magnus. Você sequer o conhece. Não irei permitir. E como eu terei dinheiro? Estou trabalhando para pagar a conta que você fez e me meteu nessa bagunça de merda. E mesmo se eu tivesse, eu nunca daria um centavo a você. — Eu estava irritada. Ele me vendeu, bateu na minha mãe e ainda por cima tem a cara de p@u de vir me pedir dinheiro.
— Quem você acha que é? Tudo culpa sua, Suzi. Que nunca soube educar sua filha. E ainda acha ruim quando apanha. Nem sequer é capaz de criar uma criança direito. — Meu pai agarrou o cabelo da minha mãe, jogando ela no chão.
— Você enlouqueceu? Se afaste dela. — Gritei indo para cima, mas meu pai era mais forte do que eu imaginava, acabei levando um chute na minha barriga e cai de lado. Meu pai voltou a chutar minha mãe que estava caída no chão. Tentei segurar ele, mas acabei levando um soco no nariz — Para! Para! Vai matar ela.
— Vocês duas são apenas incompetentes. Não conseguem fazer nada direito. Merecem morrer mesmo. — Meu pai gritava. Quando eu estava me levantando para tentar novamente parar ele. Vi uma mala passando voando em direção do meu pai.
— É dinheiro que você quer? Aí está. Tem dois mil dólares. Pegue essa merda e saia da minha casa. E nunca mais, coloque os pés aqui novamente. — Magnus falou em um tom sério.
— Você é um alejadinho muito metido. Sabe que se continuar falando nesse tom comigo, vai apanhar junto com elas. Eu não me importo quem você é. No fim, você é apenas um lixo, exilado da família por não ter qualquer utilidade. Então, fique caladinho enquanto eu puno essas duas aqui. — Meu pai falou se aproximando novamente da minha mãe. Ouvi apenas um som de tiro e um jarro do lado do meu pai se destruindo.
— Eu mandei você ir embora. A primeira vez foi aviso, a segunda será sua passagem para o inferno. Não me importa a merda de pessoa que você é. Pegue esse dinheiro e desapareça. Não era apenas isso que você queria? Então pronto. Está pago. — Magnus parecia outra pessoa.
— Vou aceitar o dinheiro por agora... — Meu pai falou se afastando enquanto abria a bolsa e contava o dinheiro.
— Senhor Magnus... Me... — Eu estava envergonhada. Meu pai não apenas causou problema, como também tratou Magnus de uma forma terrível.
— Cuide de sua mãe primeiro e a mande embora daqui. Depois conversamos bem direitinho sobre o que acabou de acontecer. — Magnus disse se virando e saindo, me deixando na sala só com minha mãe.
Levei minha para meu quarto, ela estava quase inconsciente. Já não estava bem quando chegou, depois de vários chutes estava ainda pior. Eu não sei mais o que fazer. Minha mãe precisa melhorar e ir embora. Não pode nem em sonho voltar para aquela casa, mas antes, preciso cuidar dela.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Euridice Neta
Desgraçado vendeu a menina e ainda vai.pedir dinheiro sem contar que ainda bateu na esposa merece ser torturado até morrer...
2025-02-10
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Blenda Clara
ah infeliz, que ódio desse cara
2025-01-27
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Erlete Rodrigues
não tem um vaso uma televisão nada que pode quebrar a cabeça desse f************
2024-09-16
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