Olhando para Magnus, era certo que ele a qualquer momento explodiria aquela loja com todos dentro de tanta raiva que estava sentindo por conta dos comentários. Acelerei o pagamento, precisava sair daquele lugar com ele o mais rápido possível.
— Pronto. Está pago. — Respondi com um sorriso.
— Não está irritada com os comentários? — Magnus perguntou sem ao menos me olhar. Conduzia a cadeira até o carro.
— Nenhum pouco. Nada que disseram era verdade. Se eu me importar demais com uma mentira, ela acabará se transformando em verdade, de tanta força e importância que dei a ela. — Expliquei antes de entrar no carro.
— Parece tão fácil quando você fala. Bem, de qualquer forma, vamos indo, a festa já começou. Estamos absurdamente atrasados. — Magnus parecia até um pouco gentil. Normalmente quando ele fala, espinhos são lançados de sua boca. Deve já está no papel de namorado falso.
— Isso não é bom? Faremos uma entrada triunfal. Todos não olhar para nós. — Brinquei.
— Quem diria, que a nanica gosta de ser o centro das atenções. E eu jurando que você era recatada e do lar. — Magnus sorriu. Meu coração sempre acelera quando vejo ele rindo de verdade. Que perigo.
— Bobo! — Falei olhando para baixo. Estava envergonhada. Não posso deixar que ele perceba.
Finalmente chegamos, descemos e um funcionário levou a chave do carro para estacionar. Havia um tapete vermelho enorme dando caminho até uma porta dourada tão grande quanto o tapete. Era tudo tão luxuoso. Assim que abriram as portas e entrando, assim como previ, todos os olhos estavam em nós dois.
— E agora, como se sente virando o centro das atenções? Sonho realizado? — Magnus perguntou um pouco debochado.
— Talvez eu prefira minha versão recatada e do lar. Sinto que estão julgando até meu último ancestral. Que vibe terrível. As pessoas vem nesses lugares mesmo sabendo desse ambiente hostil? Ou isso é apenas comigo? — Questionei vendo que os olhares nos seguiam.
— Não, você está certa, mas ninguém vem aqui para se divertir, a ideia é fazer negócio, ser visto, esbanjar riqueza, arrumar um pretendente. Basicamente, tem total intuito comercial. — Magnus explicou e fez sentido, mas o que faz com que todos olhem para mim. — Não deve ter entendido por sua cara onde você entra nessa história, quem está olhando, tem um misto de sentimentos, entre inveja e admiração. Nem de longe, nenhuma das outras mulheres conseguiram ficar tão bela quando você e nem tão idiota.
— Você sabe mesmo como estragar bons momentos, né? Ah! Deixa. O que vamos fazer? — Perguntei sem saber direito o que ele pretendia com tudo isso. Na verdade, queria descobrir qual era o próximo passo.
— Vamos conhecer minha família. Boa sorte. E... Não se aproxime do meu irmão. — Magnus explicou.
Bom, podemos determinar que eu sou uma tremenda gostosa, a festa inteira concorda com isso. Que o irmão de Eduardo não é bem visto, mas mesmo assim, ele mantém o respeito.
— Qual o seu nome mesmo? Esqueci de perguntar. — Magnus parou a cadeira me olhando. Eu tive uma crise de riso.
— Que tipo de namorado não sabe o nome da namorada? — perguntei brincando.
— Exatamente por isso que estou perguntando. Não posso. Não saber seu nome. Será necessário. — Magnus explicou. O que quer dizer que basicamente, antes era não necessidade. Que vontade de colocar sal no seu café.
— Me chamo Rafaela. — Respondi com um sorriso, mas queria mesmo era voar no pescoço daquele idiota.
Me com tanta raiva de saber que depois de todo esse tempo trabalho com ele, ouvindo seus abusos, aquele homem sequer conhecia meu nome. Estava tão imersa que meus pensamentos, que não notei que estávamos já em frente a uma mesa enorme de seis cadeira, dentre elas, quatro já estavam ocupadas.
— Filho, quanto tempo eu não te via. — A mãe se aproximou abraçando ele. Ela me olhava de rabo de olho.
— Irmão, quanto tempo. Foi difícil chegar até aqui? Vejo que atrasou. Se me dissesse eu teria mandando alguém te buscar, assim você conseguiria chegar mais rápido e em segurança, claro. — Um homem falou se aproximando. Ele me parecia conhecido.
— Senhor Magnus, quanto tempo não te vejo. — A mulher que estava sentada ao lado da mãe de Magnus sorria para ele.
— Que alvoroço. Todo mundo sabe onde moro. Se tivessem sentido minha falta, teriam ido buscar. E não ignorem minha acompanhante. Que falta de educação de vocês. É assim que querem mostrar a imagem da nossa família? De qualquer forma, essa aqui é Rafaela, minha namorada. — Magnus me apresentou depois de um leve sermão na família. Apenas acenei e sorri. Como posso dizer, sentia uma pressão enorme em mim.
— Você está brincando, certo? Você é noivo. Hoje era o dia do seu noivado. Que piada ridícula é essa que está falando. — A mãe dele parecia nervosa.
— Rafaela, essa é a minha mãe, Elisângela, do lado dela é... Ah! Eu esqueci seu nome. Tanto faz. E do lado dela, meu irmão, Anderson, possivelmente com sua acompanhante do dia que todos devem desconhecer, já que é sempre uma nova todos os dias. — Magnus apresentou ignorando o que a mãe havia dito.
— Como assim você não me conhece? Só pode está brincando. Somos noivos. Nos encontramos algumas vezes. — A moça parecia envergonhada. — Mas tudo bem, deve ser um pequeno esquecimento. Eu me chamo Bianca.
A mulher se aproximou de mim com uma taça de vinho, claramente fingiu tropeçar e derrubou a bebida toda no meu vestido que vale um rim. O que ela planejava com isso?
— Oh! Desculpe. Um vestido tão belo quanto seu. Que desastrada eu sou. Não sei nem como me redimir. Chamarei alguém para te levar para um dos quartos e ajudar a se limpar. Embora eu acredite que seja impossível tirar essa mancha, mas se for assim, eu oriento que tomarei responsabilidade. — Bianca, disse com um sorriso enorme do rosto.
A raiva tomou conta de mim. Na mesa havia uma espécie de sopa ou caldo, não vi direito. E derrubei todo na cabeça dela. Todos da festas se calaram vendo a cena.
— Estamos quites agora. Bem, a parte boa do meu vestido ser preto é que não mostrar tanto, o que não posso falar do seu que era branco. Espero que consiga limpar, mas se não conseguir, jogue no lixo, ele realmente não combinava em nada com você. Se me der licença. — disse acenando. Magnus e o irmão deram uma crise de riso. Eu havia esquecido por um minuto que estávamos em um evento elegante.
— Olha o tipo de mulher que você brincar. Totalmente sem educação. Olha o que fez com a querida Bianca. Eu quero essa mulher fora do evento. Não aceitarei ela por nenhum segundo aqui dentro. Chamem os seguranças se for possível. Não quer nunca mais ver essa mulher na minha frente. — Elisangela, mãe de Magnus, pareceu não ter uma boa impressão de mim. Eu, definitivamente, só me meto em confusão.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Euridice Neta
Xiii a vadia se deu mal, a sogrinha não gostou da nora enfim o encontro foi um sucesso, kkkkkk
2025-02-10
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Blenda Clara
cachorrada.... 🤣 meu deus, já tava previsto
2025-01-27
0
Blenda Clara
essa mulher é uma diva
2025-01-27
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