Capítulo 18

Romano se aproxima de Sabrine, vendo as crianças lhe encararem surpresas.

— Eu sabia… Você é uma ótima professora. — Romano quase sussurrou no ouvido da ruiva, observando-a se arrepiar por inteiro. — Você é sensível.

— Oras… — Murmurou, afastando-se e encarando as crianças.

— Por que eles estão aqui? Esta tarde, seus pais devem estar preocupados. — Romano comentou, encarando as duas crianças gêmeas.

— Eles queriam ler, não vejo problema nisso. — Sabrine replica. — Você ver?

— A noite? Dia de sábado? Vejo. — Romano ditou, continuando: — Vamos os levar para casa.

— Você não vai reclamar com os pais deles, vai? — Questionou. — Não faz isso, por favor. Os prometi que não os contaria.

— Fique despreocupada, não contarei. Mas vocês… — Agora fitou as crianças.— Não façam mais isso, pois pequenas fugas como essas podem trazer problemas ou até mesmo um alvoroço.

— Sim, senhor! — As crianças falaram, no mesmo momento.

— Eles não farão novamente, mas, as aulas devem ser durante todas dias da semana, não é? — Sabrine perguntou.

— Sim.

— Então está tudo ótimo! — Sabrine quase exclamou, entusiasmada.

Romano e ela saíram do pequeno lugar nomeado de escola, e observaram as pessoas fazendo arrumações no centro do lugar em que a alcateia habita. Sabrine observava os detalhes, a grande mesa no centro, decorações feitas a mão espalhadas pelo lugar.

— Por que estão arrumando? Terá uma festa? — Sabrine perguntou, curiosa.

— Amanhã será meu aniversário.

— Serio? — Exclamou.

— Sim, meus pais insistem em querer que uma festa ocorra, assim como tradição. — Romano revelou, continuando: — Não é como se eu fosse inimigo de festas, apenas não gosto.

— Eu nunca fui em uma festa antes. — Relatou de repente, sendo sincera. Mas não falou para que Romano de sentisse mal pelo detalhe ou algo semelhante, ela somente quis relatar sobre algo que nunca presenciou ou viveu.

— Então pode se tornar mais divertida, pois tem a sua presença. — Romano a falou, encarando a garota ruiva que ficou completamente avermelhada.

De repente, ambos notaram a presença de uma mulher e um homem andando rapidamente em suas direções. A mulher aparentando estar desesperada, agarrou as crianças, soltando reclamações.

— Aonde vocês estavam, em?! Não façam mais isso, desaparecer e nos deixar preocupados! — A mulher bradou com os gêmeos, mostrando-se preocupada e também frustrada. — Pelos lobos… Eu achei que algo poderia ter acontecido com vocês! Os caçadores estão rodeando.

— Não fazemos por mal, mamãe. — A garotinha comentou, cabisbaixa.

— Desculpe-me, mamãe. — O garotinho pediu, em seguida da irmã.

— Me desculpem o prejuízo, senhores. — O homem falou, totalmente raivoso.

— Nos desculpem mesmo! Não queria que nossos filhos os incomodam, e também não imaginávamos que eles iriam fugir de casa para traquinar. — A mulher falou, os segurando. — Prometemos que os deixaremos de castigo para que eles possam aprender a lição. Nunca mais vai acontecer isso novamente.

— Não, não se preocupem, por favor. As crianças são adoráveis, elas estavam comigo na escola. Sei que foram erradas em sair sem avisar, mas elas não fizeram por mal, acredito nisso. Elas apenas… Queriam ler. — Sabrine os explicou.

— Obrigada pela gentileza, senhora. Mas são meus filhos, não seus. — A mulher retrucou, ainda enfurecida. — Como eu disse antes, isso não irá acontecer novamente, eu garanto.

Sabrine soltou um suspiro frustrado pela resposta, vendo que não cumpriu a sua promessa às crianças. Observou a mãe os levar para casa, transbordando raiva. A ruiva sentiu a mão grande lhe confortar, alisando sua costa.

— Sinto muito por isso. — O pai das crianças se pronunciou. — Desculpem-nos pela grosseria da minha esposa, ela somente está bastante preocupada.

— Tudo bem, não se preocupe. — Romano tranquilizou. O homem deu um breve aceno e foi embora, até sua casa.

— Eu não cumpri a promessa…

— Que promessa?

— Sobre que a mãe deles não iria brigar consigo. — Murmurou cabisbaixa.

— Não faça muitas promessas, ruivinha.

— Por que? — Indagou.

— Nem todas você vai conseguir cumprir. Como aconteceu agora, entende? — Replicou.

— Mas eu iria! Só que a mãe deles não me escutou. — Sabrine retrucou.

— Entenda que nem todos vão pensar como você, ou vão compreender, mesmo que suas ações sejam as melhores. E nisso, você tem que aprender a lidar com os nãos, mesmo que deveria receber um sim. — Detalhou, a observando assentir.

— Tentarei lidar com isso. — Garantiu.

— E, só para saber, amei sua leitura. — Comentou, a notando sorrir. — E talvez, você deva ser a professora exemplar para os pequenos lobos daqui.

— Sério?

— Sim.

Romano sentiu os braços dela o rodear, e o cheiro feminino doce impregnou-se, fazendo-o suspirar mais fortemente. Encantado.

— Em breve você pode começar, mas antes tem que haver uma reunião para que você seja a escolhida. Mesmo que você seja minha mulher, tudo aqui se resolve na base de diálogo, na maioria das vezes, até mesmo se a minha palavra for a última.

Romano a explicou, mas a única parte que ela escutou foi a "minha mulher".

— Tem algumas pessoas aqui também querendo o cargo, mas ainda não sabemos o que pode acontecer ainda. — Romano concluiu.

— Farei meu melhor. Eu gostei das crianças, como eu já disse, elas são extremamente adoráveis. Uma pena que a mãe deles não entende isso.

— A mãe deles apenas é protetora, pode ser o extremo, mas é comum. — Disse.

— Eu sei, só não consigo compreender. — Ela explicou. — Talvez seja porque ainda não sou mãe, mas quem sabe futuramente.

— Quem sabe futuramente? — Romano repetiu, fitando-a. — Pretende ter filhos?

— Não sei corretamente… Mas acho que sim. — Sabrine respondeu incerta.

— Tem preferências?

— Lógico que não! Se um dia eu tiver, não importa se vier menina ou menino, irei amar de qualquer forma. — Respondeu novamente o questionamento, vendo o sorriso de Romano crescer.

— Eu quero ter cinco. — Romano brincou.

— O quê?!

— Por que o espanto? Cinco ainda é pouco. — Falou risonho.

— Quer se tornar um coelho? Pelo céu, cinco é demais. — Sabrine resmungou.

— Relaxa, ruivinha. Você vai aguentar. — Romano brincou novamente.

— Não fale besteiras! — Sabrine murmurou.

Romano riu pela reação da ruiva. Ambos continuaram a conversar sobre assuntos aleatórios, e apesar de não parecer, a garota se mostrou bastante falante ao falar sobre assuntos que lhe interessam. E Romano, gostou de a ouvir falar sobre todos os elementos que gosta.

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Comments

Nélida Cardoso

Nélida Cardoso

a mãe das crianças é tão protetora que da do das crianças tomará que ela consiga o gargo de professora /Heart//Heart//Heart//Heart//Heart//Heart/

2025-03-20

1

Maria Sena

Maria Sena

A Sabrine é jovem mas tem sua identidade própria, quando todos a conhecer, e ver o grande coração wue ela tem vão amar. E o melhor é que o Romano é justo no certo e no errado, e isso é digno de um líder.

2025-02-17

1

sandra helena barbosa

sandra helena barbosa

Algumas mulheres com certeza
vão fazer campanha contra.

2024-05-26

4

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