Capítulo 19

HELENA FAETT,

Eu estava pronta e animada, pois sabia que iria me divertir muito. No entanto, Duran tratou de cortar minhas asas de felicidade.

— Você ficará em uma mesa reservada. Não ficarei com você a noite toda, porque tenho uma pequena reunião de negócios. Mas não se preocupe, terá meu segurança Heitor como seu guarda-costas. — Duran me avisou, ajeitando a gravata, o que me deu vontade de puxá-la e enforcá-lo.

— É o quê? Não posso estar ouvindo isso. — falei com todo o ódio contido. — Não pode me controlar dessa forma, Duran. Para mim já deu dessa situação toda.

— Você não pode reclamar. Se reclamar, o contrato mudará de cinco meses para sete meses, terá um acréscimo. — Ele disse, me olhando com toda a calma do mundo. — É o contrato quem diz. Ah, mas você não leu o contrato, é verdade, havia esquecido. — saiu da minha frente dando gargalhadas.

Enlouquecerei com esse homem. Me dê paciência, Deus.

Terminei de me maquiar, ajeitei os cabelos em um coque, coloquei a sandália, mas não conseguia fechar o vestido, eu não conseguia.

— Duran, Duranzinho… — chamei com voz provocativa.

— O que você quer, Helena? Você sabia que estamos quase atrasados, eu odeio atrasos. — disse, ajeitando o relógio no braço enquanto me olhava.

— Estou com problemas, não estou conseguindo fechar meu vestido. — falei com voz melosa, e o vi suspirar.

— Por que não consegue fechar? — perguntou, e percebi que ele queria fugir daquilo.

— Eu não tenho olhos para trás, né, Duran? Fecha para mim e larga de fuleragem. — falei, virando as costas para que ele fechasse o vestido.

— Fuleragem? Onde aprendeu esse tipo de linguagem feia e pobre? — perguntou curioso.

— Aprendi por aí. — Eu disse.

Escutei seus passos pesados se aproximando, seus dedos mornos tocaram minhas costas, e então o zíper subiu devagar, a respiração de Duran estava pesada, eu pude sentir que estava tenso, e eu adorava causar aquela sensação nele. Agora sei o seu ponto fraco, e vou me aproveitar disso.

— Vamos, Helena, estou atrasado. — Ele limpou a garganta e caminhou na frente, eu fui logo atrás.

Caminhamos pelo corredor, adentramos o salão onde havia muitas pessoas dançando, e outras estavam aproveitando bebidas, e conversavam animadamente.

— Duran! Boa noite! — cumprimentou um senhor de uns 50 anos.

— Boa noite, senhor Renato, como está a família?

— Estamos todos bem. Venha, estão te esperando para começar a nossa reunião.

— Pode subir, já estou indo. — Duran disse, enquanto pegava em minhas mãos e me deixava sentada em uma cadeira. — Fique aqui e não saia de perto de Heitor. — disse. — Obedeça. — acrescentou e saiu.

Ainda sentada ao redor da mesa reservada, fiquei ali, arquitetando planos para me divertir. Eu não iria de jeito maneira ficar parada como uma estátua porque Duran pediu isso, jamais.

Me levantei de onde estava, e caminhei até o quarto, lembrando que eu havia visto um remédio para dormir no banheiro.

— Senhorita, está indo aonde? — perguntou Heitor.

— Vou no quarto, estou apertada. Não quer que eu faça xixi nas calças, né? — comentei e ele concordou.

Caminhamos pelo corredor, entrei no quarto, enquanto Heitor estava do lado de fora esperando, abri o frasco, peguei a cápsula e a coloquei no sutiã. Voltamos para a mesa, Heitor o tempo todo em meu encalço.

— Heitorzinho, senta para nós dois tomarmos um uísque. — convidei.

— Não posso, senhorita. — respondeu, ficando sério.

— Tudo bem, vou ligar para Duran agora mesmo, e vou reclamar, dizer a ele que você me tratou mal. — ameacei pegando o celular na bolsa.

— Tudo bem, não precisa ligar, senhorita, mas vou tomar só um copo e nada mais. — disse, me olhando, e logo se sentou ao meu lado.

— Vou ao balcão e já volto. — falei indo colocar meu plano em ação. Pedi o uísque, e sem que ninguém percebesse, abri a cápsula e a coloquei na bebida de Heitor.

Caminhei de volta para a mesa, dei a taça do uísque para Heitor e tomei o meu.

— Esse uísque está com um gosto diferente. — disse, tomando poucos goles.

— Deve ser o costume. — expliquei.

— Verdade. — Heitor tomou todo o líquido do copo.

Alguns segundos haviam se passado, Heitor começou a bocejar, e me olhou de relance.

— Você está se sentindo bem? — Heitor perguntou, bocejando novamente.

— Estou com pouco de sono também. — fingi, abrindo a boca para que ele acreditasse.

— Acho que vou dormir. — Heitor apagou, no mesmo instante eu saí de perto dele e fui pintar o sete.

Passei no balcão, tomei todas, e nada de Duran voltar. Repeti o uísque uma… duas… três… quatro… e parei no vinte. Fui para a pista de dança, e comecei a dançar no ritmo da música que tocava, minha cabeça dava mil voltas, minha vista estava turva.

Subi pela escada e fiz o mesmo trajeto que Duran, e o vi em um pequeno escritório conversando, enquanto uma mulher tentava se aproximar dele. Porém, percebi que ele estava bem distante, tentava a todo custo evitá-la, e não sei por quê, mas gostei de ver aquilo, ele não a desejava.

Continuei parada ali onde eu estava, os olhos de Duran encontraram os meus, entramos em uma batalha de olhares. Meu corpo arrepiou com aquele olhar que parece queimar por completo. Vi ele levantar, colocar o copo vazio sobre a mesa e caminhar até mim.

— O que houve? Aconteceu alguma coisa? Cadê Heitor? — perguntou, enfiando suas mãos no bolso da calça.

— Calma, uma pergunta de cada vez. — disse, tropeçando nas palavras.

— Você bebeu? Não acredito. — Duran me encarou, mostrando-me um sorriso quase invisível aos olhos.

— Olha, para responder a sua pergunta, eu bebi um pouco. — falei.

— Quantos copos?

— Uns 20.

— Acha isso pouco? — Duran mostrou-se incrédulo.

— E se você pergunta por aquele Heitor, lá está ele. — apontei com o dedo. Heitor estava sobre a cadeira e dormia como um bebê.

— O que fez? — Indagou seriamente.

— Só fiz ele dormir um pouco, estava estressado. — falei, óbvio.

— Você já fez muitas bobagens hoje, vamos embora. — Duran saiu me puxando pela mão, caminhamos pelo corredor e chegamos no nosso quarto.

— Estou com sono. — reclamei.

— Então vamos tomar banho para passar um pouco essa bebedeira, e depois você deita.

Duran me levou e me colocou debaixo do chuveiro, e sem pensar, eu o puxei com roupa e tudo para debaixo, nossos lábios ficaram próximos, tão próximos que pude sentir sua respiração pesada.

— O que você quer? — perguntou, me analisando.

— Quero você, quero te sentir, me faça sua novamente, Vitor.

— Não posso, isso está fora de cogitação. — Duran se afastou.

— Já sabia. — provoquei.

— Sabia do quê?

— Que você é gay, eu não estava acreditando, então só quis confirmar, e olha aí, você é mesmo.

Duran me olhou, negando com a cabeça, enquanto sorria do meu comentário.

— Você está de brincadeira? Sou mais homem do que você imagina.

— É? Então me prove. — o desafiei.

— Você vai se arrepender amanhã. — Duran respondeu.

— Não importa, amanhã é outro dia. — falei. E então pude sentir seus lábios nos meus, suas mãos impacientes livraram-se das minhas roupas molhadas, jogando-as para longe. Após Duran também se livrar das suas, ele me possuiu da forma que eu queria.

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Comments

Graça Araújo

Graça Araújo

a história começou legal,mais já era tá horrível,acho que a autora se perdeu,não sai desse círculo......

2025-03-21

5

Sirlei Aparecida

Sirlei Aparecida

não gostei ela não deveria ter sedido tão fácil vai virar escrava sexual dele agora que ele vai humilhar mais ela mulher burra

2025-03-25

0

Rosa Pinto

Rosa Pinto

fogo no parquinho 😂😂

2025-03-04

1

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