VITOR DURAN,
Ficando sozinho em meu apartamento, tomei um banho quente e fiz minha higiene matinal. Com a toalha enrolada na cintura, caminhei até o box, me vesti, arrumei os cabelos penteando-os para trás, parei diante do espelho na parede e com calma ajustei minha gravata.
Hoje seria a reunião com alguns chefes e eu já estava preparado para tudo. Na verdade, nasci pronto. Meu celular tocou no criado-mudo, caminhei até lá, peguei e atendi assim que vi o nome de Demetrio na tela.
— O que houve, Demetrio? Há problemas?
— Não, Duran, eu queria tratar sobre a garota.
— O que há com ela?
— Ela está bem. A questão é que eu queria perguntar se não poderíamos deixá-la ir. Ela é inofensiva e...
— Inofensiva? — Perguntei com desdém, terminando de arrumar a gravata. — Não me convence com esse papo, Demetrio. E você sabe, uma vez que caem em minhas mãos, ficam em minhas mãos e não libero rápido.
— Eu sei, mas…
— Mas nada, Demetrio. Peça para a garota acompanhá-lo até um shopping para comprar tudo o que precisa. Mais tarde passo para pegar vocês, ela irá conosco. Agora, preciso desligar.
Encerrei a ligação, coloquei o celular no bolso e me encarei novamente no espelho por um momento.
“Inofensiva? Essa é boa.
Saí trancando o apartamento, já levando minhas malas comigo. Passei na recepção e acertei tudo sobre os dias que fiquei. Um dos meus seguranças pegou minhas malas e as levou para o carro. Entrei e seguimos para a reunião.
Quando cheguei à sala, todos já estavam à minha espera, me olhavam como se eu fosse o pior dos demônios. No fundo, gosto que me vejam assim, que tenham medo.
— Bom, estou aqui para negociar com vocês, não me façam perder meu tempo. — Falei, sentando-me em uma das cadeiras.
— Somos da máfia Montanari e queremos saber se dentro de seu território tem como aceitar uma de nossas novas drogas, senhor Duran. — Falou o que acredito ser o chefe.
— No meu território, eu sou o dono e eu mando. Por isso, antes de entrar qualquer droga, sugiro que seja testada primeiro.
Vi ele se levantar, pegar um pedaço daquela droga em pedra e dar a um de seus homens. Ele então levou até a boca, e a ação foi imediata. O cara estava tendo alucinações, mas estava tranquilo.
— Ótimo! — Falei, olhando para ele.
— Sua droga passou no meu teste. Quero doze mil toneladas, separadas em contêineres diferentes. Pode dividi-las em mercadorias, em bonecas de pano, de plástico, tanto faz. Mas quero elas em meu território dentro de dois dias.
— Passaremos sem problemas?
— Sem problemas! E se houver algum, trate de resolver, amigo.
Sai dali dando tapinhas nas costas dele e segui para fora daquele lugar, observando tudo e todos, e tendo cuidado para não ser pego pela polícia. Às vezes, há um traidor em nosso meio, ou alguém da polícia infiltrado, agindo normalmente, e você nem percebe.
Entrei no carro e seguimos para a mansão dos pais de Demetrio. O carro estacionou em frente ao imenso portão. Eu nem sequer entrei. Demetrio já sabia que eu estaria aqui para pegá-los. A governanta saiu e me avisou que ele ainda não havia retornado do shopping.
Pedi para que meus homens dessem a volta e seguimos para o único shopping que existia ali. Liguei para Demetrio várias vezes, mas não atendeu. Assim que chegamos à frente do shopping, vi Demetrio sorrindo e todo feliz com a garota, tomando um sorvete.
— Só o que me faltava. — Resmunguei. — Traga aqueles dois idiotas. — Ordenei.
Meu motorista desceu do carro, caminhou até eles, falou algo, e ambos olharam para o carro. A garota era muito linda e tinha um jeito bem inocente. Eu já até imaginava como iria castigá-la, para não ter que ver o que não é de sua conta.
Demetrio vinha ao lado dela, trazendo as sacolas de compras. Demetrio entrou e me cumprimentou. A garota também entrou e sentou-se próxima a mim, não tão perto. Parecia que meu corpo tinha espinhos. Ela não me olhava, o tempo todo na viagem manteve a cabeça baixa enquanto apertava as mãos.
— Me fale sobre sua amiga, Demetrio. — Puxei assunto olhando para a frente.
— Ela se chama Helena, me disse ser dançarina e professora. — Falou todo entusiasmado.
— Que ótimo, uma bela profissão, Helena.
— Obrigado, senhor. — Agradeceu tímida.
— Tenho um ótimo trabalho para você, em um local que você vai amar. — Falei, pensando na minha casa noturna.
— Que lugar é esse, senhor?
— Não se preocupe, você saberá, quando chegar a hora. Afinal, muitos dizem haver momento e a hora certa para tudo.
Houve silêncio no carro. Demetrio sabia do que eu estava falando, mas não se meteu no assunto. Ele sabe que eu o mataria no mesmo instante, mesmo sendo meu melhor amigo e consigliere.
Há mais ou menos dois anos, eu trafico mulheres. Meus homens as enganam, dizendo que vão trabalhar e ganhar bem em uma agência de modelos. Quando chegam na casa noturna, elas têm que fazer tudo o que é pedido, e todas tomam injeção uma vez por mês, para não engravidar.
E tudo isso tem me rendido uma grana a mais. E com Helena, não será diferente. Terá que obedecer e ser bem mansinha.
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Atualizado até capítulo 56
Comments
Val Jayesh
acabei de ler uma história que os mafiosos acabaram com estes trastes de mafiosos que escravizam mulheres e crianças, agora lendo está história aqui , não esperava que fosse tão pervertido este mafioso, espero gostar da história e dele
2025-03-14
11
Luuh'h Allmeida
esse tem que sofrer e rebolar muito pra ganhar nossa confiança viu ksksks
2025-03-06
3
Sonia Pinheiro
tava gostando da história acho que a autora se perdeu nesse capítulo de tráfico de mulheres
2025-03-17
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