Capítulo 14

HELENA FAETT,

Não consegui pregar os olhos nem por um momento, pois Duran estava praticamente a noite toda fungando em meu cangote. Senti sua respiração pesada e meu corpo tremia de frio, então tive que deixar de lado meu egoísmo.

Me aproximei mais do corpo quente de Duran por baixo do lençol, e piorou tudo quando ele afundou seu nariz em meus cabelos.

— Que cheiro maravilhoso, tão suave. — Disse, me apertando em seu corpo quente.

— Não me aperte tanto. — reclamei.

— Tudo bem. — falou com voz grossa.

Senti as mãos de Duran por baixo da camisa que eu estava vestida, fazendo meu corpo arrepiar com seus toques. Em seguida, suas mãos foram descendo até chegar em minha b0c3t4.

— Não faz isso. — reclamei baixinho.

— Não fazer o quê? — falou, abrindo os olhos meio vermelhos por sono.

— Isso. — reclamei baixinho.

— Acho que você está gostando, me deixe te dar prazer, um prazer que jamais encontrará em outro. — Sussurrou em meu ouvido, fazendo movimentos circulares em meu clitóris.

— Não estou em condições de decidir nada, não seja canalha. — reclamei, olhando-o.

— Mas eu estou. — Duran me cobriu com seu corpo musculoso, enquanto cobria meus lábios com os seus, praticamente sugando minha alma literalmente.

Senti ele movimentar-se em cima de mim, tirando sua cueca box, e depois, pude sentir seu membro rígido em minha entrada. Queria gritar de dor, mas ele cobriu minha boca com a dele, abafando os gritos e qualquer grunhido que eu queria dar. Logo aquela dor foi dando espaço ao prazer, e eu pude senti-lo completamente. Não havia percebido, mas afundei tanto minhas unhas em seu braço que a marca estava ali, mas também Duran não reclamou.

Deixei que alguns gemidos baixos saíssem de minha garganta, enquanto ele se movimentava dentro de mim e gemia gostoso, com aquela voz rouca e sexy. Após termos atingido o ápice, Duran caiu ao meu lado da cama, tentando acalmar a respiração.

Como de esperado, ele não disse absolutamente nada, apenas levantou e foi tomar um banho. Eu também me levantei alguns minutos depois e também tomei banho. Ao retornar para a cama, ele já estava deitado.

— O que houve? Por que não me diz nada? Fui tão ruim assim a ponto de você ficar mudo. — comentei.

— Não. Ao contrário, você é ótima, só que como digo para todas, não crie expectativas comigo, não sou homem de uma só mulher. — Disse, e senti meu coração acelerar no peito, junto veio o arrependimento e as lágrimas. — Boa noite. — falou virando-se de costas para mim.

Enquanto Duran dormia, eu me xingava e me chamava de burra por ter deixado esse cretino me tocar. O que eu esperava? Que ele fosse colocar um anel em meu dedo e me pedisse em casamento? Sinceramente, eu não esperava nada dele, porque eu já sabia que não passava de um cretino.

Coloquei em minha mente que seguirei com meu plano de vingança e aparecerei no leilão, sem ele saber. Farei de tudo para ir embora com Dylan, ou eu não me chamo Helena Faett.

Com meus pensamentos, acabei caindo em um sono profundo. Acordei com o despertador do celular tocando, e quando olhei para o meu lado, o cretino não estava mais lá, já havia ido embora. Com toda certeza foi cedo, para que ninguém o visse saindo do meu quarto.

Me levantei, estava me sentindo ruim e muito dolorida, mas mesmo assim tive forças para levantar e ir ao banheiro. Tomei banho e me vesti. Alguém bateu na porta e eu deixei entrar.

— Bom dia, Helena. — cumprimentou Demetrio, colocando uma bandeja de café em cima do criado-mudo.

— Bom dia, Demetrio. — falei de volta. — Hoje é o leilão?

— Sim! Mas você não está na lista.

— Pois quero que coloque meu nome na lista, e quero ser uma das primeiras.

— Está louca? Duran me mata, ainda arranca minha cabeça e a pendura na entrada da boate como enfeite.

— Digo que não foi você, mas, por favor, faça o que estou pedindo.

— Não posso, Helena. Sinto muito, mas não posso.

Demetrio saiu do quarto, me deixando sozinha. Mas obviamente darei um jeito de estar nessa lista.

Tomei meu café da manhã, depois caminhei até o balcão, onde havia um homem moreno, forte e alto, anotando alguma coisa. Me aproximei dele, e fiquei conversando e mostrei interesse em aprender a anotar os nomes. Por hora, ele se ocupou e eu fiquei responsável por colocar os nomes das meninas. Aproveitei e coloquei o meu, fui a segunda da lista.

As meninas estavam todas ocupadas, organizando o salão. Caminhei até o quarto e consegui um vestido com uma das meninas que fiz amizade.

A noite havia caído rapidamente. Meu coração pulsava forte no peito, sentia medo, sim, mas eu não estava nem aí. Se eu morresse, seria melhor, porque me livraria dessa maldita vida que Duran fez questão de estragar.

As meninas estavam todas arrumadas. Demetrio começou a chamar, e cada uma foi entrando e saindo rapidamente, como se fossem pedaços de carne sendo comprados no mercado. Assim que Demetrio chamou um nome diferente que coloquei, eu apareci, e todos me olharam com desejo. Porém, apenas dois dos olhares que estavam em mim, me fizeram arrepiar de medo.

Duran estava me encarando, como se só com aquele olhar sombrio pudesse me matar, e Dylan me olhava com desejo incontrolável, enquanto olhava para Duran, que não estava nem aí para ele, mas sim para mim, e com toda certeza estava pensando em uma morte, mas dolorosa para mim.

Demetrio se perguntava como fiz para meu nome parar na lista, e de qualquer forma me puxava para sair dali. Mas Dylan o impediu.

— Vamos, Demetrio, prossiga com o leilão. — Pediu Dylan.

Demetrio, mesmo com medo no olhar enquanto olhava para Duran, prosseguiu com o leilão. Vários homens queriam me comprar, mas Dylan sempre colocava um valor a mais em mim, valor multiplicado pelos que os outros queriam dar. No final, eu acabei sendo de Dylan, e a face de Duran não era das melhores.

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