VITOR DURAN,
Dali, onde eu estava, comecei a atirar em alguns homens. Matei alguns e outros entraram no elevador. Entrei no quarto, tranquei a porta e olhei pela sacada, procurando um modo de sair dali.
Peguei meu celular, que tocava insistentemente no bolso da calça, e atendi.
— Senhor, está tudo limpo. Fizemos o serviço conforme nos mandaram, mas estamos com uma garota que nos viu na hora do ato, e a trouxemos conosco.
— Mais um problema, droga? Como vocês são uns imbecis. Leve-a para o Demetrio e diga para interrogá-la. Quando chegar, eu resolvo. Mande reforços para o hotel, estou sendo atacado. — encerrei a ligação.
— São eles, eles vão nos matar. — a mulher fica desesperada. Pega a bolsa e derrama tudo que tinha sobre a cama.
— O que está fazendo? — perguntei, olhando para ela.
— Achei!!! — falou, me jogando uma corda.
— Amarre e desça por ela. Fico aqui para despistá-los. — expliquei.
— O mínimo que vai acontecer com você é eles te matarem e comerem o seu fígado. — falei, amarrando a corda, nesse momento eles estavam tentando arrombar a porta.
— Não se preocupe, eu sou a queridinha de seu primo Jean. — respondeu, colocando tudo na bolsa novamente. — agora vai. — ela fechou a porta de vidro da sacada, e eu aproveitei para descer pela corda, pedindo a Deus que não quebrasse e eu me desse mal.
Meus homens haviam acabado de chegar. Eles entraram no hotel, e eu aproveitei para atirar mais em alguns soldados de Jean que também entraram. Já no chão, caminhei devagar, enquanto ouvia disparos. Uma viatura que passava por ali parou, e desceu apenas um policial.
Notei que ele pegou um rádio e ia chamando reforços, quando gritei por socorro, fingindo ser uma vítima. Ele desligou o rádio e veio até mim. Nesse momento, cortei o pescoço dele com uma lâmina que eu havia achado.
Me levantei do chão e saí dali para outro lugar, antes de chamar a atenção de alguém. Cheguei em um beco com pouca iluminação, e nesse momento parou um carro.
— Vem, entra logo. Vou tirá-lo daqui. — escutei a voz de Demetrio. Entrei no carro e arrancamos dali.
— Cara, você apareceu no momento certo. — respondi.
— Que sangue é esse? Se machucou, brother? — Demetrio me olha.
— Não! Esse sangue é do policial que degolei. Ele ia chamar reforços, e eu não poderia deixar que meus homens fossem presos.
— Arrumamos muitos problemas desde que chegamos aqui, Vitor. Proponho evitarmos isso. Metade da cidade sabe que você está por aqui.
— É, eu sei, Demetrio. Tenho que resolver logo as coisas na reunião e voltar imediatamente para casa.
— Então! Queria te perguntar também sobre a garota que os meninos deixaram em meu poder.
— O que tem ela? — não mostrei interesse.
— Ela viu os meninos matando o cara, e eles a pegaram logo, porque poderia contar e complicar mais a nossa situação.
— O que seria pior do que matar um federal degolado? — falei, me sentindo exausto. Já estava quase de madrugada, e eu aqui na rua arrumando encrenca.
— Uma garota que chamasse mais federais, aí você estava frito. Não poderia matar todos eles degolados. — rimos.
— Não me subestime. — brinquei. — me deixa no hotel e vai cuidar da guria até amanhã. Tenho que descansar, depois entro em contato contigo.
— Tá certo!
Demetrio parou na frente do hotel em que eu estava hospedado, tirou sua jaqueta e me deu.
— Coloca isso, ninguém pode te ver com sangue na roupa. — falou, me olhando.
— Obrigado, Demetrio, você é um grande amigo. Melhor amigo do que consigliere, porque você como meu conselheiro é um pé no saco. — reclamei, vestindo a jaqueta. Ele me olhou com uma careta feia, e eu comecei a rir.
Nos despedimos e ele foi embora. Entrei no hotel, peguei o elevador e fiz meu trajeto até meu quarto, passei o cartão chave na porta e entrei. Me livrei das roupas manchadas de sangue, entrei no box e tomei banho.
Peguei um fósforo, joguei as roupas no cesto de lixo em inox e toquei fogo. Fui caminhando até a cama king size e me deitei, a exaustão me arrastava.
****************
Acordei com os raios do sol invadindo o quarto, através da imensa janela de vidro. Eu havia esquecido de fechar as cortinas quando cheguei.
Abri os olhos lentamente e percebi que não estava sozinho. Até me assustei. Olhei para o meu lado e a garota de ontem estava deitada ao meu lado.
Pulei da cama e me coloquei de pé, puxei o lençol de cima dela. Ela se espreguiçou e me olhou desconfiada.
— Que droga você faz aqui? E como entrou aqui no meu quarto? — falei, pegando ela pelo braço.
— Desculpa, a questão é que fiquei com medo de dormir no meu apartamento sozinha depois do que aconteceu. E eu já tinha uma cópia dessa chave do seu apartamento. — falou. — não me olha assim, eu não roubo nada. É que eu tinha um ficante que dormia aqui nesse quarto, e ele conseguiu uma cópia desse cartão chave e me deu, e foi o mesmo que usei para entrar no seu quarto. Ele foi embora, mas não joguei a chave fora, porque achei que serviria algum dia.
— Não vai me dizer que você também está hospedada aqui nesse hotel? Ou isso é mais uma das suas tramoias?
— Eu também estou hospedada aqui, e pode ficar tranquilo que não estou armando nada. E não esqueça que eu te ajudei a fugir, e você me deve.
— Era só o que me faltava. — falei, soltando ela.
— Salvei sua vida, gatinho. Estou cobrando mais do que justo.
— Devendo minha vida para uma estranha. — falei, sentando sobre a cama.
— Sou Letícia, pode me chamar de Lety. — respondeu ela, parando em minha frente, seus lábios se aproximam dos meus.
— Não gosto de dever nada a ninguém, principalmente para mulheres. — peguei ela jogando sobre a cama, cubro seus lábios com os meus, rasguei sua blusa deixando os seios à mostra, suguei cada um. Lety gemia como uma gata no cio.
— Me possua, quero ser sua. — me beija novamente, entrelaçando seus dedos em meus cabelos.
Eu me afasto dela, a observo com calma, e por fim falo.
— Acha mesmo que vou transar com você, estando grávida de outro? Não querida, agora sai do meu quarto, e não se atreva a fazer esses tipos de surpresas desagradáveis, eu não gosto. — falei, e aquilo foi o suficiente para deixá-la com ódio, e ela saiu dali batendo a porta com raiva.
Essas mulheres acham que meu pau foi achado no lixo, só pode. Não me envolveria dessa forma com uma mulher, ainda mais estando grávida de outro. Jamais darei a ela e a ninguém a chave para ter acesso a mim. Vai que essa louca sai por aí dizendo que essa criança é minha?
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 56
Comments
MARIA LUZINETE DIAS SILVA
O pau não foi achado no lixo mas a boca foi
Beijou ela
Não estou entendendo porque ele está dando essa moral para uma ficante do primo dele
A mulher está ganhando território, entrou no quarto dele com facilidade, e cadê os seguranças dele?
Ele é um líder e anda desprotegido?
2025-03-04
8
Maria Sena
Quer dar uma de esperto o bonitão, mas ele bao vê que a mulher não ia trair o primo dele, e ela foi atrás do pen drive. Esse idiota, como ele não matou ela, o primo achou que ele gostou dela e mandou ela de novo.
2024-11-12
0
Maria Silva
E como ela ficaria com a cópia do cartão do quarto se não pode ter copia estranho
2025-03-22
0