Capítulo 11

VITOR DURAN,

Quando saí da sede, simplesmente passei em frente à minha boate. Vi meus soldados na porta e tive a curiosidade de dar uma olhada em como as coisas estavam indo por lá.

Foi então que acabei esbarrando em alguém na porta da cozinha. Quando percebi ser Helena, minha vontade era de abraçá-la e encostar aquele corpo delicado na parede. Principalmente ao vê-la vestindo uma das minhas camisas, que agora estava molhada e revelava bem os mamilos rígidos. Me dava vontade de mordiscá-los e passar a ponta da língua.

Helena passou por mim, após resistir tanto ao desejo, e saiu praticamente correndo, como se estivesse fugindo do diabo. E ela estava certa em fazer isso, porque sou pior que o próprio diabo. Pena que ela não quis descobrir, levaria ela ao inferno com minha língua.

Quando ela entrou no quarto, fui atrás. Porém, no meio do caminho, meu segurança me parou só para perguntar se eu precisava de algo. Deixei claro que não. Ele saiu dali sob o meu olhar e pude continuar pelo corredor até entrar no meu quarto.

Sim, tenho um quarto ali. Sempre que venho à casa noturna e não estou a fim de voltar para casa no mesmo dia, acabo ficando por ali e saindo de madrugada. Mas nunca durmo com nenhuma das mulheres daquele lugar. Nenhuma delas me desperta excitação. E se agarro alguma delas, é por diversão.

Helena estava ali, bem na minha frente, prestes a se vestir quando invadi o quarto. Meus olhos puderam contemplar o quanto seu corpo era deslumbrante, e aquelas curvas bem desenhadas me convidavam a me perder nelas.

Mas tudo o que fiz foi por impulso, deixei-me levar pelo desejo insaciável que existe dentro de mim. Aquela vontade louca de tê-la, até em meus sonhos ela me perturba, convidando-me a possuí-la. Quando pensei que finalmente a teria, ela me afastou.

Confusão era o que via nos olhos daquela mulher. Não sabia que desejo insano era esse. Nunca me senti dessa forma com nenhuma outra mulher. Mesmo contra a vontade, me afastei dela. Helena cobriu seus seios pequenos e me expulsou do quarto.

— Sai daqui, anda. — apontou o dedo para a porta.

— Você não pode me expulsar, está no meu quarto. — passei as mãos nos meus cabelos, fitando-a.

— Não tô nem aí, Demetrio disse que você deu ordens para eu ficar nesse quarto, mas se quer tanto a sua porcaria, fique.

Helena juntou todas as suas roupas e ia saindo, eu a peguei pelo braço.

— Calma, para onde vai? — perguntei, trazendo-a para perto.

— Me solta. — reclamou.

— Não sabia que era tão explosiva. — provoquei.

— Explosiva é sua avó. — Helena me encarou.

— Não fale assim, ela já morreu. Deixe os mortos descansarem em paz.

Eu tentava falar o mais baixo possível, mas Helena estava estressada e parecia não se importar se todos escutassem. Queria armar um escândalo, só por conta de um beijo.

— Saia, se não sair agora mesmo, vou gritar por socorro. — ameaçou.

— Não faria isso.

— Quer apostar?

Quando Helena ia gritar, tapei sua boca com a minha em um beijo que a deixou sem fôlego. Nos afastamos porque o ar nos faltava, mas eu queria mais dela. Queria muito mais do que um beijo. Queria senti-la, tocá-la de outra forma.

— Vou sair e te deixar em paz, mas não esqueça que o que começou aqui, terminaremos um dia e você sabe como.

— Se pensa que serei sua, está muito enganado, senhor Duran.

— Está dizendo que não me quer? Não acredito! Terá dias em que você mesma vai me suplicar para que eu te possua com desejo, e eu farei. Vou deixá-la ardendo, sem conseguir caminhar.

— Se acha o máximo.

— Não me acho, tenho certeza de que sou o suficiente. Boa noite, tenha bons sonhos, como aqueles do avião.

Senti que minhas palavras deixaram Helena com uma vontade incontrolável e um desejo ardente. Mas ela é uma mulher que tem controle sobre si mesma, domina seu próprio desejo, e eu admiro isso nela.

Saí da casa noturna e fui praticamente atacado por uma das meninas. Deixei-me levar pelo beijo que começou suave e foi aumentando o ritmo. Acabamos na cozinha, a coloquei em cima da mesa, peguei o preservativo do meu bolso e o coloquei.

Ela me envolveu com as pernas, fazendo-me penetrá-la de uma vez. Seus gemidos saíam abafados porque eu tapava sua boca com a minha.

— Pau delicioso. — falou ela entre gemidos.

Não disse nada, estava aproveitando o momento, fingindo que quem estava na minha frente era Helena, não uma prostituta qualquer da minha casa noturna.

Quando finalmente alcancei meu clímax, saí de dentro dela, tirei o preservativo e me ajeitei. Ela me olhou com um olhar estreito e interrogativo.

— O que foi? — perguntei, arrumando os botões da minha camisa.

— E aí? Queria saber se vamos ficar sempre e se...

— Se vou te assumir como mulher, namorada e blá blá blá? — a interrompi, fitando-a. — Como se chama mesmo?

— Cristina. — respondeu, empolgada.

— Olha, Cristina, não sei por que pergunta essas coisas. Deveria saber que eu pego, mas não me apego, querida. — falei, vendo seus olhos se encherem de lágrimas. — Então, não assumo ninguém. Ultimamente, estou me concentrando em mim mesmo. Não criei expectativas de um possível relacionamento com Vitor Duran, porque isso só acontece em sonhos. — dei-lhe um leve piscar de olho e saí dali, ouvindo-a chorar baixinho.

Entrei no meu carro, que estava estacionado na frente, e dirigi para casa. Assim que cheguei em meus aposentos, vi Demetrio deitado no meu sofá, com as pernas sobre o criado-mudo.

— Já ia atirar em você achando que era um ladrão. — comentei, sentando-me ao lado dele no sofá.

— Iria chorar no dia seguinte, sentindo minha falta. — Demetrio disse e começamos a rir.

Já era muito tarde da noite, suponho que umas duas da manhã, mas para mim tanto faz. Às vezes, não durmo e já me acostumei com essa rotina. Em compensação, ganho uma tremenda dor de cabeça no dia seguinte.

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Comments

Zildete Lopes

Zildete Lopes

gente já cheguei nesse capítulo e não comentei nada ainda. desculpa autora é que tá tão bom que não parei pra dizer nada. mais tá maravilhosa a história.

2023-03-30

38

Eliene Lopes

Eliene Lopes

no final das contas ela está ainda muito tranquila se é outra estaria em desespero em outro país, lembrando da vida , da mãe lembrando-se a mãe a procurasse e tal mas ela tá tranquila

2025-03-28

0

Maria Aparecida Monteiro Firmino Cida

Maria Aparecida Monteiro Firmino Cida

tomara que essa garoto não faça inseminação com o que ficou na camisinha

2025-03-24

0

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