HELENA FAETT,
Eu saí dali para trocar de roupa, caminhei pelo corredor e no meio do caminho, encontrei uma das meninas que se mostrou ser minha amiga desde que cheguei à boate.
— Você é sortuda, mas não parece estar feliz. — comentou.
— É, não estou. Não sei o que me espera. — respondi, e pude sentir ela me abraçando.
— Vai ficar tudo bem, não se preocupe. — disse.
Estávamos conversando quando ouvimos disparos. Imediatamente nos escondemos. Um tiro que provavelmente escapou atravessou uma janela de vidro, estilhaçando-a, e nós duas gritamos como duas doidas varridas.
Senti mãos fortes agarrarem meu braço e me carregarem para fora como se eu fosse uma boneca ou algo sem valor. Tudo bem, fiz a pior burrada da minha vida, mas sou humana, e não mereço ser tratada assim.
Olhei para o brutamontes que me carregava como se eu fosse um fardo, e adivinhem? Sim, eram os homens de Duran, só podia ser! Quem eu esperava que me salvasse. Fui jogada no carro sem nenhum tipo de carinho, mas pelo menos a minha bundinha teve um pouco de conforto, ao sentir os estofados macios.
— Para onde estão me levando? — ousei perguntar.
— Não faça perguntas, espere chegar lá e você vai ver. — Disse o brutamontes.
— Ah, tá! Espero chegar no local aonde vão me matar, aí posso perguntar, né? Ok… beleza… é assim mesmo… agora vocês tacam uma pá na minha cabeça com bastante força, e me enterra.
— Cala a boca, ragazza, pelo menos uma vez na vida. — gritou.
— Tá bom, já me calei, não precisa se estressar. — continuei.
Resolvi calar a boquinha, vai que eles me fuzilam. Algumas horas haviam se passado como um foguete rumo a Marte, e minha língua, como sempre, querendo se soltar para perguntar.
— O que houve lá? Me falem o que aconteceu. Não era para eu ir morar com Dylan? Não, porque ele me comprou. Então quem compra é que fica com a mercadoria. Não entendi, mas…
— Cala a boca, senhorita. — gritaram novamente, pareciam estressados.
— Aí, que ódio. — praguejei, até sentir o carro bater em algo, bati minha cabeça, e acabei ficando com uma enorme dor de cabeça.
Os três homens, que pareciam mais um armário, saíram de dentro do carro, me dando ordens para eu ficar quietinha, e saíram com arma em punho. Os tiroteios começaram novamente, me abaixei atrás do banco e fiquei paradinha.
Até que um silêncio se estabeleceu, me levantei devagar para olhar, os armários retornaram para o carro e seguimos tranquilamente. Digo tranquilamente no sentido figurado, porque eu estava prestes a ter um infarto fulminante, só do susto.
— Tá tudo bem com a senhorita? — perguntou um deles. Fiquei até com medo da pergunta, olhei para trás, para me certificar de que ele realmente estava se preocupando comigo.
— Estou bem! — respondi com os olhos estreitos de espanto.
— Que bom. — disse, prestando atenção na estrada.
O celular do homem moreno tocou, ele atendeu falando com a pessoa do outro lado da linha, mas não falou em português, mas em italiano.
— Va bene signore… no signore, la ragazza sta bene.... ok! si, si signore.( vai bem senhor… Não senhor… A garota está bem… OK! Sim… sim senhor.) — encerrou a ligação.
O carro parou em frente a uma mansão enorme, não daria para descrever a beleza e o quanto o lugar era grande e bem organizado, era noite, seria impossível descrever tudo, mas posso garantir que o lugar parecia um paraíso na terra.
Um grande portão foi aberto, revelando a luxuosa mansão. O carro passou pelo portão e estacionou na frente da mansão. Os homens saíram de dentro e me ajudaram a descer. A porta da mansão foi aberta, revelando uma senhora de cabelos grisalhos, que aparentava ter uns 50 anos.
Caminhei até ela, que sorriu calmamente para mim, e segurou em minhas mãos.
— Boa noite, senhorita. Seja bem-vinda à mansão Duran. Espero que a sua estadia aqui nesse lugar seja confortável, porque farei de tudo para ser. — Disse gentilmente.
— Obrigada, senhora. — agradeci e mais uma vez ela me mostrou um sorriso.
— Me chame de Leda, sou a governanta da mansão. — disse, fazendo-me segui-la.
— Que ótimo, Leda. Seu nome é muito lindo, e a senhora é gentil. — fui sincera.
— Obrigada! — Leda agradeceu. — Vamos, vou levá-la até seu quarto, te deixarei confortável, e assim que se instalar e descansar, amanhã mostrarei a você esse lugar, para que não se sinta entediada.
— Mas uma vez obrigada. — falei sorrindo para ela. — Preciso realmente tomar um banho e descansar.
— Então vamos. — disse passando na minha frente.
Subimos as escadas até chegar em várias portas, acho que todos ali eram quartos.
— Mora muita gente aqui? — perguntei.
— Não. — ela sorriu. — Nesse casarão enorme, somente mora o senhor Duran, e para lhe fazer companhia apenas tem uma equipe de trinta empregados.
— Para quê tantos empregados?
— Essa mansão é enorme, e cada um que trabalha aqui, tem uma função a fazer. — respondeu Leda abrindo uma porta.
— Mas, esses empregados dormem aqui? — continuei a perguntar.
— Não!!! Você é bem curiosa e faz muitas perguntas, o senhor Duran não gosta disso. — respondeu humorada.
— Desculpe-me!!! É que preciso saber, se vou viver aqui, tenho que saber tudo e também quero ajudar, se for preciso.
— Não!!! O senhor Duran jamais deixará que a senhora trabalhe. — respondeu. — Ok! Aqui é seu quarto, senhorita. — avisou caminhando até uma porta fechada, e a abriu. — Aqui é seu closet, tem tudo o que precisa. — disse caminhando até a outra porta e também a abriu. — E aqui é o banheiro, tome seu banho e fique à vontade. Se precisar de alguma coisa, pode descer e falar comigo na cozinha. — disse saindo dali, me deixando sozinha.
Me apressei e caminhei até o banheiro, tomei um banho, fiz minha higiene bucal, e saí dali enrolada em uma toalha branca ao redor do meu corpo e a outra toalha coloquei nos cabelos. Escolhi uma camisola no closet, e após me enxugar, me vesti e me deitei sobre a cama.
A cama era macia e confortável, o quarto era bem acolhedor, bem decorado com um toque feminino. Havia alguns quadros pendurados, uma lareira, sofás, e ainda assim era bem espaçoso, bastante espaçoso.
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Atualizado até capítulo 56
Comments
Val Jayesh
meu primeiro comentário autora, não li que ele usou camisinha na primeira vez dela, e também ele nem comentou sobre a virgindade dela, que triste.
2025-03-15
10
Ilma Matias da Cruz
kkkkk mais é muito difícil essa maluca kkkkkk
2025-03-27
0
Lenice Freitas
Eu queria saber pq ela não sujou o lençol de sangue se era virgem qdo o Duran tirou a virgindade dela..
2025-03-12
1