Capítulo 10

HELENA FAETT,

Ouvi aquele monstro falar para Demetrio me levar para a casa noturna. Entrei no carro e fui o caminho inteiro calada, sem trocar palavras com Demetrio. Refleti sobre minha vida, minha mãe, meus alunos, e comecei a chorar.

— Não fica assim, Helena. Sei que as coisas vão ser difíceis, mas o bom de tudo é que você não terá que se prostituir, só servir bebidas, limpar as mesas e o lugar, e será paga por isso. — Confortou Demetrio.

— Eu sei, mas é difícil, Demetrio. Eu não queria estar aqui, queria estar na minha casa. Fui tirada da minha vida, você entende?

— Entendo. Mas se acalme, querida.

Demetrio segurou minhas mãos frias e trêmulas, e por fim, consegui me acalmar.

Chegamos em frente à casa noturna, o carro foi estacionado e Demetrio abriu a porta para mim. Entrei no recinto e pude sentir os olhares de todos em mim. Demetrio segurou minhas mãos e me guiou por um corredor. Entramos em um quarto onde havia umas trinta mulheres, cada uma mais linda que a outra. Algumas pareciam tristes, outras pareciam gostar daquele lugar ou estavam acostumadas e perderam as esperanças de saírem dali um dia.

— Helena, por hoje você irá descansar. Amanhã começará a trabalhar. Me procure e eu direi o que fazer. — Disse Demetrio.

Apenas balancei a cabeça em concordância. Demetrio saiu dali e algumas meninas também. Elas estavam quase nuas, apenas usando pedaços de roupas.

Me sentei na beira de uma das camas ali, e uma das meninas se aproximou de mim, puxando assunto. Aproveitei para perguntar o que elas faziam tanto naquele lugar e como haviam parado ali. Leila, como se chamava, me explicou que estava caminhando livremente pela rua e de repente foi raptada e jogada no carro. O relato dela era diferente de todas as outras, pois algumas que foram raptadas, também foram abusadas no carro.

Perguntei se elas haviam sido abusadas pelo dono, mas Leila me explicou que não, que foi por seus seguranças. Estranhamente, me senti aliviada por saber daquilo.

Após passar várias horas conversando com Leila, as meninas retornaram para o quarto. Uma loira metida chegou perto de mim e me pegou pelo braço.

— Querida, procure um lugar para você dormir ou sentar, essa cama é minha. — Falou me encarando.

— Desculpas, eu não sabia que cada uma tinha uma…

— Pois agora está sabendo, novata. — Respondeu me cortando.

— Não se preocupe, Helena, pode dormir aqui comigo. — Ofereceu Leila.

— Obrigada, Leila.

Ia deitar na cama, mas a porta foi aberta, revelando Demetrio passando por ela.

— Helena, me acompanhe por favor.

Me levantei e segui Demetrio por um corredor. Assim que chegamos em um quarto decorado ao gosto masculino, entramos.

— Por que estamos aqui?

— Porque você vai ficar nesse quarto por enquanto, o quarto das meninas está muito cheio.

— Foram ordens do seu chefe?

— Sim, foram ordens do Duran. Só obedeça, tudo bem? Ele tem um pavio curto.

Soltei um longo suspiro. Demetrio me cumprimentou com um boa noite e saiu. Caminhei até o box, tomei um banho, fiz minha higiene e saí enrolada na toalha. Caminhei até o roupeiro, procurando qualquer coisa para vestir, mas não havia, apenas camisas sociais. Peguei uma e me vesti.

Assim que terminei de me vestir, me deitei na cama macia, sentindo um perfume masculino impregnado no travesseiro, e acabei adormecendo com aquele cheiro. Estava me sentindo exausta, por isso dormi rápido.

Pela madrugada, senti minha boca seca. Não conhecia bem o lugar, não sabia se havia geladeira ou onde ficava, mas me levantei para explorar, não estava aguentando de tanta sede.

Saí do quarto com calma para não fazer barulho e caminhei pelos corredores até chegar em uma cozinha, nos fundos de outro corredor. Vi uma geladeira, abri e me servi com pelo menos dois copos de água, levando outro comigo. Assim que terminei, caminhei de volta pelo mesmo caminho, até esbarrar em um homem e a água que eu levava no copo molhou a camisa que parecia mais um chambre em mim.

— Droga, que susto. O que faz aqui?

Duran me agarrou com força, enquanto me beijava com urgência, seu perfume masculino me envolvendo.

— Não me pergunte, nem eu mesmo sei. Só quero sentir seu cheiro, o calor de seu beijo. — Falou tomando novamente meus lábios em um beijo de tirar o fôlego.

Fui encostada na parede, minhas pernas se encaixando na cintura de dele, pude sentir seu membro já duro em minha intimidade.

— Você me deixa louco, Helena.

Ouvi ele sussurrar em meus lábios. Porém, caí na real, e eu não poderia me entregar a ele assim, me arrependeria depois. O afastei de mim.

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Comments

Rozenilda Alvarenga

Rozenilda Alvarenga

mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais tô apaixonada pela história 💖💖😍😍😍😍 parabéns pela história ❤️😍❤️❤️😍

2023-03-05

20

Maria Sena

Maria Sena

Minha nossa senhora das calcinhas molhadas, e agora, se isso aí foi mais um sonho é claro que eu gostaria de ficar sonhando o tempo todo. Acho que a Helena vai sofrer no paraíso, ou será que vai ser feliz no inferno? Nos dois, porque o Duran é tudo isso e mais um pouco.

2024-11-12

0

Maria Aparecida Monteiro Firmino Cida

Maria Aparecida Monteiro Firmino Cida

tomara que não seja outro sonho erótico kkkkkkkk

2025-03-24

0

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