Bêbada

A noite mamãe saiu para jantar fora, mas antes permitiu que eu fosse para o Luau.

Era um pouco mais de 22:00 quando após ligar para Natasha confirmando que ia, sai de meu prédio e fui surpreendida por Samantha que sorriu atravessando a rua, vindo em minha direção.

— Aceita uma carona? — perguntou ao parar a minha frente. — Meu irmão está ali esperando. — Apontou para o carro do outro lado da rua.

— Não precisa.

— Vamos lá Emily, estou tentando passar uma borracha naquela conversa constrangedora. E… já estou em outra.

— Já?

— Estou tentando fazer a Mel esquecer a Pietra. — Ela sorriu sem jeito. — É meio difícil, confesso.

— Sério? — Dei um sorrio forçado. — Espero que consiga, vocês combinam muito.

— Fala sério Emily, você gosta da Pietra, não é? E ela de você, basta ver a forma que te olha.

— Que forma? Do que está falando? — Caminhei atravessando a rua já convencida a aceitar a carona. — Vou com vocês, já é mesmo tarde.

— Acabou de confessar mudando de assunto. — falou rindo, mas fingi não ouvir, enquanto abria a porta de trás dos carro e falava um ' olá ' para o irmão dela que obviamente já me conhecia.

Fiquei em silêncio durante todo o percusso até a praia, quando ela falava eu apenas murmurava alguma coisa em resposta.

Quando chegamos, de longe avistei uma roda onde havia uma toalha no chão com frutas e bebidas. Lá estavam Eric, Thomas, Lucca, outros caras e uma garota. Um pouco mais distante ficava a fogueira e ao redor dela estavam Pietra, sentada ao lado de Mel, que cantava fazendo meu estômago embrulhar apenas por ouvir sua voz. Também estava Tessa que conversava com uma outra garota e Nath, observando George tocar.

— Foi a Mel quem trouxe as frutas — falou Sam, como se aquela informação me interessasse. E de repente seguroh minha mão puxando em direção a fogueira. — Vejam só quem encontrei.

Nath nos olhou de forma que entendi perfeitamente o que quer dizer. Puxei a mão, soltando-me de Sam.

— Valeu, pela carona.

Meu olhar cruzou com o de Pietra e desejei tirá-la dali, para irmos ficar longe de tudo e todos.

— Vem, senta aqui. — Sam me chamou, mas fui para perto de Natasha que estava do lado oposto.

— Por que veio com ela? — perguntou Nath.

— Ela foi me buscar. — Sorrio, mas ela estava séria.

— Não é engraçado! Eu ouvi a Mel contando para a Pietra sobre a Sam gostar de você e as duas formarem um lindo casal.

— O quê? — Arregalei os olhos e em seguida olhei na direção dela. — Eu vou matar essa garota, hoje! — Levantei e Nath me olhou como se ru estivesse de fato indo matar alguém, mas fui apenas até a outra roda pegar uma bebida.

— Parem de tocar violão vamos ouvir música boa! — falou Thomas apontando para um carro que se aproximava.

Ligaram o som em uma música agitada e super alta.

Quando Eric percebeu minha aproximação, levantou me entregando um copo.

— É vodka e energético — disse ele e fiz careta. — Emmy mole!

— Vai se ferrar!

Eu odiava quando falava aquilo, então respirei fundo e depois tomei tudo de uma vez. Ele riu e bateu palmas, em seguida segurou minha mão, dançando aos pulos.

— Você já tomou muito disso, não foi? — Tive que gritar por estarmos próximo ao carro.

— Estou doidão! — Rir pulando na minha frente.

— Emmy sai dai! — gritou Natasha e em resposta fiz sinal para que esperasse.

Sentei pedindo mais vodka ao Thomas. Eric se jogou ao meu lado e me ofereceu um cigarro de maconha, mas recusei, mesmo louca para aceitar.

Natasha, incomodada, levantou e mandou baixarem um pouco o volume do som e quem eram eles para discutir com ela, não é mesmo?

Na roda onde eu estava começaram a falar sobre o passeio que seria no dia seguinte, bem cedo. Entrei na conversa, tomando a mistura perigosa que Eric me entregou.

Assim permaneçemos jogando conversa fora, o que era bastante fácil para mim, pois todos ali eram conhecidos e ninguém dava encima da minha namorada ou estavam flertando, como no caso de Nath e George, então eu estava me sentindo confortável. Claro, sem tirar os olhos de Pietra, Mel e também Tessa que não tirava os olhos de minha namorada.

Me perguntava se Pietra não ia falar comigo, mas por outro lado preferia não conversar com ela na frente de todos, já estava louca de raiva por ela não sair daquele lugar e ainda aceitar bebida que Tessa ofereceu. Como se não bastasse meu ciúme, a vontade de fumar era enorme, então eu bebia ainda mais.

— Eu estava bêbada e rodeada de presas horríveis, elas me olhavam como se fossem me devorar. — Contava para todos sobre minha aventura na cadeia.

— Você nunca nos contou sobre isso. — Eric e todos riam.

— Porque eu ainda não havia bebido o suficiente para isso. — Todos davam gargalhadas, inclusive eu, mas parei ao ouvirmos chamarem meu nome. — Acho que estou bêbada. — Rindo, olhei para trás e Nath estava de pé, ao lado de George.

— Eu já estou indo, comporte-se! — gritou para mim que ri levantando uma garrafa.

— Okay, boa transa!

Todos riram e assobiaram e ela revirou os olhos, chateada.

— Você está bêbada, Emily Mckean? — Movi o dedo negando. — Pietra, cuide dela.

— A Pietra está ocupada com suas pretendentes, eu estou ótima.— falei olhando na direção dela que me olhava séria e exatamente por isso levantei, indo para perto do carro de som onde comecei a dançar.

— Vai Emmy! Vai Emmy! Vai Emmy!

Eu ria descontroladamente, ouvindo Eric e os outros gritando.

— Não acredito nisso. — Nath cruzou os braços me observando. — Senta ali por meia hora e já fica totalmente bêbada.

— Estou bem, mamãe, vai logo embora! — falei saindo de perto do som, voltando a sentar, jogando o copo na areia. — Parei com a bebida.

— Relaxa Nath, a gente cuida dela — falou Eric.

— Você não é de confiança, Eric. Pietra... — Nath gesticulava entre mim e ela. — Por favor, né — falou já sendo arrastada por George.

Bufei dando as costas a todas, pegando o cigarro da mão de Eric e quando estou prestes a levá-lo aos lábios alguém toma de minha mão.

— Já chega.

Tentei olhar para o rosto de Pietra, mas acabei caindo deitada na areia e rindo de mim mesma permaneci na mesma posição.

— Só agora vem falar comigo. — Passo a mão por sua panturrilha. — Garoto você é mau.

— E você está bêbada. — Ela se inclinou, tentando me levantar. — Vamos embora.

— Não, você não tem que vir falar comigo só porque a Nath pediu.

Fechei os olhos, cruzando os braços, ainda deitada.

— Deixa ela ai, você não tem que bancar a babá.

Rolei na areia para olhar Mel.

—Cala a boca piranha! — Mostrei o dedo do meio.

— Vai te ferrar Emily!

Levanto de uma vez e Pietra tentou me segurar, mas me soltei.

— O que estava falando para a Pietra antes de eu chegar? — perguntei caminhando em direção a ela. — Você tem um caso com a Samantha e fica tentando infernizar nossa vida. Se toca garota, deixa a gente em paz!

Mel levantou.

—Está se assumindo Emily? —Sorriu me provocando.

— Eu vou assumir a mão nessa tua cara, cadela nojenta!

Pietra se meteu em minha frente.

— Para, não faça nada que vá se arrepender depois, melhor ir para casa.

— Deixa ela Pietra, quero ouvir mais. —Mel sorria.

— Não provoca Mel.

Pietra segurou em minha cintura.

— Vai que é tua Emmy!

Ri ouvindo o grito de Eric.

— Vou me arrepender se não der uns tapas nessa garota. — Me esquivei, fugindo das mãos de Pietra que me puxava em outra direção.

— Leva logo essa bêbada idiota daqui!

— Idiota é você que se vangloriou por dormir na cama dela, quando na verdade não rolou nada entre as duas. — Parei encarando ela, que não estava mais tão longe. — Na cama pode até deitar, mas o corpinho dela não é pra qualquer uma tocar. Tá esperando que eu me assuma? Então tá, morra de inveja, Mel. Fica aí chupando dedo enquanto eu vou tá chupando…

— Deus do céu, Emily! — gritou Pietra, novamente me puxando para longe e a gritaria foi absurda.

Rindo passei o braço pela cintura dela, virei e mostrei o dedo do meio para Mel que me olhaava furiosa.

— Vamos transar, não é ? —

Perguntei é Pietra arqueou uma sobrancelha, me olhando de lado.

— Quando estiver sóbria, sim.

— Mas eu quero hoje! Agora todos acham que vou transar a noite toda. — falei chateada.

Ela riu e quando paramos me encostou em um carro, só então percebi que já estavamos longe de todos.

— Não importa o que todos acham.

Levantei uma perna na altura da cintura dela e puxei seu corpo para junto ao meu..

— Mas eu quero transar. — Só então percebi o quanto minha voz estava enrolada. — Você me excita… — Coloquei a mão em sua nuca e puxei para perto, mordi seu pescoço e chupei em seguida.

— Vai com calma. — Sorrio deslizando minha língua por sua pele, ela segurou minha coxa retirando de sua cintura e afastou-se. — Vamos sair daqui.

Fiz bico e ela deu um selinho. Destravando o carro, abriu a porta, me obriga a entrar.

Encostei a cabeça no vidro fechei os olhos, quando dei por mim já estavamos entrando em uma garagem.

— Onde estamos? — Olhei para os lados, confusa.

— Minha casa — disse ela saindo do carro.

— Oba, vamos transar!

Pietra abriu a porta para mim e me ajudou a sair. Entramos na casa e subimos para seu quarto, mas antes tentei brincar, escorregando pelo corrimão da escada.

Com muita paciência, finalmente ela conseguiu me fazer entrar no quarto onde deitei na cama e vi tudo girar.

— Para o mundo, que eu quero descer! — Pietra rih de mim virei o rosto para olhá-la, estava de pé, tirando o casaco. — Strip! — Abri o botão de minha calça. — Hoje vesti minha melhor lingerie.

Ela sentou ao meu lado.

— Se os jovens daqui são menos inconsequentes, creio que você seja uma exceção.

Rindo, me segurei nela ficando de pé na cama, retirando meu casaco e joguei no chão.

— Se não vai fazer, eu faço. — Tiro a blusa e ela apenas me observava.

Apenas de sutiã, comecei a descer a calça lentamente, cantarolando uma música que na minha cabeça era bem sexy, mas quando tentei retirar a peça completamente, me desequilibrei caindo na cama, onde fiquei rindo descontroladamente.

— Ta vendo, você está muito bêbada.

— Culpa sua, por ficar o tempo todo perto daquelas pretendentes. — Minha voz arrastada a faz rir.

— Você chegou com a sua, estamos quites.

Movo o dedo negando.

— Você tem duas e uma me provoca o tempo todo. Pensei que não ia mais falar com ela. — Cruzej os braços. — Estou chateada. — Fiz bico e ela inclinou me dando selinhos. — Não tente me fazer mudar de idéia, estou com raiva e não vou mais transar com você.

— Você fica ilaria bêbada. Quero só ver amanhã. — Afastou-se sentando. — Eu quem não faria nada com você assim. Primeiro porque quero que esteja sóbria em nossa primeira vez e segundo que não tenho intenção de transar com você, mas sim fazer amor.

Sorrio de orelha a orelha.

— Ai que fofa essa minha namorada. — Coloquei a cabeça sobre suas pernas. — Eu te amo, Pierfeita — falei fechando os olhos e percebi ela rir enquanto deslizava as mãos por meus cabelos.

— Minha princesa.

Suspirei sonolenta e logo cai na inconsciência.

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Comments

Agatha Meirelles

Agatha Meirelles

kkkkkkk, quase 00 e eu me segundo pra não rir

2024-03-13

0

Agatha Meirelles

Agatha Meirelles

rindo silenciosamente

2024-03-13

0

Silvia Galdino

Silvia Galdino

Eitaaaaaa

2023-02-10

3

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