A Sogra

O jantar foi agradável e depois da sobremesa, que era pudim, Lizzie sorrindo contou ser a preferida de Pietra.

— Ela comeria todos os dias caso fizesse. Eu tentei ensinar, mas diz que prefere o meu. Venha, vamos para a sala que conto tudo sobre sua namorada.

Levantamos, ela entrelaçou seu braço ao meu e caminhamos em direção a sala.

— Pietra já contou sobre todos os seus dons?

— Vai começar, mãe? — Ela passou por nós e jogou-se em um sofá enquanto sentamos juntas em outro. — Nada a ver com dons, eu apenas gosto e me dedico a determinadas coisas. Da certo!

— Eu gosto de bolos, porém nunca consigo fazer um perfeito — diz Lizzie. — Você tem dons, e não discuta comigo

Pietra revirou os olhos e sorri olhando para ambas.

— Sei apenas que toca muito bem — respondoi a pergunta anterior.

— Sim, tem vários violões e guitarras, mas apenas um fui eu que dei os outros são autografados que ela ganhou em sorteios. — Arqueei as sobrancelhas. — Desde pequena tem bastante sorte — diz a mãe orgulhosa.

— Por isso eu sabia que conseguiria te conquistar. — Ela piscou me fazendo rir.

— Está comparando sua namorada com violões?

— Claro que não, mãe.

Eu só conseguia sorrir e admirar as duas.

— Continuando, ela também desenha. — Apontou para a parede onde tinha um pequeno quatro com um rosto rabiscado. Era algo simples, porém bem feito. — Aquele foi seu primeiro desenho, ela tinha seis anos e fiquei tão fascinada que mandei emoldurar. O rosto é da tia dela, irmã mais nova do pai, que na época era sua babá e elas eram muito amigas.

Fiquri surpresa por saber que tão nova ela já fazia aquilo tudo apenas com um lápis e papel.

— Agora estou curiosa para saber o porquê dela escolher medicina — falei para Lizzie enquanto ambas olhávamos Pietra sentada no sofá à nossa frente.

— Será que dá para vocês pararem de falar como se eu fosse apenas um quadro? — Cruzou os braços — Emily, pode perguntar a mim se quiser.

— Acho que sua mãe sabe explicar melhor. — Sorri vendo sua cara emburrada.

— Apesar de hoje ela gostar de fazer diversas coisas, antes já havia escolhido sua profissão. A tia daquele desenho faleceu devido a um câncer no pulmão quando Pietra tinha apenas dez anos. — Surpresa, olhei para ela, percebendo o porquê dela parecer chateada no dia anterior. — Um dia ela me disse que gostaria de salvar vidas, para que outras famílias não ficassem apenas com quadros na parede. — Lizzie falava com os olhos marejados e eu já estava da mesma forma. — Eu sempre soube que tenho um filha maravilhosa, por isso jamais neguei fazer qualquer coisa por ela.

— Maravilhosa é você, mãe — falou Pietra que levantou, vindo até nós e sentou no meio.

— Vocês duas, são — falei me aproximando um pouco mais dela que passou o braço ao redor de meu ombro.

— Ela já contou sobre a idéia do hospital? — A mãe perguntou e franzi o cenho negando.

— Depois te conto.

Percebi que Lizzie falou mais do que devia e prefiri não perguntar.

— Desejo que sejam felizes juntas. — Lizzie sorriu nos olhando. — Emily, sempre que precisar estarei aqui. Conheço o suficiente de sua mãe para imaginar que não vai ser fácil quando ficar sabendo.

Era muito gentil da parte dela. Eu não conseguia sequer imaginar contar para mamãe.

— Obrigada!. E por falar nela, teu tenho que ir.

Já era bastante tarde, por isso Pietra veio me deixar no carro da mãe dela. Pedi que estacionasse um pouco antes do meu prédio e quando pensei em me despedir senti vontade de voltar para seu quarto e continuar o que começamos.

— Adorei a noite, sua mãe é ótima. — Sorri vendo-a tirar o cinto. — E você é perfeita. — Toquei em seu rosto.

— Eu também gostei muito. — Inclinou-se roçando seus lábios em meu pescoço, fazendo-me arrepiar. — Principalmente da parte em meu quarto.

Sorri sentindo que deveia sair antes que me agarrasse a Pietra de forma que seria impossível desejar voltar para casa pelo resto da semana e mamãe mandaria o FBI atrás de mim.

— Depois continuamos? — Minhas bochechas deviam estar vermelhas, mas minha vontade era maior que a timidez que surgia sempre que o assunto era sexo.

— Ainda pergunta? — Seus lábios deslizam pelos meus e nossas línguas se acariciam em um beijo lento, mas com um poder absurdo sobre cada canto do meu corpo. — Boa noite, minha princesa.

— Boa noite. — Sorrindo dei alguns selinhos antes de descer e caminhar até meu prédio.

...(…)...

Todos estavam empolgados com o passeio no fim de semana. Natasha apostava todas as suas fichas, pois tinha certeza que naqueles dias iria finalmente transar com George, que por sinal ainda não havia pedido ela em namoro. Até o momento eles tinham apenas uma amizade colorida, não tão colorida assim.

Pietra estava andando com os garotos. Eric, como era o mais próximo, já devia ter percebido sobre nós duas, mas preferia se fazer de surdo e mudo. Os outros eram Thomas, o garoto que dei meu primeiro beijo, mas ninguém além de Nath precisava saber, e Lucca, ex da Mel.

Eu procurava um local isolado enquanto todos estavam no refeitório. Sentei no chão mesmo e fiquei rabiscando minha agenda, pensando como seria meu reencontro com papai depois de um ano sem vê-lo. Havia notado mamãe chorando na noite anterior e aquilo me partia o coração.

— Achei você! — Pietra sentou no chão ao meu lado e sorri olhando-a. — Não está fumando.

— Falei que ia tentar parar. — Suspirei voltando minha atenção para a caneta. — Estou a um dia, não imagina como é difícil.

— Vai conseguir. — Ela tocoh em minha mão. — O luau vai ser hoje, você vai?

— Não sei. — Franzi o cenho. — Talvez não seja uma boa idéia.

— Eu vou estar lá. — Inclinei e deito a cabeça em seu ombro. — Algum problema além do cigarro? — Ela passou o braço por trás de minhas costas.

— Meu pai voltou, mamãe anda chorando pelos cantos. — Fechei os olhos. — Eu tenho sido uma péssima filha.

— Não fica assim. — Ela acaricioumeu rosto. — Se acha que está errando em algo, tenta fazer diferente.

— Estou tentando. — Virei um pouco o rosto e dei um leve beijo em seu pescoço.

— Está tentando o quê? Me excitar? — Rindo levantei o rosto e fui surpreendida por seus lábios junto aos meus, mas afastei rapidamente.

— Está louca? Pode vir alguém!

Olhei para os lados com medo.

— Não tem ninguém, calma.

— Sabe o que não entendi? — Ela apenas me olhava então continuei. — Você, toda dedicada a salvar vidas e com uma história tão tocante, veio com aquele papo sobre eu viver aqui e ajudar em festas beneficentes. O que tem contra cidade pequena? Aqui os jovens costumam ser menos inconsequentes, se não percebeu.

Ela sorriu.

— São uns sonsos isso sim! A maioria com a mente pequena cuspindo falso moralismo. — Ela deu de ombros, — Te achei linda demais para ter um cérebro de ervilha.

Sorri batendo levemente no braço dela.

— Então você queria me convencer de que ser aberta a novas experiências seria melhor para mim. O que traduzindo seria uma forma de tentar fazer com que eu me permitisse e me jogasse em seus braços.

— É quase isso. — Ambas rimos e ouvimos o sinal.

Fechei minha agenda e Pietra levantou primeiro. Enquanto levantava vi um papel cair de seu bolso e me inclino pegando.

...“Quero te conhecer melhor. Vou para o luau, senta perto de mim?...

...Tessa” ...

— Essa garota disse que tinha medo de entrar no banheiro quando você está — falei baixo, com raiva, notando os alunos já começando a passar para as salas.

— Sério? — Ela riu, mas continuei séria não vendo graça. — Pelo visto as pessoas daqui mudam de opinião rapidamente. Veja só você.

Bufei de raiva jogando o papel no chão, dei as costas e sai, mas ela me alcançoh e seguroh em meu braço.

— Desculpa, ninguém se compara a você. — falou próximo a meu ouvido. — E apenas você me interessa.

Permaneçci parada olhando-a sair, mas despertei quando senti um tapa em minha bunda.

— O que é isso? São coraçõezinhos encima da sua cabeça?

O comentário de Nath me fez revirar os olhos antes de seguir para minha sala.

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Comments

sua crush? ~ ♀️🔞

sua crush? ~ ♀️🔞

mães sendo mães neh kk

2023-02-05

3

Cleidiane Oliveira

Cleidiane Oliveira

já não gostei dessa tessa e que piada mais sem graça pietra eu em!!

2023-02-01

5

Ver todos

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