DESTINO ou ACASOS

"As vezes o que vemos nem sempre é o que parece..."

Nossa sede de felicidade nos prega peças, quando se percebe já é tarde, algo sai errado, alguém sempre fica ferido...não temos o controle do tempo, e da vida, isso é fato.

O cão husky siberiano gruniu ao perceber a cena e se posicionou ao lado da criança que já se distraia com os brinquedos novamente.

— No que você estava pensando para me agarrar assim? – Eduarda vociferou ao se afastar.

— Ai, isso doeu! — disse ainda com a mão nos labios com uma careta de dor.— Acho que está sangrando...

— Droga! E a culpa é sua!

— Eu sei!

— Venha, deixe-me ver! – ela se adiantou parecendo preocupada.

— Não está ferido, mas está vermelho!

Encarando o homem, estavam face a face.

Acredito que vou precisar de gelo para não inchar...

Ele disse divertindo-a que não resistiu e colocou a mão na boca para esconder o riso, imaginando ele na conzinha da tia com um saco de gelo na boca, e os convidados desejando saber o que acontecia.

— Você ainda zomba de um pobre homem? – fingiu está zangado.

— Me desculpe mas não resistir imaginar a cena...

Voltou a sorri dessa vez não escondeu, e ele fez o mesmo.

Aquele breve momento a descontraiu, desarmando a capa de aço que lhe envolvia

— Você teria um minuto para conversar?

Ele perguntou depois de algum tempo calados, sabia que havia muito a ser dito. Calada por algum tempo, ela esfreguou as maos indecisa, não queria baixar tanto a guarda assim.

— Eu só quero conversar um pouco, como velhos amigos!

— Eu sei Lawrence...é que...parece estranho...

— Eu entendo...a vida seguiu o curso...você mudou...

Apontou para o garoto – Veja! Você é mãe e de gêmeos! – ele parecia incrédulo.

— Sim, verdade...e você sumiu...por onde andou? — ela não escondeu o tom de voz acusador, — Sua vida também não seguiu?

— Calma!!! — levantou as mãos no gesto de paz

— Não vamos nos acusar, vamos conversar! – Mas fiquei curioso com a rapidez que engravidou...

Ela engoliu em seco, "estaria ele pensando que tivera relações com outro enquanto estivera com ele?Estava duvidando da sua fidelidade, do amor que um dia sentiu por ele? Nunca poderia explicar o que realmente acontecerá, em resposta levantou o olhar com altivez para encara-lo, ficando na defensiva.

— Não sei se teremos algo em comum para conversarmos, não sou do tipo religiosa, você não tem filhos, não tem animais....não sei o que falaremos então?

— Talvez sobre o que aconteceu naquela noite? — ele insistiu

Era o que menos queria na vida, era relembrar aquela noite – pensou se abraçando como se sentisse muito frio.

— Não há nada que eu queira que saiba da minha vida...

— Preciso que saiba dos meus sentimentos, da minha vida, meus planos...

De costa para ele, procurou palavras, não queria falar de sentimentos, muito menos passado.

— Lawrence, não sei como foi esses anos para você, mas para me, não foi os melhores...por isso não a nada lá atrás que me importa. E saiba que não sou sua amiga!

Falou enquanto se virava para encara-lo, com mais controle, para faze-lo entender a sua posição quanto a ele.

— Ops! – deu um riso sem graça – Sinto muito se foi difícil para você, estou vendo que ainda existe mágoa de me, diga como posso mudar isso?

Ele estava muito perto agora, e pôde sentir o seu perfume, que não era o mesmo de antes, mas tão inebriante como o outro. Fechou os olhos e respirou fundo meio que inconsciente, inalou aquele cheiro másculo e maravilhoso.

— Nunca tive intenção de ti fazer sofrer, por isso resisti aos meus desejos antes, mas agora eu não preciso mais, e sei o que quero!

Abrira os olhos ao sentir a leve carícia da mão em seu rosto, piscou várias vezes sem conseguir se afastar do toque quente, o cheiro lhe atordoava os sentidos, e a voz quase ao seu ouvido em tom suave.

— Diz para me do que precisa? O que você que?

Sentira-se uma boba ao dizer aquilo, mas antes que pudesse se arrepender sentiu os lábios quente se apossar dos seus novamente em gesto de carícia, instintivamente se viu passar o braço por seu pescoço e se aconchegar em seu peito, Lawrence se afastou um pouco descansando a testa na dela e respirando com dificuldade ele riu.

— Não quero correr o risco de levar outra mordida!

— Lawrence...

Sua voz era rouca e quase inaudível, aquela altura queria mais era ser beijada, mas parou antes de pedir que o fizesse, ainda não estava tão louca a ponto de fazer aquilo, por mas que sentia um leve desejo ressurgindo das cinzas, não desceria a tanto...não era mais aquela estudante apaixonada, agora era uma mulher, uma mãe de responsabilidade...

— Oh não!— Louis?

Ela disse de repente interrompendo os pensamentos, se afastou dos braços dele e procurou a criança com os olhos ágeis e preocupado de mãe.

Por sorte ele estava deitado na poltrona, respirou aliviada e andou até lá.

— Pobre criança adormeceu!

ela acariciou o cabelo do menino

— Deixe-me leva-lo para dentro!

Ele parou ao seu lado se oferecendo para ajudar.

— Não precisa fazer isso! — olhou o homem com um certo receio.

— Eu quero fazer isso, só me diz para onde levar!

Por fim concordou e indicou o caminho enquanto ele pegava a criança nos braços com cuidado e a-seguiu.

  — Quem escolheu esse nome de Louis para ele?

Lawrence perguntou logo depois que deixaram o quarto, após ter colocado o menino na cama.

— Não sei bem ao certo, acho que foi titia!

— Sério? Você não sabe?

A cara dele era de espanto, e não era para menos, achou melhor explicar antes que ele achasse que era uma mãe desnaturada.

— Passei por problemas de saúde logo depois do parto, por isso não tive muito contato com as crianças no começo...

Aquilo era o bastante, não precisava ser específica.

— Ah!

— Você gosta do nome? – ela perguntou

— Sim! Não sei, na verdade tive uma leve impressão que não foi coincidência esse nome!

Ela sorriu aínda sem entender. logo a ficha caiu, e ficando seria.

— Você não está achando que eu iria colocar esse nome no meu filho por você acha?

Sim, ele achava, só podia está louco em pensar aquilo, na verdade nunca questionou o porquê iria escolher justo Louis Miguel que lembrava

Lawrence Gabriel nunca poderia falar sobre aquilo com a tia.

— Desculpe é que fiquei....esquece não tem sentido mesmo, como o pai nunca questionou?

— Pai?

Aquela palavra pareceu confusa.

— Sim, o Marcello, ele, vocês...

Ele exitou em terminar a frase, que esclareceria se teria chance ou não.

— Oh não! Não temos mais contato!

Riu sem vontade para disfarçar a inquietação.

— Vamos procurar algo para beber, a festa ainda tá rolando lá na sala.

Disse seguindo em direção dos burburinho e risos

descontraídos, não queria ficar a sós com ele, só assim evitaria falar do passado que ele não parecia disposto a esquecer.

  

De uma certa forma ouvir a dizer que não tinha nada com o Marcello era um alívio, sentia as forças renovar, por outro lado pensou nas crianças que vivia com a ausência do pai, que por experiência própria sabia que não era fácil. Ela dissera que passara por momentos difíceis, teria a ver com o relacionamento dela? O Marcello rejeitara a paternidade? — ele olhou aquela mulher que andava com passos rápidos em sua frente, como se quisesse fugi, agora sentia um aperto no peito, e um desejo enorme de abraça-lá e proteger do que fosse preciso. Iria fazer o que precisasse para conquistar sua confiança e seu amor, dessa vez nada nem ninguém o impediria. – pensou confiante

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Comments

Solange Coutinho

Solange Coutinho

Acho que ela deveria contar tudo para ele

2023-11-15

1

SilvanaGouveia-SG _Gouveia

SilvanaGouveia-SG _Gouveia

vai lá meu filho ,mostra pra ela que por trás da batina bate um coração e muitas outras coisitas kkkk

2023-06-04

1

nimorango

nimorango

vc nem se quer pensou que poderia ser seu, vc dormiu com ela também, por que achar que e de outro, como se a mulher fosse fácil, isso me revolta tanto

2023-02-06

3

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