6. O OUTRO HOMEM PARTE 1

— Dudinha você esta aí?

A tia chamava ainda na linha

— Sim, titia, estou!

— Você ficou em silêncio por muito tempo que pensei esta falando sozinha, você esta bem?

A mulher demonstrou preocupação na voz.

— Estou bem, é que tenho muito a fazer…agora que consegui um lugar finalmente poderei atender os meus amados pacientes.

Ela mudou de assunto, tentando passar firmeza na voz, mas, na verdade estava mesmo otimista que tudo se encaixaria bem.

— Fico tão feliz em ver os seus sonhos dando certo filha! Sei o quanto precisa disso...

Sim ela sabia, sua tia estivera ao seu lado desde o começo.....

A mulher deixou-se levar pelas lembranças de muitos anos atrás quando ainda era criança, e ganhara uma poodle dos tios, era tão branco seu pelo que parecia algodão, foi

seu primeiro e único animal de estimação, logo se tornaram inseparáveis, assim foi por longos três anos até certo dia quando a percebeu deferente, pelos cantos, tristonha, sem querer se alimentar foi ficando fraca, muito preocupada quis levar-la ao médico de animais, mais os seus pais não tinham condições, ou não se importaravam, dizendo que o pouco que ganhavam mau dava para sustentar as cinco bocas dos filhos, eles viviam a repetir isso sempre que tocava no assunto.

Eduarda vendo o seu animal só piorar

começou a procurar os vizinhos, lhes oferecendo seus serviços domesticos para juntar dinheiro para levar o cão em um veterinario na cidade.

Assim foi por longos dias, e parecia que nunca teria o suficiente, então um dia a sua tia apareceu na sua casa e sabendo o seu desespero, pegou o animal e levou imediatamente ao veterinário pagando todo o tratamento...mais alguns dias depois, soube que já era tarde. O tratamento não adiantou e ela morreu na mesa de cirurgia de emergência, ela nem tivera tempo de se despedir do animalzinho que tinha tanto amor...

Então jurou que não deixaria nada assim acontecer novamente, cresceria e se formaria em medicina veterinária cuidaria dos amimais, principalmente daqueles que não tinham ninguém por eles.

— Obrigada minha querida tia!

Eduarda falou tendo que disfaçar a sua melancolia

— Olha! Porque não vem almoçar comigo hoje? Seria bom nos vermos, precisamos por o papo em dia! Aí me conta como foi a viagem.

A mulher falou de repente ao notar a tristeza repentina da sobrinha. A moça foi pega de surpresa com o convite, porque tinha tanto a fazeres naqueles dias; ela olhou ao redor do seu pequeno quarto, que à tempos precisava de uma boa faxina, suas roupas espalhadas, livros e até mesmo sobras de pizza que pedira na noite passada. Sempre fora bem organizada, e mantia a casa sempre limpa, mas desde que começara a cuida dos animais na crinica, não tinha mais tempo livre, chegava sempre muito tarde em casa o que só dava para tomar um banho comer algo rapido, estudar um pouco, para então cair na cama completamente esgotada, na manhã seguinte, acordava bem cedo, e tudo se repetia rotineiramente, vez ou outra tirava um tempo para uma corrida rapida no quarteirão, dificilmente tinha tempo para tomar cafe em casa, e corria para a clínica, não podia perder tempo havia muito a fazer desde cuidar dos animais, como também estava avaliando a reforma do lugar, onde panejava alugar para abrir a sua crinica que ficava na mesma avenida da crinica do Dr.Andrés — ela lembrou que também precisava ainda combinar algumas coisas com o querido amigo, tinha tanto a fazer ainda para por seu trabalho em dia na finalização do projeto solidário "Saúde é vida para todos".

Respirou pesadamente antes de responder a sua tia, que sempre fora muito gentil, e cuidadosa com ela desde pequena, e não mudou, mesmo depois que terminou o ensino médio e decidira sair da sua pequena cidade de interior para estudar a tão sonhada medicina, e a tia convidou-lhe para ficar na sua casa em Salvador capital, e mesmo após conseguir um emprego e poder então pagar o aluguel, ela não a deixou ir, dizendo que devia guardar o dinheiro para algo no futuro, o que realmante fora de grande ajuda para pagar a faculdade e outros cursos e até mesmo da entrada no financiamento da casa própria, ela nunca demostrara qualquer arrependimento em lhe manter por perto e ajudando com alguns valores, muito pelo contrario agradecia-lhe por está lhe fazendo companhia, desde que ficara viúva alguns meses antes de Eduarda chegar, dizia que por isso não entrara em depressão, elas cuidava uma da outra.

Eram gratas uma pela companhia da outra

Eduarda era dedicada e cuidava dela com carinho e gratidão, elas se entendiam muito bem, ela acreditava que até mais mesmo do que com a própria mãe, eram até parecidas em alguns aspectos, algumas pessoas até pensavam que eram mãe e filha quando saiam juntas.

A sua tia não tivera filhos e com a morte precoce do marido ficara só.

O seu tio havia sofrido um AVC vascular fatal, aos 45 anos. Isso havia deixado Adelaide desolada, pouco tempo depois da perda do marido, descobrira estar com diabetes tipo 2, e para piorar desenvolvera ansiedade e pressão alta, o que deixava a sua sobrinha sempre preocupada, apesar dela saber se cuidar bem.

Isso mantinha Eduarda sempre que possível na sua cola.

Elas não moravam no mesmo bairro porquer a sua tia morava num bairro nobre da cidade, e Eduarda não podia bancar tanto luxo e se recusava a explora a boa vontade da tia. Mesmo com tanta correria, visitava a senhora duas vezes na semana, sempre aos domingos e quintas-feiras, pois era o dia que tirava para faxina e descanso.

Aquela era uma manhã de domingo, devia unir o util ao agradável — ela pensou, finalmente concordando com sua tia.

— Tudo bem titia! Então vou logo arrumar um pouco da minha bagunça, enquanto a senhora vai a missa, nos encontraremos mais tarde! — "Seria mesmo bom comer comida de verdade" — pensou se animando um pouco

— Certo filha! Até breve então! Ah! E traga o gatão! — a tia disse sorrindo antes de encerrar a conversa

O gatão que a tia Adelaide se referia era o Marcello um rapaz boa pinta com quem a Eduarda avia saído algumas vezes. Ele tinha um pet shop proximo à crinica onde ela prestava serviços comunitários, eles se conheceram quando a moça passou a fazer compras de medicamentos e ração no local, de uma hora para outra caiu nas graças do proprietário, recebia cupons e descontos sempre, sem falar nos mimos, ele passou a tambem fazer lhe convites insistentes para sairem, mas ela o cortava de cara sempre recusava, até voltar de viagem e dar de cara com o rapaz que mais uma vez foi simpático, sentindo rejeitada humilhada e ainda assim não parava de pensar em Lawrence e naquela pegação que tivera com ele.

Resolvera então sair com Marcello de uma vez, e esquecer o padre.

Saíram juntos por duas vezes, rolou alguns beijos, no segundo encontro, até ele tentar um contato mais intimo, ela não o impediu no começo mas na hora que começou a esquentar, a moça conseguiu entender que nunca iria rolar nada mais, eles não tinham aquele clima, mesmo sendo legal, e muito bonito, até meio maurícinho para seu gosto, não tinha nada a ver com ela e nada parecido com o outro que mexeu tanto com seu auto controle.

A voz, o cheiro do Lawrence não saia da sua mente e as lenbraças da noite quente lhe deixava confusa, não conseguia deixar o Marcello continuar, com paciência ele prometeu que iria esperar quando estivesse pronta, agradescida por ele ser um cavalheiro, resolvera lhe dar uma chance, para que pudesse lhe conquistar, assim como a tia havia aconselhado quando em uma das visitas lhe contara sobre o rapaz gatão que estava conhecendo, e a tia super feliz com seu envolvimento amoroso vivia cobrando para leva-lo para que se conhecessem, Eduarda não sentia que era hora ainda dessa aproximação, não queria apressar as coisas — "Mas talvez não fosse nada de mais convida-lo para um almoço..." – pensou, e por não gostar de contrariar a tia, resolveu então ligar....e de cara ele aceitou o que lhe causara espanto da disponibilidade, ele dissera sim sem fazer perguntas, então conbinaram de se encontrar as onze e vinte na praça ali perto, pois ela não o queria fuçando a intimidade do seu lar.

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Comments

Anonymous

Anonymous

oi sem ser má da p corrigir é clínica dói os erros

2024-01-23

0

Solange Coutinho

Solange Coutinho

Hum estou muito ansiosa para vê no quê vai dá essa peleja

2023-11-15

0

Victorio gonzalle17

Victorio gonzalle17

sera que vai te apoiar no caso do padre?
e dificil dizer viu

2023-01-22

3

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