10. O OUTRO LADO DA MOEDA

Ouvia os gemidos de dor, o cãozinho tentava soltar‐se esperneando de dor, era da raça pinscher n 2, havia quebrado a patinha.

— Calma! Calma amiguinho...

Eduarda acariciou a cabeça, logo que terminou de enfaixar e apricar uma injeção pra aliviar a dor do pequeno animalzinho.

—Tomás avisa a família, que terminamos aqui, podem vir e pegar-lo, agora é so seguir os cuidados que indiquei...e não deuxar os pets solto na ruas, foi uma grande sorte ter sido só a patinha.

— Certo Doutora! E o raio x? Pra que dia?

— Verdade! — esquecera de marcar retorno, o cão estava em tratamento já à uma semana, por ter cido atropelado por uma bicicleta enquanto corria atrás de um gato, por sorte só havia fraturado uma das patas, e se fosse bem cuidado se recuperaria logo.

— Ver na agenda Tomás, com quinze dias dar para saber se está se recuperando de forma adeguada, estou tão atarefada que não organizei a agenda pra esse mês, faz esse favor... — a veterinaria pediu olhando para o relógio de parede, querendo encerrar o expediente.

Tomás era seu assistente, era um jovem aprendiz, acabara de fazer seus dezoito anos, fazia meio período, ajudando-a no que fosse preciso, a secretária que havia contratado ficara doente e não aparecia a dois dias, agora sabia o quanto ela fazia falta — pensou enquanto retirava as luvas para lavar as mãos, ouviu o animal dar um gemido baixo quando o rapazinho o pegou nos braços para entregar aos donos que aguardavam anciosos na sala ao lado.

— Ah!! Tomás, depois que limpar tudo aqui, está liberado por hoje.

— Vamos sair mas cedo?

O rapaz pareceu surpreso, estranhando, pois desde que assumiram aquela parte da crinica, por cerca de dois meses, só tinham hora para entrar e não para saida.

— Você está bem Dr.a?

Ela sorriu tranquilizando-o,Tomás era muito prestativo, educado, meio atrapalhado para variar, as vezes ficava observando seu andar disigonçado, por ser muito alto e magro, tinha cabelos vermelhos lisos e compridos e algumas pouca sarda no rosto, aquilo lhe fava um certo charme, e lhe fazia ri muito, com seu jeito descontraido tinha um jeito único de ver o lado bom de tudo, gostava do garoto – pensou oferecendo um sorriso.

— Sim, está tudo bem! Não se preocupe! Agora vá que ainda termos coisas para ajeitar por aqui.

— Vai sair para balada hoje? Vai, eu sei que vai aprontar algo, está com cara de quem vai enfiar o pé na jaca!

Eduarda fingiu esta chocada, arregalando os olhos

— Eu sou lá mulher de enfiar o pé na jaca menino?

— Claro que não chefinha....só se lambuza! De uns dias pra cá, tenho notado que anda muito mais sorridente...

O rapaz saiu sorrindo. Retirando o avental branco e o jaleco que vestia, pendorou no gancho ao lado do balcão

— Esse menino é louco mesmo...— riu com sigo mesma, de uma coisa ele estava certo, queria fazer traquinagem, iria ver o Lawrence, haviam combinado de acompanhar-lo na casa da tia, e mau cabia em si de ansiedade para voltar ver-lo, está a sos, pois não conseguia esquecer o momento de puro ardor e prazer que dividiram naquela noite, fora melhor que poderia ter imaginado, tudo tão intenso, cada toque, o beijo, cada palavra sussurrada ao ouvido, não havia imaginado existir conexão como aquela, se arrepiava toda só de lembrar do momento que ambos compartilharam alcançando o clímax, se abandonando no ápice do prazer, quisera tanto aquele homem que dera tudo de si naquela noite, teve medo de morrer de tanto prazer, quando teve um orgasmo múltiplo, agarrara se a ele com tanta força que crávara as ulhas em suas costa fazendo o gemer de prazer e dor. Relembrar as cenas de sexo, lhe deixara excitada, soltou um longo suspiro chegandoa conclusão do quanto estava apaixonada, e como ainda queria aquele homem...mau podia esperar para repetir a dose.... sentia uma grande euforia dentro de si.

Apressou-se em sair da crinica para poder ver-lo.

.....Depois de fechar seu escritório desceu as escadas quase que correndo de dois em dois degraus, passou pelo corredor, antes de alcançar a porta que dava para a movimentada avenida, o Dr Andrés saiu de uma das salas do corredor interceptando a.

— Oi Dr.a Eduarda! Aonde vai com tanta pressa?

Eles se complimentaram com um abraço, não haviam se visto o dia todo.

— Você sabe que ainda não sou exatamente Dra...

Tentou disfarçar a pressa

— Sei que também falta pouco, logo você montarar sua própria crinica.

Sim, era um dos muitos sonhos que almejava conquistar, e a cada dia o via chegar mais perto, graças às quantias dos dois investidores que conseguira, sendo um deles, preferiu não se identificar, seu nome era mantido desconhecido, o valor era depositado direto na conta. Também havia criado um site para pessoas da área médica se candidatar para ser volutariados, ou quem se interessasse em contribuir de qualquer forma, tudo seria bem vindo, aos poucos parecia surtindo efeito, vez ou outra pessoas de todo o país entrava em contato, que era muito bom sinal.

O Dr.Andres ainda estava com o jaleco branco, sinal que ainda iria trabalhar, segurava alguns papéis nas mãos.

— Poderia mim, acompanhar em um café?

Eduarda olhou o relógio em seu pulso, no jesto automático, sabia que faltava pouco para as cinco da tarde, "Devia ser importante ou ele não lhe convidaria pra um café no expediente, ele não era aquele tipo de pessoa" – pensou indecisa

— Tenho uma cirurgia para realizar, e queria saber se pode mim auxiliar....a Rebeca está de licença maternidade!

Foi direto ao assunto ao perceber que estava com pressa.

Rebeca era a assistente dele, desde que montara a crinica. Seria uma honra participar ao lado dele, não pensou duas vezes

— Mais é claro que sim! – Sorriu animada

— Sendo assim, conversaremos com calma depois...vejo que agora já tem compromisso.

— Sim claro! Realmente estou com um pouco de pressa...

Sentia-se mal por não poder atende-lo naquele momento, e pedira mil desculpas.

— Não se preocupe falaremos pela manhã certo?

Disse dando tapinhas no ombro vendo como ela se sentia culpada

— Por acaso seu compromisso é um homem bem-apessoado, moreno...?

— Por quer diz isso?..

Ela seguiu a direção do olhar dele, Lawrence acabara de entrar na crinica e vinha em sua direção com passos firmes, se pondo diante dela.

— Boa tarde Doutores!

Olhou de um para o outro, Eduarda estava ao meio, percebeu um olhar enigmáticos quando seus olhos se encontraram, estava surpresa não esperava ver-lo ali, ele dissera que lhe pegaria as 5:00 no ponto de ônibus, olhou o relógio e percebeu que ainda faltava pouco para as 5:00, ele havia se adiantado...

— Desculpe eu queria lhe fazer surpresa...— olhou ao redor — ...e conhecer o seu local de trabalho... voltando o olhar para o Dr.Andres —Estou atrapalhando?... Cheguei em mau momento?

— Oh! Não, não esse é o Dr.Andrés um amigo e sócio, pode se dizer...

Andrés estendeu a mão para cuprimenta-lo, que apertou fortemente como se quisesse esclarecer algo

— Sou o Lawrence...também amigo da Dra.Eduarda!

Deu um meio riso olhado fixo para ela que não entedera a situação, mas sentia o clima meio tenso naquele local.

— Precisamos ir Lawrence!

Se despedira do amigo, sabia que não tinha muito a falar naquele exato momento, seguiram direto para a casa da tia. Fizeram todo o trajeto em silêncio apenas trocavam olhares a todo instante, até o carro parar no estacionamento, ela retirou o sinto e tentou abrir a porta do carro percebendo que estava travada, olhou para ele com uma expressão de interrogação, percebeu aquele olhar de lobo faminto que já havia visto antes.

— Porque mim olha assim? Vamos abra a porta! — ele se aproximou sem parar de olha‐lá, puxando para perto de si beijando seus labios com um certo desespero, não se afastou dele muito pelo contrario, sentou-se sobre as suas pernas facilitando o contato físico, agarrou‐ lhe os cabelos beijou lhe o pescoço se deixando levar pelas sensações enquanto ele abaixava a cabeça acariciando um dos seios com a língua.

— Oh meu amor! — gemera se deliciando ansiosa por querer fazer amor com ele. Descendo as mãos impacientes para tentar abrir o zíper da calça, mas foi impedida de cumprir a tarefa, as mãos dele segurou as suas, isso fez com que ela abrisse os olhos para olha‐lo, que havia se afastado.

— Não vamos fazer sexo.

— Ah! Eu pensei que... — estava meio atordoada precisando respirar fundo para raciocinar.

— Você mi beija desse jeito, agora não mi quer?

— Não é isso ...eu quero e muito...mas não posso fazer isso, depois subir e ver sua tia como se nada tivesse acontecido...

Era verdade, agora entendia, mas por que lhe havia assanhado se não poderiam se amar? Vai entender aquele homem? – concordou após refletir.

Rolando para o banco ajeitou‐se, não podiam deixar que percebessem o que existia entre eles.

Já no apartamento se entreolhavam enquanto conversavam com a tia Adelaide que já sabendo da visita, havia se adiantado e preparado um banquete para os recepcionar, eles perceberam o exagero quando foram convidados a mesa de jantar.

— Nossa mãe! – ele ficara surpresa com a variedade de pratos em sua frente.

— Eu acho que exagerei! Não sabia do que o padre gostava.... — Adelaide tentou explicar, para ambos sentado a mesa farta.

"Sim, sabia como sua tia era, sempre que recebia visitas, ela gostava daquilo, muita comida, alegria, jogar conversa fora, apreciar um bom vinho, e pessoas...era a prova que sentia-se sozinha, e em parte sentia que a culpa era sua, por esta sempre muito ocupada, e não ter tempo para visita-la mas vezes, ou leva-la pra passear...precisava se esforçar e ser mais carinhosa..."

— Não se preocupe, meu gosto é universal – Sorriu

— Que bom! — Adelaide sorriu de volta, como sempre animada, — Que bom que vocês se deram bem... – disse olhando de soslaio para a sobrinha, que piscou já entendendo o que ela queria dizer.

— E porque não nos daríamos?

— Minha sobrinha nunca foi a uma missa comigo!

— É verdade? Talvez isso mude! – o padre falou olhando a outra mulher com olhar enigmático

—Titia!! — disse sorrindo envergonhada do que ele iria pensar dela, que era uma descrente

— Ela não gosta de padres, ou de religiosos.

— Isso não é verdade tia! — defendeu-se.

— Ah!! Então não gosta de padres....? — ele fingiu espanto olhando para Eduarda.

— Encontrei a, um dia desses em um batizado...

Ele fez uma pausa ao recordar aquela noite caliente que tiveram, lançando um olhar significativo para ela, que ruborizou‐se,

...– Conversamos um pouco, ela não mim pareceu não ter gostado....

Eduarda pigarreou ao recordar aquela noite — "Droga porque ele havia mencionado aquela noite?

— Estou surpresa! Ela não mim falou sobre isso! — a tia olhou para sobrinha

— Eu não achei que fosse importante tia! – sentia‐se pressionada pelos dois

— Não se preocupe filha! Só de saber que estão se dando bem já fico feliz.

— Titia eu já falei, não tenho nada contra padres e suas religiões, só não gosto de ir á missas, ou melhor, não tenho tempo...

Desviou o olhar de ambos, continuou a comer, não tinha fome mas queria encerrar aquela conversa, pois aquilo lhe fazia parecer uma grande pecadora e não era bem assim.

Os dois mudaram de assunto. E falaram sobres outras coisas deixando-a em paz.

**********

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Comments

Solange Coutinho

Solange Coutinho

Ele é o quê não se identifica nas doações

2023-11-15

0

Ione barbosa

Ione barbosa

acho que esse padre é rico e é ele que doa pr clínica dela

2023-09-18

1

Janete Dos Santos

Janete Dos Santos

kkkk ela não gosta e de missa pois de padre ela gosta e muito 😂

2023-08-17

3

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