Não gostava de pensar que as coisas acontecem por acaso, sempre quisera acreditar no propósito, seje ele uma lição para o aprendizado para o bem, ou não.
........
Na manhã seguinte não tivera coragem de ir a crinica, ficara chocada ao ver o seu reflexo no espelho do banheiro, seus lábios estavam enchados e a parte inferior estava ferida e arroxeada devida às agressões que sofrera, seus pulsos estavam com as marcas da corda e doíam, sentia também um certo incômodo entre as pernas, por ter cido forçada ficar em várias posições desconfortáveis. Ele se vingara e a humilhou sem dó nem piedade.
Sem forças e abatida voltara para a cama mergulhada em uma tristeza profunda.
Algumas horas mais tarde ouviu a campainha tocar, enrolou a cabeça, para evitar o som insistente, mas alguém parecia disposto a lhe invadir a casa, com as batida agora em sua porta, deixando-a enfurecida com a ideia que fosse o Lawrence, quando se dera conta estava diante da porta.
— O que você quer? Não está satisfeito?
– O que aconteceu Eduarda?
Mudou a postura ao ver que era o Dr.Andrés, cambaleante se atirou em seus braços, viu ali um porto seguro, desabou a chorar feito criança, abraçando o amigo com força, ele afagou seus cabelos, sem entender o por que daquele estado.
— Pode me contar?
Negou, que estivesse sofrido algo,
mesmo se quisesse não teria coragem de falar, não queria lembrar daquele doloroso ocorrido, pediu pra ele não insistir, o amigo concordou mas ficara inquieto a cada vez que olhava seu estado deplorável, podia ver em seu olhar a fúria, e a inquietação, ele apertara o punho com força, algo se passava em seu pensamento.
— Eu liguei várias vezes! Desculpe ter vindo assim, mas você não me atendia...
Ela vira as chamadas mas não queria falar com ninguém
— Fiquei muito preocupado, você nunca havia faltado ao trabalho sem avisar antes, pensei que fosse algo com a saúde da sra Adelaide.
— Me desculpe! Eu devia ter ligado...
— Não se preocupe, sabia que algo serio acontecera, também tive que reagendar alguns do meus pacientes hoje, imprevistos acontecem.
Acariciou seu braço e riu para descontrair.
— Não sei o que fizeram com você, mas talvez devesse tirar uns dias de férias, esquecer o acorrido, até se sentir pronta para o trabalho, o que mim diz?
O Dr Andrés estava realmente preocupado
"Não podia se afastar, tinha tanto trabolho... — pensou, ao mesmo tempo não queria aparecer em público daquele jeito, e sua tia não podia vê-la cheia de hematomas
— Talvez uma semana fosse o suficiente! — pareceu ler seus pensamentos
— Para onde eu iria?
— Que acha da fazenda, poderia ser?
— A sua fazenda? Acha que seria boa ideia?
— Sim, lá teria o sossego que precisa, você só veria a família do caseiro e alguns fucionarios que são contratados para o trabalho braçal, esses só os veria se quisesse, eles não vão para a área da casa.
— Sim, acho que é boa ideia. – queria ficar um bom tempo sem ver pessoas
Beijou-lhe a mão agradecida. A campainha tocou deixando à no estado alerta, quem seria agora? seu coração disparou, o homem percebeu seu estado
— Deixa que olho quem é.
Andrés foi até a porta, mas logo retornou.
— É seu amigo o Lawrence! — disse indeciso se o deixava entrar.
— Não quero ver-lo! — disse quase gritando.
— Ele disse que é padre...!?
Seu amigo pareceu confuso
— Não quero ver ninguém, muito menos um padre!
— Porque não?
Eduarda se virou ao ouvir a voz atrás de si, Lawrence entrara de vez, assustando-a. Fazendo um olhar de espanto ao ver seu estado, correra em sua direção tocando em seu rosto machucado.
— O que aconteceu Duda? – esqueceu da presença ao lado, tocando a mulher com intimidade
Quando ela não lhe respondera olhou na direção do Andrés com um olhar de interrogação, o outro dera de ombros.
— Foi o seu namorado? O Marcello?
Sentiu o sangue ferver ao ver lo falar daquele jeito.
— Eu já disse que ele não é meu namorado! Droga! Agora me solta!Me deixe em paz!
— Porque o Marcello faria isso? —Andrés questionou. Conhecia o Marcello, não eram amigos, mas ele não parecia ser assim violento
— Ele esteve aqui com ela na noite de ontem.— Lawrence falou de imediato
— O quê? Como sabe? – a mulher encarou o amante, com espanto.
Ele por sua vez olhou para o Andrés com receio de ser mau interpretado.
— Estive aqui a noite, depois que deixara a última mensagem...era uma visita cordial... queria ter notícia da dona Adelaide... —
continuou depois de voltar o olhar para Duda.
— Ví o carro estacionado na frente, quando cheguei mas perto da porta ouvi a voz dele...então achei melhor ir embora, não queria incomoda-los.
Pensar que ele estivera ali, justo na hora que esperava por ele, que poderia ter evitado o seu estupro, e simplesmente fora embora...aquilo lhe atingiu em cheio, uma fúria subiu cegando sua mente, atingido-o com tapas e palavrões, gritos ficara fora de si, só percebera quando ele estava encolhido no sofá quando Andrés lhe segurou tentando acalmar‐lhe. Encostando a cabeça em seu peito, deixou as lagrimas rolarem, soluçava sem controle enquanto seu corpo tinha alguns espasmo.
— É verdade? O Marcello fez isso?
Andrés esperou que estivesse mas calma para fazer a pergunta, ela negara com veemência sacudindo a cabeça, deixando-os com fortes suspeitas.
— Eu sofrir um assalto... na verdade foi um acidente, quando chegava do trabalho, foi isso! Mas agora não importa mais não é mesmo?
Os homens se entreolhavam, por ela ter gaguejado e não parecer ter certeza do que realmente acontecera, algo estava muito suspeito.
— Não é assim, precisa abri um boletim se foi assalto, ou ir ao médico.
Seu amigo tentou convencer‐la
— Não!!! Não precisa, eu só quero esquecer...
Perceberam que ela não falaria mas do assunto.
Lawrence se perguntou por que ela havia apanhado daquele jeito? E porque estava tão enfurecida com ele? Talvez por não ter lhe respondido as mensagens? Talvez tivesse mesmo merecido aqueles arranhões...
— O que você quer?... padre!
Andrés percebeu o clima tenso, se perguntou porque ela fora tão descontrolada agredindo aquele homem, que à dias atrás jurava está morrendo de ciúmes dela lá na crinica, agora ela fingia que nada acontecera, com uma frieza de congelar a alma. Não entendia oque estava acontecendo ali, só não queria está na pele dele. "Mulher quando cismada é fogo".
— Vou embora! Talvez precisem de privacidade para conversarem! – o amigo não queria ser indiscreto, muito menos ficar entre fogo cruzado, eles pareciam ter assuntos para por em dia. Não queria nem saber o que aquele padre aprontara, só tinha certeza do trabalhão que iria ter para adoçar aquela mulher.
Eduarda nada respondera, e viu o amigo se afastar.
Só depois que ouviu o barulho da porta se fechando, o padre sentiu mais a vontade
Agora a sós poderia se explicar. Ele recompôs-se, foi até ela, tentou tocar em suas mãos, mais se afastando Eduarda fixou o olhar em outra direção evitando encara-lo.
Sentia um grande vazio no peito, percebendo o desprezo, queria muito abraça-la e explicar o porquê não viera. Havia se torturado o tempo todo, seu desejo era ter corrido para seus braços tão logo vira sua mensagem, mais não era justo com ela, não quando já estava decidido à partir. Depois que fizeram amor a primeira vez, sentira-se culpado, sujo diante de Deus, não conseguia se concentrar nas obrigações da igreja, havia se auto castigado por aquilo, percebera que não resistiria a tentação caso a tocasse novamente. Naquela manhã contara tudo que fizera ao Bispo, o peso do pecado martelava em sua consciência, não sabia se mereceria o perdão da igreja. Apenas lhe cabia confiar na decisão do seu superior, caberia à eles afasta-lo ou não, o Bispo entendera-lhe a fraqueza, e aconselhou a se afastar da cidade para um retiro espiritual, era mesmo o que pretendia fazer, até aquela manhã, quando se dera conta que também à amava, a verdade é que a amou desde o segundo encontro, na outra cidade, quando a beijou achou ser puro desejo, queria se convencer que era, e se fosse seria até mais fácil, mais à noite quando voltara para a segurança do lar, precisou de forças para deixa-la nos braços de outro. Rolara na cama a noite toda, quando fechava os olhos, via-a gemendo de prazer nos braços de outro, aquele pensamento havia-lhe deixado louco queria voltar e reclamar o que julgava ser seu.
Agora estava ali, queria assumir o que sentia, queria ficar com ela. Poder gritar aos quatro ventos que a amava, casaria com ela, caso ela o quisesse ainda...
— Eduarda eu…te…
Tentou se aproximar queria olhar em seus olhos e beija-lhe.
— Olhe para me, tenho algo a dizer...
Sentia-se nervoso como na adolescência, não sabia como dizer algo que nunca dissera para uma mulher, e que acreditava nunca diria naquele sentido tão intimo.
Ela virara as costas, rejeitando-o, se negava ouvi-lo, ou mesmo olhar em sua direção.
Não precisou de palavras ambos perceberam que tudo acabaria ali.
Ou deveria insisti? Tomar-la em seus braços e mostrar o quanto a amava? Que podiam achar uma maneira de ficar juntos até o fim...
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Atualizado até capítulo 47
Comments
Queen B.
Eis o problema, homens não sabem distinguir gemidos de prazer e gemidos de dor /Panic/
2024-03-20
1
Solange Coutinho
Ainda assim acho que deveria desabafar com ele
2023-11-15
0
Solange Coutinho
Acho que ela está arrasada o suposto amigo a estrupou e talvez fique com medo de contato com outro alguem depois de ter sido estrupada
2023-11-15
1