OUTRA VEZ

"Quando você acreditou que uma vida seria o bastante..."

******

Então ele estava de volta!

Não que aquele fato iria mudar em nada sua vida, mas não podia negar que à tornaria mais difícil, ele estivera esquecido trancado no fundo do baú esses quase cinco anos, agora simplesmente retorna, e pior, ainda é atraente, e fora gentil com seu filho, o que a fez lembrar do dia que o conhecera. Ele parecia bem confortável naquela roupa social, enquanto ela suava horrores naquele calor de verão, naquela época sentira uma paixão avassaladora, a qual queimara seu coração deixando-a em cinzas, aprendera da pior maneira a não confiar em ninguém, criara um trauma não quisera mais se envolver com nem um outro homem, mais não era algo que gostaria de pensar, não tinha o luxo de se depreciar, não enquanto seus filhos ainda eram tão dependentes, estava ali tentando ser uma pessoa melhor por eles, até então achava que estava conseguindo superar...

— Mamãe Richard pegou o presente do Louis!!!

O garotinho correu para a mãe acordando-a do seu devaneio.

— Tá filho! Depois ele devolve, seu irmão só vai brincar um pouquinho!

Levantou o menino e sentou-o em seu colo, beijou os cabelos encaracolados, ele estava chateado não gostava de dividir, o irmão sabia mas gostava de implicar, as vezes achava cansativo voltar do trabalho e ter de lidar com as birras de ambos, por sorte tinha Maria, e a tia que na verdade mimava muito os sobrinhos-netos, eles a chamavam de vovó.

O outro garoto se aproximou com a bola de basquete na mao.

— Mamãe o Louis me emprestou!

Não era verdade a mãe sabia.

— Opa! Filho não pode mentir, já falamos sobre isso, não foi? –

disse encarando o pequeno que ficou cabisbaixo, e fez beicinho antes de pedir desculpas.

— Eu sei mamãe é errado, mas eu só queria brincar um pouco, e ele não deixa!

— Já combinamos que não deve pegar se ele não permitir, porque ele não pega suas coisas!

— Mais as mamãe ele tem coisa legal e eu não!

— Sério isso? Se é você que escolhe seus briquedos!

— Mas não são tão legais! É por isso que eu queria ser filho único! Ganharia todos os brinquedos, e a mamãe seria só minha!

O menino tinha ciúmes e sempre deixava claro que queria ser filho único, a verdade que sentia culpa por dar mas atenção ao Louis, desde que ele fora diagnosticado com sinais claros de autismo, passara mais tempo com ele até mesmo porque tivera que fazer tratamento acabaram ficando mas próximos, e o Richard percebia isso, e discontava no irmão sempre que podia. Amava ambos mas até mesmo ela já se perguntou adeus se não seria mas fácil se não tivesse tido gêmeos, seria uma mãe melhor, até parecia castigo, além de gêmeos um deles era autista precisava de cuidados especiais.

— Vem cá meninao, eu amo vocês, somos os três mosqueteiros, lembra? — passou o dedo no nariz do garoto o fazendo sorrir — precisamos cuidar um dos outros, somos uma família, não diga mais essa besteira!

Abraçou e beijou ambos em seu colo.

Do outro lado da sala alguém os observavam

Lawrence adimirando aquela cena se perguntava como poderia ser gêmeos e serem tão diferentes...o Richard era muito parecido com o pai...na verdade não perguntara quem era o pai mas estava na cara o menino estava com quatro anos mas parecia ter mais, era grande e tinha fortes traços do Marcello e tinha a cor da pele muito clara, diferente do outro que era menor mas franzino, mulato de cabelos encaracolados, se parecia mais com a mãe, mas havia algo no garotinho que lhe era familiar não sabia o porquê mas desde o primeiro momento que o viu, sentira algo, um certo carinho pela criança, talvez um pouco do carinho que sentirá pela mãe transferiram para a criança, so poderia ser isso, mas sempre gostou de crianças...

Em um gesto inconsciente Eduarda levantou o olhar naquela direção e sentiu um arrepio na espinha ao mesmo tempo que seu rosto furmigava de calor, notou que estava sendo observada por um bom tempo, e ele não disfarçou assenando com a mão, a ira que sentira minutos atrás agora lhe aflorava os nervos, queria expulsa-lo dalir, respirou fundo várias vezes, sentido que precisava se afastar daquele lugar o quanto antes.

— Richard vai brincar com os coleguinhas.

Não precisou insistir o menino saiu correndo em direção ao grupo de crianças que brincavam ao redor dos palhaços.

— Venha filho, vamos procurar um lugar mais calmo!

— Sim, brincar com a nina!

O garoto saiu do colo e se adiantou para brincar com a cadela que a mãe ganhará de um admirador secreto no dia que fazia trinta anos. Era uma companheirona para o garoto autista.

Quando abrira a porta na aquela manhã fria de julho, atrasada para o trabalho, se deparou com a linda cadela em uma cesta o envelope não tinha remetente, e seu nome estava em letras grandes

"Eduarda cuide de me, abra o coração para me receber, feliz aniversário"

Não conseguiu resistir a Tanta fofurice, agora sabia que fisera certo, nem quisera saber quem deixara ali, só agradecia.— pensou já seguindo o filho que corria para a área externa do apartamento.

Enquanto o menino brincava de montar bloquinhos, percebera a cadela abanar o rabo e correr em direção da entrada da varanda ela quis ir pegar o cão com medo que pudesse assustar alguma criança, por esse mesmo motivo, resolvera deixar o animal naquela parte da casa onde não haveria perigo. Mas antes mesmo de sair do lugar viu Lawrence aparecer com o cão, que vinha lhe seguindo como se o conhecesse, o que lhe causou espanto, pois o único homem que conseguia por a mão nela era o Andrés, o cão tinha ciúmes das crianças ninguém ousava se aproximar se ela estivesse perto.

Como se lesse seu pensamento o homem acariciou a cabeça do animal que roçou em suas pernas afoito por cafuné.

— Não se preocupe, não quero roubar! Ela só deve te sentido o cheiro dos doces que comir! –

Ele se pois diante dela olhando fixo em seus olhos — Ou talvez tenhamos sentimentos pela mesma pessoa... – pegou-lhe a mão e beijou as costa da mão deixando-a perplexa "ele flertava com ela? O que ouve com aquele padre temeroso a Deus? — arregalou os olhos pronta para questiona, mas rápido que uma dor de barriga ele relançou sua cintura e a puxou para si, causando impaquito em seus seios macios.

Não era possível, depois de tanto tempo, ainda sentia as pernas bambas, seu coração estava galopando em seu peito, se viu mordiscar o lábio inferior, e em seguida sentiu sua boca ser apossada pelos lábios quentes do homem, por um momento deixou se envolver sentia-se hipnotizada lembrara como se fosse antes, os momentos quentes o prazer...mais não foi só isso que lembrara, e tudo que sofrerá por culpa dele? Estava pronta pra esquecer só por mais um pouco de prazer? Estaria tão carente a ponto de...

—Não!!! — gritou mordendo os lábios dele que soltou-a de imediato por causa da dor.

— O que ouve? — colocou uma das mãos nos labios doloridos pensando que sangrava.

— Nunca mais faça isso!!! — quase gritou fazendo com que a criança olhasse naquela direção.

— Desculpe, não consegui resisti!

" Quisera fazer aquilo sim, pior era que queria mais, muito mais, não foi por acaso que retornara para aquela cidade.

Havia pedido o seu afastamento do sacerdócio já à algum tempo, e pela demora que se estendera, fora pessoalmente até Roma para falar com o papa que lhe deu alguns meses para repensar e prometeu aceitar caso ele tivesse certeza.

Aquilo fora o bastante para sentir livre para procura-la, e conquista-la caso ela ainda o quisesse como quisera um dia, ainda não entendia como tudo mudara, ela ter se magoado por ele não ter indo ao seu encontro aquela noite, com promessas picantes. Ela lhe mandara várias mensagens, naquela noite só Deus sabia o quanto se segurou para não correr para os seus braços, e quando não resistia mais, já era tarde, o Marcello estava com ela...e odiando àquele homem, sim era humano para admitir que morria de ciúmes daquele homem a ponto de odiar, coisa que nunca sentiu por nada nem ninguém. E em todo esse tempo nunca á esqueceu, sonhava com ela quase toda noite, precisa ver-la ouvir sua voz, iria tentar, mesmo não sabendo ao certo como terminaria, caso contrário voltaria para a igreja ou se trancaria em um monastério até o fim dos seus dias.

Quando descobriu que não estava mais satisfeito em ser um padre, agora sentia um certo vazio que lhe consumia a alma, não devia ter cedido a tentação de tocar o fruto proibido, agora era tarde, estava cheio do pecado, e aquele, não pretendia deixar.

Beijando-a sentiu o sangue voltar a pulsar em seu corpo, soube que seria a metade de um homem sem ela, não bastava uma noite como achou quando se entregara, e nem bastaria um beijo agora, nem uma vida lhe parecia o bastante para ama-la como queria...e quanto à ela? iria aceita-lo de volta? O amaria como da primeira vez? Só o tempo lhe daria as resposta...

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Comments

Zoleide Aquiles

Zoleide Aquiles

autora conseguiu estragar a história, dando um filho do estrupador, horrível.

2024-04-26

2

Solange Coutinho

Solange Coutinho

Autora querida as crianças sao gêmeos mas o Richard é filho do miserável do Marcello ?e o Loiis do Lawrence como pode isso por favorzinho me explica

2023-11-15

1

Caitiane Santana

Caitiane Santana

Ela devia contar pra ele que foi estrupada pelo o idiota do Marcelo,se ele estivesse entregando na casa naquele dia talvez não teria acontecido

2023-02-17

5

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