Capítulo 16. Despertar 2

Conforme Ava foi se deixando conduzir por Luziel, sua alma foi recebendo a dele e foi quase como um estalar de imãs quando se atraem e se chocam, em uma união perfeita. Ele afastou suas pernas se posicionando entre suas coxas e suspendeu seu quadril com a mão esquerda e a penetrou devagar, lentamente, deixando ela o envolver como uma luva, aderindo e encapando, aquecendo e estimulando.

Ava sentiu a penetração como se fosse a coisa mais certa e perfeita que existe, seu corpo recepcionou o dele como se sentisse saudade do que nunca teve, mas sabia existir só para ela. À medida que os dois corpos foram se acostumando um com o outro, iniciaram as idas e vindas do prazer e se entregaram a sensação de que podiam explodir, como um vulcão em erupção. 

Ela envolveu os quadris dele com as pernas e auxiliou nos movimentos. Ele aproveitou a posição dela, para firmar seus braços, apoiando melhor o corpo, para intensificar os movimentos. Sugou seus mamilos e sentiu ela o aprisionar com força, liberando a lava de seu vulcão, superaquecido e ele não resistiu ao aperto e liberou sia semente, que entrou no corpo dela, enchendo-o como se fosse radiação,  ao se unir aos fluidos dela.

Beijou-a, trocando sangue mais uma vez e assim a tripla união foi realizada e os dois se entregaram àquela sensação mágica. Quando ele teve forças e ela desenroscou seu quadril, saiu de dentro dela e se deixou deitar ao seu lado. Respirou fundo e olhou para ela, para ver se estava bem. Ela parecia tranquila,satisfeita,mas de repente fez uma careta e logo em seguida flutuou baixo sobre a cama e sua essência despertou.

Como a casca de um ovo se quebrando para sair um pintinho, assim parecia estar acontecendo com ela. Primeiro se encolheu em posição fetal e depois se esticou toda, como se rompesse a casca. Uma onda se esvaiu de seu corpo, sua pele ficou translucida e seus cabelos esvoaçavam, brancos como a neve, assim como suas asas. Flutuou por mais um momento e se colocou de pé sobre a cama e quando abriu os olhos, suas iris estavam prateadas, quase brancas.

Um anjo celestial, como era seu pai.

Luziel era o oposto dela. Tendo também tido seu despertar, eta de pele morena, cabelos longos e negros, assim como suas iris e asas. 

A negritude em forma angelical.

Um anjo da guarda dos humanos.

Os dois se contemplaram e se reconheceram como companheiros que eram. Os humanos descreviam essa conjunção de várias formas, mas a verdade da criação, era que são dois seres com uma só missão, levar a cura e a segurança ao mundo. Sorriram um para o outro e se abraçaram, prontos para se entregarem em uma nova união.

Não eram mais o invólucro e sim os seres completos, feitos em plenitude de poder e ninguém podia sequer imaginar, nem eles mesmos, o tamanho do poder ou o que surgiria da união dos dois. Nunca houve nada igual em toda a criação.

Beijaram-se e envolveram-se com braços, pernas e asas. Flutuatam em seu poder e uniram completamente seus corpos, ainda flutuando, e suas magias os envolveu, misturando-se, mesclando-se e transformando-os em pura energia, flutuando sem forma mais, unidos em células, moléculas, átomos, eletricidade e emoções.

Não dava para enxergá-los, mas se desse, não se saberia onde começava um e terminava o outro. Como uma loucura plena de fantasia e magia, eles perceberam que aquela união era única e pertencia aos dois, somente aos dois. 

Eles não perceberam, que ao atingirem o climax da união e do prazer, enviaram a todos a sua volta, a energia produzida pela centelha celestial dada a eles pelo criador e tos que foram atingidos, também foram transformados em sua essência original e voltara ser os guerreiros para o que foram criados.

A reunião de todos foi óbvio, já que todos queriam saber o que estava acontecendo na mas ninguém sabia explicar, só sabiam que havia vindo da caverna de Luziel, o guardião negro de alma branca, puro e leal, o oposto do infiel e que agora comandaria o exército da guarda angelical dos humanos e juntos, tinham a missão de acabar com o que era insólito e restaurar a ordem no mundo, para que funcionasse na forma para o que foi criada.

O casal deitou, envolvido pelas asas dos dois, como em um casulo, sem se dar conta da importância daquele momento, ou até sabiam, mas o momento era só deles e aproveitaram o máximo que puderam, antes de ter que voltar ao trabalho.

*

No submundo, o chamado infiel, sentiu aquele poder único e diferente, sendo instaurado no planeta. Seu exército também sentiu e estava inquieto. Não sabiam identificar o que era e só podiam achar que era sublime e não teriam chance contra o celestial. A situação não podia estar pior, não poderiam entrar em batalha com medo. Então esse "general", fez o que sabia fazer de melhor, usou temor e oratória.

Fez labaredas surgirem por seu corpo, como uma tocha e quando iniciou seu discurso, sua voz saiu potente e cavernosa, incutindo em todos os seus liderados, um assombroso terror, que suplantou o medo de perderem para os guardiões, pois viam suas almas incandescentes e queimando no fogo do inferno pela eternidade, ouvindo os próprios lamentos e isso os erguia para não perderem a guerra e serem obrigados a sofrerem o fogo eterno.

Eles receberam a promessa de viver em um paraíso, desfrutando de prazeres inenarráveis, caso derrotassem o inimigo e sequer perceberam, qie o que fez a promessa não tinha o poder de criar nada disso, era um usurpador infiel, que rouba o que não é seu e mata o que não criou. Depois de incutir terror, enviou uma equipe para buscar "carne fresca" e liberou para que fizessem uma festa.

— Vamos comemorar nossa futura vitória, não há ninguém mais poderoso do que nós, até os magos conseguiram derrotar o guardião queridinho dos humanos. Divirtam-se e na hora de lutar, lutem, visando a mooooooorrrtteeee!!!!!

Todos festejaram, gritando, pulando, brigando entre si e doidos para que chegasse a nova remessa de alimento para seus instintos mais baixos. O infiel olhou para aquela horda e pensou: " Como é fácil controlá-los."

Ava e Luziel dormiam tranquilos, toda aquela mudança teve consequencias, mas também tirou toda a dúvida quanto a vencerem o Infiel e sua horda de demônios.

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