Capítulo 13. Acasalando

Natanael com sua audição lupina, captou aquela voz a distância e deixando seu lobo sair, correu o mais veloz que pode, com Cassandra em seu calcanhar. Quando se aproximavam do lugar onde o mago estava, Cassandra entrou na m um ente de Natanael e o fez parar.

— "O que é, Cassandra? Deixe eu acabar logo com ele."

— " Não podemos. Ele bebeu o sangue de Luziel e precisamos saber como matá-lo, antes de o enfrentar. Não sabemos com o que estamos lidando."

— "Já tá você se fazendo de mais inteligente do que eu. Eu vou até lá e arranco a cabeça dele e pronto."

Sem que ele esperasse, ela pulou sobre ele e mordeu sua pata traseira. Abriu uma um portal e passou, Natanael mesmo ferido, com raiva, deu um jeito de pular pelo portal logo depois dela e saíram na Alcateia. Ele mordeu a perna traseira dela e ficaram os dois feridos, se encarando. Natanael voltou a forma humana e a ferida de sua perna apareceu e não era tão grave, já estava curando.

— Anda, Cassandra, muda e vem lamber minha ferida.

Ela não mudou, mas lambeu a ferida dele, que fechou imediatamente. Aproveitando a proximidade dela, a agarrou pela nuca e encarou-a, de frente com seu focinho.

— Muda.

Ela mudou, voltando a sua forma humana, já vestida e ele viu que a ferida que fez nela, era mais grave e se agachou para lambê-la. A saliva dos lobisomens tem propriedades curativas concentradas e logo estavam bons e antes que ela fugisse novamente, ele a arrastou para o fundo de sua caverna e jogou-a sobre a pilha de peles de animais, que fazia de cama. 

— Basta de fugas, você é minha e vai ficar aqui comigo.

— Mas você me rejeitou!

— Eu não te rejeitei, só não gosto de ter uma fêmea que mais parece um 

macho, que sempre resolve tudo sozinha.

— O quê? Você me acha parecida com um macho, tá louco?

— Louca é você, que parece estar sempre brigando e disputando a liderança comigo.

— Eu pensei que você queria uma fêmea forte e por isso me fiz ser assim.

Ele parou de andar ao redor dela e fitou-a. Ela estava encolhida sobre as peles, parecendo menor do que era, tímida e triste. Conseguiu identificar, pela primeira vez, a parte sensível de sua companheira. Nunca tinha olhado muito para ela, para não atiçar seu lobo antes da hora, mas ela é bonita.

— Raios de fêmea ardilosa, o que pretende agora, provocar a minha pena?

Aquelas palavras fizeram o sangue subiu a cabeça da fêmea, que se ergueu e peitou o macho:

— Se não me quer, me rejeite logo e pare de acusações e conversa fiada.

Ele fitou as feições oradas da fêmea e a admirou. Sua companheira é linda, cheia de força e raça, será uma boa procriadora, sem contar que consegue estar lado a lado com ele em qualquer batalha. Naquele momento percebeu que a amava e jamais a deixaria se afastar dele e por isso, a puxou pela nuca e beijou seus lábios com força. Ela mordeu ele e tentou se afastar, mas ele usou de mais força, forçando seus lábios a aceitarem os dele.

Não teve delicadeza, pois sabia que aquela fêmea precisava ser domada. Sugou sua boca e penetrou-a com sua língua, saboreando-a em uma batalha sem vencedores. Cassandra sempre foi apaixonada por ele e por isso nunca havia tido contato com outro macho e não sabia que um beijo podia carregar tanta emoção e despertar tanto desejo. Enfrentou aquela invasão de igual para igual e os dois se engoliram.

Não demorou a estarem nus, sentindo pele com pele, corpos entrelaçados e mãos que tocavam cada recanto, conhecendo e dando prazer um ao outro. Quando ele a tomou, penetrando em seu corpo com força e profundamente, ela gritou, mas a dor só a excitou mais e ela dominou o macho, se pondo sobre ele e se movendo instintivamente, atiçando mais sua líbido e  recebendo seu mastro por inteiro.

Ele correspondeu ao frisson da fêmea e invertendo as posições novamente, a pôs de quatro e montou como era o costume dos lobos. Percebeu que ela alcançou sua liberação, quando o apertou dentro de si e quase perdendo o controle, ele a posicionou de frente novamente e intensificou os movimentos e quando estava por um segundo de se esvair dentro dela, deixou suas presas saírem, a alertando para o que deviam fazer.

Ela deixou que suas presas também saíssem e os dois se marcaram mutuamente, recebendo uma descarga hormonal que os levou ao máximo do prazer, ele derramando sua semente e ela a sugando com força. Ele inchou e ficou preso a ela, liberando jatos espaçados de sua preciosa semente, que lhes dariam filhotes fortes e ousados como aquela fêmea é.

Ele largou o corpo sobre o dela, apoiando o peso nos cotovelos e ficou ali, cheirando o pescoço de sua fêmea e lambendo sua marca e ela fazia o mesmo com ele. Foram relaxando aos poucos, até que ele conseguiu soltar dela e se afastar sem feri-la mais. Deitou ao seu lado e a puxou para si, envolvendo-a com seus braços. Ele logo dormiu, mas ela ficou pensando e ainda desfrutando de cada sensação nova em seu corpo.

Ela sabia que não seria fácil lidar com ele, mas agora não precisava esconder seu verdadeiro eu e se fazer de forte o tempo todo. Pelo que percebeu, ela se esforçou tanto para ser como ele e tudo o que ele queria, era uma fêmea mais companheira e carinhosa, do que guerreira. Teriam que iniciar um novo relacionamento pautado na verdade e no respeito, para conseguirem liderar a Alcateia.

Finalmente ela adormeceu, sentindo o cheiro almiscarado de seu amado.

Enquanto isso, Ava e Luziel sobrevoavam o local, atrás do causador do feitiço. Mas não o encontraram. O mais velho dos três magos era o mais sábio e conhecedor de feitiços. Luziel contou para Ava sobre o plano dos três para dominar os sobrenaturais e escravizar os humanos, mas não contavam com a  presença de Ava ajudando os fugitivos e nem com a própria ganância, fazendo-os se desvirtuar de seu principal foco e visando a eternidade.

Esse feitiço do mago era uma tentativa de encontrar os outros dois e libertá-los, para poderem executar o grande plano que tinham, de dominar o  mundo, se aproveitando do caos que imaginavam que ainda existia.

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