O Red Carpet da festa da Muse estava brilhando, tanto com os flashs como com as celebridades que desfilavam por ele, na entrada de um dos eventos anuais mais famosos da revista.
Enlacei meu braço ao de David e seguimos juntos, parando um pouco para sermos fotografados. Por sorte meu marido não tinha problema com isso, muito pelo contrário, ele se achava fotogênico o suficiente para me acompanhar a eventos, mas nem sempre o trabalho permitia. Naquela noite, no entanto, estávamos juntos adentrando a festa organizada para impressionar.
Não tinha nada simples e discreto. O lugar estava cheio o suficiente para que eu não encontrasse Stella ou a esposa dela durante grande parte do tempo.
Tomamos champanhe, conversamos com alguns conhecidos e assim a noite seguia até eu ter o vislumbre de quem pensei ser Antonella, através das luzes da decoração. Fazia um tempo desde que nos falamos. Ela não havia voltado a me procurar, mas eu pude ouvir Stella conversando com Bea sobre a Muse estar focada naquele evento.
— Muito trabalho — murmurei.
— O que disse? — perguntou David.
— Nada. — Sorri desviando o olhar, desistindo de tentar confirmar se era ela. — Vou ao banheiro.
Saí à procura do toilette e não demorei a encontrá-lo. Não me demorei muito, logo saí e por incrível que pareça a primeira pessoa que avistei foi a Venturi, conversando com algumas pessoas. Pensei em passar despercebida, mas ela me notou e veio ao meu encontro, mesmo que eu não tenha parado.
— Te procuro há quase uma hora — disse ao se aproximar. — Por acaso estava escondida?
— Por que estaria? — Sorri observando as pessoas ao redor.
— Por que não está me olhando nos olhos? — perguntou. — Por acaso tem a ver com sua última ligação? — No mesmo momento encarei ela.
— Não tenho nada a ver com o que faz ou deixa de fazer com suas amantes.
— Eu me referia ao fato de Stella saber sobre a entrevista.
Pigarreei, tentando manter a postura, ignorando o sorriso que ela deu, passeando os olhos por meu corpo.
— Não me olhe dessa maneira — alertei e ela franziu o cenho, se fazendo de desentendida. — Também não se faça de sonsa.
— Certo. — Ela diminuiu a distância. — Estava analisando o quanto me parece fácil levantar seu vestido...
— Meu marido está à minha espera. — Eu já saia quando ela tocou em meu ombro.
— Caso tenha interesse em um after, vou te mandar o endereço por mensagem.
— Eu não trouxe meu...
Antonella saiu antes que eu pudesse concluir a frase e logo sumiu entre as pessoas.
Observei ao redor, me certificando que ninguém nos observava, antes de seguir até David que conversava com alguns amigos.
O resto do tempo fiquei um pouco impaciente e meu marido não demorou a notar que não conseguia prestar atenção nas conversas.
— Qual o problema? — perguntou ele.
— Dor de cabeça — menti.
Meu pensamento estava no tal after que Antonella havia mencionado.
— Quer ir embora?
Eu confirmei e não demoramos a sair do local.
Assim que chegamos em casa ele não parava de falar sobre todos os velhos amigos que encontrou. No fundo David era mais ligado ao meu mundo do que com a advocacia, carreira que seguiu com o pretexto de que teria mais segurança. No fundo ele nem estava tão feliz assim com o trabalho, mas morreria negando.
Entrei no quarto me livrando dos objetos pessoais, quando avistei o celular encima da cama.
Fiz um esforço para não olhar se havia mensagem, mas só durou enquanto eu ia guardar minhas joias, quando voltei me rendi a olhar e na mesma hora o aparelho vibrou. Ela de fato enviou o endereço.
Apertei o celular entre as mãos, me sentindo tentada, travando uma briga interna contra o desejo de ir.
— Vou pegar uma cerveja e aproveitar para ver o futebol que perdi — disse David que já havia se livrado das roupas e seguia usando apenas uma bermuda, indo em direção a sala.
Não vou me deixar levar; falei a mim mesma largando o celular, indo para o banheiro onde me livrei do vestido e tomei um banho.
Quando saí, observei meu celular sobre a cama e segui para o closet onde ao procurar uma roupa, optei por uma de sair, me preparando para fazer exatamente o que dizia a mim mesma que não faria.
— Aonde vai? — perguntou David me vendo sair do quarto.
— Emergência da semana da moda — falei sem olhar para ele, caminhando rapidamente em direção a porta.
— A essa hora? Você estava com dor de cabeça...
— Preciso ir na agência é coisa rápida. Já tomei um remédio.
Abri a porta, saí rapidamente e quando fechei a mesma me encostei contra a madeira, trazendo a mão ao peito.
Me senti horrível por fazer aquilo e por um momento pensei em desistir, voltar para dentro e esquecer aquela loucura, mas o frio em minha barriga me incentivava a seguir em frente.
Segui em direção ao endereço na mensagem, que tratava-se de um hotel.
Acredito que demorei o suficiente para ela desistir, mas quando bati na porta do quarto, Antonella abriu a mesma, usando um roupão semiaberto, revelando a lingerie. Ela estava com os cabelos úmidos, sem maquiagem, segurando um copo e com o sorriso no rosto.
— Você veio — disse me analisando dos pés a cabeça. — Pensei que tinha dito algo sobre aquilo não voltar a acontecer.
— Estava me testando?
— Entra. — Me deu as costas, caminhando em direção ao interior do quarto . — Quer beber alguma coisa?
— Sim. — Eu precisava tomar alguma coisa para tentar relaxar, antes que tivesse um colapso nervoso.
Na primeira vez eu estava em êxtase após o que aconteceu no restaurante e ir até um motel foi algo que fiz sem pesar muito, mas dirigir até ali me deu tempo suficiente para refletir.
— Você precisa relaxar — disse ela me entregando o copo, logo passando a mão por minha cintura indo em direção a minha bunda onde apertou me puxando para junto a si. — Sabe que vou te fazer relaxar, não é mesmo?
— Eu não devia... Não queria estar aqui.
— Você quer, Alexia. — Minha boca foi tomada pela dela que ainda tinha os lábios úmidos pela bebida que me embriagou logo de início e correspondi ao beijo com mais intensidade.
Enquanto nos beijavamos minhas mãos estavam no controle da situação, pois elas foram rápidas em terminar de abrir o roupão dela e desliza-lo por seus ombros até que caísse no chão.
Antonella me empurrou o suficiente para me chocar contra a parede, abrindo minha calça sem nunca cessar o beijo.
O processo de nos despir foi rápido. Estávamos movidas pelo tesão.
Eu já não lembrava de nada além de cada movimento dela que antecedia ao outro. Éramos só nos duas e nosso desejo.
Não havia mundo lá fora.
Assim que meu corpo caiu sobre a cama, Antonella posicionou-se encima de mim, voltando a me beijar, sua mão indo para entre minhas pernas onde deslizou os dedos para dentro e minha boceta, movendo devagar enquanto eu me agarrava a ela, gemendo em seus lábios.
Quando já não aguentava mais, ela desceu até entre minhas pernas e não precisou muito de sua língua em meu clitóris para que chegasse ao orgasmo.
A sensação era maravilhosa. Nada se comparava a aquele prazer que ela me proporcionava. Naquele momento eu pude confirmar isso.
Tudo era muito excitante. Não sei se por ser com uma mulher, ou por ser uma situação completamente fora de minha realidade.
— Vou tomar uma bebida — disse ela levantando.
Ainda estava ofegante quando observei seu caminhar, o corpo perfeito e completamente nu que seguia em direção ao pequeno bar da suíte.
Fitei o teto do quarto, não sabendo o que fazer, se deveria ir embora, mas ao mesmo tempo ainda queria mais e sabia que ela me daria muito mais.
— Quando estiver pronta podemos tentar — disse ela e me assustei com sua reaproximação.
Ela subiu encima de mim novamente, ficando com uma perna de cada lado, segurando um copo de algo que provavelmente era whisky.
— Preciso ir...
— Nós mal começamos. — Sorriu enquanto levava o copo aos lábios, seus quadris se movendo devagar, enquanto roçava em meu ventre e eu já podia sentir a excitação entre minhas pernas novamente.
Antonella segurou minha mão e levou até o próprio seio.
— Me toca, Brandon — falou fechando os olhos.
Mordi o lábio enquanto sua mão pressionava a minha encima do seio e logo me obrigava a deslizar por sua barriga até chegar entre as pernas dela que levantou um pouco o corpo e, me encarando, levou minha mão até a entrada que senti na ponta dos dedos o quanto estava molhada.
— Dois... — murmurou antes de tomar todo o conteúdo da bebida e no mesmo momento deslizei meus dedos para dentro de sua boceta.
Ela gemeu fechando os olhos e logo depois inclinou-se sobre mim, largando o copo em algum lugar sobre a cama, mas o objeto caiu no chão.
Antonella me beijou com desejo e senti na boca o gosto amargo da bebida, enquanto sentia ela rebolando em meus dedos que deslizava com facilidade.
— Isso, Brandon — murmurou em meus lábios, antes de gemer me deixando louca. — Assim...
Mais gemidos ecoavam pelo quarto e eu estava em um nível e prazer inimaginável. Jamais senti tanto tesão ao tocar alguém daquela forma.
Senti ela retirando meus dedos de dentro de si ao afastar-se me encarando, ajeitou-se encaixand entre minhas pernas.
— Chupa — mandou quando meus dedos estavam na altura de minha boca e eu o fiz sem pensar duas vezes, sem quebrar aquele olhar, logo sentindo o rebolar dos quadris dela junto ao meu.
...(…)...
Enquanto a água caia por meu corpo eu tinha certeza de que aquilo era a melhor coisa que fiz, senti e vivi na vida. Durante o banho refleti muito sobre isso, ao ponto de demorar mais que o normal.
Quando saí avistei ela que claramente estava embriagada, ouvindo música, segurando o corpo e dançando completamente nua, algo que me fez sorrir.
— Vai dormir aqui? — perguntei e ela sorriu confirmando antes de tomar um gole. — O que pensa sua mulher sobre isso?
— Tive uma semana cheia no trabalho, preciso relaxar um pouco.
— Parabéns pela festa — falei enquanto me vestia.
— Tenho uma equipe incrível — afirmou se aproximando. — Você devia dormir aqui comigo.
Eu apenas ri terminando de vestir a blusa e ela me puxou pela mesma.
— Na próxima semana vou a Paris. Vem comigo?
— Está louca? Tenho muito trabalho, não posso me dar ao luxo de sair viajando com uma amante.
— Uma amante? — Ela arqueou uma sobrancelha.
— O que mais seria?
— Gosto disso — afirmou.
Antonella segurou meu queixo, levantando meu rosto para selar nossos lábios.
Quando cheguei em casa David estava dormindo no sofá, então aproveitei para passar despercebida, entrar no quarto onde vesti uma camisola e deitei fingindo que estava ali há horas.
O frio em minha barriga me fez sorrir, mas o cheiro de meu marido no travesseiro me deixou consciente do erro que estava cometendo.
...(…)...
Trabalhar, assistir aos desfiles da fashion week, participar dos eventos e todo aquele processo era algo que eu gostava muito, mas me deixava esgotada.
— Sua pele está ótima, seu aspecto é de uma recém casada. Quais as news? — perguntava Beatrice, sentando diante e mim.
— De onde tirou isso?
— Você costumava acusar o estresse de Stella como falta de uma boa transa, então conclui que seu bom humor é sinônimo de ótimas transas. — Ela riu.
— Sou casada... — Sorri. — Não tenho muitas crises.
— Sim, mas... — Bea parecia querer me dizer alguma coisa. — Eu não queria tocar nesse assunto, mas vi você com a editora da Muse.
Paralisei na mesma hora, segurando os papéis sobre a mesa. Meu coração falhou uma batida e eu achei que iria sufocar tamanho nervosismo que me fez esquecer como respirar.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 36
Comments
Rita Ribeiro
autora sua linda vc e de mais
2023-09-06
2
Såd_ Grıł_Đemøn
fudeu, derick, meu deus e agora?
2023-02-19
0
Maria Andrade
parabéns, autora como sempre vc nós deixando se ar ufa muito bom
2022-12-18
2