Capitulo 17 ( A derrota da Équidna)

Alana estava praguejando a si mesma por não ter pegado alguma arma antes de ir em busca dos tesouros divinos.

Que porcaria!

Agora estavam em perigo, tinham que lutar com oque podiam. Ou seja, seus poderes.

— Sério! Quem teve a maldita ideia de colocar uma Équidna para vigiar essa droga de objeto?! — Indagou Darcel se escondendo em uma pilastra.

— Eu não faço a menor idéia — Respondeu Alana — Mas nós temos que derrota-la!

— Tem alguma ideia de como fazer isso? — Indagou Darcel ouvindo o estridente grito da criatura a procura deles.

— Usando nossos poderes né, não há nenhuma outra opção. — Respondeu Yvaine com os punhos pegando fogo azul.

— Pensei que a Équidna estivesse extinta! É incrível ver uma tão de perto — Todos olharam sérios para Tristan como se perguntassem "Fala sério né? "

Eles saíram de trás das pilastras antes que o rabo de cobra da Équidna batesse nas pedras e arrancasse a cabeça de cada um. A criatura gigante rugiu enquanto os jovens se separaram. Ravi não demorou para usar sua magia, rapidamente fez um arco dourado cintilante como fragmentos de areias solares. Ravi começou a atirar suas flechas na criatura que urrou de dor.

— Boa Ravi! — Ária também usou sua magia para fazer seu cetro mágico. Logo Tristan fez o mesmo, usou seu cetro para jogar esferas mágicas na criatura.

Alana não sabia se usava seus raios porque tinha medo de acertar seus amigos. Ela precisava melhorar sua pontaria, no acampamento ela fez o seu melhor para não acertar seus companheiros, e conseguiu de certa forma. Mas ali, com tanta movimento e desespero, ela tinha medo de não conseguir se controlar.

Pensa Alana, oque vai fazer? Respira, calma, você precisa ajudar, precisa pensar em alguma coisa. Vai Alana!

— Alana! — Quando ela virou para ouvir a voz, a única coisa que viu bem rapidamente, foi a calda de serpente de Équidna. Acertou-a fortemente, antes que ela pudesse se defender. Alana ouviu os gritos de Darcel, mas fora culpa dela. Ficou pensando tanto que quase estragou tudo. Ela sentiu as costas doerem por ter sido jogada contra uma estufa de vidro.

— Droga, sou uma idiota mesmo. — Resmungou ela se levantando. Alguns cortes estavam cicatrizando rapidamente, e a dor que sentia estava indo embora aos poucos.

— Intrusos! Malditos intrusos! Não toquem no que não vos pertence!

Berrou a criatura com uma voz ecoada e rouca. Estava tão alta que tiveram que tapar os ouvidos.

— Alana você está bem? — Alana olhou para o lado e viu Darcel com os cabelos em chamas. Quando ele apareceu?

— Estou bem. Vamos logo acabar com isso. — Darcel sorriu um pouco.

— Quer que a matemos? — Indagou Darcel. Alana o olhou com profundidade.

— Sim. Não temos outra escolha!

A criatura tornou a atacar com mais irritação graças a Ravi, que feriu seus olhos com suas flechas solares. Ela estava cega, mas isso não significava que havia deixado de ser perigosa. Pelo contrário, estava muito mais brava e irada.

Eles não tinham muito tempo, precisavam sair daquele museu. Mas Alana se negava a sair dali, fugindo como uma covarde.

Não, ela não faria isso. Ela só iria embora, depois de ver aquele monstro de dentes e garras afiadas morto.

Alana olhou para cima, e viu um avião antigo e colorido pendurado por cordas transparentes.

É isso!

— Preciso que vocês distraiam ela! — gritou Alana enquanto via os outros se protegerem — Tenho um plano!

Ela não teve tempo para explicar, eles precisavam interpretar oque ela queria dizer do melhor jeito que conseguiam. Alana começou a correr em direção ao avião suspenso.

— oque ela está fazendo? — Indaga Yvaine.

— Não importa agora Yvaine! Apenas façam oque ela pediu, distraiam a Équidna!

Mandou Darcel com seus punhos flamejantes. Ele jogou bolas grandes de fogo na criatura que começou a gritar. Correu na direção dele com as garras prontas para rasga-lo ao meio.

— Venha me pegar sua besta nojenta! — Gritou Tristan do lado contrário de Darcel. Ele jogou atirou pequenos raios alaranjados na calda da Équidna. Irritada ela fora em cima dele com tudo.

— Como vou subir? — Indagou Alana olhando para as cordas que sustentavam o avião.

Espera, por que estava pensando como uma humana? Ela não era uma! Ela podia dar um salto alto o suficiente para subir lá em cima.

— Está bem, eu consigo. — Alana respirou fundo, fechou os olhos e se concentrou. Tudo que vinha em sua cabeça era isso, um salto, precisava saltar.

Ela abaixou um pouco, e esticou as pernas em um pulo. Quando viu que seus pés estavam bem no alto, ela sorriu. Havia conseguido!

Mas...espera, porque não parava de subir?

O avião estava abaixo de seus pés agora, o salto foi tão grande que ela foi mais alto que deveria e acabou batendo com a cabeça no teto do museu. Todos olharam para ela assustados.

— Tá de brincadeira né? — Tristan e Ária começaram a gargalhar juntos. Yvaine tapou a boca para não rir também.

— Pelo amor de tudo que é sagrado oque foi isso? — Indagou Darcel com um sorriso no rosto.

A Équidna não havia ouvido o som do corpo de Alana contra o chão. Graças aos céus! Alana estava completamente envergonhada e irritada.

— Eu tenho que treinar mais com certeza — Resmungou ela tossindo. Depois cambaleando levantou-se.

A criatura voltou a atacar aos outros. Ravi fora arremessado para longe com um baque forte em uma pilastra.

— Como ousa bater nele?! — Os olhos de Yvaine pegaram fogo junto com seu cabelo. Ela começou a dar golpes diretos na Équidna, estava com raiva e ninguém podia para-la.

Alana aproveitou isso, tentou dar mais um poulo, e conseguiu subir em cima do avião. Era meio instável e podia cair a qualquer momento, mas ela havia conseguido.

— Pessoal! Atraiam ela para de baixo do avião — Mandou Alana com um grito. Um por um, foram dando golpes diretos na Équidna, que por estranho que pareça estava cansada por causa de lutar tanto com os jovens. Mais alguns golpes fortes, e a criatura estava em baixo do avião.

— É agora ou nunca Alana — Disse para sí mesma. Ela ligou seus poderes, sentiu os raios percorrerem apenas um lado de seu corpo, e era essa a intensão. E lentamente raios pularam de sua mão direita juntando-se, e formando uma lança. Uma lança de raios. Alana olhou para a própria mão impressionada.

— Uau.

— Rápido Alana. — Gritaram.

Alana tomou a lança com força, e começou a correr. Saindo rapidamente da calda do avião e chegando na ponta, bem no bico. Alana respirou fundo, e com um grito, ela deu um grande salto e enfiou a lança na cabeça da Équidna. A criatura deu um grito tão ensurdecedor e doloroso que quebrou alguns vidros do museu.

Sangue verde jogou fazendo com que Alana ficasse completamente banhada no mesmo.

A criatura caiu no chão fazendo um baque alto, e Alana ainda estava lá agarrada na lança ofegante.

Todos a olhavam fixamente com caretas de surpresa e espanto.

— Vocês... estão bem? — Peguntou ela ofegante. Finalmente eles piscaram.

— Garota, eu retiro tudo que eu disse sobre você! — Bradou Tristan com um sorriso enorme no rosto animado. Yvaine apareceu ao lado de Ravi que mancava um pouco.

— Essa é minha amiga! — Disse Yvaine com um sorriso. Alana sorriu um pouco, e quando tentou sair de cima da criatura morta, suas penas fraquejaram e ela quase caiu. Darcel apareceu ao seu lado e a segurou.

— Estou muito impressionado agápi. — Disse ele em um sussurro apenas para ela ouvir. Alana sorriu.

— Você se impressiona fácil — Ela respirou fundo — E ainda vou descobrir oque agápi significa.

O sorriso que Darcel a dera fez com que ela tivesse uma súbita vontade de beija-lo, mesmo coberta de sangue verde e fedorento.

— Nós vamos apenas deixa-la ali? — Indagou Ravi se referindo a Équidna. Alana olhou para o monstro depois para eles.

— Tenho certeza que Atena dará um jeito.

— Não será necessário. — Interveio Ária — Quando uma criatura mágica morre no mundo mortal, ela demora apenas alguns minutos para desaparecer como cinzas.

— Ótimo então — Alana bufou — Precisamos de um hotel, quero tirar todo esse sangue fedido de mim.

Todos riram.

— É melhor mesmo.

Eles procuraram por um lugar quase pacato e que não chamasse a atenção. E acabaram tendo que se instalar no Town house motel. Parecia uma caixa de sapatos com pequenos quartos para baratas. E a noite parecia ser pior do que de dia.

Mas tudo bem, era só uma noite, uma noite ali e nada mais.

Quando entraram lá havia uma garota com cabelos curtos e coloridos, maquiagem preta e roupas escuras e estranhas mechendo no celular enquanto masclava chiclete.

— Olá, boa no...

— Bem vindos ao motel cinco estrelas Town house — A garota cortou Alana começando a falar olhando para o celular — Um motel que pensa no seu bem estar e Blá...Blá...Blá.

— Er... — Alana olhou para seus companheiros e voltou a olhar para a garota — Queremos quartos apenas para essa noite.

— Uhum, quantos quartos?

— Um para cada um está bom? — Indagou Alana se virando para falar com seus amigos.

— Vou dormir no mesmo quarto que meu irmão! — Afirmou Ária antes de Tristan abraçar sua cintura com um sorriso.

— Então faremos assim — começou Alana — Ária com Tristan, Darcel com Ravi e Yvaine comigo. Todos de acordo?

Todos menos Darcel e Ravi assentiram.

— Não quero ficar no mesmo quarto que ele — Os dois falaram na mesma hora.

— Ohh então as duas moças brigaram? — Provocou Tristan sorrindo com Ária.

— Eu não ligo se vocês querem ou não, estou de saco cheio dessa pirraça de vocês. — Alana os olhava séria.

— Precisamos estar mais unidos do que nunca agora. Então se virem, e façam as pazes. \_ Continuou Yvaine irritada com a situação ridícula que estavam. Alana se virou para a garota novamente.

— Três quartos por favor. — A garota finalmente olhou para eles. E começou a encarar Alana com os olhos tediosos. Bem, Alana ainda estava banhada por sangue. Mas a garota deu de ombros, apenas pegou o dinheiro e os deram as chaves de cada quarto.

— Não transem na piscina. — Avisou ela voltando a olhar para o celular. Ária e Tristan riram do aviso. Darcel abriu um sorriso travesso, e Alana pode sentir o calor daquele sorriso.

— N-Nós não vamos — Avisou Yvaine um pouco constrangida.

E com isso, cada um foi para o seu quarto com sua dupla.

Darcel entrou no quarto depois de Ravi e se jogou na cama. Estava morto de cansaço. Ravi apenas se sentou no chão, no tapete. O silêncio pairou sobre o lugar, de forma constrangedora. Darcel olhava para Ravi sério, ele sabia que havia errado feio com Ravi. sabia que a culpa era totalmente dele por eles terem brigado. Mas não sabia como pedir desculpas, ele era orgulhoso demais.

— Vou ligar a tv. — Avisou Darcel se levantando para pegar o controle remoto. Ravi deu de ombros.

— Faça oque quiser. — Respondeu ele indiferente.

A intenção de Darcel ao ligar a tv, era que talvez o barulho dela quebrasse um pouco o gelo daquele quarto. Mas pelo contrário, não estavam fazendo efeito algum. O clima continuava tenso, e pesado. Oque Darcel poderia fazer?

Ele ouviu Ravi soltar um gemido baixo, quando foi ver, ele havia levantado a blusa que usava. Um corte de garra ficou a mostra, não era tão profundo, pegara de raspão graças aos céus. Ravi tentava fechar o ferimento com a luz solar amarelada que saia de seu dedo.

— Não vai funcionar assim — Disse Darcel. Ravi ficou um pouco surpreso, mas logo ignorou Darcel.

— Ei, eu disse que não vai funcionar. — Tentou Darcel novamente.

— Eu não pedi sua opinião. Cuida da sua vida Darcel.

Ele realmente estava bravo com Darcel, era raro ele falar assim. Mas, Darcel era teimoso, ele levantou da cama e agarrou Ravi pelo braço.

— Eu não quero sua ajuda! — Ravi puxou o braço com rapidez.

— Mas você precisa dela! Para de fazer birra cara. — Ravi riu sem humor.

— Agora eu tô fazendo birra? Você por acaso não tem espelho Darcel? Está agindo como um hipócrita. Ah, você sempre foi um como pude me esquecer.

Darcel poderia ficar irritado, poderia começar uma briga com Ravi e soca-lo e apanhar muito também. Mas, ele apenas estava ouvindo. Ele merecia ouvir, ele fora um idiota.

— Pode dizer tudo que quiser Ravi. Me xingue vamos lá. Eu sei que mereço, lembro bem oque falei a você. — Ravi negou com a cabeça sorrindo. Depois rapidamente se virou e deu um belo soco no estômago de Darcel. A dor fora tão forte que o fez se ajoelhar enquanto abraçava sua barriga.

— Merda, eu sei que mereço mas ainda dói. — Resmungou ele no chão. Quando levantou o olhar, viu a mão de Ravi estendida para ele. Darcel a agarrou e se ajeitou.

— Você realmente foi um imbecil. Sabia oque eu sentia em relação aos meus pais. E ainda assim, me disse aquilo. — Uma onda de culpa afogou Darcel fazendo seus pulmões pesarem.

— Eu...sin.. — Darcel tossiu tentando falar — Sinto...mui.. — Ele respirou fundo enquanto Ravi o olhava com uma cara estranha — M-Me...des...desculpe! Nossa! Que difícil.

— Isso foi doloroso de ver. — Disse Ravi estreitando os olhos. Eles ficaram se olhando por um tempo, e depois começaram a rir. Ravi entendeu aquele estranho pedido de desculpa, e ele conhecia Darcel. Sabia que era difícil para ele pedir perdão, ele foi criado assim. Foi criado para ser forte, e não um chorão.

— Mas na próxima vez que falar algo daquele tipo de novo, eu vou te quebrar ao meio — Disse Ravi. Darcel riu de leve e negou com a cabeça.

— Não vou falar aquilo novamente. Sei que seu pai, estaria muito orgulhoso de você. — Ravi se iluminou um pouco e sorriu grato.

— Valeu.

— Não me agradeça ainda — Darcel pegou no braço de Ravi e o fez sentar na cama— Me agradeça depois que ajudar com essa ferida.

— Pode me dar minha blusa? Quero coloca-la na boca para abafar os gritos. — Darcel riu e o deu a blusa. Ele também pegou uma garrafa de vodka e se aproximou.

— Ok vamos lá.

Darcel fez uma pequena chama azul em seu dedo indicador. Colocou Ravi deitado na cama, e quase riu ao ve-lo apertar os olhos enquanto mordia a camisa. Quando o fogo entrou em contato com a pele de Ravi, ele arregalou os olhos e agarrou os lençóis da cama gritando. Não era fácil mesmo ser metade mortal, e Darcel entendia isso. Mas ele tinha que fechar aquela ferida antes que se tornasse uma infecção terrível. Lentamente Darcel foi fechando a ferida de Ravi.

— Bem, agora o pior está por vir — Darcel mostrou a garrafa de vodka a Ravi, os olhos dele se encheram de lágrimas.

— Eu vou morrer — Disse entre o pano da camisa. Darcel riu um pouco. E quando despejou o líquido sobre o machucado de Ravi, ele gritou tão alto, que fez com que Darcel se lembrasse do grito da Équidna. Quando acabou, ele olhou para Ravi e o balançou.

— Já acabei. Acho que você vai sobreviver — Brincou ele. Mas Ravi estava de olhos fechados e parado.

Darcel o balançou mais uma vez, e nada. Ele havia desmaiado por causa da dor que sentiu. Darcel preferiu deixá-lo descansar, mas ele precisava cobrir a ferida de Ravi. Então saiu do quarto e foi até a recepção do motel, chegando lá encontrou novamente a garota punk bizarra. E ainda estava mechendo no celular.

— Preciso de uma caixa de primeiros socorros. Tem alguma por aí? — Indagou ele tentando ser paciente. A garota o olhou de cima para baixo com desinteresse. Depois abaixou e tirou uma caixa vermelha com uma cruz branca de debaixo do balcão. Darcel pegou, e antes que pudesse ir, viu uma loira conhecida com os pés na piscina.

— Pode deixar em cima do balcão, eu volto pra pegar. — Avisou ele, a menina nem deu ouvidos. Darcel foi até a piscina em passos rápidos, e se aproximou de Alana.

— Oque está fazendo aqui fora? — Indagou ele, Alana apenas o olhou séria.

— Estava sem sono. Oque você está fazendo aqui? — Perguntou ela voltando a olhar para a água da piscina.

— Fui pegar uns curativos para Ravi. — Alana assentiu. Darcel se sentou ao lado dela, se perguntava como não estava sentindo frio. Usava uma blusa colada sem mangas, e um short preto acima dos joelhos. Estava linda, ele tinha que admitir.

— Você mandou muito bem hoje. — Elogiou ele olhando para a água.

— Eu não teria conseguido sem vocês. E minha cabeça ainda dói pela baita pancada que levei. — Ela pensou que ele iria rir assim como ela estava rindo agora, mas ele apenas segurou o rosto dela com as duas mãos enquanto olhava para sua cabeça.

— Não vejo machucado, quer algum analgésico? — Alana se afastou dele um pouco desconcertada.

— Quem é você? O Darcel que conheço estaria rindo de mim na certa. — Ele revirou os olhos.

— Nem sempre sou um idiota ok? As vezes o mestre tem que dar uma pausa nas brincadeiras.

— O mestre? — Indagou ela com sarcasmo. Depois riu um pouco. O silêncio pairou, mas de uma maneira boa. Até ela dizer:

— Sinto falta de Anna. — Darcel a olhou abraçando os joelhos — Também sinto falta de Terry e da lanchonete dele.

Ela sorriu ao se lembrar de várias coisas que fizeram juntos.

— Se eu soubesse que um dia teria que deixá-los, eu teria aproveitado mais cada momento. — Em seu coração, ela realmente sentia falta dos seus amigos. Sim sua memória havia voltado, mas não significava que tudo que ela tinha vivido no mundo mortal havia sido apagado. Mas é claro que não.

— O mesmo é comigo em relação a você — Alana o olhou curiosa — Nove anos se passaram sem eu tê-la perto de mim.

— Pensei que me odiasse.

— Eu me esforçava para odiar você. Eu sempre tentava culpar você por tudo, porque era uma maneira de esquecer o quanto eu te amava. Eu odiava você mais ainda porque amava você.

Ele riu como se fosse um idiota. Mas não era, ele não era um idiota. Alana mordeu o lábio.

— Você deve ter sofrido muito Darcel. Me perdoa por tudo que fiz. Se nós não tivéssemos ido aquela festa...

— Se nós não tivéssemos ido — Ele segurou a mão dela fazendo-a o olhar — teríamos sido pegos em outra situação. Não por culpa sua, mas porque era para ser. E eu demorei muito para entender isso.

Alana não conseguiu evitar que uma fraca e solitária lágrima rolasse pelo seu rosto. Darcel a limpou com seu dedo e beijou o local.

— Prometo que irei acertar as coisas — Resmungou Alana a Darcel.

— Você já me prometeu isso, e eu sei que vai. Sei que é capaz de fazer qualquer coisa. — Finalmente ele a dera um selinho demorado nos lábios rubros. Quando se afastou se assustou um pouco com os olhos de Alana.Ficaram rosa.

— Alana seus o..

Ela o beijou novamente, agarrando-se mais a ele. Desta vez, não era um selinho, ela invadiu a boca dele com sua língua, e por mais que ele tentasse resistir a ela, ele cedeu completamente aquele beijo. Deitou Alana no chão de pedra da piscina ficando por cima dela. Ele agarrou a cintura dela com uma das mãos enquanto beijava-a com fervor e excitação. Alana envolveu seus braços pelo pescoço de Darcel enquanto arfava aos apertos da mão forte de Darcel sobre sua cintura.

Ele precisava parar, precisava deixa-la, mas era viciante. Ele sentia um desejo incontrolável por ela, queria devora-la. Suas mãos subiram para a barriga dela, adentrando a blusa de Alana. Ela trocou as posições com rapidez ficando por cima dele, enquanto ele beijava o pescoço dela. Beijos úmidos e quentes no maxilar, depois para o torço dela. Ela tremia ao toque dele, Alana voltou a beijar os lábios ágeis de Darcel sem se cansar nunca do gosto delicioso que eles tinham. E quando sentiu Darcel abrir o sutiã dela, um barulho estrondoso fez com que se separassem. Raios e trovões.

Darcel olhou-a com um sorriso no rosto.

— É melhor não continuarmos se não quisermos que São Francisco fique em ruína. — Os cabelos de Darcel pegavam fogo assim como seus olhos. Os trovões e relâmpagos estavam fortes, Alana riu pelo estrago que estavam fazendo.

— É melhor entrarmos, eu vou ir primeiro. Não gostaria de ser atacada no caminho de volta. — Disse Alana. Darcel sentou com ela em seu colo.

— Eu te atacaria em qualquer lugar — Ele disse com os olhos escuros de desejo. Alana o beijou mais uma vez, mordendo seu lábio inferior. Antes que Darcel pudesse agarra-la mais uma vez, um raio caiu perto no meio da rua fazendo um estrondo horroroso. Ambos se assustaram e se afastaram.

Ravi abriu os olhos devagar meio tonto. Ele sentiu um pouco de dor na barriga, mas não era tanta assim, era suportável. Ele viu que estava sozinho no quarto, e que a tv estava ligada ainda. Onde o Darcel foi?

— Aí — Resmungou ao levantar por causa do machucado. Ele olhou no banheiro e Darcel não estava lá também.

— Ué, onde ele poderia ter isso?

Um relâmpago estrondoso fez com que faltasse luz e que Ravi gritasse de susto com o barulho.

— Aii que medo. — Resmungou ele criando uma esfera amarelada de luz. Depois no meio do silêncio ouviu um barulho, ele arregalou os olhos olhando de lá para cá.

— Que barulho foi esse? — Indagou tremendo. E antes que pudesse fazer mais alguma coisa, mais um relâmpago acendeu os céus fazendo um barulho horrível.

— Que porcaria! Cadê o Darcel??!

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Comments

Ramilsa Lima

Ramilsa Lima

mulher gue demora atualiza

2023-01-28

0

Ramilsa Lima

Ramilsa Lima

😂😂😂😂😂😂😂 misericórdia Ravi medroso os gemeos são doidos Kkk Kkk. autora atualiza com mas frequência gata fico ansiosa esperando

2023-01-16

0

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