capitulo 7 ( O lago das almas )

Agora, Alana estava no escritório da deusa Atena, e junto com ela, estavam Ravi, Yvaine e Darcel, que com certeza não estava nem um pouco feliz de estar ali. Ele voltou para casa de madrugada, fora cauteloso e não fez barulho algum, parecia ser um mestre nesse tipo de coisa. Mas, como ela passou praticamente a noite toda na varanda, ela o viu chegar.

Estava fedendo a álcool e seus olhos estavam vermelhos.

Ela se perguntou se ele estava chorando, ou pelo menos se havia chorado, mas tirou rapidamente essa ideia da cabeça, Darcel não parecia ser assim, não parecia ser do tipo de homem que chorava.

— Por que eu tenho que estar aqui? — Indagou Darcel com os braços cruzados e relaxado como sempre.

— Alana está morando na sua casa, e Atena foi bem clara quando disse para todos nós virmos — Explicou Ravi com uma seriedade intensa na voz.

Darcel revirou os olhos. Um clima muito estranho e pesado estava presente entre os dois, desde a briga da noite passada. Óbvio, depois do que Darcel disse a Ravi, Até mesmo Alana estava possessa com ele.

Antes que pudessem dizer mais algo, a porta se abriu e a deusa que Alana mais admirava, entrou com toda a sua confiança. Atena era alta, seus cabelos eram um castanho avermelhado invejável, seus olhos brilhantes e como café. A sua aura era poderosa e passava um poder muito grande. Ela usava uma túnica branca, com um cinto dourado em seus quadris, e usava sandálias de ouro puro.

Ela se senta de frente para os jovens, e pôs os braços sobre a mesa os encarando.

— Então, podem começar a falar. — Alana engoliu seco. Eles se olharam indecisos, mas Yvaine tomou a frente da situação.

— Alana é nossa...prima distante. É filha de Thor e...

— Yvaine te treino a anos e sei que está mentindo para mim, só não sei o por que deveria fazer isso. — Era a vez de Yvaine engolir seco. Atena era a deusa da sabedoria, era óbvio que não iria ser enganada fácilmente.

— Atena, nos desculpe por mentir, mas não podemos dizer quem Alana é, e o por que de estar aqui. Mas juramos que é para o melhor de todos. — Explicou Ravi da melhor forma.

Darcel estava sério, não dizia nada e estava olhando para o nada também. Estava pensativo demais.

— Se não podem me dizer, eu espero que estejam preparados para a sua retirada dos acampamentos.

Ela falou com uma serenidade na voz, mas ainda passou sua autoridade e poder.

— Estamos preparados, vamos aceitar qualquer julgamento. Mas peço para que não diga nada a ninguém sobre Alana. —Embora a voz de Ravi tivesse soado firme e decidida, era perceptível que ele estava triste, ou até mesmo decepcionado. Ele amava o acampamento dele, e Yvaine também amava o dela, mas estavam dispostos a deixá-los de lado por sua amiga.

E Alana não podia deixar que sacrificassem oque mais gostavam assim, não por sua causa, por um erro que ela cometeu por não ter cautela.

— Não vamos sair do acampamento.

Não só Alana, mas todos olharam para Darcel, que finalmente ousou se pronunciar. Ele ficou de pé, estava sério, mas não parecia estar bravo. — Temos bons motivos para ter trago essa...garota aqui.

Sua voz saiu meio ríspida aos ouvidos de Alana ao se referir a ela, mas não se importou.

— Eu adoraria ouvir os motivos, e saberei se estiver mentindo para mim.

Ravi e Yvaine olharam com desespero para Darcel, quase implorando para que ele não falasse nada. Mas Darcel estava empenhado nisso, estava mais que decidido.

— Alana não é filha de Thor, ela é a filha de Zeus. A filha perdida de Afrodite, Araceli.

Alana se virou para ele atordoada, e Atena também parecia estar assim por um breve momento. Como assim Araceli? O nome dela era Alana, ela era a Alana... não era?

Atena a encarou como se pudesse ver sua alma, mas ela não desviou o olhar nem uma vez se quer. De novo, parecia um convite interessante para ver quem iria desviar o olhar primeiro.

Mas não durou muito, Atena abaixou sua cabeça, e soltou uma risada alta e animada. Por um momento Alana ficou assustada, assim como Darcel e os outros. Nem em seus sonhos mais loucos pensou em ver aquela expressão no rosto de Atena. Um ligeiro sorriso apareceu em seu rosto quando ela levantou a cabeça.

Obviamente Alana estava confusa.

— Você retornou Araceli,

finalmente retornou. — Ela se levantou e foi em direção a garota— Sua mãe gostaria de vê-la com certeza, está tão crescida!

Ela estava tão surpresa, que não conseguia dizer nada, estava tentando assimilar as coisas. Atena a abraçou forte, e ela retribuiu o seu abraço firme e quente. Ela olhou de relance para Ravi, que a deu um leve sorriso condizente, meio nervoso também. Yvaine está sorrindo também, e Darcel...bem, estava sério mas com uma expressão suave.

— Araceli, eu sou sua tia Atena, Não se lembra de mim? — Havia um pouco de esperança no rosto dela, e Alana se sentiu mal por acabar com isso. Ela não se lembrava de nada, nada sobre seu passado.

— Eu... não lembro, me desculpe.

Respondeu ela da maneira mais suave que conseguiu. Atena se afastou um pouco mas ainda se manteve sorridente, como se oque Alana tivesse falado, não a tivesse afetado.

— Como sabia que Alana era...bom, Araceli, sua sobrinha? — Indagou Yvaine com os olhos brilhando de curiosidade.

— Eu sou a deusa da sabedoria, não pensaram que fossem me enganar assim com facilidade? — Ravi e ela trocaram pequenos sorriso constrangidos — Foi eu que a enviei para o mundo mortal.

— Por que não ficou ao lado de Zeus? Ele é seu...pai. — Indagou Alana, fazendo Atena suspirar.

— Já passou da hora de Zeus ser tirado do trono. Ele não merece mais estar lá, só faz oque lhe dar prazer, e tem esquecido dos seus seguidores. Usa a crueldade como divertimento.

Ela falava claramente com uma carga de decepção na voz.

— Eu estou aqui para acabar com isso. Eu vou tira-lo do trono assim como a profecia de Gaia decretou. — Um sorriso orgulhoso se passou pelos lábios de Atena.

— Araceli, você não vai conseguir derrota- lo se não...

— Controlar meus poderes. — a impediu de terminar. Atena negou com a cabeça como se Alana estivesse lhe dito algo errado.

— Se não saber quem realmente é. Se não se lembrar Araceli.

Ela ficou tensa e pensativa. Aqueles pesadelos...ela já os tiveram antes quando estava no mundo mortal, eram os pesadelos que a impediam de dormir bem. Era fleches de luz, embaraçados há imagens turvas, que não faziam sentido algum. Mas, era lógico que a não sabia do que se tratavam aquelas imagens, ela não sabia de nada.

— E como conseguirei as minha memórias? — Perguntou se aproximando da deusa.

— Eu as tirei, então eu as devolverei. Mas, você deve fazer a sua parte também. Sei que você tem sonhos Araceli, e também sei que os evita. Pare de evita-los.

Seus olhos eram intensos, tão intensos que a faziam prender a respiração inconsciente.

Alana engoliu em seco. Como ela sabia? Alana temia o seu passado, ao mesmo tempo que ficava curiosa com ele, ela tinha medo de ver algo que não queria. Podia sentir o olhar de Darcel queimando sobre seu corpo, ele com certeza sabia de tudo, todos ali sabiam sobre ela. Mas, era algo que ela mesma tinha que fazer. Talvez, a única razão de não conseguir controlar os poderes que tinha, fosse porque ela não os aceitava.

Mais uma vez, ele acordou ofegante e molhada de suor, com uma sensação de pavor espalhada pelo peito. Mais uma vez os pesadelos a atormentaram. Alana segurou os lençóis com força e apertou as pálpebras dos olhos tentando controlar a respiração descompassada.

— Você tem que parar de temer o seu passado. Deve abraça-lo para conseguir ter seu futuro Alana.

Com o susto pela voz repentina, Alana se virou para o lado e viu Yvaine. Ela estava sentada em uma poltrona ao lado da cama onde Alana estava deitada. Usava calças de couro e botas pretas cano alto, uma blusa preta e uma jaqueta vinho de couro por cima, parecia uma caçadora.

Seu cabelo estava preso em uma trança boxeadora que acentuava as maçãs de seu rosto.

— Por que está vestida assim? — Indagou Alana limpando a

testa soada com seu ante braço, e ignorando o fato bizarro de Yvaine a ter observado dormir.

— Nós vamos ao lago das almas, fica dentro da floresta onde sua mãe costumava a ir. É quase proibida, já que é o lar de muitas ninfas das montanhas, e elas não são muito conhecidas por serem dóceis.

Ela respondeu e se levantou depois de arrumar sua jaqueta. Ansiosa, Alana jogou os lençóis para o lado e se levantou também.

— Eu...Yvaine, por que me chamaram de Araceli?

— Porque este é seu verdadeiro nome. Araceli, altar do céu. É oque significa. — Ela a ofereceu um sorriso travesso, como se o nome verdadeiro de Alana fosse a coisa mais maneira do mundo. Como se ela devesse se orgulhar dele.

— Araceli... — repetiu ela num sussurrou, antes de olhar para Yvaine novamente — E eu também devo me vestir desse jeito? — Indagou apontando para as roupas de Yvaine, ela riu antes de negar com a cabeça.

— Não, você deve usar menos roupa possível. E para não ter que ficar nua, você usará apenas uma túnica de cetim e ceda. O pano mais leve daqui. — Alana assentiu constrangida com o pensamento de ficar nua na frente de todos.

Yvaine a contou mais sobre Atena e suas conquistas, apesar dela já conhecer a maioria delas. Parecia pela lógica, Alana era uma... sobrinha/irmã da deusa, oque era difícil de explicar e entender. No Olimpo, havia muito sobre incesto, e era algo completamente normal para os deuses, então era complicado dizer algo sobre laços familiares. Mas, com toda a certeza, Atena a considerava uma sobrinha, uma sobrinha amada.

Quando Alana entrou na banheira redonda e desnecessáriamente grande, e com água quente com sais e ervas, Yvaine começou lavar seus cabelos delicadamente com todo o cuidado. Ela percebeu que quando estava em sua verdadeira forma, eles ficavam muito maiores, e de certa forma a deixavam mais...bonita. Pelo menos fora oque Ravi a dissera. E ao que parecia ele era seu primo também, oque tornava tudo mais estranho. Alana não gostava de pensar em laços familiares, então apenas procurava esquecer pensamentos como este. Ravi era seu amigo e pronto, apenas seu amigo.

Se bem que algo a incomodava em relação a Ravi e Darcel.

— Yvaine.

A chamou enquanto a sentia massagear seus cabelos.

— Diga.

— Quando Ravi brigou com Darcel, ele quase não teve ferimentos, e Darcel por outro lado, estava muito mais ferido. Como isso pode fazer algum sentindo?

Fora alto o suspiro que escapou dos lábios dela antes de começar a explicar. Será que perguntei em uma hora errada? Ou ela não queria responder?

— Darcel não é fraco. Darcel é mais forte do que nosso próprio pai — Alana não conseguiu não arregalar os olhos com a revelação — e como é irreparável e imaturo, Darcel não pode ter seu poder total. Ele destruiria o submundo com seu temperamento difícil.

Então para evitar isso, nosso pai arrancou metade de seu poder. E é por essa e outras razões que ele o odeia.

Ela ficou pasma com a tranquilidade que Yvaine contava as coisas como se não a afetasse em nada. E também ficava pasma com o fato de Darcel ser mais poderoso que o próprio pai, Hades, deus do submundo, mundo dos mortos. Darcel era incrível com os poderes e era muito habilidoso, e apenas só possuía metade deles Ela se perguntava como não poderia teme-lo quando estivesse com sua magia por completo.

Sem mais perguntas e questionamentos, Alana colocou a túnica que Yvaine avia a dito. Ela era fina e tão leve que parece que realmente estava nua. Seus detalhes na bainha eram dourados, e o pano era branco como neve, e tinha uma leve fenda no busto.

Yvaine penteou os cabelos rosados dela, e os deixou soltos escorridos por seus ombros.

— Está pronta. Vamos. — Alana a deu um sorriso nervoso e se levantando da cadeira se dirigindo a porta. Saiu do quarto junto com Yvaine, e fracamente pôde ouvir algumas vozes da sala de estar.

 ~~~~~~

Estavam discutindo com Atena sobre levar Alana em segurança para o lago das almas. Para Darcel, era uma perda de tempo, se ela se garantia como dizia irritantemente, deveria ir sozinha para provar a sua força. Se conseguisse chegar até lá e sobreviver para contar história, ele a odiaria menos, talvez por saber que ela não conseguiria.

Ele não falaria isso a Ravi, ele já estava irritado o suficiente com ele, e Darcel não o julgava, ele tinha todo o direito.

Ele o disse coisas desnecessárias demais, não só desnecessárias, mas dolorosas também, e se sentia estupidamente culpado por aquilo. Ravi era seu melhor amigo, e desde quando tudo aquilo aconteceu...ele sempre esteve ao seu lado, e ao lado de Yvaine.

— Então está decidido, assim vamos fazer. — Diz Ravi calmo. Atena abriu a boca para concordar, mas fechou ao olhar para o corredor, e depois sorriu.

— Araceli, está linda querida —

Darcel olhou para o lado e deu de cara com Alana. Ele podia perceber que ela estava, envergonhada e isso era mais que nítido. já que suas roupas eram um tanto... Simples demais?

E por mais que ele quisesse negar, ela estava extremamente atraente com elas. Seu busto a mostra o fazia apertar os punhos com a pecaminosa vontade de senti-lo em contado com seus dedos.

Ele era um imbecil, se xingou internamente por ter esses tipos de pensamentos. Alana era sua inimiga, por causa dela ele e Yvaine cresceram sem sua mãe, e por tal ele passou a odiar o pai. Ele perdeu muito. Oque jamais gostaria de perder.

Se ela não tivesse nascido, se...essa maldita profecia não fosse real...tudo seria diferente.

Ele a praguejava com toda sua alma.

— Obrigado por ajuda-la a se vestir Yvaine. — Agradece Ravi e em troca ela sorriu dando de ombros.

— Foi um prazer ajuda-la, ela é minha amiga.

Darcel revirou os olhos descaradamente, Yvaine nunca aprendia a lição sobre amizades. Já deveria estar ciente do que certas amizades traziam, e ele não estava se referindo a coisas boas.

Sem mais conversa e enrolação, Atena os deu cavalos belos e rápidos o suficiente para serem chamados de sobrenaturais. Mas, Darcel negou a gentileza da deusa não de uma maneira tão educada, ele preferia usar sua moto preta, o modelo cb250t. Ele dizia que era seu maior tesouro, era louco por ela. E ele realmente pretendia mesmo sair com ela, oque não era muito inteligente porque estavam indo para uma floresta. E com louvor Atena o proibiu, ele não podia usá-la no mundo dos deuses. Era inadequado.

Apesar de ficar irritado, Darcel obedeceu, mas era claro, quem ousaria discutir com a deusa Atena?

Atena subiu em seu cavalo e os outros fizeram o mesmo com os outros, todos, menos Alana.

— Nós poderíamos ir andando? Não deve ser tão longe. — Sugeriu a garota se afastando do bicho com as mãos levantadas.

— Não podemos ir andando, estamos em uma corrida contra o tempo. — Responde Atena agarrando bem as rédeas do cavalo.

— Oque foi Alana? — Indagou Yvaine arqueando uma sobrancelha, enquanto via o semblante contraído de Alana.

— Eu... não sei montar.

Alana nunca teve a oportunidade de montar alguma vez, e sempre teve medo de animais grandes. Não que fossem feios ou assustadores, eram uma beleza surreal para ela, mas os achar belos e ter contato com eles eram coisas diferentes.

— É claro que ela não sabe — Riu Darcel debochando da garota. Ela o encarou com irritação.

— Me desculpe se não fui criada como você Darcel, mas não é minha culpa.

— Você é culpada por coisas que nem tem ideia. — Rebateu ele com rispidez.

— Já chega — Interveio Ravi — Alana, pode subir no meu cavalo, eu te levo comigo.

Ravi estendeu a mão para ela, e com um aperto no coração, Alana montou no cavalo com a ajuda de dele, meio desajeitada e com medo ela o segurou com força.

Yvaine os olhava séria, com seu olhar caído e descontente.

Ela apertou os punhos envoltos na rédea do cavalo.

— Agora vamos. Tenho certeza que chegaremos rápido. — Assegurou Atena.

E lá foram eles, com cuidado e cautela, foram para não serem notados pelos moradores e deuses do Olimpo.

Na caminhada, Yvaine e Ravi trocavam olhares misteriosos, e disfarçavam da sua melhor maneira, e Darcel e Alana não ficavam para trás nisso também. Darcel a hipnotizava com seus olhos profundamente azuis, ainda que ele a irritasse muito. Ela tinha que admitir, ele e era digno de ser filho de deuses, parecia que fora feito com uma perfeição absurda. Nunca vira um homem tão lindo e tão estúpido. Por que seu rosto era tão alinhado? Por que seus lábios pareciam tão macios e viciantes? Por que seu corpo tinha que ser tão bem esculpido e torneado?

Ele era irritante apenas por ser bonito. Imbecil imprestável.

E depois da não tom longa viajem, conseguiriam chegar ao local destinado. Passaram pela floresta e podiam sentir olhos em cima deles. Dezenas de olhos. Estavam sendo observados, não só pelos animais, mas... também por outras coisas.

Alana estava impressionada. Como um lugar podia ser tão belo? Árvores altas com frutas, algumas continham flores tão belas, que jamais seriam vistas pelos mortais. Ela não sabia dizer se era tão sortuda, ou tão azarada. Mas aproveitava a bela vista privilegiada que tinha.

O lago era belíssimo, as águas cristalinas brilhavam a luz do sol. Era tão limpo que podia se ver o fundo com facilidade. Haviam pedras com musgos, e algumas flores cresciam dentro da água. Era um lago pequeno rodeado por grama verde fresca, e algumas pedras pontudas.

— Que lugar maravilhoso. É... exuberante. — Disse Alana com um sorriso enorme no rosto. Ravi sorriu concordando também.

— Sua mãe a trazia aqui sempre que podia — devíamos ter...crescidos juntos.

Respondeu Ravi com seu olhar baixo. Alana não fez nenhuma pergunta. Suas respostas estavam naquele lago, e por mais que temesse, ela precisava saber. Precisava enfrentar tudo com a cabeça erguida e com o coração preparado.

— Está pronta? — Indagou Atena a ajudando a sair de cima do cavalo.

— Eu...vou fazer o meu melhor. Sei que conseguirei minhas memórias de volta.

— Você vai conseguir. — Reforçou Atena a dando seu apoio.

Darcel estava tão nervoso, e Yvaine sabia o por que. Ele tinha dito muitas coisas a ela quando pequeno, coisas que ele queria esquecer, coisas que ele ainda sentia por mais que mentisse para todos e para si mesmo. E seria extremamente irritante ela ter vários motivos de bandeja para infernizar e provocar ele.

— Antes que entre, me deixe trazer de volta sua aparência real. — Disse Ravi pegando na mão de Alana antes que ela pudesse colocar os dedos dentro das águas.

— Está bem.

Ravi segurou o rosto da garota com as duas mãos que fechou os olhos. Ravi passou sua magia leve para Alana, então ela pode sentir seu cabelo bater em suas panturrilhas e seu corpo formigar um pouco.

Darcel não conseguia desviar o olhar, estava diante da mulher mais linda que já vira em toda a sua vida. E óbvio que não admitiria isso, ele não era idiota.

Alana agradeceu e se separou de Ravi depois que ele a soltou.

Trêmula e agitada, Alana entrou devagar no lago, sentindo uma paz refrescante ao sentir a água fria em contato com sua pele. Atena entrou junto com ela segurando a sua mão com certa força, poderia estar temendo algo? Ela não sabia dizer.

Quando a água chegou a sua cintura, ela se deitou e começou a boiar com a ajuda de Atena. Era bom ter ela por perto, se sentia mais segura com sua presença. Os cabelos ficaram espalhados pelas águas daquele lago, os deixando mais belos do que nunca. Ela esticou seus braços e juntou suas pernas, ela estava ansiosa, queria ver suas memórias, queria tê-las novamente, queria entender seu passado.

Atena foi para atrás de Alana e segurou sua cabeça com as duas mãos.

— Alana, não resista, não quero que sinta dor. E também não quero que perca suas memórias para sempre. Você precisa aceitar o seu destino e seu passado, pois seu futuro depende de ambos. Você precisa saber como tudo aconteceu. — Avisou Atena. Alana respirou fundo enchendo os pulmões de ar.

Sim, ela estava pronta para encarar seu passado. Escolheu estar ali, e não voltaria atrás.

— Faça, eu estou pronta.

Atena assentiu. Suas mãos começaram a brilhar levemente, ela franziu o cenho concentrando-se em devolver cada parte de suas lembranças. Atena fechou seus olhos e Alana já estava desmaiada quando a água começou a brilhar em volta dela, seu corpo foi tomado por água. Foi então que Atena sentiu que ele estava pronta, que já podia deixá-la.

Ela tirou suas mãos da cabeça da garota e empurrou seu corpo para dentro da água a fazendo afundar complemente, enquanto estava inconsciente.

Atena saiu da água deixando Alana apenas com o lago cintilando.

— Isso não é perigoso?

— Não, não é, isso se ela não resistir.

— Atena!

Gritou Yvaine nervosa.

Atena se virou para ela, e então relaxou ao ver oque já esperava.

— Não as deixem se aproximar de Alana!

Grita Ravi fazendo um arco e flecha com sua magia rapidamente.

Yvaine e Darcel acenderam seus punhos com seu fogo azul e entraram em posição de batalha.

— Parem agora! Elas não vão machucar ninguém, estão aqui para abençoar Alana!

Grita Atena olhando para os jovens. Eles a olharam confusos mas não demoram para fazer oque ela havia ordenado.

— Se afastem.

Todos se afastam rapidamente para longe das ninfas que se escondiam no meio das árvores. Eram lindas cada uma de seu jeito. Mas todas com as cores da primavera, as marcas de flores e desenhos por suas peles.

Elas perceberam que estavam fora de perigo e então resolveram se aproximar lentamente. Algumas subiam nas pedras perto do rio, outras ficaram na grama e outras mergulharam no lago.

— Oque vão fazer? — Perguntou Ravi sem conseguir tirar os olhos das ninfas.

— Apenas observe.

Uma melodia doce e calma começou a ser cantada pelas ninfas. As ninfas das pedras passavam sua energia pelas roxas, as outras passavam pela grama, e as outras pela água. Todas com seus olhos fechados e movimentando suas mãos. A luz ao redor de Alana ficara mais forte, e muito mais brilhante.

E então, suas memórias foram ativadas.

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