A festa rolava, mas Ares e Zeus estavam com duas crianças presas, prontos para destruírem suas vidas.
Eles foram até Hermes o deus viajante e o pediram para que usa-se seu cetro para os enviarem até a fortaleza de Atena. Ele aceitou prontamente temendo desafiar seu pai, mesmo que não quisesse. Então a magia os sugou para dentro de um portal, e por seguinte já estavam na mansão de Atena.
Zeus não convocou ninguém, um exercito ou algo do tipo, ele faria tudo com as próprias mãos, Hermes e ares estavam ao seu lado para lhe dar algum suporte. Mas fora isso, Já havia cansado de esperar.
Eles estavam no jardim da fortaleza, e antes que pudesse finalmente entrar, Perséfone se fez presente com um semblante de raiva.
— Você não vai passar daqui! — Zeus a olhou espantado.
— Mais uma filha minha me traiu?! Perséfone saia do caminho, não quero machuca-la também. — Sua voz saiu como um rugido amedrontador.
— Não! Não o considero como pai, muito menos como líder! Você é a escória mais suja que poderia existir! — Duas espadas com flores negras apareceram nas mãos de Perséfone e ela fez posição de batalha. Mesmo sabendo que ela não tinha chances contra Zeus, ela iria lutar, lutaria pelo que acreditava.
Perséfone correu e pulou em cima de Zeus tentando dar seu primeiro golpe, mas ele desviou e jogou um de seus raios nela. Perséfone por pouco conseguiu sair de pressa, o raio queimou de leve seu braço, mas nada que pudesse para-la.
Zeus usou sua rapidez para lhe dar um tapa tão forte que a fez voar contra uma árvore que se partiu ao meio.
— Mãe!! — gritou Darcel correndo até a mulher. Perséfone arregalou os olhos ao ver seu filho ali, com as mãos amarradas e machucado.
— Darcel? Onde você estava? Onde está Araceli? — Darcel chorava desesperadamente no colo de sua mãe.
— Isso é culpa dela mãe! É tudo culpa dela!
Zeus se aproximou e os prendeu em uma cúpula de raios que crepitavam sem parar. Perséfone usou suas espadas para tentar sair, mas era inútil. Ela e Darcel observaram Araceli e os outros entrando na mansão. Gritava tentando alertar, mas sua voz era abafada pelos raios.
— Isso é culpa da Araceli mãe, eu disse que não devíamos ir a festa. E ela contou tudo a Zeus! Ela disse tudo a ele!
— Não... não pode ser possível. Ela não faria isso. — Negava-se a acreditar no que o próprio filho falava. Elas a ensinaram tudo, a explicaram tudo, então como ela poderia ter feito tal coisa?
Zeus invadiu a mansão e logo encontrou Afrodite e Atena dentro do local, ele sorriu pavorosamente para elas. Mas parecia que elas já esperavam vê-lo, ambas estavam armadas. E Zeus quando olhou para Atena, sentiu um aperto no peito, que depois foi tomado por ódio, raiva e rancor.
— Devolva minha filha.— Ordenou Afrodite.
— Nossa filha você quer dizer. — Ele rebateu. Afrodite levantou sua lança.
— Ela é minha!! Vou acabar com você se a machucar.
A luta começou naquele momento, Afrodite avançou para cima de Zeus que jogou um raio nela a fazendo voar e bater contra parede. Depois Atena tentou ir para cima dele, e Ares interviu.
— Essa é minha chance de acabar com você finalmente. — Ares sorriu.
— Irmãozinho, não se cansa de se humilhar? Sabe muito bem quem está acostumado com o segundo lugar.
Ares a olhou com mais fúria depois tentou dar um soco nela. Atena se afastou e se preparou para atacar.
Zeus foi até Afrodite e a agarrou pelos cabelos.
— Você será punida da pior forma possível!
Uma boa de fogo atingiu o local fazendo todos se abaixarem. Fogo azul se espalhou por todo o lugar. Atena aproveitou e pegou Afrodite e Araceli e saiu da mansão indo até o jardim..
— Hades! — Exclamou Atena.
— Atena, fuja com Araceli, Zeus não vai parar até pegar as duas. Araceli é a nossa salvação, a prioridade. — Atena olhou para Afrodite que estava abraçando sua filha desmaiada com os olhos marejados.
— Ele tem razão. Rápido, leve ela embora. — A voz dela estava trêmula, ela dizia uma coisa, mas apertava o corpo da menina tão forte, que estava claro que não queria solta-la.
— Leve ela embora! — gritou Darcel choroso — Não quero vê-la nunca mais.
— Não diga isso Darcel, deve haver uma explicação para tudo. Atena vá, vamos atrasar Zeus. — Disse Hades.
— Está bem. — Atena foi andando até Afrodite e pegou a garotinha nos braços, os olhos de Atena estavam marejados assim como os de Afrodite.
— Ela vai voltar. Na hora certa, ela vai voltar. — Assegurou Atena, e depois saiu correndo entrando na floresta que ficava ao lado do jardim.
Zeus, Ares e Hermes já estavam de pé, e foram para o jardim.
— Vamos lutar. — Se preparou Perséfone. Hades segurou seu braço com os olhos arregalados.
— Fuja também Perséfone! — gritou ele.
— Não! Estou cansada de tudo isso, eu vou lutar pelo que acredito! Esse é meu desejo, e você respeitará ele.
— Perséfone por favor.... — Insistiu ele.
— Hades, já tomei minha decisão. — ela juntou a testa com a dele — Cuide de Darcel.
Atena corria com Araceli nos braços ouvindo trovões e relâmpagos. Todo seu esforço estava indo por água abaixo, e no fundo talvez, ela já esperava que aconteceria algo assim.
Quando chegou no topo de uma colina afastada. Ela colocou o corpo da menina na grama e começou a conjurar um feitiço. Marcas douradas e brilhantes apareceram ao redor do corpo de Araceli ainda desacordada. Atena entrou no circula que se formara e segurou Araceli nos braços novamente.
A luz ficou cada vez mais forte, mudando a paisagem do local, distorcendo tudo ao redor.
E como um fleche rápido de luz, o olimpo não estava mais a sua frente, não havia nada mágico. Haviam apenas carros e uma cidade iluminada.
Uma cidade de mortais.
Atena havia ido para São Francisco, e estava de frente para um velho orfanato.
— Eu sinto muito Araceli. — Atena colocou o corpo desacordado da menina na varanda do orfanato. Depois pôs as mãos sobre a cabeça dela e arrancou todas as memórias dela junto com a cor de seu cabelo rosado.
— Nos veremos em breve, assim eu espero.
Então, fora assim que tudo havia acontecido? Era tudo culpa dela...o cenário começou a se encher de água quase embaçando a visão de Alana
Não! Ela não queria parar ali, devi ter mais alguma coisa! Ela queria ver mais!
Alana começou a lutar com todas as suas forças para enfrentar as águas e chegar de novo para ver mais do cenário.
E enquanto isso Atena, Darcel, Ravi e Yvaine a esperavam no lago. Mas a cor dele havia mudado, ficando cinza, as ninfas se afastaram com uma expressão neutra no rosto.
— Oque está acontecendo? Por que elas estão indo embora? — Perguntou Darcel meio nervoso. Pela expressão de Atena, não era coisa boa.
— Ela está lutando contra o lago, ele já a mostrou oque deveria ver, mas ela está indo profundo demais. Está se afogando. — Atena se aproximou mais do lago o olhando com uma expressão sombria.
— Temos que tirá-la de lá! — Exclama Ravi.
— Não podemos, assim como ele pode devolver memórias, ele pode tira-las também. Não tem como invadir as memórias de outra pessoa, Araceli tem que lutar para sobreviver agora. — A voz de Atena tremia.Todos estavam temendo a morte de Alana. Darcel cerrou os punhos.
— Não vou ficar parado aqui vendo ela morrer. — Ele disse com convicção. Todos o olharam com dúvida.
— Darcel, você não vai fazer oque estou pensando que vai não é? — Peguntou Yvaine já sabendo a resposta.
Darcel respirou fundo.
— Vou trazê-la de volta.
Darcel começou a correr até o lago.
— Darcel pare!
Gritou Ravi correndo para segura-lo, mas já era tarde demais. Darcel já havia pulado dentro do lago. Várias imagens apareciam em volta dele, mas ele não podia perder o foco, pois lá embaixo quase no fundo, ele podia vê-la. Alana desacordada. Algas prendiam seus pés e suas mãos a puxando para baixo, pareciam querer comsumi-la, aprisiona-la.
Darcel logo se apressou nadando mais e mais para o fundo. Até chegar em Alana.
Mas assim que tocou nela, sua mente foi invadida por tudo que Alana estava vendo. O sátiro a dando doce e depois se transformando em Zeus. Lembranças de quando brincavam juntos, depois lembranças de Afrodite cantando para ela dormir. Lembrança do orfanato e da lanchonete, tudo estava se misturando e parecia que ele iria ficar louco, a cabeça começou a doer, e ele estava perdendo as forças...
Não! aquele lago não o enganaria, não o prenderia ali, nem ele, nem Alana.
Darcel resistindo as memórias que apareciam a sua frente, com força arrebentou as algas e tirou Alana de perto delas. Ele a balançou mas nada de acordar. Estava se afogando com certeza.
Com desespero Darcel colou seus lábios nos dela passando seu ar para ela. E com o tempo, lentamente Alana foi abrindo os olhos, se surpreendeu quando viu Darcel, quando entendeu oque ele fizera e onde estava.
Ele olhou no fundo de seus olhos, agora ele sabia uma pequena parte da verdade...e estava com um enorme alívio ao vê-la acordada.
Não conseguiu controlar seu impulso e a abraçou com força em meio as águas, ele temeu tanto pela vida dela. O desespero tomou conta do corpo dele, o impedindo de fazer outra coisa a não ser pular naquele lago e jurar a si mesmo que a salvaria.
Alana mesmo surpresa e contrariada, o abraçou com mais força ainda. E então, se afastaram um pouco um do outro, e juntaram seus lábios novamente. Darcel devia sair dali o mais rápido possível com ela, mas não podia resistir a vontade de beija-la de volta. Os cabelos dele ganharam um brilho azul reluzente, e os de Alana um rosa cintilante.
Lá de cima, da superfície, Atena e os outros podiam ver o intenso brilho das duas cores sobre o rio, um contraste misterioso e até mesmo poderoso.
— Ele conseguiu? — Perguntou Ravi olhando para o lago não entendo o por que das cores.
— Ele conseguiu sim. — Sorriu Yvaine.
Depois eles viram os dois saindo do lago. Darcel carregava Alana no colo e por algum motivo ela estava desmaiada, Atena e os outros correram ao encontro deles com felicidade e alívio.
— Como conseguiram vencer o poder do lago? — Perguntou Atena incrédula. Darcel ofegante não respondeu.
— Acho que com o poder no amor né? — Yvaine o olhou com um sorriso travesso no rosto. Darcel a olhou com mortalidade e ela não conteve um sorriso.
— O importante é que estamos bem. — Murmurou ele olhando para ela desmaiada em seu colo.
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Atualizado até capítulo 19
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