Quando pôs os pés na lanchonete onde trabalhava, foi direto para os fundos na parte onde apenas os funcionários tinham acesso, para colocar o uniforme.
O Dina's snacks era uma lanchonete quase que retrô, possuía aquele estilo velho dos anos 60. Com bancos de couro vermelhos e o chão como se fosse um tabuleiro de xadrez. Haviam quadros de carros antigos como os de ferraris, e alguns pôsteres de mulheres bonitas e semi nuas.
O chefe de Alana, Jonny, era um cara incrivelmente engraçado, e ela se divertia muito com ele, não só ela, mas todos os funcionários e clientes. O único problema dele era tentar agir como os jovens de hoje em dia, tentava usar gírias e parecer "descolado".
Além disso, era obrigatório todos os funcionários usarem patins de quatro rodas, para manter tudo bem retrô. E isso costumava a irritar. Mas, graças ao tempo de três anos que trabalhou ali, ela até havia aprendido a fazer algumas manobras legais nos patins. Havia se acostumado a usá-los.
— Já estamos abertos então parem de moleza seus ratos de padaria! Querem ser despedidos? — Gritou Terry, filho de Jonny e um grande amigo de Alana. Ela parou de limpar as mesas, para o encarar com sarcasmo.
— Eai? Foi convincente? Acha que ficaram com medo? — Ele indagou se aproximando nela com um sorrindo engraçado no rosto.
— Com certeza, eles estão morrendo de medo olha lá — apontou para os funcionários que continuavam fazendo seus afazeres — até eu aqui estou quase chorando. — Respondeu ele com óbvio sarcasmo na voz. Terry revirou os olhos e se sentou no banco apoiando o cotovelo no balcão.
— Eu nunca vou ser um chefe bom como meu pai. — afirmou desanimado.
— Você sabe que seu pai não é tão bravo assim. E você não precisa ser um cara como ele, você é você. Então foque nisso ok?
Terry sorriu para ela negando com a cabeça.
Um dia ele iria herdar a lanchonete do pai. Mas, isso não significava que ele queria isso realmente. O sonho de Terry era ser um bailarino profissional, sonhava em dançar na grande e gloriosa Ópera de Paris, e ser aplaudido de pé.
Contudo, seu pai deseja que ele assuma a lanchonete, ou seja um médico. Oque era extremamente engraçado porque Terry quase desmaiava quando via um pequeno cortezinho ou uma gota de sangue.
— Depois do trabalho quero te mostrar uns passos novos que aprendi na aula de ontem. — Ele sussurrou apenas para Alana escutar, ela sorriu e assentiu.
Terry a ajudou bastante quando não tinha emprego, fora ele que a indicara ao pai. E também pagou o aluguel das duas por um tempinho quando ela e Anna ficaram em uma péssima situação, sem uma nota se quer de dinheiro Alana devia muito a ele, e o amava com todas as forças.
O sino que não combinava muito com o ambiente, tocou indicando que algum cliente havia chegado.
Alana parou de limpar o chão atrás do balcão e olhou para a porta.
Aí meu Deus... não, não, não, não! Darcel e Ravi. Oque estavam fazendo ali?
O sangue de Alana congelou, e ela podia jurar que estava sentindo o gelo em suas veias, travando suas articulações. Ela abaixou quase batendo de cara no chão.
— Alana atende os clientes pra mim!
Gritou Julie, uma outra colega que ela tinha ali. Ela era divertida, mas também era um pouco mandona. E Alana detestava receber ordens.
— Eu não posso, tenho que limpar o chão! — Gritou de volta, esperando que ela tivesse ouvido da cozinha. Segundos depois Julie pôs a cabeça na janelinha onde pegavam os pedidos e a olhou com seriedade.
— Para de limpar isso, e vai logo atender eles. Parece que está se escondendo.
Porque era exatamente oque ela estava fazendo!
— Oque te faz pensar isso? — Indagou Alana se levantando lentamente do chão com uma risada sonsa.
— Só vai agora!
Julie voltou a fazer oque estava fazendo na cozinha. Alana a xingou em pensamentos. Depois, se levantou do chão tomando cuidado para não cair com os malditos patins. E então foi deslizando até a mesa que os dois bonitinhos estavam.
— Boa tarde, e bem vindos ao Dina's snacks. Já decidiram oque vão pedir? — A voz dela saira muito mais trêmula e baixa do que pensara.
— Oh! Você é a garota inteligente que acabou com o Darcel na universidade. — Ravi sorriu e Darcel o fulminou com o olhar. Ravi tinha um calor enorme e como havia se sentado próximo ao sol, seus cabelos estavam ainda mais loiros. Ele não parecia se incomodar com a luz refletindo em seu rosto. Mesmo estando mais de vinte nove graus na cidade.
— Er...eu gosto de mitologia.
Respondeu com um sorriso claramente forçado.
— Percebi. E oque me deixa mais intrigado é que você não se parece nada com ele.
Ela franziu a testa mostrando claramente não ter entendido nada. Ravi chutou a perna dele por debaixo da mesa o fazendo arregalar os olhos e gemer de dor.
— Como assim? — Indagou tentando fingir demência em relação ao chute que Ravi dera em Darcel.
— Não é nada, não liga para oque ele fala. Darcel é meio doido das idéias. — Ele respondeu forçando o mesmo sorriso que Alana os deu a segundos atrás.
— Está bem...
Depois de anotar seus pedidos, ela voltou para traz do balcão. De lá, pode ver Ravi dando o maior sermão em Darcel, que continuou com a expressão relaxada de não ligar para nada.
Oque ele queria dizer com aquilo?
E ela queria muito que ele parasse de encara-la como se ela fosse algo de outro mundo, ou como se estivesse com uma cesta de frutas na cabeça. Ela não estava acostumada a pessoas olhando para ela, e quando olhavam, era para julga-la e zombar dela. Mas...quando ele a olhava, ela se sentia desconfortável, estranha.
Era tão intenso que as vezes ela esquecia-se que devia respirar.
Sem querer voltar aquela mesa, ela pediu para que Terry entregasse oque os meninos pediram e atendeu outras pessoas. E quando eles finalmente foram embora, ela ficou em paz.
— Oque você tem com aqueles caras? — A perguntou Terry se aproximando no balcão que Alana limpava.
— Não tenho nada, são da minha turma só isso. — O respondeu dando de ombros.
— Hum...o de cabelo preto e piercing estava te encarando muito em. Acho que gostou de você.
La vem, ele e Anna sempre faziam isso com ela. As vezes estava apenas conversando com um cara e eles já iam em cima dela com malícia. Sendo que os caras apenas falam com ela, para pedir favores, como ajudar na lição de casa, ou passar respostas de exercícios.
Alana o fitou secamente.
— Para com isso, ele é um idiota e tem namorada. — Sorriu ela quando viu o espanto na cara de Terry. Bem, Melissa não era namorada dele não é? Se fosse mesmo, azar era o dele.
— Sério? Então ele é um um babaca. Estava literalmente te comendo com os olhos enquanto tem namorada.
Aquilo era a gota d'água! Alana pegou um pano úmido que estava em cima da bancada e o atirou na cara sardenta de Terry.
— Eca que nojo! Você não aceita as verdades né? — Ele jogou o pano em Alana e ela o pegou antes de chegar em seu rosto.
— A única verdade é que a pia está cheia de pratos sujos te esperando.
— Droga — Ele revirou os olhos e saiu andando.
O resto do dia se passou rápido e um pouco mais agitado que o normal. A lanchonete teve bastante clientela, e alguns eram os seus leais clientes que todos os dias iam até lá. E outros eram adolescentes.
Alana se despediu de todos e parou no ponto de ônibus. Aquela hora da noite, ela tinha a absoluta certeza de que Anna estava se aprontando para a festa de Melissa. Ela a deu o dinheiro antes de ir para o trabalho e pediu para que se divertisse no shopping.
E cerca de mais de meia hora depois, Alana chego em casa completamente exausta. Sentiu o cheiro de prancha quente da porta, e supos que Anna estava passando a chapinha.
— Alana? Que bom que chegou, seu vestido está em cima da cama! — Exclamou ela do banheiro.
— Anna eu disse que não precisava comprar nada para mim. — Lembrou ela indo até o banheiro onde sua amiga estava.
— E você acreditou mesmo que eu lhe daria ouvidos? — Alana deu uma breve risada. Anna claramente não iria ouvi-la. Ela sempre se importou com Alana, e Alana com ela. Não ia ser diferente nunca, assim ela esperava.
E olhar para Anna se arrumando, era o suficiente para lembrar a si mesma o quão cansada estava, e que não queria nem em sonhos pisar naquela festa. Contudo, ela nunca deixaria Anna ir sozinha. Isso era seu pior pesadelo. Era seu dever protege-la.
Quando caminhou até o quarto, viu um vestido em cima da cama. Era simples e lindo ao mesmo tempo. Algo que sinceramente não combinava com Alana. Ele era liso e possuía algumas borboletas espalhadas por todo o lugar. Seu pano era azul turquesa e ao lado dele, um belo par de sapatilhas prateadas.
Ela deu um sorriso, e mentalmente agradeceu sua amiga.
Tomou um banho rápido, e colocou o vestido com a ajuda de Anna para fecha-lo atrás. Ficara tão perfeito em seu corpo, que Alana ficou ligeiramente surpresa.
— Que tal dessa vez deixar eu fazer uma trança bonita em seu cabelo? — Perguntou depois de se maquiar. Anna estava linda, seu vestido era vinho e esbanjava alguns brilhos fantásticos pelo tecido. Batia em sua coxa, um comprimento bom. Usava sapatilhas douradas. Estava perfeita com uma leve maquiagem e seu cabelo preto solto.
— Está bem, pode fazer.
Assim que permitiu ela abriu um sorriso e caminhou até Alana. A fazendo se sentar na cama junto com ela.
— Pode ser que Darcel esteja lá. — Alana sabia que ela estava sorrindo mesmo não vendo seu rosto.
— E oque eu tenho haver com isso?
— Ah nada, eu só disse por dizer mesmo.
— Sei, não se esqueça que ele namora a Melissa. — Ela riu como se fosse uma piada.
— Melissa não namora ninguém você sabe disso. Ela está com ele agora por que é carne fresca, e está chamando atenção. Depois que todos se acostumarem com a cara dele e do Ravi, ela o jogará fora. — Alana concordou com a cabeça sabendo que era verdade.
E quando Anna finalizou seu cabelo, ela correu para pegar suas coisas para fazer uma maquiagem em Alana.
— Não Anna, odeio essas coisas. — Lembrou ela se desviando de Anna.
— Ah, deixe de ser tão azeda, eu nunca pude maquiar você. Como posso te chamar de melhor amiga?
Essa alegação fez Alana revirar os olhos por seu drama bobo.
— Te prometo que amanhã podemos fazer um dia só nosso. Então você pode me maquiar.
Fora a vez de Anna revirar os olhos e bufar de irritação.
Quando Alana olhou-se no espelho deu um suspiro de alívio.
Não mudou muito então esperava não chamar atenção. Anna pelo contrário com certeza estaria rodeada de rapazes. E Alana com certeza se certificaria de protegê-la de todos.
Chegando na tal festa de Melissa, ela percebeu o quão ela desperdiçava dinheiro em nada. Melissa alugou uma mansão enorme para a festa. A música estava estourada, a típica bate-estaca sem letra que deixam as pessoas em estado de loucura.
Havia pessoas bebendo, vomitando, se pegando e até mesmo fumando. E ainda não passavam das dez horas da noite. Era difícil para Alana entender oque havia de tão divertido em se drogar e acabar com os pulmões.
— Anna, Alana! Vocês vieram, que bom.
Melissa sorriu. Ela estava com um vestido colado muito acima da coxa. Um salto agulha deplorável, e parecia que ela havia sofrido um acidente terrível com um caminhão de maquiagem. Provavelmente ele tinha a atropelado e dado ré.
— Obrigada por nos convidar. a festa está.... divertida. — Elogiou Anna tentando ser legal. Alana sabia que ela definitivamente não estava apreciando muito a festa.
— Ah que nada, olha tem um cara incrível que preciso apresentar para você. — Disse pegando a mão de Anna. Ela quase a levou se Alana não a tivesse segurado.
— Anna não vai a lugar nenhum.— Disse ela com seriedade olhando para Melissa.
— Alana....
— Alana pelo amor, você veio para estragar a festa? Deixe sua amiga se divertir, ela não tem dez anos de idade.
— Ela pode se divertir comigo — Respondeu ela no mesmo tom. Anna se afastou de mim.
— Para Alana eu não sou uma criança, eu sei me virar sozinha. Sempre tem que tentar me controlar? Você não é a minha mãe.
Ótimo, que cara de pau dizer isso depois de ter chorado horrores por causa de garotos, enquanto ela tinha que ficar noites sem dormir por estar preocupada com o bem estar de sua amiga. A frase ecoava na cabeça de Alana, e doía em seu peito.
— Está bem Anna, faça oque quiser. Eu não sou sua mãe.
Disse antes de sair andando deixando as duas sozinhas. Ela queria apenas protegê-la e era isso o que ela ganhava em troca? Perfeito!
Irritada, Alana foi passando pelas pessoas na pista de dança. Eca. Suados e bêbedos. Ela viu uma saída, e correu até ela. De repente estava fora da mansão. Onde tinha um gramado e uma piscina enorme com luzes violetas. E por incrível que pareça, não havia ninguém ali. Apenas algumas caixas de fogos de artifício.
Ela se sentou na beira da piscina e coloco seus pés na água depois de tirar as sapatilhas. Ficou brincando com a água, olhando o movimento dela, enquanto pensava na sua vida e no que Anna havia lhe dito. Estava exausta, com dor de cabeça, irritada e chateada.
Bem, pior não poderia ficar não é?
— Oque está fazendo aqui sozinha?
Com o susto ela olhou para cima e viu Jonny,o ex namorado de Melissa. Mais um que ela descartou rápido assim que se cansou. Jonny era o capitão do time de futebol americano, isso antes de se envolver com Melissa e acabar sendo esquecido por todos ao seu redor. Ele era bonito, mas ninguém queria as sobras da Melissa.
— Ah, oi Jonny. Só estou fugindo um pouco da festa. — Respondeu ela voltando a olhar para a piscina novamente.
— Então está fazendo o mesmo que eu. — Ele se sentou ao lado dela— É um pouco sufocante.
— Eu que o diga. Não sei por que resolvi vir nessa festa idiota. — Ele riu um pouco.
Ela sabia o por que resolveu ir a festa. Só estava arrependida demais para lembrar de sua decisão estúpida.
— Você sabe que esse não é o seu lugar. Nem mesmo é o meu. Virei um zero a esquerda depois que melissa terminou comigo.
Ao menos ele admitia isso.
— Entendi, E isso é o fim do mundo para você? — A voz dela saiu como se estivesse desmerecendo seu " sofrimento" E o engraçado era que ela não se arrependia disso.
— Eu não acho que seja o fim do mundo. Eu acho que fui um burro de ter caído no papo dela. Mas, agora ela tem outra presa, o tal do Darcel. — Alana não resistiu a vontade de revirar os olhos ao ouvir o nome saindo da boca de Jonny.
— Ele é um idiota, eles se merecem com certeza. — Ele concordou sem silêncio, antes de se virar para Alana.
— Eu vi ele olhando para você. Te comia com os olhos, desculpe falar assim.
Ela bufou se irritando mais ainda. Estava ficando cansada dessa situação! Quando ela tiver a chance, vai pedir para ele parar de encara-la. E ela tinha a sensação de que ele certamente negaria e diria que o sonho dela era ter uma chance com ele.
— Eu não ligo para ele. — Jonny sorriu um pouco com a afirmação dela. Depois ele lentamente colocou a mão sobre o ombro dela.
— Eu ligo para você...
Oque? Que papo estranho era aquele? Jonny Walker o atacante do futebol dando em cima dela gratuitamente? Não, nem pensar. O mundo estava ficando de cabeça para baixo, ou ele já estava ficando bêbado.
Alana se afasto um pouco dele, e tirou sua mão do ombro dela.
— Er...eu acho que preciso ir agora. — Ela tentou se levantar mas Jonny a empurrou para baixo para se sentar novamente. Um ato bruto que a fez ficar assustada assustando.
— Oque foi? Eu tô tentando ser legal com você. — Disse ele com a típica frase de cara legal. Passou as mãos nos braços dela. O coração de Alana estava acelerado parecia que ia sair do meu peito. Ela estava ficando agitada.
— Para,para! Tentando ser legal uma ova Jonny! Me deixa em paz. — Johnny rosnou, e a empurrou no gramado, ficando por cima dela. O corpo dela tremeu de raiva e medo ao mesmo tempo.
— Eu tenho observado você Alana, está mais linda do que nunca. Quero que fique comigo. — Agora sim, por ele estar perto ela percebeu o mal hálito de Jonny. Estava bêbado, e conseguiu disfarçar isso perfeitamente. Já que sua fala não estava arrastada nem nada do tipo.
Alana com todas as suas forças, tento empurra-lo para longe, mas seus músculos apenas pressionavam mais o corpo dela.
— Jonny para por favor! Para! — Ela aumentou a voz , gritando desta vez. Mas não adiantava, ele começou a beijar o pescoço dela enquanto tentava abrir seu vestido. Lágrimas brotavam nos olhos de Alana, enquanto seu queixo tremia e seu coração disparava. Ela não queria ter ido naquela festa! Nada disso estaria acontecendo com ela se estivesse ficado em casa.
" Por favor...Por favor se existe algum deus, eu imploro para que me ajude! "
O desespero estava ficando cada vez maior enquanto ele abria o vestido dela.
E inesperadamente, uma energia percorreu o corpo dela uma forma extremamente dolorosa. Jonny já havia conseguido abrir o vestido dela com exito. O maldito estava sorrindo.
Não, não, não!
Em meio ao desespero uma onde elétrica ardente passou por ela a
deixando nervosa e assustada ao mesmo tempo. Algumas imagens surgiram na cabeça dela como fleches de luz, mas não dava para identificar oque eram. Ela apenas conseguiu ver a silhueta embaçada de uma mulher.
A loira começou a gemer de dor, parecia que sua cabeça iria explodir e seu corpo queimar em chamas, por que tudo doía assim? Em seguida uma luz vermelha se fez presente pelos braços dela, os fazendo arder completamente, e com isso faíscas começaram a saltar de seus dedos.
— Q-Que merda é essa?
Jonny ainda estava em cima dela, mas parou de tentar ataca-la, estava assutado, assim como ela. Com a dor que consumia seu corpo e a sua cabeça, Alana soltou um grito alto e empurrou Jonny de cima dela. A luz de seus braços se intensificou e Jonny foi arremessado para longe colidindo com o muro em que estavam encostadas as caixas de fofos de artifício. Oque fez um grande barulho.
Alana se levantou rápido completamente horrorizada.
— Oque...é isso? — Seus braços estavam pulsando, havia raios avermelhados entorno dos seus braços. Mas ainda assim, não estavam doendo como antes.
Alana logo olhou para onde Jonny havia caído. Será que devia ir conferir se estava bem? Droga, oque havia acabado de acontecer?!
Pelo barulho alto, logo algumas pessoas começam a chegar no local não dando tempo para Alana pensar em ver Jonny. Ela se desesperou, e não conseguiu pensar em mais nada a não ser correr.
Começou a correr esbarrando em várias pessoas que estavam indo para a piscina. Ela chegou na pista de dança, onde a música havia sido cortada e as pessoas eram poucas pois estavam aos poucos indo ver oque havida acontecido do lado de fora.
Ela precisava encontrar Anna! Sim, pegar Anna e ir embora e tentar esquecer tudo que aconteceu.
Mas, antes que ela pudesse ir para algum lugar, sentiu alguém segurar seu braço com força, ela se virou bruscamente com medo.
— Venha comigo.
— Darcel?
Ele não disse mais nada. Ela não tinha o visto na festa, muito menos Ravi. E olha que era difícil não notar eles. Enquanto ele a puxava para fora da mansão, Alana procurava por Anna, mas era em vão. Ela não conseguia encontrá-la por nada. Era provável que estivesse se divertindo com um idiota qualquer. E por mais que quisesse dizer que não ligava e que não era da sua conta, ela queria revirar aquela mansão de ponta a ponta para pode encontrá-la.
Quando já estavam do lado de fora, havia um carro preto estacionado na calçada e Ravi estava lá dentro.
— Vamos logo, precisamos tira-la daqui. — Disse Ravi com um olhar nervoso. Mas quando Darcel ia abrir a porta do carro e empurrar Alana para entrar, ela se soltou dele.
— Me expliquem oque está acontecendo. Por que aquilo aconteceu? — Indagou tentando manter seu tom sério ao invés de ficar desesperada.
— Não temos tempo para isso Alana. — Alertou Ravi.
— Não vou a lugar nenhum com vocês. Preciso saber oque está acontecendo. Oque é aquilo que saiu do meu corpo? Me digam!
Agora a voz dela saiu desesperada e trêmula. Alana queria chorar era nítido. Estava assustada e com medo. Não é todo dia que algo colorido sai do seu corpo e joga um idiota qualquer para longe.
Darcel suspirou e massageou as têmporas dos olhos rapidamente antes de encara-la.
— A única coisa que precisa saber agora, é que você não é humana. Você é a filha perdida de Zeus.
— Oque?
Ela não conseguiu evitar de começar a rir com a insanidade do que ele a havia dito com tanta naturalidade. Ela teria gargalhado muito mais, se o olhar sério deles não tivessem acabado com toda a diversão. O silêncio pairou entre eles, e Alana acabou ficando mais nervosa do que estava.
— É sério? Eles existem mesmo? — Ela não estava acreditando na pergunta que ela mesma fez.
— Existem sim. Eu sou Darcel, filho de Hades deus do submundo. E...
— Eu sou Ravi, filho de Apolo deus do sol.
Ela por acaso estava ficando louca? Não podia ser possível. Como ela podia ser uma semi deusa? E esses caras... também.. Ou sei lá oque mais iriam falar a ela. A situação parecia um daqueles filmes de Percy Jackson que ela via na tv com Anna todos os domingos.
— Precisamos que entre no carro Alana, não temos muito tempo. Seu poder se despertou antes do esperado. — Avisou Ravi mais uma vez.
— Eu...precioso ver Anna. — Darcel se aproximou rapidamente dela.
— Você pode vê-la depois. Se não for com agente, vamos ser descobertos. — Ele diz. Sério.
Alana praguejou em pensamento porque sabia que não tinha escolha alguma. Anna ficaria preocupada com ela, mas ela preciso ir com eles. Ela voltaria depois para explicar tudo a Anna.
— Vamos.
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Atualizado até capítulo 19
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