Capitulo 4 ( Preparação)

Alana teve muito oque pensar naquele dia. E compreender que tudo que um dia estudou sobre história era real, ainda estava sendo um baque muito forte.

Era difícil acreditar que ela era uma deusa, e a mais poderosa do Olimpo, segundo a Ravi ou a profecia de Gaia.

Ela mau podia acreditar que estava realmente no submundo, o lugar onde sempre sonhou em visitar quando era apenas uma criança trancada na biblioteca do orfanato.

Mas também, Alana estava preocupada com sua amiga, queria lhe contar tudo oque estava acontecendo, e também queria saber sobre Jonny. Será que tinha o matado? Estava sentindo uma enorme saudade de Terry, e ele certamente morreria de rir, se ela contasse como a aparência de Darcel havia mudado.

Alana não podia ver o céu azul de onde estava. O céu eram roxas negras e pontudas por todo o lugar. Luzes vermelhas e alaranjadas dançavam sobre cada parte daquele lugar. Era tudo um tanto sinistro e assustador, rochas por todos os lugares, e Alana sempre tinha a sensação de estar sendo vigiada. Poderiam ser as almas perdidas dos atormentados?

Cansada de ficar na mansão de Hades, que era bem parecida com as do mundo humano, apenas mais escura e vigiada com algum tipo de guardas negros, que eram altos e assustadores. Alana chamou a Ravi, que estava com Darcel em algum lugar da casa. Ouvindo os gritos de Alana, Darcel e Ravi apareceram na sala imediatamente.

— Está tudo bem Alana? — Perguntou Ravi com um semblante preocupado.

— Deve ser alguma palhaçada. — Disse Darcel cruzando os braços.

— Eu já tomei minha decisão. — Ravi assentiu se preparando para ouvi-la — Vou tirar Zeus do poder. Vou assumir meu lugar.

Ravi sorriu animado e seu corpo brilhou um pouco, como uma lanterna amarelada. Alana estranhou completamente mas não evitou de ter um pequeno sorriso no rosto. Ravi parecia mesmo uma lâmpada. Ele logo percebeu o olhar dela em cima dele.

— Ah não ligue, isso acontece de vez em quando. Na maioria das vezes, quando estou animado. — Alana riu um pouco. Darcel continuou sério. Já devia estar acostumado com essa...coisa que ele fazia.

— Ótimo para você.

Disse Darcel. Mas antes que Alana pudesse rebater a ele, uma voz aguda e alta soou animadamente na sala.

— Gente eu estava procurando vocês! Já trouxeram a...

Ela parou de falar depois que viu Alana parada no meio da sala junto com os dois rapazes. A garota arregalou os olhos e abriu um sorriso enorme.

— Alana! Finalmente! — A garota berrou e correu para abraçar Alana. Fora um abraço tão forte que quase fez com que Alana caísse no chão. Mas, não foi tão ruim assim, era até confortável. E geralmente ela não gostava de contato físico.

— Er... E quem seria você? —

A garota se afastou um pouco de Alana ainda segurando os ombros dela. A garota loira olhou para os dois rapazes com o cenho franzido.

— Ela...

Ravi negou com a cabeça. A garota logo entendeu, ela deu um pequeno sorriso gentil a Alana, mas havia tristeza em seus olhos, e decepção também.

— Me desculpa chegar assim. — Ela coçou a nuca sorrindo sem graça, enquanto se afastava de Alana.

— Você sempre chegou assim, sua barraqueira. — Implicou Darcel a garota mandou o dedo do meio para ele que mandou de volta sorrindo forçado.

— Espera... vocês são irmãos?

A garota tinha os mesmos olhos que Darcel e seu cabelo era loiro mas tinha umas mechas azuis também. A garota usava um vestido meio rasgado e preto até os joelhos. Os estilos eram parecidos, nas ela não tinha a aura assustadora de Darcel, ela era mais... amigável.

— Irmãos? Que nada, O Cérbero teve relações com um titã nojento e nasceu essa coisa horrível. — Disse a garota sorrindo e apontando para Darcel.

— Não me irrite Yvaine, a última vez sabe no que deu. — Darcel a relembrou a encarando mortalmente.

— Oque aconteceu? — Perguntou Alana curiosa.

— Bom da última vez que eles brigaram, foi tão violento que quase abriram uma cratera no submundo. Então Hades os puniu deixando-os de castigo do tártaro por um mês — Ravi explicou claramente contendo o riso. Alana não conseguiu esconder a expressão de surpresa. Então os dois eram fortes demais.

Em comparação, ela não sabia fazer nada. Não conseguia ao menos controlar as faíscas que saltavam de seus dedos.

— Alana tomou a decisão dela, então vamos ajuda-la. Ela tem que começar a estudar com os outros. — Começou Ravi agora ficando sério.

— Espera, está querendo levar ela para treinar na cademia dos deuses? — Perguntou Darcel como se a ideia de Ravi fosse algo absurdo.

— Mas é óbvio, assim poderemos treina-la. — Respondeu Ravi. Darcel não demorou para debochar.

— Você está bebendo da safra do Dionísio é? Ravi, se souberem dos poderes dessa daí, já era o seu genial plano. — Alana não podia dizer nada contra o argumento de Darcel, porque fazia sentindo. Yvaine rapidamente entrou na conversa.

— Não necessariamente Darcel. Podemos dizer que é uma prima distante do papai. Ninguém irá suspeitar de Hades. — Ela sugeriu orgulhosa de sua idéia. Ravi concordou lentamente.

— Com essa aparência? Quando ela nasceu foi a única no Olimpo a ter o cabelo rosa, quando nossa mãe...— Ele respira fundo antes de completar— Quando tudo aconteceu, a aparência dela foi exposta a todos. Acha que são burros o suficiente para não perceber?

— Bem...ele tem razão. — Pela primeira vez Alana concordou com Darcel, e ele a olhou sério.

— Podemos esconder a verdadeira aparência dela. Os poderes de Ravi são mais do que o suficiente para isso. — Ravi se aproximou concordando com Yvaine.

— É verdade posso fazer. Yvaine pode emprestar uma roupa para ela e eu faço a transformação — Darcel tentou até protestar.

— Mas-

— Vai ser assim Darcel. — Ravi tomou sua decisão, e disse secamente. Darcel olhou para mim com certo desdém. Ela podia ver isso nele.

— Então façam oque acharem melhor. Mas não contém comigo para nada.

Ele saiu marchando forte da sala, entrou em algum quarto e bateu a porta com tanta força que o barulho ecoou por todo o lugar. O clima ficou tão pesado que parecia poder ser cortado com uma faca e servido de jantar.

— Eu falo com ele depois, a academia já deve estar aberta. Vamos arruma-la e depois levá-la até lá. — Disse Yvaine, e em seguida saiu andando deixando Alana com Ravi na sala.

Ela respirou fundo e sentou no tapete de couro que estava no chão. Ravi se aproximou com cautela e se sentou de frente para ela.

— Está tudo bem? — Ele Indagou com o rosto demostrando preocupação. Ela deu um leve sorriso.

— Descubro que meu pai é um

é um desgraçado, além de ser um deus. Minha mãe foi aprisionada por ele, sou uma deusa poderosa o suficiente para acabar com o mundo inteiro, e por falar nisso o destino de todos estão em minhas mãos. Um cara muito irritante me odeia e não posso evitar de odia-lo também, minha melhor amiga ficou sozinha no mundo humano e...— Respirou fundo — Perdi meu cabelo loirinho.

Na última parte Ravi soltou uma risada que aqueceu um pouco o coração de Alana. Mas, depois ficou um pouco sério. Ele segurou a mão dela, e com isso ela não se afastou. Instantaneamente ela sentiu um calor confortável passar por todo o seu corpo a oferecendo algum tipo de conforto.

— Eu sei que tudo está muito confuso e difícil, e que é muita pressão em cima de você. Mas...Você não está sozinha, eu sei que vai conseguir vencer Zeus. Eu sei que vai conseguir salvar o Olímpo e o mundo humano. Vamos proteger você, como nossa líder.

Ela respirou fundo e sorriu para ele ao ouvir suas palavras. Fizeram ela se sentir mais leve e calma.

— Obrigada Ravi.

— Vai me agradecer quando se olhar no espelho. — Ele diz soltando a mão dela.

— Oque? Espera, você já fez? — Perguntou se referindo a magia.

— Já sim.

Animadamente, Alana saiu correndo em direção, a um espelho meio fosco que estava pendurado ao lado da lareira enorme da sala. Quando viu seu reflexo um tanto borrado, abriu um sorriso aliviada. Seu cabelo está como antes, loiro como o sol, e seus olhos voltaram a ser azuis. Mas ainda assim, a pele dela continuou como porcelana, e os lábios ainda bem desenhados e avermelhados.

— Obrigada mais uma vez Ravi. — Ele apenas sorriu e deu um leve aceno com a cabeça.

— Olha eu trouxe esse vestido aqui. Eu o usei quando sai com um cara do mundo mortal.

Ravi franziu o cenho com a parte de que ela havia saído com um cara do mundo mortal.

Yvaine apareceu de repente com um vestido nas mãos. Ele era simples, seus panos eram lindos e possuíam duas fendas deixando as pernas bem amostra. Um leve decote nos peitos, mas nada que escandalizar todo mundo.

— Er...Vocês se vestem assim como se fosse algo normal? — Indagou com uma careta que fez os dois rirem.

— É, aqui nos vestimos assim. Tem que ver quando temos festas. Aí é como um show de moda luxuoso em Milão.

Yvaine parecia sair muito do Olimpo, era como se gostasse mais do mundo mortal do que o mundo dos deuses.

Alana pegou o vestido com Yvaine e depois foi até um banheiro que por sinal era bem grande, para de trocar. Ela removeu o antigo vestido que usava, oque a fazia se lembrar dolorosamente de Anna, e coloco o que Yvaine a dera.

Ficara um pouco justo no corpo dela, porque Alana tinha mais curvas do que Yvaine, mas ainda assim ficara aceitável.

Com um elástico velho que por sorte, ela sempre levava consigo para todo o lugar, Alana amarrou seu cabelo em um rabo de cavalo bagunçado.

— Você devia dar uma chance a ela Darcel, sabe que é a nossa salvação. — Lembrou Ravi a Darcel que estava sentado na sala novamente.

— Por que essa garota? Eu tenho me preparado desde pequeno... Ela é só uma bastarda, ela não sabe nem controlar os poderes. — Rebate Darcel a desmerecendo completamente. Yvaine estava mais do que pronta para defender a amiga e entrar em um possível briga com seu irmão idiota, mas antes que pudesse ter a chance, Alana apareceu.

— Tenho certeza de que você também não sabia usar seus poderes no começo. Eu fui afastada do meu lugar real, fui afastada da minha mãe. Mas, ainda assim estou disposta a fazer oque for preciso para salvar a todos. Vou aprender a usar meus poderes.

Darcel engoliu sua própria língua depois de perceber que não conseguia tirar os olhos de Alana. Começou a olhar para suas pernas a mostra por conta da roupa, depois subiu o olhar para seus quadris e sua silhueta, até parar em nos olhos dela. Se ele não a odiasse tanto, ele poderia jurar que um desejo estranho mexeu com ele. Mas não, ele apenas riu da forma como ela estava vestida.

— É sério isso? Pode se vestir como uma de nós, mas você não é.

— Não ainda, mas vou ser. — Ela deu um sorriso confiante para ele, que em reposta revirou os olhos.

— Bem, vamos até a academia logo. — Ravi se levantou do sofá prontamente.

— Está bem. — Concordou Alana meio temerosa. Mas no seu interior, queria acreditar que conseguiria suportar os treinos. Ou qualquer outro desafio que a fosse imposto.

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