Depois da situação com as malditas baratas, ninguém conseguiu pregar o olho. Ninguém, além de Ária e Tristan que mesmo com a gritaria e todo o alvoroço, não acordaram nem um minuto se quer.
— Bom dia meus amigos! — Sorriu Ária dando um pulo alto da rede e aterrizando lentamente no chão, como se estivessem em gravidade zero.
— Nossa, que caras são essas? — Indagou Tristan esticando os braços depois de um bocejo preguiçoso.
— B-Baratas — Resmungou Ravi abraçando os joelhos olhando fixamente para um ponto na parede. Parecia estar completamente perturbado, e talvez traumatizado. Alana estava jogada na cama com os olhos fechados e uma terrível dor de cabeça.
— Barata? — Ária olhou para o quarto bem, e o viu completamente bagunçado. Com lugares queimados até — Por Zeus oque aconteceu aqui?
Indagou ela rindo.
— Parece que se divertiram muito sem a gente. — Afirmou Tristan bagunçando os cabelos ruivos. Darcel o olhou mortalmente.
— Calem a boca vocês dois. Não estou com paciência suficiente para aturar vocês agora. — Ele disse entre dentes. Estava sentado na beira da cama, apoiando a cabeça nas mãos.
— Desculpe gente, a noite não foi muito boa pra nós. — Yvaine tentou dar seu melhor sorriso, mas até mesmo seu rosto estava exausto para sustenta-lo.
— Isso é um problema — Disse Ária passando os dedos em uma parte queimada da parede — vocês sabem que vai ser muito mais cansativo lutar debaixo d'água né? — Alana concordou com a cabeça depois de levantar da cama. Era isso que a preocupava, eles estavam tão cansados que podiam se dar muito mal no reino submarino.
— E se nós tentarmos pegar o artefato e irmos embora sem sermos vistos? — Sugeriu Ravi.
— Eu estava pensando nisso, mas creio que não será fácil assim. Acho que todas as vezes que pelo menos tocarmos nos objetos divinos, seremos obrigados a lutar. — Explicou Alana da melhor maneira que pode.
— Tem razão — Concordou Yvaine depois de soltar um suspiro — É como se os objetos tivessem um alarme. E geralmente esse alarme vem em forma de monstros.
Poisé, Atena disse que seria difícil, e Alana sabia que seria. Mas, não esperava ter que lutar tão cedo contra monstros olimpianos. Realmente uma surpresa não tão agradável.
Os jovens saíram do quarto e foram procurar algo para se alimentarem. Tudo oque conseguiram foram lanchinhos de uma máquina na recepção no hotelzinho. Ah, céus, eles estavam famintos e com sono, oque mais poderia dar errado?
— Ei, moleques vocês fizeram um barulhão ontem em — Eles olharam para o velho de bigode que os encaravam do balcão.
Alana fingiu uma risada constrangida.
— Desculpe por isso.
— Oque estavam fazendo lá em? — Indagou ele com um olhar afiado prestes a acender um cigarro. Antes que Alana pudesse inventar alguma desculpa, Darcel se aproximou do homem.
— Acho que não vai querer saber oque fizermos. — Afirmou ele sério — Os hormônios juvenis, não tem como controlar não é?
O homem franziu o cenho.
— Que droga você tá falando moleque?
Darcel revirou os olhos sem a mínima paciente.
— Sexo seu idiota. — O homem começou a gargalhar fazendo com que todos tomassem um susto. Principalmente Darcel, ele não esperava isso. Claramente, não esperava.
— Ah garoto você é engraçado. — Ele fingiu limpar uma lágrima no canto dos olhos — Se me dissesse que estavam tocando rock, ou então quebrando tudo por que tiveram vontade, eu definitivamente acreditaria. — Darcel ouvia atentamente — Agora, me dizer que estavam fazendo sexo? Garoto, você não tem nem pelo no saco ainda. Quer se gabar de quê?
— Está duvidando da minha virilidade? — Inchou Darcel com uma voz baixa e um olhar mais do que assustador.
— HAHAHAHAHAHAHAHA! — Os gêmeos não conseguiram segurar a risada por mais que tentassem. Bem, eles realmente não tentaram segurar, não estavam nem ai para a possível gravidade da situação. Darcel nem se dignou a olhar para trás, e Alana agradeceu a Gaia por isso, porque ela estava prendendo uma boa gargalhada, e tinha certeza de que se ele a olhasse, ela não aguentaria segurar.
— Bem, não é que estou duvidando da sua virilidade— Sorriu o homem — Eu só estou caçoando dela.
— Por Gaia isso só melhora! — Disse Tristan sorrindo.
Alana pode ver pequenas centelhas de fogo azul saltarem das mãos de Darcel. Droga, ele não podia se descontrolar! Alana viu o punho dele se levantando, e não demorou para chegar perto e agarra-lo. Ele ainda olhava para o homem.
— Vamos embora, tá bom? — Ela tentou usar um ar doce e calmo para falar com ele. Alana não podia usar seus encantamentos ali, não com aquele homem olhando bem para os dois.
— Perdoe-nos, pelo barulho e tudo mais. Somos gratos pelo quarto e pela...boa noite que tivemos — Ela forçou um sorriso ao olhar para o homem. Também sentiu a mão de Darcel deixar de ficar tensa, e ficar mais relaxada. Ótimo.
— Vão embora logo. — Foi tudo oque o homem disse. Depois olhou Alana de cima para baixo com um sorrisinho amarelo e malicioso. Alana sentiu-se nauseada, mas tudo bem, eles já estavam de saída.
E quando se virou para sair, ouviu um gemido alto, e se virou rapidamente para ver. Era Darcel, ele agarrou a camisa do cara com as duas mãos fazendo com que o mesmo o olhasse.
— Que merda você tá olhando em seu porco? — Os olhos dele estavam escuros como se fossem de um demônio. Todos sentiram o local se esquentar, mesmo não tendo uma chama acesa. O homem não conseguia dizer uma palavra, estava em pânico, porque era a primeira vez que parecia que ele estava encarando a própria morte.
— Darcel, pare com isso agora! — Alana tocou o braço dele, e se afastou um pouco. Estava queimando.
— D-Desculpe! P-Por favor, eu sinto muito! — Resmungava o velho com o olhar apavorado no rosto.
— Chega Darcel, nós precisamos ir agora. — Disse Ravi segurando vários pacotes de salgadinhos nos braços.
— Olhe para ela mais uma vez daquele jeito — Darcel Sussurrou no ouvido do homem — e eu arranco esses seus malditos olhos e enfio na sua garganta.
Darcel jogou o homem com um força quase que desnecessária, fazendo o homem bater com as costas na parede velha e quebrada.
Eles se virou, pôs as mãos no bolso, e olhou nos olhos de Alana. Ela devia dizer algo a ele? Ela não sabia oque falar, oque dizer a ele naquele momento.
— Desculpe, não queria arrumar confusão. — Ele disse baixinho e depois saiu andando para fora do lugar. Alana se surpreendeu com o fato de ele ter pedido desculpa a ela tão... espontaneamente assim.
Ela sorriu.
Depois de Alana se desculpar mais dez vezes com o dono do estabelecimento que tinha um olhar de pavor nos olhos, ela foi direto para o carro. Não se importava com oque o velho pensaria sobre o quarto que eles destruíram, nem se dera o trabalho de tentar arrumar.
— Estão animados para conhecer o México? — Indagou Ravi quebrando o silêncio.
— Quero comida apimentada. — Resmungou Darcel fingindo estar desinteressado.
— Quero comprar muitas roupas com minhas amigas! — Disse Yvaine com tanta animação que fez com que todos menos Darcel sorrissem.
— Só sabe pensar nessas merdas. — Disse Darcel propositalmente para Yvaine ouvir. Ele gostava tanto de alfinetar a irmã que nem Ravi e Alana o repreenderam.
— Isso não é da sua conta sua fogueira ambulante! — Darcel resmungou algo como: " E você é muito diferente de mim não é? "
— Talvez compremos lingeries, estamos precisando. — Sussurrou Alana a Yvaine apena para que ela ouvisse. Yvaine assentiu com um sorriso, elas realmente precisavam.
A manhã havia começado difícil, e ainda se sentiam um pouco cansados. Bem, Ravi pegou um belo banho de sol e ele afirmou que estava bem melhor. Alana e Yvaine atacaram alguns salgadinhos e acabaram adormecendo no carro. Darcel gostava de olhar Alana dormir, gostava de ser o guardador de seus sonhos. Mesmo sabendo que ela o protegia muito mais do que ele a ela.
Quanto a Ravi, bem, ele sabia muito bem oque sentia por Yvaine, e sabia muito bem. Só que não se sentia merecedor dela, Yvaine era como um princesa do submundo, tão inalcançável. E ela sempre o protegia, ele se sentia terrível em ser tão....humano? Não, não era isso. Ele amava a parte humana dele, porque essa era a parte que o conectava ao seu falecido pai. Mas, talvez se sentir inferior, fosse oque o irritava mais.
Aquela horinha que faltava para chegar no destino deles, havia passado como um fleche de luz. E logo o mar, um pouco do oceano atlântico.
— Finalmente chegamos — Alana sorriu com os olhos brilhando — Ciudad del Carmen.
Cidade do estado de Campeche, florida, e repleta de cores. Yvaine e Alana se aproximaram da janela do carro, admirando o lindo mar cristalino bem abaixo delas. Crianças brincando com seus pais na água salina. Adolescentes rindo juntos enquanto guerreavam na água, quem seria o melhor nadador.
Por um momento, Alana se esqueceu que não estava ali para turismo, começou a se perder em seus pensamentos enquanto as bochechas doíam por não conseguir parar de sorrir. E por mais que negasse, no fundo ela invejava aqueles adolescentes, por serem livres e sem preocupações.
Yvaine riu baixinho quando viu Ravi colocar a cabeça para fora da janela, sentindo o vento e o sol banharem ele. Estava tão fofo com um sorrisinho no rosto, ela corou com seu pensamento.
— Nós temos que encontrar a pessoa que Atena protege — Lembrou Darcel cortando o clima de todos.
— Ah! Darcel para de ser tão chato! Nos deixe respirar um pouco. — Gritou Yvaine dando um tapa na cabeça de Darcel. O mesmo a olha com raiva e pragueja.
— Eu acho que vocês estão esquecendo o verdadeiro motivo de estarmos aqui né? — Ele bufou. Alana não queria concordar com ele, mas sabia que ele tinha razão.
— Darcel eu entendo, e você até tem razão — Alana finalmente entrou no meio — Mas, pelo menos, vamos comer alguma coisa e comprar roupas não tão... desconfortáveis.
Mesmo com o tom manso de Alana, Yvaine não parecia muito satisfeita, mas também não parecia estar tão irritada. Darcel olhou-a bem e abriu a boca para responder, mas depois fechou-a rapidamente.
— Sejam rápidos. — resmungou ele voltando seu olhar para a janela. Alana soltou um arquejo aliviada.
Ravi estacionou o carro voador em um local escondido, e assim os gêmeos fizeram o mesmo com suas motos. Quando foram para a cidade, os olhares todos estavam em cima deles. Não de modo ruim, eram olhares curiosos, alguns até de admiração. Alana ficou um pouquinho envergonhada, mas cá entre nós, ela estava amando tudo e mais um pouco.
— Olha! — Yvaine apontou para um boutique — Precisamos de roupas novas!
Alana esperava que Darcel reclamasse ou revirase os olhos como se a situação fosse um saco. Mas, por mais estranho que fosse, Darcel apenas colou as mãos nos bolsos e seguiu andando na frente. Não demorou para os outros o seguirem, também desconfiando de sua calmaria.
A boutique era revestida de madeira e decorações coloridas, que provavelmente haviam sido feitas a mão. O aroma florido pairava pelo local graças ao incenso perfumada que queimava em cima da bancada de madeira e vidro.
— ¡Hola hola! ¡Bienvenido a nuestra pequeña boutique!
( Olá, Olá. Sejam bem vindos a nossa pequena boutique)
Duas senhoras pularam de trás do balcão com sorrisos gentis na face envelhecida. Alana estava admirando a roupa que usavam, definitivamente gostavam de ser tradicionais.
Antes que alguém pudesse responder, uma das senhoras com longos cabelos pretos se aproximou de Alana rapidamente, a fazendo tomar um leve susto.
— ¿Cómo podemos ayudarlos? ( Em que podemos ajudá-los? )
— B-Bem.... — Alana só sabia sorrir nervosa, não entendia nada do que a mulher falava. Maldição! Deveria ter prestado mais atenção nas aulas de espanhol do professor Félix. Apesar dele ser um péla saco quando queria.
Yvaine logo correu para socorrer Alana.
— Tenemos que comprar trajes de baño, como... — Ela pensou um pouco colocando a mão no queixo, — ¡surfistas!
( Precisamos comprar trajes de banho, como... surfistas!)
O rosto da mulher se iluminou incrivelmente sorridente. Alana soltou um arquejo aliviada por Yvaine ter salvado sua pele.
— Te traeré algunas piezas para que las veas.
(Vou pegar algumas peças para vocês darem uma olhada )
Yvaine assentiu prontamente, e as duas senhoras começaram a mexer nos cabides.
— Não sabia que falava espanhol — Disse Alana a Yvaine surpresa. a mesma deu de ombros como se não fosse nada.
— Nós sabemos todas as línguas que possam existir, desde as mais antigas e perdidas, até às mais recentes. — Explicou ela vendo os gêmeos fuçarem a boutique. Alana não podia evitar de ficar surpresa com a mais nova informação.
— Não precisa ficar tão surpresa! — Brincou Yvaine — Não é nada demais, desde pequenos somos ensinados sobre as diversas línguas que existem. Você só não teve tempo para aprende-las.
Claro, se tudo aquilo não tivesse acontecido, Alana seria tão inteligente quanto Yvaine e o resto do pessoal. No interior de sua alma, ela começou a se sentir inferior a eles.
— Yvaine — A mesma a olhou — Você pode me ensinar novamente a nossa língua nativa?
— Quer que eu te ensine grego? — Indagou completamente surpresa. Alana assentiu decidida.
— Como posso querer governar meu povo se não sei ao menos a nossa língua nativa. — Yvaine acabou concordando com uma careta.
— Realmente é esquisito.
— Isso significa que vai me ajudar não é? — A loira agarrou o braço de Alana e sorriu para ela gentilmente.
— Não precisava nem perguntar.
As senhorinhas eram completamente engraçadas, cantavam enquanto remexiam as roupas, e de vez em quando brigavam entre si. Mas, ainda que brigassem, dava para ver que amavam muito uma a outra, eram boas amigas com certeza.
— Estos son nuestros únicos modelos, espero que les guste
( Estes são nossos únicos modelos, espero que gostem.)
Disse a senhora colocando as roupas ainda nos cabides em cima da bancada. Todos se aproximaram para ver, enquanto as senhoras os olhavam com ansiedade.
— Aí esse definitivamente é minha cara! — Esbravejou Yvaine pegando uma roupa de banho cor violeta.
— Acho que esse ficará bom em mim. — Cada um segurava uma peça de roupa com uma cor diferente. Yvaine com violeta, Ravi com o laranja, os gêmeos usando verde, Darcel com azul marinho, e Alana com vermelho.
— Acho melhor colocarmos agora não é? — Alana concordou com Ravi prontamente.
As senhoras os conduziram até os provadores, e assim cada um trocou de roupa. Eram ótimos trajes de mergulho, cobriam todo o corpo e como eram flexíveis, davam uma mobilidade ótima, que era oque mais precisavam.
Alana foi a última a entrar no provador e a última a sair com o traje de mergulho.
— Oque acha? — Perguntou a Yvaine se sentindo um pouco constrangida por usar algo tão colocado ao corpo.
O rosto de Yvaine se iluminou.
— Ficou perfeito no seu corpo, assim será muito mais fácil se mover na água.
— É verdade — concordou ela sorrindo, antes de uma das senhoras se aproximar.
— ¡Sabía que este color le quedaría perfecto a tu cuerpo, niña! Tu novio no puede quitarte los ojos de encima.
( Eu sabia que essa cor cairia perfeitamente no seu corpo menina! Seu namorado não consegue tirar os olhos de você )
Alana não entendeu absolutamente nada do que a senhora havia dito, mas sabia que boa coisa não era, já que Yvaine não parava de gargalhar.
— Oque ela disse? — Alana cruzou os braços enquanto olhava para Yvaine se recompondo.
— Ela disse que a cor ficou ótima em você ,e que o Darcel não consegue tirar os olhos de você. — Alana virou-se para Darcel, que não tentou disfarçar seu olhar afiado em cima de Alana. Ela poderia corar ali, mas não, pelo contrário. Ela sorriu para ele, um sorriso que dizia: " Está deixando muito claro que me deseja "
Ele bufou com um pequeno sorriso de canto. Eram como cúmplices românticos até em pensamentos.
Pagaram as roupas e antes que Darcel e Alana pudessem sair com as sacolas nas mãos, uma das senhoras segurou o braço de Darcel. Ele a olhou com curiosidade, e a mulher só apertou mais seu braço.
— Siento oscuridad en ti, una oscuridad que consume lo que se acerca. Doom y ruina te acompañan lado a lado, y ellos son su veneno mortal. — Darcel enrijeceu o maxilar parecendo nervoso. Alana franziu o cenho percebendo a expressão dele.
— Pero...— A mulher olhou para Alana — Pero... por cada veneno hay un antídoto, para la oscuridad, hay luz, es la única que puede resistir sus llamas, son como el fuego y el carbón. Si el carbón permanece alejado de las brasas durante mucho tiempo, se enfría. No dejes que tu calor enfríe, no te separes. Ella es la única que puede salvarlo de la oscuridad.
A expressão dele se suavizou um pouco, mas ele se soltou do aperto da mulher sem mais demora.
— Gracias. — Respondeu ele. A senhora permanecia com a expressão fria.
— Oque ela disse? — Darcel não a respondeu, ele apenas pegou sua mão e se apressou para sair dali. Em silêncio, eles foram até o carro e as motos, onde os outros os esperavam.
— Darcel — Ela parou e o olhou — Oque ela disse a você?
Ela sabia que ele não queria dizer a ela, sabia mesmo, mas ela estava preocupada.
— Ela... — Ele pensou antes de continuar — Ela me disse que devemos tomar cuidado com o mar, e mais alguns lugares para visitarmos já que somos turistas.
Ele tentou sorrir, mas não foi uma boa tentativa, estava falso, um sorriso falso.
— Tem certeza? — Insistiu ela não tão convencida.
— Tenho.
Depois de dar uma resposta fria a ela, Darcel entrou no carro e bateu a porta com força. Alana procurava o olhar dele, queria que ele a olhasse nos olhos, mas ele estava ocupado demais encarando os próprios pés. Ela não sabia oque aquela mulher havia realmente falado a ele, mas oque quer que fosse, o deixou completamente perturbado.
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Atualizado até capítulo 19
Comments
Ramilsa Lima
atualiza mulher vc desistiu de escrever essa história ?
2023-05-05
2
Ramilsa Lima
atualiza
2023-03-12
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