"Laços de sangue jamais, nunca mesmo, serão desfeitos"
Aquele dia não estava sendo um dos melhores e Fergus podia sentir na pele, logo que saíra da fazenda de cabeça quente, o cavalo tropeçou em falso e machucou a pata dianteira, abandonando o animal, deixando o seu caminho mais longo a pé, resmungando ele andou pelo caminho de pedras até a beira-mar, sabia que o seu desafeto apareceria ali cedo ou tarde, avistou o Drakkar dos vikings e também alguns deles que faziam reparos na embarcação danificada. Escondido atrás de uma enorme pedra pode analisar melhor a situação, percebendo que não poderia atacar o grupo sozinho, deveria aguardar até que encontrasse o seu inimigo sozinho, enquanto isso não acontecia, os seus pensamentos o levou até a sua mulher que breve lhe daria mais um filho, aquela ideia de ser pai fez-lhe sorri, tirando um pouco o ar negro que carregava, pois, mal cabia em si de vontade de ver o rostinho da criança e pensar como seria, pareceria com Lucy de cabelos escuros, ou com ele de cabelos loiros? Com certeza preferia que tivesse a sensatez da mãe, e aquele sorriso cheio de alegria, queria ser um bom pai, assim como vinha tentando ser para o garoto, que era um bom menino mais não podia evitar olhar o garoto e se lembrar do pai, porque era notável alguma semelhança, mais o sorriso era da mãe, com tudo amava como o seu próprio filho aquele garoto.
— Quer se casar comigo?— de repente os seus pensamentos o fizera voltar ao passado fazendo lembrar de como pareceu imprudente ao fazer aquele pedido a prima Angellik assim que chegaram a ilha, ela estava grávida de um homem que não a merecia, e acreditava que não voltariam a se encontrar e se caso encontrasse, estava disposto a lutar por ela como sempre fizera desde a infância quando ela viera do Castelo, era sempre muito alegre e conversadeira, mais gradualmente foi amadurecendo e perdendo o brilho, com tempo percebeu que a sua mãe não gostava da menina, e a culpava pela morte precoce da irmã, achava aquilo injusto e decidira tomar as suas dores, sentia um instinto protetor surgindo em si a cada abraço que lhe dava todas as vezes que a viu chorar pelo desprestígio e a rejeição da família até senti-se culpada por nascer a dor de não ser amada, mostrei ao contrário tornando o seu guardião protetor, com tempo vi que era amor o que crescia, junto nos dávamos bem, e no dia do seu aniversário de dezenove anos planejei pedir-lhe em casamento, quando a vi descer dos seus aposentos com aquele vestido azul, intimidada pela quantidade de convidados que vieram-lhe prestigiar, estava radiante com os seus cabelos soltos cintilavam, chamado atenção de todos, o que ela claramente não gostava, sempre se diminuía com humildade setindo-se pequena e sem graça, não era verdade, fazia questão de reforçar aquilo diariamente.
Naquela noite enquanto caminhava na direção da sua amada para lhe tirar para dançar, só tinha olhos para ela, quando foi interrompido pelos nórdicos… e perdera a oportunidade de se declarar e casar com a sua amada protegida. — Fergus suspirou pesaroso, guardou aquele sentimento em segredo todos aqueles anos.
Já na ilha acreditou poder ter a chance de ter a sua bela Angellik só para si, mas também notara que a Lucy olhava-lhe de um jeito diferente, e para ser honesto ela era uma pessoa encantadora, era alegre mesmo durante as dificuldades que passaram, para ela não avia tempo ruim, tinha um lindo sorriso, e era bonita, tinha um belo corpo com seios fartos, sabia que era viúva, o seu marido falecera de um ataque de hienas numa caçada à poucos meses após o casamento, e lhe deixara sozinha sem um lar, pois ele era viciado em jogos e devia muito, os cobradores tomaram tudo, e apenas restando a opção de trabalhar no castelo como dama de honra.
— Mim perdoe Fergus, você é como um irmão para mim e mesmo que não te visse assim, eu ainda mim, considero uma mulher casada, para mim aquele casamento foi válido, tanto que estou a esperar um filho dele, decidi permanecer só, pois não quero viver como uma adúltera, e eu não quero que tenha piedade de mim!
Aquela foi a resposta que Angellik lhe dera, então resolvera não insistir e passou a reparar na Lucy, descobrindo qual interessante era e parecia sempre tentar agradar-lhe de algum modo, se aproximara dela e logo viu-se envolvido, pedindo-a em casamento dois meses após estarem ali, e foi então que a viu chorar sendo sincera e corajosa ao contar-lhe o que sofrera, e pior que estava a esperar uma criança fruto de um estupro, na hora avia ficado cego, sentindo o sangue ferver desejando justiça, mais sabia que era quase impossível, e a viu se entristecer acreditando que não merecia um homem bom, e que alguém jamais se casaria com ela por aquilo, o que não era importante, então decidido a provar ao contrário se casou com ela e prometeu para si, que a faria feliz daria o seu melhor como marido e pai da criança que estava por vir, também prometeu que se tivesse oportunidade, vingaria ela um dia, era uma promessa.
Com o casamento aprendera a amar a Lucy, e a respeitou enquanto estava grávida só a tocou depois do resguardo, ambos estavam nervosos no dia do primeiro contato íntimo, sendo mais cavalheiro possível, para não assusta‐la, pois, ela tivera uma experiência traumática, e aquilo ficaria no passado, assim aconteceu a noite de núpcias, beijara com doçura nos lábios carnudos dela que retribuíra com ardor, lhe deixando surpreso e cheio de desejo de se sucumbir ao prazer, se entregaram em noites quentes de amor, o fazendo descobrir qual era bom ter uma esposa dedicada, amorosa, uma família, e para felicidade ficar perfeita um ano após a união, ela estava grávida, seria pai de novo, e dessa vez ela estava radiante de felicidade, ambos estavam, a casa iria ganhar novo membro, mais vida, mais felicidade...
— Eu não posso estragar essa felicidade, a minha família é o que importa!
Fergus disse para si mesmo em voz alta decidido retornar para casa deixando a vingança de lado, esperava ter outras oportunidades, mais naquele momento queria ficar com a sua esposa o seu coração pedia aquilo, sentiu uma forte dor no seu peito em imagina-la naquele estado avançado da gestação e preocupada se ficaria viúva, devia voltar já para perto da família e lhes acalmar o coração, arrependido por sair de cabeça quente não foi racional em pensar que talvez só traria mais problema para sua família em vez de resolve-los.
— O seu instinto protetor desenfreado ainda poderia deixar-lhe em maus lençóis, — Pensou enquanto fazia o trajeto de volta.
— Se… senhor?
John gritou assim que o avistou parou o animal ao seu lado e desmontou a falar em um só fôlego, e contou o que estava a se passar em casa com a sua esposa, com o coração apertado Fergus rezou para chegar a tempo de encontrar a sua esposa com vida, fazendo as suas preces silenciosamente, voou para casa.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
ARMINDA
Mas vai ficar arrasado quando chegar e ver sua esposa morta.😪😪😪😪😪😪
2024-05-20
2
ARMINDA
UFAAAAA QUE BOM QUE ELE NÃO FOI ATRÁS DOS BASTARDO.
2024-05-20
2
Paula Lima
Agora é tarde para pensar assim
2024-03-01
1