As diferenças, de ideias fazem batalhas, até mesmo quando não as queremos. Os sábios evita guerras, preferindo a paz.
Állex viu os seus homens se aproximando da mulher, eles saíram do nada assustando a com suas presenças grosseiras, como sempre eles tratavam a todos de formas desrespeitosas.
— Aquele é seu irmão!
— Sim, tanto que pedir para não caçar encrencas! – Ele resmungou voltando-se para o primo
— Bom, se for sua ruivinha? Você não vai intervir?
— Não tenho certeza se é ela, caso não seja, não quero problema com aquele infeliz.
— E se for? Acha que seu irmão vai respeita‐la? Você sabe bem o que se passa na cabeça daqueles idiotas eles não raciocinam com a cabeça de cima...
Ambos viram quando a pobre moça foi empurrada para um lugar mais afastado da multidão, ele não tinha certeza se era ela, mais não poderia fingir que aquela ação lhe agradava, mexendo com sua consciência o que à tempos esquecera que tinha. Caminhou rápido até onde eles estavam, disposto a livrar um mau irreparável, estava farto de sempre intervir nas besteiras que principalmente o irmão fazia, mulher alguma merecia ser obrigada a qualquer coisa.
Parando próximo do grupo que discutiam quem seria o primeiro a usufruir do corpo da mulher, ninguém percebeu a sua presença até Allex falar com voz firme, segurando a espada ameaçando desebainhar-la.
— Epa! Vai tirando as mãos de cima dela! Nunca cansam de repetir as mesmas tolices?
A reação imediata de todos foi de susto, inclusive da moça, enquanto os homens logo esquecia o susto, olhava-o com desagrado, pela interrupção, quanto mulher, olhava-o sem piscar, talvez em estado de choque. Àllex direcionou o olhar para a camisa de mangas longa que ela vestia, alguns botões haviam sido arrancados provavelmente pela força bruta dos agressores, deixando a mostra parte do seu corpete bem apertado, que prendia os seios que subia e descia arfando de medo pelo que estava preste a lhe acontecer, o pescoço muito branco mostrava também suas veias alteradas, o guerreiro não queria parecer indiscreto, mais não conseguiu evitar, de olhar aquele corpo atentamente. Ela vestia calças que por sinal, não lhe caia muito bem, deixando em nada atraente, era até estranho porque poucas mulheres se atrevia a se vesti com roupas masculinas, e aquelas deliberadamente pareciam está muito larga para a mulher que não era muito carnuda.
— Mulher recomponha‐se, vá e esqueça o que ouve aqui!
Állex ao ver-la murchar percebeu que a mulher devia está a pensar que ele era mais um para abusar-la.
Virou-se de costa irritado por ter se comportado com tamanha grosseria ao observar as partes expostas daquele corpo, naquele momento em que ela estava tão vulnerável, sentiu-se sujo como os outros, era inegável alguma semelhança com sua mulher, principalmente a cor dos olhos que pôde ver bem quando ela levantou a cabeça para olha‐lo, e os cabelos, sua mente traiçoeira, logo o obrigou a se lembrar do cheiro dos cabelos da sua esposa francêsa, a maciez da pele muito clara, os momentos íntimos inesquecíveis...— No que estava pensando? Sua esposa podia está morta, aquela não era ela, se lembrava dela como um anjo, de cabelos muito longos, e pequenina, magrinha, sua voz era doce e quando falava ao seu ouvido na cama após fazer amor, era frases ditas sem nexo, mais lhe deixava louco por ela desejando possuir seu corpo mais uma vez, era uma sede sem fim, tantas vezes tivera que se conter para não exagerar ou assustar-la, mesmo ela sempre correspondendo com a mesma intensidade aos seus estímulos. Ela o surpreendia pela intensa paixão, e jamais se reprimia, e ele adorava isso nela.
"Aquela mulher era diferente, viu o jeito que ela fora arrastada para aquele lugar sem lutar, algo que Angellik jamais aceitaria sem se debater, como ela fez no dia do casamento, ou do jeito que defendeu o primo quando seu irmão tentou mata-lo, até mesmo a forma como ela sempre lhe enfrentava quando queria atenção, a sua mulher era dona de uma elegância incomparável, e um génio teimoso arredio".
Ele olhou de soslaio para a mulher que tentava arrumar as vestes, apesar de bonita seu rosto estava com marcas de queimaduras do sol, os seus cabelos não pareciam assim tão longos, estavam secos, pareciam desgrenhados, maltratados assim como a dona com aquelas vestimenta feias, aparentando ser mais velha que o seu anjo, definitivamente, não podia ser, caso fosse onde estaria o seu cão de guarda que não a deixava por nada?— Balançando a cabeça negativo se afastou fazendo com que seus homens o seguisse resmungando diversos palavrões em seu dialeto.
Não era possível ninguém a reconhecerá? Nem mesmo o homem que se deitara com ela várias vezes? O homem que lhe chamava de amor quando estava em seus braços, nem sabia se aquilo era bom ou ruim, estaria tão mau assim? Ou seria fingimento deles?
Não importava só queria ir para casa e esquecer aquele episódio, até aquele desastre, acreditou está segura agora sabia que se enganou.
Um pouco depois após encontrar o Jhon, e ele relatar que estava-lhe procurando pra ir, as entregas estavam feitas poderiam retornarem para casa imediatamente, mas antes notou com preocupação as roupas dela desgrenhadas e o rosto aflito, parecia ter vindo fantasma, insistindo em saber o que acontecerá, ela deu de ombros dando qualquer desculpa, deu o assunto por encerrado e montado no seu cavalo partiu a galope como quem foge de algo tenebroso, deixou o rapaz para trás um tanto apreensivo.
(...)
Em casa a mulher fora recebida por abraços é beijos de quem mais amava, e repetiu para si mesma que tudo valera à pena vivenciaria tudo outra vez só para ter aquele pequeno ser em sua vida qual trouxera luz e mais vontade de viver.
Abraçando o menino com força não conseguiu conter as lágrimas que começou a brotar como uma enxurrada que chega arrastando emoções já então esquecidas.
— Mamãe você está me machucando!
Angellik afrouxou o abraço tentando enxugar as lágrimas com a manga da camisa empoeirada, tentou sorrir para o filho, se desculpou, beijando seus cabelos crescidos; com um pouco mais de três anos, era a sua razão de sorrir, com gentileza acariciou seu rosto com leves sardas.
— Perdoe‐me meu anjinho! A mamãe está muito cansada!
— Eu sei mamãe! Logo eu vou crescer ficar forte como o papai e não precisará mais trabalhar assim, vou cuidar de você! - o garotinho passou a mão no rosto da mãe com doçura e inocência, o gesto puro, a fez sorrir, controlando as lágrimas envolvida pela emoção do momento.
— Eu sei meu amorzinho! Vem cá!
Ele se aconchegou novamente em seus braços, afagando os cabelos ruivos do filho Angellik respirou fundo, aquele simples ato fez-lhe estremecer por dentro, pois, seus pensamentos voltaram a anos, atrás quando tinhas longos cabelos e o Állex ficava horas acariciando o seu couro cabeludo as vezes contando histórias da sua infância ou até mesmo as suas façanhas em alto mar, muitas das vezes dormia sem escutar uma só palavra do que ele dizia, então ele dava-lhe um beijo na testa e deitava ao seu lado passando o braço forte ao redor da sua cintura, e naquele momento sentia-se a mulher mais amada, e protegida do mundo, até esse mundo se desmoronar rápido demais...
— Állex!!!
Com raiva sentiu os seus dentes ranger, ao ouvi o som da sua própria voz.
— Eu ouvi bem?
A ruiva olhou para a mulher que estava parada à poucos passos das suas costas, a sua barriga enorme e baixa dava sinal que o bebê nasceria por aqueles dias.
— Oi Lucy! Você estava aí?
Ela tentou apertar a roupa no corpo ao se por de pé, começou a caminhar para longe da mulher que lhe investigava com o olhar preocupada ao notar o seu estado de agitação.
— Sim, estou e vir as suas lágrimas! Quer me contar o que ouve ou vou ter que esperar o Fergus para ele arrancar a verdade de você?
— Não quero que ele se preocupe, e muito menos você nesse estado quase dando à luz!
— Fale logo! Não precisamos ter segredos somos uma família, não somos?
A mulher pois as duas mãos na cintura e Angellik quase riu, ao notar que aquilo a deixava com ar engraçado, em pensar que também já ficará daquele jeito, e se sentia horrível, parecia uma bola que não podia rolar de tão pesada.
— Não me enrole, alguém fez-lhe mau? Fale de uma vez, estou ficando impaciente, a criança não para de chutar,– ela levou uma mão na barriga e outra nas costas — Aí, preciso sentar!
— Tá! Mais promete que não vai contar pro Fergus!
— E, o combinado de jamais termos segredos entre nós?– A gestante perguntou sem imaginar qual revelação catastrófica estava por vim.
A ruiva fez uma careta abaixando para falar com o filho que estava-lhe segurando a mão ainda.
— Ô meu pequeno herói, o que acha de ir regar as plantinhas do jardim para a mamãe?
— Sim, mamãe, posso pedir ajuda do nayrock? – o menino concordou animado.
— Sim, claro! Tenho certeza que juntos farão um ótimo trabalho!
O menino saiu correndo para chamar o filho da Lucy que era da sua idade, eram criados como irmãos, nasceram com apenas algumas horas de diferença, o qual era fruto de um estupro, Angellik só soubera do ocorrido quando sua dama de companhia lhe contou aos prantos, já no navio de fuga, quando também soubera quem era o abusador, seu cunhado, e tudo ocorrerá na noite em que a Angellik também se entregara ao marido, de certa forma sentia-se culpada, enquanto tinha uma noite de núpcias prazerosas a sua amiga era violentada e ameaçada de morte caso resolvesse contar o que aquele mostro fizera, o imundo ainda dissera que naquela noite era para ter arruinado as duas, "pena, meu irmão bastardo, já esta comendo a virgem, só sobrou a escrava, uma aia" Ela disse que fora essas as palavras dele, enquanto tampava sua boca e rasgava seu vestido forçando violentamente o ato pela noite toda, enquanto reclamava proferindo ameaças a todos que ela amava, dizia ainda que a vingança dele iria chegar para todos inclusive o seu meio-irmão, que o envergolhava sempre. A pobre moça ficou temerosa se calando na época.
Saber que sua amiga sofrera a pior desgraça que uma mulher poderia passar era doloroso, por isso recusara o casamento do primo quando ele lhe propôs tão logo chegaram aquele lugar; o rapaz acreditava que poderiam se tornar um casal, prometendo criar seu filho como o seu próprio, o que na verdade ele já fazia, tanto que eles se tratavam como pai e filho, era lindo de ver, assim como era também com o Nayrock.
Ambos os garotos eram até parecidos, então juntos, ela Lucy e Fergus decidiram tornar uma grande família e percebera que o que sentiu sempre pelo primo era amor fraternal via ele como um anjo da guarda, um braço forte que sempre poderia contar, e logo percebeu os olhares entre os enamorados decidiu dar uma força para o amor dos dois, incentivou o primo a falar de casamento com a Lucy, deu certo que logo estavam casados e agora esperando o filho do seu primo via a sua amiga realmente feliz com segunda gestação, e não lhe culpava, antes, ter desejado morrer antes mesmo de dar à luz ao primeiro filho, que era a lembrança constante da sua dor, criar e amar o filho de um mostro.
Quando o bebê nasceu viu seu seblante mudar e nem só aceitou a criança como também o amou no mesmo instante, fazia questão de demonstrar isso o tempo todo pois todos sabiam que a criança não tinha culpa, ali eram todos inocentes.
— Então o que é de tão grave que o seu primo não deve saber? – a amiga lhe perguntou trazendo de volta ao presente.
— É sobre o Állex... — Disse devagar para não assustar-la.
— Ele apareceu aqui na ilha?– perguntou franzindo o cenho.
Lucy levou a mão ao peito com preocupação.
— Calma! Eles estão aqui, mais o que tudo indica não me reconheceram!
— Como calma? Vocês reencontraram-se do nada?
— Sim, tive tanto medo, mais tudo ficou bem graças a Deus!
— Não esta tudo bem, eles vão nos achar, e já pensou nas crianças? – Lucy começou a andar de um lado a outro.
A mulher começou suar entrando no estado de pânico. Enquanto a outra acompanhava seus passos tentando acalma-la, arrependida de ter falo o que não queria.
— Eu disse que não devia contar, agora você está passando mal...
— Como não me preocupar? Você me diz que aqueles monstros estão aqui, agora não somos só nós, tem as crianças, estou nesse estado mau posso me mover em casa imagine fugir!
— Não vamos fugir, não vai precisar, se eles nos quisessem estariam aqui...
—... E você me diz que seu primo não deve saber, eu digo que precisa sim, ele saberá o que fazer, afinal ele é o homem da casa. – a mulher a interrompeu.
— Eu sei, mas se ele souber, pode ir procurar o infeliz que fez aquilo com você, ou já se esqueceu da reação dele quando soube? Ele quis voltar aquele inferno só para matar o infeliz, é isso que quer? Dessa vez não tem que cruzar o oceano, porque ele já está aqui.
— Verdade, se ele souber vai da muita coisa errada, merda!
Agora ela voltara em si, pediu desculpa a amiga.
— Eu não vou contar, mas precisamos ter muito cuidado, ficar atentos e se pudermos, contrataremos mais alguns ajudantes, para não precisar sair longe da propriedade e ficarmos tão expostos, o caso é sério você tem razão!
— Eu ouvi tudo!!!
As mulheres se entre olham ao ver a figura do Fergus na soleira da porta, o seu olhar faiscante de ódio e o seu rosto sempre calmo agora vermelho como pimenta madura, o cesto de legumes que ele trazia espalhou-se pelo chão da varanda, por que ele deixara escorregar das suas mãos.
— Como ousam esconder isso de mim? Sabem do meu desejo de acabar com aquele cão, vingar a sua desonra e o sangue que ele derramou, ou já se esqueceram que eu quase perdi a perna por causa dele? Sou quase um alvejado inútil!!! – gritou
— me, digam onde está esse infeliz, e vou já selar o meu cavalo para lhe arrancar os olhos, as vísceras todo o resto, com os meus próprios dedos!
As mulheres tentava explicar a situação, o risco, as crianças, e tudo que estariam arriscando por causa de vingança, o que podiam viver sem, mas de sangue quente ele não as ouvia e correu para pegar a montaria e armas, Angellik correra para alcançar‐lo, para que não fizesse besteiras.
— Se eu não retornar, então pegue as crianças e o que puderem e partam para bem longe, eu não poderei viver enquanto eles viverem impune, se eu morrer, mim desculpem, me perdoem, mais não vou deixar essa chance de acabar com a vida do meu inimigo declarado, ah! Não mesmo!
Com rapidez de um raio ele desapareceu na estrada, Angellik viu a Lucy colocar a mão no baixo ventre mordendo o lábios inferior e ficar pálida, ela sentia algo, correu para ajudar a sua amiga que já estava a ser aparada pela Nariah que antes chamava-se katra, a mulher de Jhon .que ajudava nos afazeres domésticos da casa.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
Aline Reis
essa mulher deve ser muito feio ,e agora deve está pior ninguém a reconheceu.
2024-08-17
0
ARMINDA
LUCY VAI PARIR.😬😬😬😬😬😬 CARAMBA QUE DE CERTO O NASCIMENTO DO BEBÊ.
2024-05-20
2
ARMINDA
Pronto la vai o primo arrumar ideia. 😬😬😬😬😬😬
2024-05-20
2