CAP. 11 Os bárbaros

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...Crueldade, é apelidos!...

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...    De volta á embarcação, desolados tendo seus planos indo de água a baixo, mas por outro lado estando agradecidos por estarem vivos. Ferguns precisou de ajuda para retornar, e Lucy agora estava cuidando do seu ferimento, avia recebido um corte profundo, pelo aspecto ele demoraria para se recomperar....

...  — Vá se trocar! — Állex mais que pediu, ordenou mau humorado, olhando-a parecia irritado, com ela....

...  — Eu preciso ajudar a Lucy a cuidar do Ferguns!...

... — Não precisa! Ele teve o que mereceu! — Ouvindo falar daquele jeito Angellik chocou-se com a frieza em seus olhos e a ásperesa na sua voz....

...— Ele só estava me defendendo! — Ela falou tentando conter a raiva que começava a crescer dentro de si....

...— Não fez mais do que a obrigação! Afinal foi ele que lhe tirou daqui, e te pos em perigo! — Ele quase gritou alterando a voz, o que fez com que os homens olhassem para eles. Não parecendo se importar ele continuou...— Vá agora se trocar está encharcada! E não me questione mais, eu não quero que volte a ficar doente, não preciso de mais preocupações vindo de você!...

...Envergonhada por ele ter falo tão alto, cabisbaixa, ainda tentou argumentar....

...— Eu nao quero te dar trabalho...eu sinto muito q......

...— Pois devia ter pensado antes de fugir...nao achei que fosse tão infantil e tola......

...— Tola eu? Pensa que sou infantil?Então porque quebrou o acordo que fez com o meu pai, me desposando? — Levantou o olhar para ele, estava tensa pela situação, olhar dele tão severo, a fazia sentir tão pequena e indefesa, mas logo lembrou que estava com raiva, por ele não ter sido sincera, em contar sobre a noiva, e a possibilidade dela ser uma simples concubina....

...Ela também falou alto desafiadora, já que ele fazia questão que todos os vissem discutindo, não seria ela a ficar calada não era obrigada passar aquele papelão, quem ele pensava que era? Precisava ser tão rude?...

...— Não faz ideia do quanto já estou arrependido...!— Ele dissera balançando a cabeça parecendo decepcionado, com a voz arrastada e olhar triste....

...— Como? Eu... — Ela não tivera tempo de formular a frase por completo, Àllex dera-lhe as costas saindo....

...Deixada falando sozinha e irritada não teve alternativa senão descer e se trocar pois ainda estava com as roupas molhadas e com muito frio....

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..." Então era isso que ele pensava dela? Que só lhe daria problemas? Estava arrependido? Não sabia o quanto ela também estava! E não permitiria que a tratasse daquela forma! Ah! não mesmo! " Fora de si, Angell fervia de raiva por dentro, mau via à hora em que ele entrasse pela porta, para confronta-lo e impor respeito, como os outros iriam respeita‐la se nem ele o fazia? Sem falar que quase fora morta, pelo próprio irmão dele, em vez de demonstrar cuidado e preocupação, não, ele joga toda culpa em mim, nem ao menos se deu ao trabalho de colocar o irmão no devido lugar, parece que tem medo daquele mostro! — Resmungava se livrando das peças molhadas e colocando outras secas esperando que logo aquecesse seu corpo....

...Enquanto isso fora ver o estado do Ferguns que estava tendo a perna costurada naquele momento, ela ajudou segurando-o depois de lhe dar um pano para colocar na boca para abafar os gemidos de dor enquanto Lucy costurava o ferimento, quando lucy terminou a sua senhora lhe mandou que descansasse, mas ela se negou a sair do lado do rapaz que acabara adormecendo, sem ter nada pra ocupar o tempo voltou ao seu quarto para esperar pelo marido enquanto isso andava de um lado para o outro inquieta vez ou outra colocava a cabeçana abertura da porta para espiar se ele estava vindo, e decepicionada voltava a gastar a sola do sapato de carmuça azul. A tarde chegou e nada do seu marido, cansada de esperar saiu à sua procura, com Lucy ocupada cuidando do Ferguns apenas lhe restava a companhia do Trevis o que achará estranho ele não está ali, nem o avia visto desde que chegara mas não preocupou-se sabia que o homem estava por perto, passou pelo corredor meio escuro que agora já se acostumara, subindo para o andar de cima, teve sua atenção elevada de imediato para a movimentação que ocorria ali, com uma grande quantidade de homens reunidos pareciam alterados, o que não era novidade. Se aproximou mais perto para ver se encontraria o Állex naquele furdunço, abrindo espaço entre o grupo pode ver o que estava acontecendo, o Guarda Trevis cujo estáva procurando, se encontrava de joelhos diante deles, tinha as mãos amarradas atrás das costas, ouviu implorar misericórdia o que causou riso entre eles, alguns até o chutaram chamando de cachorro e ladrão, sem entender o que estava acontecendo, tentou se aproximar mais, um dos homens segurou-lhe o braço impedindo que chegasse mais perto....

...— O que está acontecendo? Perguntou ainda tentando passar preocupada com aquela cena desumana...

...— Um julgamento, ou melhor uma condenação! — O homem respondeu se divertindo como se fosse uma peça de teatro...

...— Você não disse nada que te prove inocente, então o considero culpado! — Ouviu uma voz dizer.— ... E vai pagar com a vida! — Ouvi gritos exigindo o sangue do homem que clamava por piedade e começou a chorar fazendo suas preces aos céus em voz alta....

...Empurrando, enfim conseguiu ultrapassar a barreira de homens sanguinários, e ver toda aquela cena que nunca esperou presenciar, com o rosto em torpor assistiu o exato momento que o allex levantou a espada que estava empunhada em suas mãos, Angellik levou a mão na boca egolindo em seco, as palavras pararam presas em sua garganta quando viu a espada transpassar o coração do homem que caiu devagar sacudindo-se em estado de choque a jorrar sangue, com o olhar parado na sua direção, aquele olhar fixo como se pedisse socorro....

...   — Não!!!! — Ela gritou aterrorizada quando por fim conseguiu dizer algo, o carrasco do Trevis olhou surpreso em sua direção, parecia não esperar vê-lá ali, ele soltou a arma do crime suja de sangue, o olhar da sua esposa caiu sobre ele acusador, correndo de pavor, ela sentia o coração partido, se dera conta da tamanha crueldade e sangue frio que tinham aquele povo, aquela cena monstruosa era demais para seu estômago fraco....

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...  Minutos depois seu marido a encontra encolhida num canto do quarto, abraçada aos joelhos com soluços e os olhos já enchados de tanto chorar, vendo aquela cena lhe cortou o coração desejando correr e abraça-lhe, mais estava muito magoado com ela, por ter tentado fugir, justo quando acreditou que ela estava feliz ao seu lado. Um dia atrás quando precisou parti, para negociar com os moradores daquela pequena ilha, á viu acenar com a mão, e tentou inguinora-lá, mas só o grande Odin sabia do seu real desejo em leva‐la consigo, e poder conhecer melhor sua mulher, mas achava que não seriam bem recebidos ali caso aparecesse com uma mulher cristã, eles poderiam ter má superstições,não queria que entendessem como provocações o que seria motivo para fazer inimigos, nao precisavam disso acreditou que estaria segura na embarcação, e prometeu a si mesmo que não demoraria mais que o necessário, e logo estaria de volta para fazer as pazes com ela, o o líder daquela ilha se mostrou aliado de batalha do seu rei, por isso insistirá para que ficassem, comessem e bebessem com eles, por isso não pôde dizer não, e bebera um pouco, que foi o suficiente para saber dos avanços e conquista de novas terras do rei da França, sabia que em breve uma guerra estouraria, deviam está preparados. Pela manhã fizera questão de voltar logo com os primeiros raiar do dia, foi quando estavam próximos da praia, que viu um grupo de homens se esgueirando entre as folhagens das árvores, achou suspeito e decidiu segui-los, e por pouco não chegara tarde demais, sentiu o coração parar, quando viu o seu irmão agredir a sua mulher, sentiu um desejo enorme de arrancar-lhe as vísceras, por tamanha ousadia, por sorte conseguiu impedir que o pior acontecesse, caso contrário não iria perdoar‐lo jamais, e teria quebrado a promessa de nunca tirar a vida de um sangue do seu sangue, ainda agora não sabia o que avia acontecido, o seu irmão apenas dissera que estava limpando sua honra, mas não insistiu com explicações, estava furioso com todos, inclusive com a sua esposa....

...Aquela imagem ainda não sairá da sua mente, o momento em que quase a perdera, só de pensar aquilo o seu coração palpitava e sentia um suor frio, sentia uma mistura de sentimento que nunca sentira antes, medo, anseio, e um desejo enorme de proteger aquele pequeno anjo que estava-lhe abalando as estrutura e mostrando o qual era mais fraco do que gostaria de ser....

...— Você já comeu algo? — Ele perguntou, vendo-a se encolher ainda mais quando se pois de pé em sua frente, ela estava amedrontada pelo que acabará de ver, os seus olhos arregalaram-se de medo quando se aproximou....

...— Preciso que entenda o que você viu... — Queria se explicar mais sabia que ela nunca entenderia, e aquele pavor em seus olhos fez-lhe senti-se imundo, e pela primeira vez na vida, se arrependera de ter tirado a vida de alguém....

...— Ele morreu porque não era confiável! — Tentou se defender. desejando que ela mudasse aquele jeito de pavor que o olhava....

...— Por favor, não chegue mais perto de mim!!! — Àllex não queria aquilo, se ajoelhou do seu lado, levantando a mão para lhe tocar o rosto, sentia  urgência em tocar-lhe a pele macia para lhe mostrar ser o mesmo e que ela não precisava ter medo dele, pois jamais a faria mal, mais puxou rápido a mão quando a viu virar o rosto assustada, rejeitando o seu toque....

...— O que significa isso? — Gritou agora furioso, a sua mulher novamente rejeitava-lhe? Aquilo estava ficando fora de controle, doía ver o pavor, e desprezo em seus olhos, mais bastava, não era do tipo que aceitava ser controlado por ninguém, muito menos por uma menina mimada que o julgava ser um barbaro incessível, ela queria ser melhor que o seu povo, se ela não lhe queria, não iria insistir, muito menos obriga-lhe, estava cansado de tudo, não precisava daquilo....

...— Pois bem! Apartir de agora não lhe tocarei mais, ah não ser que você venha até mim de livre e espontânea vontade, não deixarei que te falte nada, até que se cumpra o combinado com seu pai, tem a minha palavra! — Levantou e antes de sair pegou seus pertences, olhou para a mulher, que ainda recusava olhar-lhe....

...— Se precisar de qualquer coisa, fala com o Pegazos, ele se encarregará de providenciar, e pode ficar a vontade na cabine, eu não vou incomodar, dormirei com os outros em qualquer lugar, não que você se importe....

O homem se retirou fazendo a porta bater atrás de si.

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