Não bastava chorar e pedir, era preciso arregaçar as mangas e fazer acontecer.
Quando as noites se aproximava, vinha também aquela sensação de solidão, abandono, de impotência, apesar de todas as noites está muito cansada, pois ajudava as mulheres nos afazeres, não via como algo de mais, apenas se juntara nas colheitas dos alimentos, a geada do inverno estava por vir, e precisavam fazer a colheita para não perder nada, os alimentos podiam se tornar escasso naquela época, então avia se oferecido, seria algo útil para passar o seu tempo, e uma terapia para suportar o seu destino. Apesar de algumas caras feias das mulheres do clã e até do Állex, quando ele soube da sua ocupação, exigiu que procurasse algo mais leve para fazer a alegar que ela não estava acostumada à aquele tipo de serviços, para provar o contrário avia ignorado claro, também tinha intenção de irrita‐lo o máximo possível, "ele não a conhecia achando que era só uma menina da nobreza, mas não sabia nada da sua criação " — Ela pensou enquanto dava-lhe as costas quando o marido viera questionar-lhe em uma tarde enquanto voltava do trabalho com outras mulheres, avia o deixado falar sozinho, já bastava o primo Fergus que ficava no seu pé dizendo que aquilo não era trabalho para uma dama. As vezes se irritava com o Fergus por ele a conhecer bem, saber da vida que sempre levara na fazenda, ambos queriam fazê-la sentir uma inútil.
"Nao era nem uma boneca de porcelana."
— Há muito tempo deixei de ser uma dama, na verdade, nunca me senti uma!
Ela dissera para Fergus enquanto ele achava aquilo um ultraje, mas não pudera está ao seu lado, porque os homens deram-lhe outras ocupações, dessa forma eles só se viam à noite no pequeno casebre, estando cansados demais para discutirem.
Todas as manhãs ela é Lucy saiam para o plantio, onde ouviam as conversas das mulheres, sendo algumas delas escravas e concubinas que viera de outros lugares, bem poucas delas lhes cumprimentavam, as demais evitavam ficar perto dizendo terem nojo por elas serem cristã e não eram bem-vindas ali por não adorarem os seus deuses pagãos, faziam questão de humilha-las lembrando com frequência que não eram nada naquele lugar, apenas estranhos e intrusos, sempre desejando um destino cruel para ambas, as moças as ignorava, estavam certas que elas não ousaria fazer-lhes mal, todos ali sabiam quem eram e a quem pertenciam e pelo visto tinham muito medo ou respeito pelo allex.
Um mês passara-se desde a sua chegada, não tivera momentos a sós com o seu marido desde aquele dia que passara mal e a mãe do allex fizera-lhe companhia, foi assim que ficou sabendo da sua possível gestação, e que se trataria de um neto daquela simpática mulher, o que parecia difícil de acreditar pelo fato dela parecer jovem para ser a mãe do allex, não que ele parecesse velho, mas não era mais um jovem com certeza ele não teria menos de trinta e cinco. As duas deram-se bem, foi assim que a mulher lhe contou um pouco da sua história e como viera parar naquele fim de mundo longe da civilização. Ela fora dada em casamento aos doze anos pela própria tia logo após a morte do seu pai que era um nobre, a família daquela mulher teve muitas posses, estava bem claro que a tia era uma gananciosa que se livrou dela para se apossar dos bens sendo única herdeira. O pai do Állex lhe tomara como Concubina, após invadir as terras que viviam, justo no dia do casamento, assassinando o seu noivo e toda a sua família, também fora forçada a viver com o clã, alguns meses depois dera a luz o seu primeiro filho o Állex, como ele já tinha uma esposa, o seu filho apesar de ser o primogénito não poderia ser o herdeiro.
A mulher sabia bem o que àquela jovem estava vivendo, também avia passado por aquilo e muito mais, porém avia aprendido rápido a lidar com a situação, como dizem os anciãos" Quando lhe derem limão, faça limonada" fez de tudo para se tornar a preferida do Vandrak, obtendo tudo ao seu favor. Mais Angellik pensava de outra forma, recusava-se a acostumar com aquela tortura.
Pouco tempo avia se passado até a esposa da à luz uma menina deixando o marido insatisfeito, o rei do clã sabia ser perverso, prometeu que se ela não lhe desse um herdeiro homem em um ano, a concubina e o filho Àllexsander, tomariam o lugar de esposa e herdeiro.
— Então ela teve o herdeiro? — A jovem perguntou curiosa quando a mulher deu um longo suspiro como se lamentasse algo.
— Bom, nao em um ano exato, mais ela deu um herdeiro!
— Então o Állex não é o herdeiro mesmo sendo o mais velho... O pai não cumpriu a palavra?
— Não sei, é bem complicado filha!
— A mulher ficou pensativa — Na verdade, a esposa logo engravidou e era um menino… — Ela fez uma pausa de ‘suspense’ depois prosseguiu:
.—...A criança não vingou, morreu no parto… e quase cinco anos depois ela deu a luz novamente e nasceu o Durgal, você deve ter o conhecido!
— Sim! É um homem asqueroso!
A mulher sorriu
— Então o acordo foi desfeito?
Angell perguntou já sabendo a resposta
— Bom, você já sabe muito sobre mim! — A mulher afagou os seus cabelos sorrindo tentando animar‐la — Deixo claro a minha posição aqui, tem o meu apoio para o que precisar.
A bondosa senhora pediu-lhe que descansasse e retirou-se.
...........
— Você está mesmo bem Angellik?
Ele pareceu preocupado olhando a de alto a baixo como se lhe examinasse minuciosamente.
Avia implorado a mulher que não dissesse nada ao filho até terem certeza da gestação indesejada qual resultaria em sua prisão na aquele lugar, ela exitou, mas concordou dizendo:
— Quanto antes o meu filho souber dessa gravidez melhor para você! Mas sentia que não seria bem daquele jeito.
........
— Estou bem, é só cansaço da viagem, mais alguns dias e estarei forte novamente.
— Tem certeza? Você está me parecendo meio pálida!
Àllex caminhou em sua direção com intenção de observa-lá de perto, o que a fez recuar um passo para trás demostrando o quanto o temia e lhe rejeitava.
— Não se preocupe comigo, não sou feita de papel, posso aparentar ser frágil, mais não sou tanto assim!
— Espero que sim!
Então o viu sair batendo a porta com muita força, fazendo seu coração acelerar com o barulho que fizera.
— Não se preocupe, não creio que ele lhe fará algum mal! Ele é diferente com você.
Lucy que estava no canto veio lhe acolher em seus braços enquanto as lágrimas rolavam sem controle.
.........
Agora ali deitada sem consegui dormi e tendo a certeza que seria mãe, passava um redemoinho em sua mente. Seu pai não lhe receberia de volta com uma criança, e ela jamais abandonaria um filho, mesmo sendo filho de quem era, sabia muito bem o que era crescer sem mãe, não deixaria aquilo acontecer com seu bebê — Pensou acariciando a barriga ainda lisa.
"Nunca pensou em ser mãe, mais já que Deus lhe dera aquela dádiva não lamentaria, viveria para fazer aquela nova vida feliz custasse o que custasse"
Aparti daquele momento decidida, começou à arquitetar um novo plano de fuga, prometeu pra si mesma, que dessa vez faria direito.
Sabia que o tal casamento estava perto, ouvia as mulheres rindo e olhavam em sua direção enquanto mencionava o nome da"esposa Ghetta" aprendeu a não se importar, na verdade sentia-se aliviada assim as chances de ser tocada por ele seria poucas, caso seu plano falhasse iria fingir-se de doida assim não lhe incomodariam.
Adormeceu pouco depois com um largo sorriso no rosto, confiante que logo estariam livre daquele cativeiro...pouco a pouco se viu correndo em um belo jardim florido, seu filho, sua amiga Lucy, e seu querido primo, todos felizes vivendo em um lar harmonioso — Sim, um lindo verdadeiro lar...sonhando se deixou envolver pela maravilhosa sensação de paz!
* * * *
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Atualizado até capítulo 54
Comments
ARMINDA
🤣🤣🤣🤣🤣😍🤣 QUE SONHO LINDO. MAS É SÓ SONHO DONA ANGEL.
2024-05-20
2
Maria Izabel
será melhor revelar sua gravidez só Alex as coisas podem mudar
2023-10-13
3
Lyu Lima
Fugir? Talvez naquela época, dado sua situação, seria mais seguro ser concubina.
2023-09-08
1