"Sem querer ser mal-agradecida mais sempre suspeitou que era a menos amada por todos…" –sentia-se azarada, os acontecimentos só confirmava isso.
Na infância, o seu pai lhe tirará de perto da mãe doente, mandada para viver com os tios, que eram pessoas, que não faziam parte da nobreza, mas que tinham as suas ambições. A sua tia Margareth, irmã da sua mãe, não era a pessoa mais doce do mundo, era bem longe disso, ela sempre fizera questão de demonstrar com desprezo que a moça não era muito querida por ela, sempre soube que só foi aceita ali, devido ao título de que lhes foi prometido ao seu filho mais velho, quando esse estivesse na idade de casar, e também as boas quantias que lhes era enviado mensalmente para as despesas, e para que a criança fosse submetida a uma boa enducaçao, o que, na verdade, tivera por parte, quanto ao tio, Berryni...era uma pessoa de poucas palavras, gostava de lidar com o Campo, por isso mau se viam durante o dia, tinha vagas lembranças uma delas era nas refeições da família ele segurava-lhe a mão na hora da oração, mas nunca lhe olhava fixamente nos olhos, as vezes a jovem pensava, que ele escondia algum segredo, e tinha medo de contar-lhe, claro, impedido pela mulher, que comandava a familhia com mãos de aço resumindo, eles nunca se falavam mesmo, no entanto, ele tinha um ar mais gentil.
Sobravam então os seus dois primos o Ferguns ,era o mais novo, era um pouco mais velho que ela, e se davam muito bem, sempre a defendia do mau-humor da mãe, muitas das vezes até assumia a culpa de algo errado que ela fizera, só para que não fosse castigada. Cresceram assim, cada dia mais unidos, um dia ele fizera-lhe uma jura de sangue, que sempre lhe protegeria, nem que lhe custasse a vida, que estaria sempre por perto, que se um dia ela chamasse por ele, e não atendesse, é porque estaria morto, sim, confiava cegamente em suas palavras.
O mais velho era o Vladimyr, esse tinha o génio ruim da mãe, e vivia a infernizar-lhe a vida, mandava-lhe para os campos, obrigando-a na ajuda das colheitas, como uma serva, dizendo que ela nunca arrumaria um bom pretendente para desposa-la, que precisava aprender a lidar com a terra, para caso algum camponês da região se interessasse por ela, pois era muito sem graça, magra demais, pequena, demais, e aqueles cabelos eram demoníacos, homens não gostavam de mulheres com cabelos de fogo, pois eram filhas da deusa do fogo, uma entidade pagã, a deusa hestia. aquilo lhe fazia sente-se um nada, até se odiando, deixando ser pisoteada sem questionar, devia ser mesmo, – pensava pois, nem seu pai lhe queria por perto, mas avia lhe prometido buscar quando tivesse idade de casar, o que realmente aconteceu… so não esperava que fosse assim tão rápido, justo no dia do seu aniversário… E com um nórdico… realmente, o seu primo estava certo… era uma das filhas de hestia…e o seu Deus estava-lhe castigando...
.......................
Enquanto Angellik relembra a sua fatídica história de vida, notou que a embarcação estava parada, aviam chagado ao destino? — Pensou. Sentindo o coração saltar-lhe do peito, temerosa, pelo que estava por vir.
— Vamos até o deck? — Lucy sugeriu, ao notar a agitação da senhora.
— Estou com medo! — Ela falou em tom baixo, com a mão no estômago sentindo-o revirar, sentia as pernas meio mole, recostou à parede.
— A senhora está mareada novamente?
A moça demonstrou preocupação, segurando em seu braço, para lhe dar mais apoio, notando o seu rosto empalidecer.
— Não é nada, só estou assustada!
Erguendo a cabeça decidida a não deixar se abater, afastou a expressão de medo recobrando a compostura, sabendo que não adiantaria se esconder, "o que tinha que ser seria... o seu marido não deixaria de protegê-la, era obrigação dele, ele prometeu a seu pai, então não devia temer… ou devia? — pensou abrindo a porta.
— Vamos subir! Preciso ver o Àllex!
— Senhora, talvez devamos esperar que ele venha, autorizar que saíamos…ele me parece ficar muito bravo e incomodado, quando vamos ao deck para tomar sol...– A moça indagou arrependida de ter a chamado, pois se lembrou de ter ouvido sem querer um pedaço de uma conversa entre a sua senhora e o marido, ele lhe dava muito medo, mesmo sem ter lhe feito nenhum mal. " Mas pela expressão calma que a minha senhora sempre acorda pela manhã, ele não deve ser violento ou rude como o irmão, me sinto aliviada em saber".
Vendo a expressão de Lucy amedrontada, Angellik deu-lhe um meio sorriso.
— Não se preocupe! Que mau ele nos fará? Além de nos fumegar com aquele olhar felino, e vulcânico prestes a explodir? Isso eles já fazem o tempo todo, e nós sobrevivemos.
A moça riu, concordando juntando-se a ela e aos guardas que já esperavam, e como sempre Ferguns ia à frente.
— Procuro pelo meu marido!
respondeu ao grandão careca e de barba esperssa que se pois em seu caminho antes de alcançar o deque, ele se pois em seu caminho perguntando com ásperesa, o que ela fazia fora do quarto.
— Estamos a procurar o Allexander!
O seu primo falou, puxando-a para traz de si no gesto protetor, desconfiava daquele homem com olhar de serpente so devia estar mal-intencionado, ele era intimidador, não só por todas aquelas cicatrizes que o deixava mostruoso, mas por saber que ele era um dos amigos do detestável Durghal". – detectando uma ameaça no ar, Ferguns colocou uma das mãos na espada precavido, deles não sairia boas coisas.
— Ele não está! — O careca disse apontando para a ilha.
— Como assim? ele partiu e nos deixou para traz? Angellik empurrou os dois homens á sua frente correndo até a proa para olhar, e lá ia ele, já na areia acompanhado de uns dez homens carregando pequenos baús e sacos, arrumavam as cargas nos cavalos, esses que transportavam na embarcação, acenou para ele com a mão, no momento que ele olhou em sua direção, mas ele não acenou de volta, fazendo seu coração apertar, "porque ele avia lhe deixado? pra onde iria? não á queria mais? E porque era tão frio? avia lhe deixado só a noite passada, agora ia embora assim, sem dizer nada..."
Cabisbaixa e com os olhos marejados sentiu um leve vertigio, seu primo estava perto e lhe aparou nos braços percebendo seu mau estar repetino.
— Ele foi embora...mas eu estou aqui, e sempre estarei..!
— Eu sei meu querido primo....é que...oque vamos fazer?...— Ela respirou fundo, secou as lágrimas com as costa da mão, e se voltou para olhar seu marido que ainda lhe olhava de lá de longe, e ficaram assim por algum tempo até ouvi a voz atrás de si.
— Pelo visto a lua de Mel já acabou?meu tolo irmão passara a noite em claro bebendo, e fazendo queixas para todos ouvir, de como já estava cansado das suas exigências e hoje já partiu sem se despedir...!
Ela não precisava se virar para saber de quem se tratava, só não sabia até aquele instante que eles eram irmãos.
O homem de cicatriz acima do olho esquerdo continuou a falar se aproximando ficando a poucos centímetro de distância.
...— ... Não se preocupe tanto, ele vai voltar, só que achei que te levaria com ele...ja que tem tanto medo que te aconteca algo...aqui...com tantos homens...todos solitários de companhia feminina......
Angell se voltou para olhar aquele homem repulguinante, que tentava lhe constranger e intimidar, no mesmo instante que seu primo o encarou com a mão ainda na espada em sua cintura.
— Não sei como costuma tratar as mulheres do seu povo, mais na minha frente não permitirei que á destrate, então se puder evitar sua indesejável presença e nós dirigir a palavra, ficaremos todos livre de problemas, concorda? – O rapaz demostrou coragem, tolice ao mesmo tempo.
O homem riu alto e intimidador
— Não tenho medo de nada garoto!você quem devia ter, olha ao seu redor!
Apontou para os homens, alguns observavam a conversa e outros andavam de um lado para outro cuidando da embarcação.
— Mas mudando de assunto...
...Voltou os olhos na direção da ilha —O seu macho...vai voltar pela manhã, ou assim que se diverti com as mulheres da ilha!...
Falava com atenção para ver sua reação. Angellik sentiu tentada a esmurra-lo, mas era uma pessoa consciente, estaria ele dizendo que seu marido, lhe avia deixado, para procurar mulheres na ilha?sinceramente não acreditava naquilo...mesmo assim sentiu um certo desconforto.
— Sei que não é o costume do seu povo...mais nós gostamos de muitas mulheres, assim a ninhada está garantida...sabe quantas mulheres eu tenho? – Sem obter respostas, ele continuou...— Uma esposa, que será a mãe do meu herdeiro, e quatro
concunbinas...mulheres que só uso para o meu prazer e procriar, trabalhar, para que mais serviriam? ...são minhas faço delas o que bem entender.
— O que você quer me dezer com isso? — Ela perguntou não escondendo a insastifacao em ouvi aquilo, apesar de que sabia que aquele povo agiam assim possuindo até escravas sexuais roubando moças de seus pais estuprando e obrigando ao trabalho árduo, vivendo miseravelmente.
— Àllex não é como você! – Disse mais pra si mesma..nao admitiria que seu marido tivesse escrava, e nem concubinas, ele teria que se satisfazer apenas com ela, ou o que eles faziam a noite não era o bastante? e se ele queria muitos filhos...pelo menos durante seu contrato de casamento não poderiam ter filhos...mais um ano passaria rápido, e talvez ela não quisesse deixa-lo. — pensou com um no na garganta.
— Será que não mesmo? – o seu cunhado riu mais alto ainda, lhe irritando mais.
— Não me importarei, um ano logo passa...e como disse..eu sou a esposa! — Desafiou levantando o queixo.
— Mulher tola! Você nunca será à esposa de um viking! Não é mulher suficiente pra isso!
— Como...voce viu nos casamos...
Se divertindo com a ingenuidade dela interrompeu-a.
— Vi uma palhaçada, e aquilo não serve como prova de casamento para nós! o Àllex só concordou com aquilo, para te trazer como garantia... — O homem fez uma cara de desdenho ...— E ele está aproveitando a situação você se tornará não mais que uma concubina, se der sorte por isso, senão uma escrava do sexo, onde todos os homens partilham, onde eu ficaria feliz em te mostrar o lugar de uma mulher como você...— Disse agora olhando seu corpo minuciosamente de um modo desrespeitoso, incomodado o Ferguns vosciferou:
— Não permito que nos afronte desse jeito descarado, enquanto eu tiver vida imponharei respeito a uma mulher...
— Cala sua boca!...estou cansado de você já! – Durghal apontou o dedo em riste na cara do rapaz.
A situação podia ficar feia, os dois estavam em posição de confronto, enquanto a pobre esposa caia em si, acreditando na armadinha que cairá, "Então era por isso que era tratada com tamanho desdém? por isso ele só a procurava a noite para satisfazer o apetite sexual? uma concubina? qual ponto avia descido..."
— Parem com isso! – Ela gritou ainda atordoada pela descoberta
— Ferguns não áh honra pra defender...nao sou mais uma parte da nobreza! – Com lágrimas nos olhos, olhou mais uma vez para seu marido...ou seu dono, seu macho não sabia como rotular‐lo...agora ele estava em um dos cavalos mais ainda olhou em sua direção e partiu.
— Ele nao te falou que tem uma noiva?– Ele disse na intenção de machucar mais ainda — Que o aguarda voltar para se unir no matrimônio, então se não tem intenção de permanecer concubina, espero que saiba como evitar filhos...caso contrário, adeus vida luxuosa com o papai, seu lugar será esse até sua morte...
Noiva? Filhos? morte? Aquelas palavras ecoaram em sua mente, viu o mundo girar, e tudo escurecer... só ouviu a voz do seu primo que parecia tao distante chamava por seu nome preocupado, enquanto carregava‐lhe nos braços.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
ARMINDA
EITAAAAA QUE HOMEM MAL COLOCANDO MINHOCAS NA CABEÇA DELA.
2024-05-20
2
ARMINDA
QUANTAS BOBAGEMS QUE ESTE PRIMO DISSE.
2024-05-20
2
raquel junqueira
Autor, seu livro está incrível. Apenas não esqueça que corrigir os erros de português.
2024-03-03
3